quarta-feira, 12 de junho de 2013

SANTO DO DIA - 12/06/2013

12/08
João Leão Gustavo Dehon
João Leão Gustavo Dehon nasceu no dia 14 de março de 1843, no pequeno povoado de La Capelle, em Soissons, na França. A sua mãe, Estefânia Adele Vandelet era um exemplo de fé; mas o seu pai, Júlio Alexandre Dehon era indiferente e até mesmo anticlerical.

Ainda criança manifestou grande sensibilidade espiritual. Aos treze anos, durante um retiro, sentiu o chamado para o sacerdócio e iniciou uma longa luta com o seu pai, que não pretendia ter um filho padre. Em 1859, foi para a Universidade de Sorbone em Paris, onde recebeu o diploma de advogado. Em 1865, aceitou a longa viagem que seu pai lhe proporcionou, com a clara intenção de que não seguisse a carreira sacerdotal. Foi um roteiro fascinante, começando pela Suíça, Itália, Grécia, Egito e finalizando na Palestina. No regresso passou pela Síria, Constantinopla, Budapeste e Viena. Mas ao invés de ir para casa, foi para Roma, onde conseguiu uma audiência com o Papa Pio IX que o aconselhou a fazer os estudos eclesiásticos ali mesmo, na cidade eterna. Assim, entrou para o Seminário de Santa Clara, mesmo contra a vontade paterna, uma vez que era Deus que o queria padre.

O dia 19 de dezembro de 1868 foi o mais desejado e feliz da vida de Dehon. Mais desejado, porque recebeu sua ordenação sacerdotal. Feliz, porque seu pai, convertido sinceramente, recebeu a Santa Eucaristia das suas mãos, quando celebrava a sua primeira Missa. Apesar de ter concluído muitos cursos e doutorados, padre Dehon foi designado para ser um simples vigário da pobre e problemática paróquia de São Quintino, da diocese de Soissons.

Ele assumiu a missão com todo ardor e entusiasmo. Mas o sacerdote tinha algo que o inquietava. Sentia um forte desejo de ingressar numa congregação religiosa. Como não encontrou uma que atendesse seus anseios por justiça social associada às missões, decidiu e fundou a Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus em 1878. Entretanto, surgiu a grande provação. O governo maçônico da França decretou a expulsão das congregações religiosas. Padre Dehon então para proteger seus sacerdotes, no caso de expulsão, adquiriu uma casa na Holanda, pois, assim teriam onde se refugiar. Mas a situação ficou tão complicada e confusa, que foi o próprio Vaticano que suprimiu a congregação. Quem o socorreu foi seu Bispo, que o conhecia muito bem.

Em 1884, o Papa decretou a reabertura da congregação. Desde então, ele trabalhou para consolida-la fundando novas casas por toda a Europa. Depois, a congregação também se estabeleceu nas Américas, na África e na Ásia. E padre Dehon, sempre movido pelo objetivo de difundir o pensamento de justiça social da Igreja, proferiu muitas conferências, escreveu artigos em jornais e revistas e publicou vários livros.

No dia 12 de agosto de 1925 morreu em Bruxelas, na Bélgica deixando uma obra notável e duradoura como apóstolo social e principalmente como apóstolo do Coração de Jesus. Ele experimentou o amor de Deus ao contemplar o Coração de Jesus transpassado na cruz, o testemunhou durante a sua vida terrena e o imprimiu como carisma de sua congregação. No momento extremo Padre Leon Dehon ainda afirmou, apontando para a imagem do Sagrado Coração: "Para Ele vivi, para Ele morro".

Atualmente, os religiosos "dehonianos" fazem o mesmo, evangelizando e trabalhando pela justiça social em paróquias, colégios, faculdades, orfanatos, creches, comunidades de recuperação de drogados, missões, shows musicais e meios de comunicação social, nos quatro cantos do mundo. O corpo do venerável fundador está sepultado na Igreja de São Martinho, em São Quintino, na França.
Santo Inocêncio XI
Beato Odescalchi nasceu em Como (norte da Itália) em 16-5-1611, de família nobre. Fez os estudos primários ou elementares em Como com Jesuítas, passando depois a Gênova, Roma e Nápoles. Era formado em direito civil e econômico. Pouco depois entrou na carreira eclesiática, recebendo apenas a tonsura. Inocêncio X, que muito o estimava pelas suas virtudes, o fez cardeal legado apostólico em Ferrara (administrador civel da região). Em 1650 foi nomeado bispo de Novara, quando recebeu a ordenação sacerdotal e a sagração epsicopal.

Como bispo foi muito zeloso, procurando imitar em todos S.Carlos Borromeu, cujas constituições sinodais seguir à risca. Depois foi chamado e retido em Roma pelos papas, por isso pediu renúncia da sua diocese, que não foi aceita. No conclave de 1676 não pôde se eximir de aceitar o peso do sumo pontificado, assumindo o nome de Inocêncio XI, em homenagem ao seu benfeitor Inocêncio X. Foi papa de 21-9-1676 até a data da sua morte em 12-8-1686. Está sepultado no Vaticano, na de S. Pedro.

O operoso pontificado de Inocêncio XI decorreu num período convulso. Expreendeu uma poderosa atividade diplomáica e de reforma postal. Piedosíssimo, detestou toda forma de negativismo. Vivia com seus bens próprios, e não à custa da Igreja. Era chamado de pai dos pobres, fama que já tinha desde dos tempos de sua administração civil em Ferrara. Mas foi muito firme em relação ao rei da França. Luís XIV, a quem se pôs tenazmente na questão das regalias das embaixadas. Exatamente por isso, por política, para não desagradar aos reis absolutos e não humilhar a França, o seu processo de beatificação esteve paralisado por quase dois séculos. Apenas em 1956, passandas os razões "políticas", pode ser canonizado por Pio XII. 

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