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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Pokémon Go ou Jesus Go?



O jogo que virou febre mundial finalmente chegou ao Brasil. Estou falando do jogo para celular Pokémon Go. A proposta do jogo é que os jogadores interajam com o mundo real a busca de Pokémon virtuais. A febre Pokémon rapidamente se alastrou e milhares de pessoas saíram de sua zona de conforto e foram às ruas em busca de mais e mais Pokémon.

O mais impressionante é como o jogo conseguiu transformar, quem antes tinha preguiça de sair por aí, em um verdadeiro explorador. O jogo utiliza a plataforma de GPS para sinalizar os lugares que os Pokémon estão. A partir daí, basta apenas se dirigir ao local, encontrar o Pokémon, lançar a pokébola e pronto, o Pokémon é capturado. Toda a jornada visa capturar mais Pokémon e se tornar um mestre Pokémon.

Tempos atrás encontrei um garoto que estava agoniado pela demora do jogo chegar ao Brasil. Ele me falava como estava ansioso para sair por aí e capturar Pokémon. Nas redes sociais fotos e mais fotos mostram as pessoas e seus Pokémon. Resolvi fazer o teste e para ser sincero a experiência foi no mínimo curiosa. Confesso também que ao olhar o mapa e ver o tanto de bichinhos espalhados por aí deu uma baita vontade de sair e capturar Pokémon.

Mas, se tem uma coisa que muitos não sabem é que essa ideia de sair e “caçar” não é uma novidade e nem uma descoberta do mundo Pokémon. Dois mil anos antes de existir Pokémon um homem chamado Jesus disse: Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mateus 28.19). O que Jesus está dizendo é basicamente o seguinte: existem muitas pessoas perdidas por aí e eu os envio para “capturar” tais pessoas. Da mesma forma que pessoas hoje estão atrás de Pokémon, Jesus nos envia atrás de pessoas.

No jogo, um Pokémon é capturado com uma pokébola. Na vida, pessoas são capturadas pelo evangelho: Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Romanos 1.16). Os caçadores de Pokémon tem a pokébola; os pescadores de homens (Mateus 4.19) tem o evangelho (Marcos 16.15). O jogo propõe transformar pessoas em mestres Pokémon e o evangelho quer nos transformar em discípulos de Jesus.

A maior reflexão que a febre Pokémon me trouxe foi pensar que da mesma forma que as pessoas estão saindo e indo atrás de Pokémon, nós, seguidores de Jesus, deveríamos fazer o mesmo. Ao jogar, a maioria das pessoas não se contenta em capturar Pokémon na comodidade de suas casas, elas querem sair e ir. No entanto, na experiência cristã, muitas vezes, as pessoas não querem sair, elas querem ficar. E o GPS do evangelho continua gritando: Abram os olhos e vejam os campos! Eles estão maduros para a colheita (João 4.35). Pessoas estão por aí esperando para serem capturadas pelo evangelho.

Pokémon Go conquistou o mundo. Mas, muito antes dele o evangelho também conquistava o mundo e tudo porque os discípulos saíram e pregaram por toda parte (Marcos 16.20) e foram transformando pessoas perdidas em discípulos de Jesus, que também saíram para lançar o evangelho e capturar outras pessoas. O evangelho se alastrou porque pessoas decidiram levar o “jogo” a sério e saíram e iram.

Não quero entrar no mérito das discussões sobre o jogo, porém, reflito na expectativa de que prefiramos, muito mais, ser pescadores de homens do que mestres Pokémon. Que os mesmos que postam fotos capturando Pokémon na escola, trabalho, shopping e nos mais inusitados lugares, também sejam as pessoas que saiam para lançar o evangelho no seu dia a dia.

Que da mesma maneira que o jogo levou pessoas às ruas, que o evangelho também nos leve. Que assim como o jogo mexeu com a comodidade das pessoas, que o evangelho mexa com nossa zona de conforto. Queira Deus que nos empolguemos mais com o Jesus Go do que com o Pokémon Go, pois, a salvação de pessoas depende disso.



Por, Ismael Braz.