quarta-feira, 21 de março de 2012

Educadoras Negras estão reunidas na CNBB

Brasília, 21 mar (SIR/CNBB) - De 20 ao dia 22, a Pastoral Afro-brasileira está reunida com o Ministério da Educação (MEC), e a Pastoral da Educação para discutir, dentre outros temas, a implementação da Lei 10.639/03.
O dispositivo estabelece a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana na educação do Ensino Fundamental e Médio. A reunião visa refletir sobre a educação, com o recorte étnico racial, para subsidiar as ações da pastoral afro-brasileira. “É uma conquista da luta de vários movimentos, queremos que cada município implemente a Lei 10.639, no sistema de educação”, afirmou o coordenador da Pastoral Afro-brasileira, padre Jurandyr Azevedo Araújo.
A reunião do grupo está debatendo a realidade da Lei 10.639/03 no Brasil, as conquistas, e os desafios, para que as escolas incluam as referidas disciplinas no currículo escolar.Historicamente, os negros foram t ratados de forma tão violenta no passado, que ainda hoje, marcam o presente de gerações inteiras de crianças, jovens e adultos que estão nas escolas, principalmente as públicas. A inclusão das matérias nos currículos, contribuirá significativamente para que essas gerações se fortaleçam, aumentando a sua auto-estima. Além de discutir a respeita da execução da lei, o grupo abordará outros temas. Na pauta das reuniões também está a contextualização dos diálogos interculturais sobre o Projeto “Percurso dos quilombos: da África ao Brasil e sua volta às origens”.
Este tema tem por finalidade traçar diretrizes curriculares para a educação escolar Quilombola. Outro assunto que o grupo também irá tratar é sobre as mortes dos jovens negros por todo país. “Vamos concluir o texto, e aprimorá-lo. Em seguida, vamos trabalhá-lo em movimentos sociais, nas escolas entre educadores e educandos, e nas direções”, explicou padre Jurandyr. A ideia é ta mbém conduzir às propostas até as comunidades negras, por meio de cursos. “Vamos levar a consciência da diversidade, o valor do negro na sociedade, no trabalho, até às comunidades negras, como quilombolas, por exemplo”, finalizou

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