Lucas
15,3-7
Naquele tempo:
3 Jesus contou aos escribas e fariseus esta parábola:
4 'Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma,
não deixa as noventa e nove no deserto,
e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la?
5 Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria,
6 e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: 'Alegrai-vos comigo!
Encontrei a minha ovelha que estava perdida!'
7 Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.
Reflexão
"Alegrai-vos
comigo, porque encontrei a minha ovelha perdida." - João XXIII (1881-1963), Diário da Alma,
1901
Naquele tempo:
3 Jesus contou aos escribas e fariseus esta parábola:
4 'Se um de vós tem cem ovelhas e perde uma,
não deixa as noventa e nove no deserto,
e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la?
5 Quando a encontra, coloca-a nos ombros com alegria,
6 e, chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: 'Alegrai-vos comigo!
Encontrei a minha ovelha que estava perdida!'
7 Eu vos digo: Assim haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte, do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.
Reflexão
A devoção ao Sagrado
Coração de Jesus é uma das expressões mais difundidas da piedade eclesial, tal
como refere recentemente o “Directório sobre a Piedade Popular e a Liturgia” da
Congregação para o Culto Divino. Os Pontífices romanos têm salientado
constantemente o sólido fundamento na Sagrada Escritura desta maravilhosa
devoção.
Como consequência
das aparições de Nosso Senhor a Santa Margarida Maria Alacoque no mosteiro de
Paray-le-Monial a partir de 1673, este culto teve um incremento notável e
adquiriu a sua feição hoje conhecida. Nenhuma outra comunicação divina, fora as
da Sagrada Escritura, receberam tantas aprovações e estímulos da parte do
Magistério da Igreja como esta.
Entre os documentos
mestres nesta matéria encontramos a encíclica de Pio XII, Haurietis aquas, de 15 de Maio de 1956. Pio XII
salienta que é o próprio Jesus que toma a iniciativa de nos apresentar o Seu
Coração como fonte de restauração e de paz: “Vinde a
mim, todos vós, que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e
encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu
fardo é leve”. (Mt. 11,
28-30)
Não é por acaso que as
aparições a Santa Margarida Maria se deram num momento crucial em que se
pretendia afirmar secularização e que a devoção ao Sagrado Coração apareceu
sempre como o mais característico de todos os movimentos que resistiram à
descristianização da sociedade moderna.
A liturgia deste dia convida-nos a
contemplar a bondade, a ternura e a misericórdia de Deus pelos homens – por
todos os homens, sem exceção. Como imagem privilegiada para exprimir esta
realidade, a Palavra de Deus utiliza a figura do Pastor: Deus é o Pastor que,
com amor, cuida do seu rebanho.
O Evangelho trás uma
mensagem maravilhosa, da misericórdia do amor de Deus, por sua Igreja. O
Evangelho nós conta que Nosso Senhor está falando com os discípulos, e também
com os fariseus e escribas. Os fariseus eram pessoas que pregavam a moral, e as
leis religiosas judaicas, mas não viviam o que pregavam. Acreditavam serem os
únicos com as verdades do Velho Testamento, e autos-suficientes para cobrar as
normas, os ritos, e impor leis que era um fardo para o povo Judeu.
Esse Grupo de Judeus
foram os responsáveis pela perseguição de Jesus, que terminou com sua morte na
cruz. Muitas vezes vemos Jesus censurando esse grupo de judeus pela suas
hipocrisias, e por estar querendo pó-lo em contradição, para leva-ló ao tribunal
para condena-ló. Os escribas eram pessoas que tinham por oficio, registrar as
leis e normas, copiarem texto sagrados do Pentateuco, os proféticos e os
sapiensais para os fariseus, e as comunidades judaicas.
São Lucas usa da imagem do bom pastor, nesta
parabóla para falar do amor e a misericórdia de Deus. O Senhor é o próprio
Pastor que cuida de cada um de nós. A ovelha é um animal que precisa de cuidados
e direcionamentos. Qualquer descuido elas podem ficar doentes, machucarem, cair
em buracos ou ser presa de predadores.
O senhor nós compara com as ovelhinhas que precisa de cuidados e atenção. Esta ovelha somos cada um de nós, que muitas vezes com os nossos pecados, afastamos de Deus.
O senhor nós compara com as ovelhinhas que precisa de cuidados e atenção. Esta ovelha somos cada um de nós, que muitas vezes com os nossos pecados, afastamos de Deus.
Isso quer dizer que o nosso Deus se preocupa com os
pobres excluídos, marginalizados no caminho?! Esse Evangelho e para encher-nós,
de esperanças e fé os nossos corações! Aos olhos de Deus todos nós somos iguais,
Ele olha para cada um de nós, como pessoas únicas, não importa a condição em que
estejamos. Deus é amor!
