terça-feira, 10 de abril de 2012

A Vigem ao meio-dia


Meio-dia.
Vejo a igreja aberta e entro.
Mas não é para rezar, ó Mãe, que eu estou aqui dentro.
Nada tenho a pedir; nada para dar.

Venho somente, Mãe para te olhar...
Olhar-te, chorar de alegria, sabendo apenas isto que sou teu filho e tu estás aqui, Mãe de Jesus Cristo!
Ao menos um instante, enquanto tudo pára (meio-dia), estar contigo neste lugar em que estás ó Maria.

Nada dizer, olhar-te simplesmente o rosto, e deixar o coração cantar o seu gosto.
Porque tu és bela, porque tu és imaculada, a mulher na graça reintegrada.
A criatura em sua honra primeira e na plenitude final, tal como saiu das mãos e Deus em seu esplendor inicial.

Porque estás sempre aqui, porque existes, simplesmente por isto, muito, muito obrigada, Mãe de Jesus Cristo.


Paul Claudel

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