Eu sou o Pão descido do
Céu!
CRISTO, A BELEZA QUE
ATRAI!
Naquele tempo, disse Jesus à multidão :44 Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrai.E eu o ressuscitarei no último dia.
45 Está escrito nos Profetas: `Todos serão discípulos de Deus.'Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído, vem a mim.
46 Não que alguém já tenha visto o Pai.Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai.
47 Em verdade, em verdade vos digo, quem crê, possui a vida eterna.48 Eu sou o pão da vida.
49 Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram.
50 Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer, nunca morrerá.
51 Eu sou o pão vivo descido do céu.Quem comer deste pão viverá eternamente.E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo'.
Reflexão
Até agora, o diálogo
era entre Jesus e o povo. Daqui para a frente, os líderes judeus começam a
entrar na conversa, e a discussão se torna mais tensa.
João
6,44-46: Quem se abre para Deus, aceita Jesus e a sua
proposta. A conversa torna-se
mais exigente. Agora são os judeus, os líderes do povo, que murmuram: "Esse não
é Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como é que ele pode dizer
que desceu do céu?" (Jo 6,42) Eles pensavam conhecer as coisas de Deus. Na
realidade, não as conheciam. Se fossem realmente abertos e fiéis a Deus,
sentiriam dentro de si o impulso de Deus atraindo-os para Jesus e reconheceriam
que Jesus vem de Deus, pois está escrito nos Profetas: 'Todos serão
instruídos por Deus'. Todo aquele que escuta o Pai e recebe sua instrução vem a
mim.
João 6,47-50: Vossos pais comeram o maná e morreram. Na celebração da páscoa, os judeus lembravam o pão do deserto. Jesus os ajuda a dar um passo. Quem celebra a páscoa, lembrando só o pão que os pais comeram no passado, vai acabar morrendo como todos eles! O verdadeiro sentido da Páscoa não é lembrar o maná que caiu do céu, mas sim aceitar Jesus como o novo Pão da Vida e seguir pelo caminho que ele ensinou. Agora já não se trata de comer a carne do cordeiro pascal, mas sim de comer a carne de Jesus, para que não pereça quem dele comer, mas tenha a vida eterna!
João 6,47-50: Vossos pais comeram o maná e morreram. Na celebração da páscoa, os judeus lembravam o pão do deserto. Jesus os ajuda a dar um passo. Quem celebra a páscoa, lembrando só o pão que os pais comeram no passado, vai acabar morrendo como todos eles! O verdadeiro sentido da Páscoa não é lembrar o maná que caiu do céu, mas sim aceitar Jesus como o novo Pão da Vida e seguir pelo caminho que ele ensinou. Agora já não se trata de comer a carne do cordeiro pascal, mas sim de comer a carne de Jesus, para que não pereça quem dele comer, mas tenha a vida eterna!
João 6,51: Quem comer deste
pão viverá eternamente. E
Jesus termina dizendo: "Eu sou o pão vivo
que desceu do céu. Quem come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu vou
dar é a minha própria carne, para que o mundo tenha a vida." Em vez do maná e em vez do cordeiro pascal do primeiro
êxodo, somos convidados e comer o novo maná e o novo cordeiro pascal que é o
próprio Jesus que se entregou na Cruz pela vida de
todos.
O novo Êxodo. A multiplicação dos pães aconteceu perto da Páscoa (Jo 6,4). A festa da páscoa era a memória perigosa do Êxodo, a libertação do povo das garras do faraó. Todo o episódio narrado neste capítulo 6 do evangelho de João tem um paralelo nos episódios relacionados com a festa da páscoa, tanto com a libertação do Egito quanto com a caminhada do povo no deserto em busca da terra prometida. O Discurso do Pão da Vida, feito na sinagoga de Cafarnaum, está relacionado com o capítulo 16 do livro do Êxodo que fala do Maná. Vale a pena ler todo este capítulo 16 de Êxodo. Percebendo as dificuldades do povo no deserto, podemos compreender melhor os ensinamentos de Jesus aqui no capítulo 6 do evangelho de João. Por exemplo, quando Jesus fala de “um alimento que perece” (Jo 6,27) ele está lembrando o maná que estragava e perecia (Ex 16,20). Da mesma forma, quando os judeus “murmuram” (Jo 6,41), eles fazem a mesma coisa que os israelitas faziam no deserto, quando duvidavam da presença de Deus no meio deles durante a travessia (Ex 16,2; 17,3; Nm 11,1). A falta de alimentos fazia com que o povo duvidasse de Deus e começasse a murmurar contra Moisés e contra Deus. Aqui também os judeus duvidam da presença de Deus em Jesus de Nazaré e começam a murmurar (Jo 6,41-42).
