Senhor, dá-nos sempre deste
pão!
João
6,30-35Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus:30 'Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti?' Que obra fazes?31 Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura:'Pão do céu deu-lhes a comer'.32 Jesus respondeu: 'Em verdade, em verdade vos digo,não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu.É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu.
33 Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.'
34 Então pediram: 'Senhor, dá-nos sempre desse pão'.35 Jesus lhes disse: 'Eu sou o pão da vida.Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede'.
Reflexão:
O Discurso do Pão da Vida
não é um texto a ser discutido e dividido, mas meditado e lido e relido muitas
vezes. Por isso, também se não se compreende bem, não existe motivo de
preocupação. Um texto destes, é preciso lê-lo, meditá-lo, rezá-lo, pensá-lo,
lê-lo novamente, repeti-lo, voltar mais uma vez sobre ele. Quem lê
superficialmente o quarto Evangelho pode ter a impressão que João repete sempre
a mesma coisa. Lendo com mais atenção, percebe-se que não se trata de repetição.
O autor do quarto Evangelho tem seu modo de repetir o mesmo tema, mas num nível
cada vez mais alto e profundo. Parece uma escada a caracol. Girando, chega-se ao
mesmo ponto, mas a um nível mais alto e profundo.
João 6,30-33: Que sinais fazes tu para que vejamos e
possam acreditar em ti? O povo perguntou: O que devemos fazer para
realizar a obra de Deus? Jesus responde: "A obra de Deus é acreditar naquele que
ele enviou", isto é, acreditar em Jesus. Por isso o povo formula uma nova
pergunta: "Que sinal fazes tu para que vejamos e acreditemos em ti? Que obras
realizas?" Isto explica que eles não entenderam a multiplicação dos pães como um
sinal por parte de Deus para legitimar Jesus diante do povo como enviado de
Deus! Eles continuam argumentando: no passado, nossos pais comeram o maná que
lhes foi dado por Moisés! Eles o chamavam "pão do céu" (Sb 16,20), ou seja "pão
de Deus". Moisés continua a ser o grande líder, em que acreditar. Se Jesus quer
que o povo acredite nele, deve realizar um sinal maior daquele que realizou
Moisés. “Que obra realizas?"
Jesus responde que o pão
dado por Moisés não era o verdadeiro pão do céu. Veio do alto, sim, mas não era
o pão de Deus, porque não garantia a vida para ninguém. Todos eles morreram no
deserto (Jo 6,49). O verdadeiro pão do céu, o pão de Deus, é aquele que vence a
morte e dá vida! É aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. É o próprio
Jesus! Jesus tenta ajudar as pessoas a se libertarem dos esquemas do passado.
Para ele, a fidelidade ao passado, não significa fechar-se nas coisas antigas e
não aceitar a renovação. Fidelidade ao passado, quer dizer aceitar a novidade
que chega como fruto da semente plantada no passado.
João 6,34-35: Senhor, dá-nos sempre deste pão! Jesus responde claramente: “Eu sou o pão da vida!" Comer o pão do céu é o mesmo que acreditar em Jesus e aceitar a estrada que ele nos ensina, isto é: "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar sua obra!" (Jo 4,34). Este é o alimento verdadeiro que sustenta a pessoa, que muda a vida e dá vida nova. Este último versículo do evangelho de hoje (Jo 6, 35) é retomado como primeiro versículo do evangelho de manhã (Jo 6,35-40).
Para uma avaliação pessoal
João 6,34-35: Senhor, dá-nos sempre deste pão! Jesus responde claramente: “Eu sou o pão da vida!" Comer o pão do céu é o mesmo que acreditar em Jesus e aceitar a estrada que ele nos ensina, isto é: "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar sua obra!" (Jo 4,34). Este é o alimento verdadeiro que sustenta a pessoa, que muda a vida e dá vida nova. Este último versículo do evangelho de hoje (Jo 6, 35) é retomado como primeiro versículo do evangelho de manhã (Jo 6,35-40).
Para uma avaliação pessoal
1. Fome de pão, fome de
Deus. Qual das duas predomina em mim?
2. Jesus disse: "Eu sou o
pão da vida". Ele tira a fome e a sede. Que experiência tenho disso em minha
vida?
Deus é tão grande e, no
entanto, consegue se esconder no simples, e é tão simples que se torna incrédulo
ao mesmo tempo. Essa é uma questão que às vezes perturba e outras vezes,
confunde!
Basta ver uma semente germinar ou uma criança
nascer. Basta querer notar o sol que nasce todos os dias e também se deita no
horizonte a cada entardecer, para perceber o ciclo da vida que se renova a cada
dia, em cada semente, em cada ser.
São sinais que
estão aí, aos olhos dos homens, provando a existência de um Ser que é Deus
onipotente, que tem poder e, acima de tudo, é Pai que oferece vida e Seu
amor.
Os homens pediram
a Jesus um sinal para crerem Nele, e mesmo tendo visto os sinais e milagres,
ainda não acreditavam. É preciso querer ver! Vendo é preciso querer acreditar
para poder enxergar com o coração, e então, ter fé. Pois, é ali no coração que
nasce a fé, e não na razão.
Para crer em Deus é preciso estar com o coração
aberto. É preciso acreditar, sentir e viver o que para muitos parece ser apenas
uma fantasia, um conto ou uma imaginação. Pois, embora pareça um sonho, estar ao
lado de Deus é se deixar levar pelo fascínio do eterno e imenso amor que nos
abarca o ser quando estamos ao lado Dele. Só ali podemos encontrar o
sinal!
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