A Paz que Jesus nos
deixa
João
14,27-31aNaquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo.
Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.28 Ouvistes que eu vos disse: 'Vou, mas voltarei a vós'.
Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai,
pois o Pai é maior do que eu.29 Disse-vos isto, agora, antes que aconteça,
para que, quando acontecer, vós acrediteis.30 Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem.
Ele não tem poder sobre mim,31 amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai,eu procedo conforme o Pai me ordenou.
Reflexão
Aqui, em Jo
14,27, começa a despedida de Jesus e no fim do capítulo 14, ele encerra a
conversa dizendo: "Levantem! Vamos embora daqui!" (Jo 14,31). Mas, em vez de
sair da sala, Jesus continua falando por mais três capítulos: 15, 16 e 17. Se
você pular estes três capítulos, você vai encontrar no começo do capítulo 18 a
seguinte frase: "Tendo dito isto, Jesus foi com seus discípulos para o outro
lado da torrente do Cedron. Havia ali um jardim onde entrou com seus discípulos"
(Jo 18,1). Em Jo 18,1, está a continuação de Jo 14,31. O Evangelho de João é
como um prédio bonito que foi sendo construído lentamente, pedaço por pedaço,
tijolo por tijolo. Aqui e acolá, ficaram sinais destes remanejamentos. De
qualquer maneira, todos os textos, todos os tijolos, fazem parte do edifício e
são Palavra de Deus para nós.

João
14,28-29: O motivo por que Jesus volta ao Pai.
Jesus volta ao Pai para poder retornar em seguida. Ele
dirá a Madalena: “Não me segure, porque ainda não subi para o Pai “ (Jo 20,17).
Subindo para o Pai, ele voltará através do Espírito que nos enviará (cf Jo
20,22). Sem o retorno ao Pai ele não poderá estar conosco através do seu
Espírito.

João
14,31b: Levantem e vamos embora daqui.
São as últimas palavras de Jesus, expressão da sua
decisão de ser obediente ao Pai e de revelar o seu amor. Na eucaristia, na hora
da consagração, em alguns países se diz: “Na véspera da sua paixão,
voluntariamente aceita”. Jesus diz em outro lugar: “O Pai me ama, porque eu dou a minha vida para
retomá-la de novo. Ninguém tira a minha vida; eu a dou livremente. Tenho poder
de dar a vida e tenho poder de retomá-la. Esse é o mandamento que recebi do meu
Pai” (Jo
10,17-18).
Para confronto
pessoal
1) Jesus disse: “Dou-vos a minha paz”. Como contribuo
para a construção da paz na minha família e na minha
comunidade?
2) Olhando no espelho da obediência de Jesus ao Pai,
em que ponto eu poderia melhorar a minha obediência ao Pai?
A Paz de Jesus
Estamos diante da última Ceia Jesus com os seus
discípulos. O mestre sabendo que estava próxima a hora de sair deste mundo, não
queria partir sem dar sossego, calma, segurança, tranqüilidade, amparo,
conforto, prosperidade, vitória em fim garantia de vida plena. Então se levanta
e pronuncia as benditas palavras: Deixo-vos a paz. A minha paz eu vos
dou; não – vo-la dou segundo critérios do mundo!
Nesta expressão vemos a clara declaração da
Personalidade de Jesus. Ele é, por natureza, comunicador de paz. Sem dúvida, não
estamos às voltas com uma espécie de paz intimista e sentimental. A paz de Jesus
é muito mais do que isto!
A paz é um dom de Jesus para seus discípulos,
em vista do testemunho que são chamados a dar. Ela visa à ação. Por isso, não
pode reduzir-se ao nível do sentimento. A paz de Jesus tem como efeito banir do
coração dos discípulos todo e qualquer resquício de perturbação ou de temor que
leva ao imobilismo. Possuindo o dom da paz, eles deveriam manter-se
imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das dificuldades.
Assim pensada, a paz de Jesus consiste numa
força divina que não deixa que os discípulos rompam a comunhão com o Mestre. É
Jesus mesmo, presente na vida dos discípulos, sustentando-lhes a caminhada,
sempre dispostos a seguir adiante com alegria, rumo à casa do Pai, apesar das
adversidades que deverão enfrentar.
A paz do mundo é bem outra coisa. Encontra-se
na fuga e na alienação dos problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os
braços, numa confiança ingênua em Deus do qual tudo espera, sem exigir
colaboração. Neste sentido ela é uma paz que conduz à morte!
O discípulo sensato rejeita a paz oferecida
pelo mundo para acolher aquela que Jesus oferece.
A paz de Jesus é a paz que é fruto da prática libertadora, fraterna, solidária, restauradora da vida e da dignidade dos homens e mulheres. É a paz do reencontrar a vida na união de vontade com o Pai.
Reze comigo, Jesus Príncipe da Paz, daí-me a constância na fé e na esperança para que jamais duvide das vossas promessas. Que eu tome posse da vossa Paz. Paz que me tranqüiliza a alma e me faz mais do que vencedor porque tu estás comigo e em mim.
A paz de Jesus é a paz que é fruto da prática libertadora, fraterna, solidária, restauradora da vida e da dignidade dos homens e mulheres. É a paz do reencontrar a vida na união de vontade com o Pai.
Reze comigo, Jesus Príncipe da Paz, daí-me a constância na fé e na esperança para que jamais duvide das vossas promessas. Que eu tome posse da vossa Paz. Paz que me tranqüiliza a alma e me faz mais do que vencedor porque tu estás comigo e em mim.
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