quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Mensagens do dia

Cientista de segunda

 Pe. Zezinho, scj


A briga pelo direito de interferir no embrião humano produziu mais um conceito, por sinal, falacioso, intencionalmente falacioso. Está em conceituadas colunas de publicações tidas como isentas. Segundo tais pensadores, cientista que defende a vida desde o primeiro instante de sua concepção é menos cientista do que o outro que permite que se toque nela e até se produza a sua morte.

O argumento é o de que nós, católicos, somos contra a vida que se feriu ou nasceu ferida ao defender a vida que apenas começou. Para nós é vida humana e para eles não é. Então nós estamos errados e eles, certos! Assim, seriamos contra o progresso ao defender quem pode, um dia, ser pessoa como nós, e, com isso dificultar pesquisas em favor de uma vida de mais de 5, 30 ou 50 anos.

Segundo eles, somos atravancadores do progresso da ciência porque nos opomos à morte de um pequeno embrião humano, e eles são benfeitores da humanidade porque pesquisam a favor da vida de milhares de paraplégicos. Pela mídia, dão a entender que cientista ou congressista católico é mau e cruel porque impede que se avancem as pesquisas que podem amanhã salvar milhares de vidas. O que não admitem é que já estão destruindo milhões de outras. Eles dizem que aquela vida não se torna humana só porque decidimos que já é uma vida humana. Nós devolvemos na mesma moeda:não é porque decidiram que aquela vida ainda não é humana que ela deixa de ser humana. Nós dizemos que a vida começa no ato da concepção e eles dão dias e semanas de prazo. São mais cientistas por isso?

Se eles sabem que aquele óvulo fecundado com menos de 14 dias poderá se desenvolver e ser pessoa como nós, e que, portanto já traz em si o projeto do que será, que tipo de ciência é essa que trata o fruto concebido de um homem e uma mulher como se fosse semente de abacate ou de caju? Tanto faz descartar uma como a outra? Não faz diferença num laboratório? Pode-se matar as três?

Que ciência ou política progressista é essa que declara os outros cientistas ou políticos gente de segunda categoria só porque tais estudiosos defendem a vida humana desde o seu primeiro momento? Só porque crêem que Deus é o autor da vida e afirmam que a vida começa antes são menos cientistas do que os que garantem que a data é 14 dias ou algumas semanas depois?

Os nossos cientistas, alguns deles premiados por suas pesquisas e conceituados por seu saber, valem menos do que os não crentes que pedem ao Congresso, ao Judiciário e ao Governo o direito de interferir no embrião humano, mesmo que isso signifique a morte dessa vida que já começou?

A falácia dos argumentos impressiona. Num país , agora com 180 milhões de habitantes, mais de 150 milhões professam fé em Deus como autor da vida. Por isso não admitem que governo, cientistas, médicos, juizes e outros permitam ou provoquem a morte de um ser humano que já começou. São acusados de maioria ignorante; inimigos do progresso. Mais tendenciosos, há os que garantem em manchetes que somente os líderes dessas igrejas são contra tais pesquisas, porque os fiéis as querem. Equivale a dizer que todo o povo alemão estava ou estaria a favor das pesquisas dos médicos nazistas com corpos de judeus. Afinal, eram judeus, condenados por serem judeus e mais cedo ou mais tarde acabariam incinerados. Porque não pesquisar com os seus corpos em favor do futuro da raça ariana e do Terceiro Reich?...

O argumento é o mesmo: Querem uma lei que lhes permita usá-los em pesquisas, mesmo que morram. Afinal, nunca serão pessoas! Se não forem usados, serão desperdiçados...

E quem disser que já são humanos seja declarado inimigo dos enfermos, do povo e do progresso. Querem trocar muitas vidas menores do que uma unha por uma vida grande. Morram aquelas pequenas e futuras vidas humanas para que as outras ganhem qualidade! Os cientistas pro embrião dizem que há outros procedimentos para se obter células-tronco e que tais procedimentos podem ser aperfeiçoados Eles contra-argumentam dizendo que tais caminhos não são tão eficientes quanto o uso do embrião. Sim, o embrião morre, mas olhe-se o resultado...

Se assim agem agora pelo direito à pesquisa, o que não farão se, um dia, de fato conseguirem refazer um olho, um ouvido ou uma parte do coração? Quanto valerá um embrião? Com tal poder nas mãos, quem os controlará?

www.padrezezinhoscj.com
Comentários para: online@paulinas.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário