Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar.22 No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do marconstatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido
para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos.23 Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades,perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças.24 Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos,
subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum.25 Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe:
'Rabi, quando chegaste aqui?'26 Jesus respondeu: 'Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando
não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos.
27 Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento
que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará.Pois este é quem o Pai marcou com seu selo.'28 Então perguntaram: 'Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?'29 Jesus respondeu: 'A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou'.
Reflexão
No evangelho de hoje iniciamos a
reflexão sobre o Discurso do Pão da Vida (Jo 6,22-71), que se prolongará
durante os próximos seis dias, até o fim desta semana. Depois da multiplicação
dos pães, o povo foi atrás de Jesus. Tinha visto o milagre, comeu com fartura e
queria mais! Não se preocupou em procurar o sinal ou o apelo de Deus que havia em
tudo isso. Quando o povo encontrou Jesus na sinagoga de Cafarnaum, teve com ele
uma longa conversa, chamada Discurso do Pão da Vida. Não é propriamente um discurso, mas trata-se de um
conjunto de sete pequenos diálogos que explicam o significado da multiplicação
dos pães como símbolo do novo Êxodo e da Ceia Eucarística.
É bom ter presente a divisão do capítulo para poder perceber melhor o seu sentido:
É bom ter presente a divisão do capítulo para poder perceber melhor o seu sentido:
6,1-15:
o grande da multiplicação dos pães
6,16-21: a travessia do lago, e Jesus caminhando sobre as
águas
6,22-71: o diálogo de Jesus com o povo, com os judeus e
com os discípulos
1º
diálogo: 6,22-27 com o povo:
o povo procura Jesus e o encontra em
Cafarnaum
2º
diálogo: 6,28-34 com o povo: a fé como obra de
Deus e o maná no deserto
3º
diálogo: 6,35-40 com o povo: o pão verdadeiro é
fazer a vontade de Deus
4º
diálogo: 6,41-51 com os judeus: murmurações dos
judeus
5º
diálogo: 6,52-58 com os judeus: Jesus e os
judeus
6º
diálogo: 6,59-66 com os discípulos: reação dos
discípulos
7º
diálogo: 6,67-71 com os discípulos:
confissão de
Pedro
A conversa
de Jesus com o povo, com os judeus e com os discípulos é um diálogo bonito, mas
exigente. Jesus procura abrir os olhos do povo para que aprenda a ler os
acontecimentos e descubra neles o rumo que deve tomar na vida. Pois não basta ir
atrás de sinais milagrosos que multiplicam o pão para o corpo. Não só de pão
vive o homem. A luta pela vida sem uma mística não alcança a raiz. Enquanto vai
conversando com Jesus, o povo fica cada vez mais contrariado com as palavras
dele. Mas Jesus não cede, nem muda as exigências. O discurso parece um funil. Na
medida em que a conversa avança, é cada vez menos gente que sobra para ficar com
Jesus. No fim só sobram os doze, e nem assim Jesus pode confiar em todos eles!
Hoje acontece a mesma coisa. Quando o evangelho começa a exigir compromisso,
muita gente se afasta.
João 6,22-27: O povo procura Jesus porque quer mais
pão. O povo foi atrás de Jesus. Viu que ele não tinha entrado
no barco com os discípulos e, por isso, não entendeu como ele tinha feito para
chegar em Cafarnaum. Também não entendeu o milagre da multiplicação dos pães. O
povo viu o que aconteceu, mas não chegou a entende-lo como um sinal de algo mais alto ou mais
profundo. Parou na superfície: na fartura de comida. Buscou pão e vida, mas só
para o corpo. No entender do povo, Jesus fez o que Moisés tinha feito no
passado: deu alimento farto para todos no deserto. Indo atrás de Jesus, eles
queriam que o passado se repetisse. Mas Jesus pede que o povo dê um passo
adiante. Além do trabalho pelo pão que perece, deve trabalhar pelo alimento não perecível.
Este novo alimento será dado pelo Filho do Homem, indicado pelo próprio Deus.
Ele traz a vida que dura para sempre. Ele abre para nós um novo
horizonte sobre o sentido da vida e sobre Deus.
João 6,28-29: Qual é a obra de Deus? O povo pergunta: O que devemos fazer para realizar este trabalho (obra) de Deus? Jesus responde que a grande obra que Deus pede de nós “é crer naquele que Deus enviou” . Ou seja, crer em Jesus!
O convite que Jesus faz a você é que trabalhe para o pão que dura a vida eterna. Jesus, o enviado de Deus, é o pão do céu, é o pão da vida eterna. E então diz: Trabalhai, não tanto pela comida que se perde,mas pelo alimento que dura até à vida eterna. A partir da multiplicação dos pães, Jesus vai fazer uma longa catequese sobre o Pão da Vida. E começa, hoje, por criar em nós a fome de Deus, pela fé, pois que os sacramentos são sinais da fé. A multiplicação dos pães e dos peixes era também um sinal. Jesus tinha matado a fome àquela gente com o alimento que lhe multiplicara no monte. Mas, o alimento de que eles precisam e que devem esforçar-se por encontrar é Ele próprio, o Senhor, a quem alcançarão pela fé. Acreditar em Jesus e viver dessa fé é alimentar-se com o alimento que leva à vida eterna.
A graça de Deus é a causa da salvação e a fé é o meio. É claro que vários fatores ocasionam a salvação, como o próprio fato de estarmos perdidos, ou o fato de ouvirmos a mensagem do evangelho, mas tudo isto são causas imediatas, e por assim dizer, tornam-se meios. A causa primária é o próprio Deus, a sua graça, a sua vontade de salvar, o seu desejo e amor pela humanidade!
Em certo sentido podemos dizer que a graça é a parte de Deus e a fé é a parte do homem embora a fé também seja um dom de Deus. Deus oferece gratuitamente a salvação, mas o homem tem a responsabilidade de acreditar, confiar e recebê-la. Você precisa crer em Jesus e em sua palavra! Não sejas mulditão tratado no Evangelho de hoje que pede ou exige de Jesus um sinal forte, um milagre espetacular. O povo estava querendo ou esperando um Messias poderoso, capaz de derrotar os opressores romanos. E que lhe garanta o pão deste mundo, sem esforço e sem trabalhar. Notem que mais tarde Jesus vai dizer que “o meu reino não é deste mundo”.
João 6,28-29: Qual é a obra de Deus? O povo pergunta: O que devemos fazer para realizar este trabalho (obra) de Deus? Jesus responde que a grande obra que Deus pede de nós “é crer naquele que Deus enviou” . Ou seja, crer em Jesus!
O convite que Jesus faz a você é que trabalhe para o pão que dura a vida eterna. Jesus, o enviado de Deus, é o pão do céu, é o pão da vida eterna. E então diz: Trabalhai, não tanto pela comida que se perde,mas pelo alimento que dura até à vida eterna. A partir da multiplicação dos pães, Jesus vai fazer uma longa catequese sobre o Pão da Vida. E começa, hoje, por criar em nós a fome de Deus, pela fé, pois que os sacramentos são sinais da fé. A multiplicação dos pães e dos peixes era também um sinal. Jesus tinha matado a fome àquela gente com o alimento que lhe multiplicara no monte. Mas, o alimento de que eles precisam e que devem esforçar-se por encontrar é Ele próprio, o Senhor, a quem alcançarão pela fé. Acreditar em Jesus e viver dessa fé é alimentar-se com o alimento que leva à vida eterna.
A graça de Deus é a causa da salvação e a fé é o meio. É claro que vários fatores ocasionam a salvação, como o próprio fato de estarmos perdidos, ou o fato de ouvirmos a mensagem do evangelho, mas tudo isto são causas imediatas, e por assim dizer, tornam-se meios. A causa primária é o próprio Deus, a sua graça, a sua vontade de salvar, o seu desejo e amor pela humanidade!
Em certo sentido podemos dizer que a graça é a parte de Deus e a fé é a parte do homem embora a fé também seja um dom de Deus. Deus oferece gratuitamente a salvação, mas o homem tem a responsabilidade de acreditar, confiar e recebê-la. Você precisa crer em Jesus e em sua palavra! Não sejas mulditão tratado no Evangelho de hoje que pede ou exige de Jesus um sinal forte, um milagre espetacular. O povo estava querendo ou esperando um Messias poderoso, capaz de derrotar os opressores romanos. E que lhe garanta o pão deste mundo, sem esforço e sem trabalhar. Notem que mais tarde Jesus vai dizer que “o meu reino não é deste mundo”.
E daí a reação de Jesus: Trabalhai pelo
alimento que dura até à vida eterna. Qual é o alimento que dura até à vida
eterna? Deve ser aquele que chega até lá. Jesus disse-nos que era Ele próprio. E
o que é que significará trabalhar por Ele próprio, isto é, «pelo alimento que
dura até à vida eterna»? Naturalmente, pôr em prática o 1º e 2º mandamentos. E
trabalhar mais do que pela comida? Supondo que Jesus se refere ao trabalho pelo
sustento. Há que trabalhar em mais quantidade e qualidade pelo alimento que dura
até à vida eterna.
Porque Jesus se posicionou desta maneira? A
verdade é que o povo não estava entendo muito bem “qual era a de Jesus”. Jesus
se apresenta como o único alimento que nos satisfaz plenamente. Ele se
identifica como próprio pão que alimenta a vida eterna em nós: Eu sou o pão da
vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá
sede.
Jesus não está falando da sede de um copo
de água nem a fome de um prato de comida necessariamente. Mas sim, da sede e da
fome ou necessidade de se embriagar para fugir ou se esquecer da realidade
sofrida com tantas frustrações. Porque aquele que se embebe de Jesus igual a uma
esponja embebida em água, não terá necessidade de nenhuma fuga alucinante para
se sentir bem. Como uma pessoa que quando entrava em depressão, se recuperava
fazendo compras. Tem gente que se vinga comendo, e comendo. Outros bebendo uma
dúzia de cerveja, e assim por diante. Nada disso adianta porque longe de Deus
não existe felicidade. Porque só Jesus mata a nossa sede, e a nossa fome, de
querer mais e mais bens materiais, e prazeres de todos os tipos existentes nesta
vida passageira.
Portanto, trabalhe e lute pelo pão que dura
à vida eterna e este Pão é Jesus acredite n’Ele. Alimente-se da Sua Palavra, do
Seu Corpo e Sangue e terá a vida eterna.
1) O povo estava com fome, comeu
do pão e procurava mais pão. Procurou o milagroso e não buscou o sinal de Deus
que nele se escondia. O que eu mais procuro na minha vida: milagre ou
sinal?
2) Pare um momento, faça silêncio dentro de você e pergunte a si mesmo: “Crer em Jesus: o que significa isto para mim bem concretamente no dia a dia da minha vida?”
2) Pare um momento, faça silêncio dentro de você e pergunte a si mesmo: “Crer em Jesus: o que significa isto para mim bem concretamente no dia a dia da minha vida?”
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