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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Veneremos Os Sacerdotes


Por Pe. Emílio Silva de Castro
O padre é o representante de Jesus Cristo na terra, é um outro Cristo: “alter Christus” é o cooperador, o vigário do Filho de Deus: “Dei adjutores sumus.
Seus poderes são tão grandes que excedem aos de todos os anjos e santos, aos da própria Virgem Santíssima, diz S. Bernardino de Sena. “Ó Padre de Deus! exclama Cassiano, se contemplais a altura dos céus, vossa elevação é ainda maior; se lançais vossos olhares sobre a condição dos príncipes da terra, a vossa condição ainda é mais sublime. Acima de vós só está Deus, que tudo criou”.
O padre é um poder imenso, é uma grandeza, uma majestade, uma sublimidade a que nada neste mundo se pode comparar. O estado eclesiástico, escreveu S. Gregório, é a primeira, a mais nobre e mais excelente parte do corpo místico de Jesus Cristo!
Ah! como é grande o padre de Jesus Cristo, dizia o Santo Cura d’Ars, só no céu será bem compreendido… se o fosse na terra, morrer-se-ia, não de medo mas de amor.
Uma tal grandeza, não é, pois, digna da nossa mais profunda admiração?

Veneremos o Sacerdote

Cerquemos de todo respeito, de todo acatamento a pessoa do sacerdote, vendo nela não o homem com todas as suas misérias e fraquezas, mas a Pessoa adorável de Nosso Senhor Jesus Criso, de quem ele é legítimo representante.
Santa Catarina beijava as pegadas do sacerdote e São Francisco de Assis dizia que se encontrasse um anjo e um sacerdote primeiro iria  beijar as mãos do sacerdote, depois saudar o anjo. Estes e todos os santos que viam com os olhos da fé a maravilha do sacerdócio sabiam avaliar a sua grandeza. De Bonal, o grande filósofo francês, conservava-se diante do filho sacerdote tendo a cabeça descoberta e ouvindo-o com todo o respeito. Igual respeito tinha o grande Garcia Moreno na presença de um ministro do Altíssimo. Napoleão, no auge da glória, curvou-se respeitoso e beijou cheio de venereção as mãos de um sacerdote religioso que lhe dera na infância a “Primeira Comunhão”. Este e outros exemplos sirvam de modelos a tantos falsos católicos de nossos dias, que se acostumaram a tratar com tão pouca reverência e tão pouco respeito a pessoa augusta do sacerdote.
Evitemos falar de sacerdotes em críticas mordazes e com palavras irreverentes. Dos sacerdotes, disse D. Bosco, ou falar bem, ou nada dizer. Se o ministro de Deus teve a  desgraça de cair nalgum abismo, se a desgraça de um crime pesa sobre ele, ah! não sejamos cruéis para com este infeliz ministro prevaricador; abstenhamo-nos de falar deste crime, ocultemo-lo dos olhos do povo, se possível for e lembremo-nos que o padre é “pai”. O que faríamos em tais circunstâncias aos nosso pai segundo a carne, devemos fazer ao nosso Pai em Jesus Cristo: o padre.
“Se por desgraça, eu visse um sacerdote cometer um crime, dizia S. Luiz, eu o cobriria com meu manto real”.
Ai! daquele que proceder de um modo contrário. Caim fora amaldiçoado porque se rira, escarnecendo da nudez do pai. (Pe. Brandão)
O notável escritor argentino L. Barrantes Molina escreveu algures que não gostava de falar mal de nenhum padre, nem que fosse transviado, pois ignoro, dizia, se aquele a quem condeno não será por ventura quem na minha última hora venha dar-me a absolvição dos meus pecados e abrir-me as portas do Céu.
Da B. Mariana de Jesus lê-se que era tanta a veneração que sentia pelos sacerdotes que “quando por algum deles era visitada, começava por beijar-lhe os pés e conservava-se logo de joelhos durante todo o tempo que conversassem”. (P.C. Silva, Bibl de Ped. Euc., III, 167).
Da consideração ao sacerdote, e por conseguinte ao seu ministério, depende em grandíssima parte a restauração e o florescimento  religioso da sociedade. Deveis, pois, almas todas esclarecidas, trabalhar na medida de vossas foças para  que o clero seja rodeado daquele respeito, amor e veneração que merece pela alteza de suas funções e que convém para a santifiação da grei cristã.
Amiúdo deveis em vossas orações pedir pelos fins indicados . Em continuação vai também a fórmula , muito espalhada no Brasil, da prece sabatina  pelos sacerdotes.
O Sábado dos Sacerdotes é uma devoção que consiste em consagrar o sábado depois da 1ª sexta-feira de cada mês à santificação do clero e ao recrutamento de santas vocações sacerdotais.
Nesse dia, se deve oferecer a Deus pelos sacerdotes e candidatos ao sacerdócio todos os trabalhos, sacrifícios e orações, e até a Santa Missa e a sagrada Comunhão, se for possível.
Tudo deve ser oferecido ao Coração Eucarístico de Jesus, modelo do coração sacerdotal, pelas mãos de Maria Imaculada, Rainha do Clero
O Sábado dos Sacerdotes deve ser a devoção de todo bom católico, de todo aquele sobretudo que, compreendendo a excelência e necessidade do sacerdócio, se alistou como Sócio, na benemérita Obra das Vocações Sacerdotais.
Lembrem-se todos das palavras de Pio XI: “Deus no céu e eu na terra, nada desejamos com mais ardor do que orações e sacrifícios pelos sacerdotes. Peçamos muito a Deus que nos dê sacerdotes santos. Tendo nós sacerdotes santos tudo o mais se seguirá: faltando-nos eles, de nada nos servirá o resto“.
OQAAAFJ6wTw_F2wUMnWBRD3UElVkZEYfD2jYRi0Am1ld6ww0qwyRRTGBpN6TYYxnW9a-VqrjjFU9-KYbXT-dMFTN06YAm1T1UMNizN6MnAN1hXCGZiryorWY2p90[1]Invocações
Senhor, tende piedade de nós! / Jesus Cristo, tende piedade de nós! / Senhor, tende piedade de nós! / Jesus Cristo, ouvi-nos! / Jesus Cristo, atendei-nos! / Pai Eterno, que sois Deus, tende piedade dos sacerdotes! / Filho Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade dos sacerdotes! / Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade dos sacerdotes! / Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade dos sacerdotes!
Sagrado Coração de Jesus, modelo do Coração sacerdotal, Santificai os sacerdotes! / Jesus bom Pastor, que dais a vida pelas vossas ovelhas, Santificai os sacerdotes! / Jesus, Sumo Sacerdote, que pelas almas vos santificastes na cruz, Santificai os sacerdotes! / Jesus, Prisioneiro de nossos tabernáculos, Santificai os sacerdotes! / Jesus, Rei de amor, que desejais reinar na sociedade, Santificai os sacerdotes! / Jesus, Mestre Divino, que desejais que o vosso Evangelho seja ensinado, Santificai os sacerdotes! / Jesus, amigo dos operários e dos pobres, Santificai os sacerdotes! / Jesus, consolo dos que sofrem, Santificai os sacerdotes! / Jesus, luz dos que procuram a verdade, Santificai os sacerdotes! / Jesus, que desejais que sejam os vossos padres luz e sal da terra, Santificai os Sacerdotes! / Maria concebida sem pecado, intercedei pelos sacerdotes! / Maria, Mãe do Sumo Sacerdote Jesus, intercedei pelos sacerdotes! / Maria, Rainha do Clero, intercedei pelos sacerdotes!
Oferecimento
Divino Salvador, Jesus Cristo, que confiastes aos sacerdotes, como a vossos representantes, a obra da Redenção, a salvação e a felicidade dos homens, eu vos ofereço, pelas mãos de Vossa Mãe Santíssima e por meio de São Pedro e São Paulo e do Arcanjo Miguel, para a santificação dos sacerdotes e dos candidatos ao sacerdócio, inteiramente, todas as orações, trabalhos, alegrias, sacrifícios e sofrimentos deste dia. Concedei-nos, Senhor, sacerdotes verdadeiramente santos, que, abrasados pelo fogo do vosso amor divino, só procurem a vossa maior glória e a salvação de nossas almas! E vós, ó Maria, boa Mãe dos sacerdotes, protegei a todos eles, nos perigos e dificuldades de sua santa vocação! Guiai, também, com vossa mão maternal, os pobres sacerdotes transviados, que se tornaram infiéis à sua sublime vocação, para que voltem quanto antes, para junto do Bom Pastor. Amém.
Maria Santíssima, Rainha do Clero, Mãe do Sumo Sacerdote Jesus — intecedei pelos sacerdotes — e pelos que se preparam para o sacerdócio e despertai verdadeiras vocações entre a mocidade.
(Pe. Emílio Silva de Castro: Manual de Piedade Cristã. Ed. Departamento de Imprensa Nacional, 1949.)