O pastor verificou que faltava uma ovelha no seu
rebanho, e por isso ficou triste, afrito, preocupado, ansioso, pela ausência da
ovelhinha, e vai em sua procura, deixa as noventa e nove num lugar deserto e
protegido, de ladrões e predadores, e busca a fujona. O rebanho só é completo
com a volta da ovelhinha perdida!
O pastor da parabóla tem
orgulho das suas ovelhas, e coloca em primeiro lugar os cuidados do rebanho. O
Reino de Deus só e completo, com a presença de todos os filhos de
Deus.
Jesus revela que somos os valores fundamentais do
Reino de Deus! Irmãos a nossa lógica humana é egoísta, e as vezes até desumana.
Quantos de nós não deixaria a ovelha marginalizada no caminho perdida, e
contentaríamos com as noventa e nove? Não e assim que acontecem muitas vezes na
comunidade? Vamos em busca do irmãozinho que se afastou da igreja? Preocupamos
se eles estão bem, ou se correm risco de ir para outras pastagens? Os lobos
estão lá fora, só esperando para dar o bote!?
Hoje o Senhor está também procurando por
discípulos, que esteja disposto a deixar as noventa e nove, na sua comunidade,
pois já estão bem alimentadas pela palavra que lá é semeada, e ir em busca de
almas que o Evangelho não as encontrou, estão a deriva e perdidas, sequiosas por
águas refrescantes do Espirito Santo!
Cada um de nós tem um
pouco de pastor, e um pouco de ovelha. Existem varias formas de pastor e de
ovelhas. Precisamos discernir, e tomar muito cuidado! um bom missionário se
apega ao Espírito Santo para evangelizar! Que evangelizador seriamos para Jesus
sem o Espírito Santo?!
Cuidado!!! Com os anti-cristo hipócritas, vestidos
de lobos! Outros apriscos realmente são de Deus, pois semeiam e testemunham sã
doutrina nós corações das ovelhinhas do Senhor! E nós ovelhas que já bebemos da
água do Espírito, é nosso dever sabermos escolher o aprisco do verdadeiro
Pastor, arrebanhar as ovelhas sedentas para Jesus.
É preciso pregar o
Evangelho na unção do Espírito. Paulo pregava a palavra com poder do fogo do
Espírito Santo, e as pessoas não enxergavam Paulo, mas o Senhor Jesus
ressuscitado. E as pessoas era tocadas pelo Evangelho, curadas e libertadas do
mal!
Que nós também quando estivermos em missão, sejamos homens e mulheres humildes e cheios do Espírito, que não preguemos a palavra para nós aparecer, porque quem tem de aparecer, e o Senhor Jesus. O Bom Pastor!
Que nós também quando estivermos em missão, sejamos homens e mulheres humildes e cheios do Espírito, que não preguemos a palavra para nós aparecer, porque quem tem de aparecer, e o Senhor Jesus. O Bom Pastor!
Jesus termina esta parabóla dizendo: que o Pastor
foi atrás da ovelha perdida e a encontrou, encontrando-a colocou-a nos ombros, e
a trouxe muito contente para casa. E fez uma festa, convidou seus amigos
dizendo: Alegrai comigo, porque encontrei a minha ovelhinha perdida. Foi por
isso que Deus no seu amor infinito, enviou seu filho único, para nós encontrar e
resgatar da morte eterna. Jesus é o nosso Salvador, o bom Pastor!
O Senhor falou também que
haverá festa no céu por um só pecador convertido, do que por noventa e nove
justos que já goza da graça de Deus. É alegria que sobe ao céu, e festeja no céu
o acontecimento!
A OVELHINHA QUE SE EXTRAVIOU
- Padre Bantu Mendonça K. Sayla
No estudo da parábola da ovelha perdida extraímos lições
espirituais que devem ser bem compreendidas. O amor de Deus alcança todos os
perdidos. Assim como o pastor ama as ovelhas e não pode sossegar enquanto uma
única lhe falta, também Deus, em grau infinitamente mais alto, ama todo perdido.
Nenhuma das ovelhas extraviadas do redil de Deus é desprezada, nem abandonada
sem socorro. Cristo salvará a cada um que se queira deixar redimir do abismo da
corrupção e dos espinheiros do pecado.
O Pastor sai pelos caminhos e valados, procurando a alma
triste e desamparada que não sabe mais voltar. Porque assim diz o SENHOR Deus:
Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.
O pastor que descobre a ausência de uma ovelha, não contempla
indiferentemente o rebanho que está seguro no redil, dizendo: Tenho noventa e
nove, e custar-me-á muita perturbação ir em busca da desgarrada. Ela que volte;
abrir-lhe-ei a porta do redil e a deixarei entrar. Não; logo que a ovelha se
afasta, o pastor enche-se de cuidados e apreensões. Conta e reconta o rebanho.
