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Bem-Aventurada Ana de São Bartolomeu
07 de Junho - Bem-Aventurada Ana de São Bartolomeu nasceu no ano de 1549 em Almendral, na província de Toledo. Era filha de agricultores e ficou orfã quando tinha apenas 10 anos. Ficou então no trabalho de pastora de rebanhos, a fim de ganhar a vida. Ingressou no Convento das Carmelitas Descalças que Santa Teresa havia fundado em Ávila, no ano de 1570.
Secretária de Teresa de Ávila, Ana de São Bartolomeu acompanhou-a em suas viagens, muitas vezes o dia inteiro sobre chuvas e neves sem encontrar aldeia alguma por muitas léguas, não fazendo outra coisa senão tremer até os ossos. Quando encontrava alguma hospedagem, não havia fogo, nem meios de o entreter, nem coisa alguma para comer. Os alojamentos eram tais que, das camas, podia-se perceber o céu e a chuva caía cômodo adentro. No ano de 1582, Santa Teresa falecia em seus braços, tornando-se então, a herdeira da espiritualidade da santa fundadora. Foi a fundadora do mosteiro de Tous e priora em Paris. Na Bélgica foi Priora em Anvers, onde exerceu grande influência espiritual.
Morreu em 1626 e foi sepultada no convento de Anvers.
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Optato de Mileve (Bispo)
A cidadezinha de Mila, na Argélia, ainda recorda no nome a antiga Mileve, na cidade dos númidas que depois se tornou cidade romana. Em Mileve, no tempo de Sto. agostinho, deram-se alguns concílios episcopais, mas a maior glória do local é S. Optato, que nasceu, viveu e morreu em Mileve, e lá foi bispo. Pouco se sabe de sua vida. É provável que tenha sido filho de militar e quando nasceu, no início do século IV, era pagão. Abandonou a carreira militar pela eclesiástica e tornou-se bispo de Mileve e em tal cargo morreu por volta do ano 385. Mais ainda não se sabe. Mas a sua importância está na obra que escreveu pelo ano 365, contra as invectivas de Parmeniano, bispo donatista de Cartago, em 6 livros, aos quais, no fim da vida, acrescentou um 7º.
O cisma donatista, na igreja africana, recusava o reingresso na Igreja dos "traidores", isto é, dos que nas últimas perseguições tinham entregado aos pagãos os livros e objetos sagrados. Eles não podiam voltar para a Igreja, não podiam ser ordenados padres nem bispos e todos os sacramentos administrados por eles eram considerandos inválidos.
Nas terras africanas, antes que se levantasse a palavra de Sto. Agostinho de Tagaste, S. Optato usou seus argumentos polêmicos e doutrinários contra os donatistas. Eis uma de suas afirmações que fizeram escola:"Os sacramentos são santos por si mesmos, e não pelos homens que os administram". Como os donatistas se julgavam os únicos capazes de orar devidamente, ele prosseguia: "Se vós sois os únicos a louvar a Deus, então o mundo se cala, do oriente ao ocidente".
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Santo Antônio Maria Gianelli
Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, perto de Chiavari, na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. A seu modo, foi também um revolucionário, pois sacudiu as instituições da Igreja no período posterior ao "furacão" Napoleão Bonaparte.
Sua família era de camponeses pobres e neste ambiente humilde aprendeu a caridade, o espírito de sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo. Desde pequeno era muito assíduo à sua paróquia e foi educado no Seminário de Genova, onde ingressou em 1807. Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e retórica e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital organizado para recepcionar o novo Bispo de Genova, Monsenhor Lambruschini. Intitulou o recital de "Reforma do Seminário", assim tranqüilo, direto e com poucos rodeios, defendia a nova postura na formação de futuros sacerdotes. A repercussão foi imediata e frutificou durante todo o período da restauração pós-napoleônica. Entre os anos de 1826 e 1838 foi o pároco da igreja de Chiavari, onde continuou intervindo com inovações pastorais e a fundação de várias instituições, entre elas seu próprio Seminário. Em 1827 criou uma pequena congregação missionária para sacerdotes, que colocou sob a proteção de São Alfonso Maria de Ligório, destinada à aprimorar o apostolado da pregação ao povo e à organização do clero. Depois fundou uma feminina, de caráter beneficente, cultural e assistencial, para a qual um nome pouco comum de "Sociedade Econômica", e entregou-a às Damas da Caridade, destinada a educação gratuita das meninas carentes. Era na verdade o embrião da Congregação religiosa que seria fundada em 1829, as "Filhas de Maria Santíssima do Horto", depois chamadas de "Irmãs Gianellinas". Em 1838 foi nomeado Bispo de Bóbbio. Com a ajuda dos "Padres Ligorianos" reorganizou sua própria diocese, punindo padres pouco zelosos e até mesmo expulsando os indignos. E também reconstituiu a pequena congregação com o nome de "Oblatos de Santo Alfonso Maria de Ligório". Aos cinqüenta e sete anos, morreu no dia 07 de junho de 1846, em Piaceza. Na obra escrita que deixou expõem seu pensamento "revolucionário": a moralidade do clero na vida simples e reta de trabalho no seguimento de Cristo. Reacionária para aqueles tempos tão corrompidos pelo fausto napoleônico das cortes que oprimiam o povo cada vez mais miserável. Portanto um tema atual que deve ser lembrado sempre nas sociedades de qualquer tempo. Antonio Maria Gianelli, foi canonizado por Pio XII em 1951 e suas instituições femininas ainda hoje florescem, principalmente na América Latina. Por este motivo é chamado de o "Santo das Irmãs". | |
Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
Nós celebramos esta grande Festa Litúrgica na Igreja, que nos leva a uma profunda culto a Deus pois nos esclarece Santo Afonso de Ligório: "A devoção ao Coração de Jesus é a mais bela e a mais sólida do Cristianismo".
Esta devoção consiste no reconhecimento, entrega e dedicação ao amor de Jesus, manifestado no símbolo mais simples do amor, isto é coração. Podemos afirmar que esta devoção ao Coração Sagrado de Jesus fundamenta-se no Evangelho, neste encontramos a ação amorosa misericordiosa do Cristo, e nasceu na Cruz, do lado aberto de Jesus.
Tornou-se popular a partir das manifestações visíveis do Senhor a Santa Margarida Alacoque, que inicialmente lhe disse:
"Eis o Coração que tanto tem amado os homens e os cumulou de benefícios, e em resposta ao seu amor infinito, em vez de gratidão, encontra esquecimento, frieza e desprezo".
Santa Margarida em meio as incompreensões e sofrimentos tornou-se a primeira mensageira do Sagrado Coração de Jesus, num tempo em que o Jansenismo do século XVII afastava o povo da recepção dos Sacramentos e desta forma, das experiência concretas do povo com o Amor de Deus.
Vários Sumos Pontífices, como Leão XIII que consagrou no ano de Mundo ao Sagrado Coração de Jesus, manifestaram-se a favor desta devoção que se resume na Consagração e Reparação; desta forma compreendemos o testemunho do nosso Papa João Paulo II em 1980:
"Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a liturgia da Igreja concentra-se, com adoração e amor especial, em torno ao mistério do Coração de Cristo. Quero hoje dirigir juntamente convosco o olhar dos nossos corações para o mistério desse Coração.
Ele falou-me desde a minha juventude. Cada ano volto a este mistério no ritmo litúrgico do tempo da Igreja".
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sábado, 7 de junho de 2014
SANTO DO DIA - 07/06
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