O chefe de governo Mario Monti e outras personalidades estiveram no local para se despedir do Papa (Foto: AFP)
Cidade do Vaticano, 23 mar (SIR) - Bento XVI inicia nesta sexta-feira uma viagem de seis dias ao México e Cuba, voltando cinco anos depois à América, onde vivem quase metade (49%) dos 1.196 milhões de batizados.
Este número corresponde a uma percentagem de 28,34 por cento da população total do continente americano, valor que registrou uma queda de 0,2% entre 2009 e 2010. A queda do número de católicos na América Latina, o avanço do secularismo e o aumento da influência das seitas são algumas das principais preocupações que Bento XVI já se manifestou a respeito desta região. Nesse sentido, o Papa revelou a sua intenção de visitar o México e Cuba para ali "proclamar a Palavra de Cristo e para garantir a convicção de que este é um tempo precioso para evangelizar com fé firme, esperança viva e caridade fervorosa”.
A ideia vai ao encontro das conclusões da última Conferência Geral dos Episcopados da América Latina e das Caraíbas, que decorreu em maio de 2007, em Aparecida (Brasil). O Papa inaugurou os trabalhos desta reunião magna, que juntou mais de 260 participantes, e convidou os representantes das conferências episcopais da região a não confundirem o Cristianismo com qualquer ideologia política ou partidária. "Se a Igreja começasse a transformar-se diretamente em sujeito político, não faria mais pelos pobres e pela justiça, mas, pelo contrário, faria menos, porque perderia a sua independência e a sua autoridade moral, identificando-se com uma única via política e com posições parciais questionáveis", alertou.
Perante problemas sociais graves e o avanço das seitas, o Papa considera que Deus e a evangelização são as respostas para os desafios da América Latina e os Bispos foram desafiados a centrarem a sua ação na figura de Jesus para enfrentar "certo enfraquecimento" da vida cristã. Esse fenômeno acontece, segundo o Papa, "devido ao secul arismo, ao hedonismo, ao indiferentismo e ao proselitismo de numerosas seitas, de religiões animistas e de novas expressões pseudorreligiosas". Esta é a primeira vez que Bento XVI visita países de língua hispânica na América Latina e é a sua terceira viagem ao continente americano, após a viagem ao Brasil (2007) e aos EUA (2008).
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