sábado, 14 de setembro de 2013

SANTO DO DIA - 14/09/2013

14/09
Exaltação da Santa Cruz
Foi no ano 335, por ocasião da dedicação de duas basílicas constantinianas de Jerusalém, a do Martyrium ou Ad Crucem no Gólgota, foi construída sobre o Monte do Gólgota, e a do Anástasis, isto é Ressurreição, foi construída no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e foi ressuscitado pelo poder de Deus, sendo celebrada pela primeira vez a festa em honra da Santa Cruz, estas basílicas foram construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena.

Quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelo rei persa Cosroe Parviz, durante a conquista da cidade Santa e a partir do seculo VII comemora-se a recuperação da preciosa relíquia pelo imperador Heráclio em 628. Os historiadores contam que o imperador levou a Santa Cruz às costas desde Tiberíades até Jerusalém, onde a entregou ao patriarca Zacaria, no dia 3 de maio de 630 tendo sido a Festa da Exaltação da Santa Cruz também a ser celebrada no Ocidente.

A celebração atual tem um significado bem maior do que o encontro pela piedosa mãe do imperador Constantino, Santa Helena. A festividade lembra aos cristãos o triunfo de Jesus, vencedor da morte e ressuscitado pelo poder de Deus. Cristo, encarnado na sua realidade concreta humano-divina, se submete voluntariamente à humilde condição de escravo (a cruz era o tormento reservado para os escravos) e o suplício infame transformou-se em glória perene. Assim a cruz torna-se o símbolo e o compêndio da religião cristã.
Santo Materno de Colônia
É conhecido apenas como o primeiro bispo da história cristã da cidade de Colônia, na Alemanha. Desde o século IV, se criou uma tradição cristã, na cidade de Trevire, na Alemanha, segundo a qual Materno teria vindo da Palestina. E não é só isso: o próprio apóstolo Pedro é que o teria enviado, para divulgar o Evangelho ao mundo germânico.

Essa tradição fazia de Trevire a primeira sede episcopal cristã da Alemanha e, portanto, dotada de jurisprudência sobre as demais, por uma questão de antigüidade.

A personagem de Materno, o Bispo de Colônia, é de fato muito importante para a história Igreja, que já estava liberta das perseguições externas, por obra do imperador Constantino. Mas a ela continuava exposta às divisões internas dos cristãos que, insistentemente, prejudicavam a si próprios.

Materno é um de seus pacificadores, convocado a deixar a Alemanha para resolver um grande conflito nascido no norte da África: o cisma donatista. Liderados pelo bispo Donato, esse grupo de radicais tinha uma visão extremamente elitista, era totalmente contrário às indulgências e pregava a segregação dos bons cristãos daqueles infiéis e traidores. Os donatistas consideravam traidores os cristãos que, por medo, durante a perseguição do imperador Diocleciano, haviam renegado a fé e entregue os Livros Sagrados às autoridades romanas. Inclusive, negavam-se a aceitar a re-inclusão dos sacerdotes que haviam agido desta maneira, bom como a inclusão de novos sacerdotes, caso também tivessem sido considerados, anteriormente, indignos. E por isto, os donatistas de Cartago, não reconhecem o novo Bispo Ceciliano, porque um dos Bispos que o consagraram havia renegado à fé, durante as perseguições.

Chamado para arbitrar o imperador Constantino, em 313, escreve ao Papa Melquior, de origem africana, para convocar o Bispo Ceciliano, bem como outros, favoráveis ou não à sua questão, para uma decisão final, imparcial. E ainda o informa que os Bispos: Materno da Alemanha, Retício e Martino da França já estavam a caminho de Roma. O imperador Constantino, obedecendo a suas conveniências políticas, promoveu um ato incisivo no colegiado eclesiástico, afiançando o caso africano também aos bispos da Alemanha e França.

Mais nada se sabe de Materno depois dessa importante missão em Roma, que se concluiu com a sentença favorável ao Bispo Ceciliano. Mas este cisma não terminou, mesmo contando também com notável presença de Santo Agostinho, Bispo de Hipona.

Entretanto, em Trevire, a fama de santidade de seu primeiro Bispo, faz a figura de Materno tomar vulto e a população começa a venerá-lo. Ao longo dos séculos, a Catedral de Trevire, que abriga as relíquias de Santo Materno, foi reconstruída e hoje podemos ver o grau de devoção dos fiéis estampado nos vitrais deste templo. Este culto foi autorizado pelo Vaticano, em conseqüência detesta devoção secular e, ainda presente nos fiéis, a data de sua tradicional festa litúrgica no dia 14 de setembro, foi mantida. 

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