O novo Êxodo. A multiplicação dos pães aconteceu perto da Páscoa (Jo 6,4). A festa da páscoa era a memória perigosa do Êxodo, a libertação do povo das garras do faraó. Todo o episódio narrado neste capítulo 6 do evangelho de João tem um paralelo nos episódios relacionados com a festa da páscoa, tanto com a libertação do Egito quanto com a caminhada do povo no deserto em busca da terra prometida. O Discurso do Pão da Vida, feito na sinagoga de Cafarnaum, está relacionado com o capítulo 16 do livro do Êxodo que fala do Maná. Vale a pena ler todo este capítulo 16 de Êxodo. Percebendo as dificuldades do povo no deserto, podemos compreender melhor os ensinamentos de Jesus aqui no capítulo 6 do evangelho de João. Por exemplo, quando Jesus fala de “um alimento que perece” (Jo 6,27) ele está lembrando o maná que estragava e perecia (Ex 16,20). Da mesma forma, quando os judeus “murmuram” (Jo 6,41), eles fazem a mesma coisa que os israelitas faziam no deserto, quando duvidavam da presença de Deus no meio deles durante a travessia (Ex 16,2; 17,3; Nm 11,1). A falta de alimentos fazia com que o povo duvidasse de Deus e começasse a murmurar contra Moisés e contra Deus. Aqui também os judeus duvidam da presença de Deus em Jesus de Nazaré e começam a murmurar (Jo 6,41-42).
Para um confronto
pessoal
1) A eucaristia me ajuda a viver em estado permanente de
Êxodo? Estou conseguindo?
2) Quem é aberto para a
verdade encontra em Jesus a resposta. Hoje, muita gente se afasta e já não
encontra a resposta. Culpa de quem? Das pessoas que não quer escutar? Ou de nós
cristãos que não sabemos apresentar o evangelho como uma mensagem de
vida?
OUVIR O PAI E CRER
Nos capítulos lidos hoje, judeus, provavelmente
galileus de proveniência, são alguns da multidão, que exprimem a perplexidade
sobre um discurso verdadeiramente difícil e que se fará de todo paradoxal
(contraditório), se tomado ao pé da letra e não em sentido sacramental, quando
Jesus diz: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue” (vv. 54.56).
Estes não contestam que Deus possa dar um pão da vida, mas ficam
surpresos que Jesus possa dizer ser o pão da vida. Na verdade, conhecem
bem a sua família, vale dizer que o conhecem como homem normal. De fato, não é
um esforço pessoal de interpretação das suas palavras que lhes fará compreender,
mas um chamado do Pai: “ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o
atrai” (cf. v. 44). Trata-se de uma vocação, dom gratuito de Deus. Em
linguagem tradicional, diz-se que é a graça antecipada por Deus que suscita a
fé.
Fruto da atração do Pai e da consequente fé em
Jesus será a ressurreição: “e eu o ressuscitarei no último dia” (v. 44; cf. vv.
39.40.54; 11,24). Como explicação da obra de Deus, o evangelista cita um
versículo de Isaías (54,11), seguindo, com uma certa liberdade, a versão da
bíblia hebraica dos LXX (conhecida como versão dos 70): “Todos os homens serão
instruídos por Deus”, “Todo aquele que escuta o Pai e recebe sua instrução vem a
mim” (v. 45). O ensinamento do Pai deve ser escutado e acolhido.
Estamos aqui em presença do mistério de Deus
que chama, e do mistério da liberdade da pessoa que deve responder. Uma pessoa
não pode vir à fé sem atração e ensinamento divino, mas ao mesmo tempo conserva
a liberdade de responder positivamente ou negativamente a este chamado. Trata-se
de uma acolhida na escuta, segundo o caminho normal indicado por Deus a Israel:
“Ouça Israel” Shemá Israel (Dt 6,4), não de acordo com a visão: “Não que
alguém já tenha visto o Pai. O único que viu o Pai é aquele que vem de Deus” (v.
46).
“Quem acredita possui a vida eterna” (v. 47);
já desde agora o cristão, que será ressuscitado no último dia, participa da vida
de Deus através de Jesus que se faz pão da vida. Para que quem o coma não morra.
Aqui é introduzido o discurso do comer, que continua no resto do capítulo e que
é compreendido em sentido sacramental.
O próprio Jesus é o pão que desce do céu, não o pão material, nem o maná doado como alimento a Israel no deserto. Trata-se da própria carne de Jesus, doada para a vida do mundo (Mt 26,26; Mc 14,22; Lc 22,19). Trata-se de entrar no mistério de Deus, em Jesus que se doa pela vida do mundo e que se pode acolher somente na fé, dom de Deus.
O próprio Jesus é o pão que desce do céu, não o pão material, nem o maná doado como alimento a Israel no deserto. Trata-se da própria carne de Jesus, doada para a vida do mundo (Mt 26,26; Mc 14,22; Lc 22,19). Trata-se de entrar no mistério de Deus, em Jesus que se doa pela vida do mundo e que se pode acolher somente na fé, dom de Deus.
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