Quando se certifica de que realmente uma ovelha se perdeu, não dormita. Deixa as
noventa e nove no redil, e sai em busca da ovelha desgarrada. Quanto mais escura
e tempestuosa a noite, e quanto mais perigoso o caminho, tanto maior é a
apreensão do pastor e tanto mais diligentemente a procura. Faz todos os esforços
possíveis para encontrar a ovelha perdida. Quando alguém que vagou longe no
pecado procura voltar para Deus, encontrará suspeita e crítica. Há os que
duvidarão de que o arrependimento seja genuíno, ou insinuarão: “Ele não tem
estabilidade; não creio que resista.” Tais pessoas não fazem a obra de Deus,
porém a de Satanás, que é o acusador dos irmãos. Por suas críticas, o maligno
espera desencorajá-las, afastá-las ainda mais da esperança e de Deus. Contemple
o pecador arrependido a alegria do Céu pela volta daquele que se perdera. Confie
no amor de Deus e não desanime de maneira alguma pelo escárnio e suspeita dos
fariseus.
A parábola mostra bem claramente que as almas transviadas não
ficarão perdidas no labirinto das paixões, nem nas furnas onde medram os
abrolhos. Como a ovelha desgarrada, elas serão procuradas, ainda mesmo que seja
preciso deixar de cuidar daquelas que atingiram já uma altura considerável,
ainda mesmo que as noventa e nove ovelhas fiquem estacionadas num local do
monte, os encarregados do rebanho sairão ao campo em procura da que se
perdeu.
O Pai não quer a morte do ímpio; não quer a condenação do
mau, do ingrato, do injusto, mas sim a sua regeneração, a sua salvação, a sua
vida, a sua felicidade. Ainda que seja preciso, para a regeneração do Espírito,
nascer ele na Terra sem mão ou sem pé entrar na vida manco ou aleijado; ainda
que lhe seja preciso renascer no mundo sem os olhos, por causa dos “tropeços”,
por causa dos “escândalos”, a sua salvação é tão certa como a da ovelha que se
havia perdido e lembrada na parábola, porque todos esses pobres que arrastam o
peso da dor, os seus guias e protetores os assistem para conduzi-los ao porto
seguro da eterna bonança.
Espírito de comiseração pelos pecadores, leva-me a buscar
quem vive transviado pelo pecado e pelo egoísmo, e a manifestar-lhe a grandeza
do amor do coração de Jesus.
Sinto que o meu Jesus Se vai aproximando cada
vez mais de mim. Permitiu que, nestes dias, eu caísse ao mar, me afundasse na
consideração das minhas misérias, da minha soberba, para me fazer compreender
mais a imperiosa necessidade que tenho Dele. Quando estava prestes a afundar-me,
Jesus, caminhando sobre as águas, veio sorridente ao meu encontro para me
salvar. Eu queria dizer-Lhe, como Pedro: «Afasta-Te de mim, que sou um homem
pecador» (Lc 5, 8); mas a ternura do Seu coração, a suavidade do Seu tom de voz,
advertiu-me: «Não tenhas medo» (Lc 5, 10).
Nada temo, ao Vosso lado. Descanso no Vosso
peito; como a ovelha perdida, escuto os latejos do Vosso coração; Jesus, sou
Vosso, uma vez mais, sempre Vosso. Contigo sou verdadeiramente grande; débil
talo de junco sem Ti, sou uma coluna apoiado em Ti. Não me hei-de esquecer nunca
da minha miséria, para recear sempre de mim mesmo; mas, embora humilhado e
confuso, devo, com confiança crescente, abraçar-me ao Vosso coração, porque a
minha miséria é o trono da Vossa misericórdia e do Vosso amor.
A ovelha perdida
Eram cem ovelhas que o pastor possuía
Eram cem ovelhas que o pastor levou
Sucedeu uma tarde que ao conta-las todas
Lhe faltava,lhe faltava uma e triste chorou
As noventa e nove deixou no aprisco
É pelas montanhas a busca-la foi
Encontrou-a perdida, tremendo de frio
Curou suas feridas,a pôs em seus ombros
E ao redil voltou
Esta triste estória, volta a repetir-se
A cada nova ovelha, que perdida vai
Sem Deus e sem consolo, sem Deus e sem consolo
Sem o seu perdão
Eram cem ovelhas que o pastor possuía
Eram cem ovelhas que o pastor levou
Sucedeu uma tarde que ao conta-las todas
Lhe faltava,lhe faltava uma e triste chorou
As noventa e nove deixou no aprisco
É pelas montanhas a busca-la foi
Encontrou-a perdida, tremendo de frio
Curou suas feridas,a pôs em seus ombros
E ao redil voltou
Esta triste estória, volta a repetir-se
A cada nova ovelha, que perdida vai
Sem Deus e sem consolo, sem Deus e sem consolo
Sem o seu perdão
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