Pe. Zezinho, scj
Falo contigo Jesus! Não sei o que dizer, não sei o que pensar! A tsunami, os terremotos, os aluviões, os genocídios e as guerras do nosso tempo geraram milhões de mortos. Acrescentem-se pos suicídios, os assassinatos, as mortes por intoxicação e temos o quadro de uma civilização que não sabe como se proteger da morte nem como deixar de matar. Dessa vez foi o Haiti que levará mais de 50 anos para ser reconstruído. A Terra balançou e parte do Haiti morreu.
É a realidade do mundo. Por falta de condições os pobres vão morar onde o mar avança, onde os rios transbordam e onde os barrancos deslizam. Ir para onde? Dinheiro existe, mas vai para grandes monumentos e para o luxo. Se todos vivêssemos um pouco mais frugalmente haveria o mínimo necessário para todos. Mas escolhemos o demais e o de menos, nunca o suficiente e o justo.
Não sabendo o que pensar nem o que dizer ante mais este terremoto no Haiti, paro, penso e oro. Reconstruiremos aquele país sujeito a freqüentes desastres atmosféricos? E daremos a eles condições de viver sem o risco de tantas mortes? Caso não, para onde os transferiremos? Que país os acolheria? Quem lhes dará o dinheiro do qual precisam já que sua terra não tem o subsolo rico das outras?
Culpar-te é crer que existes, mas é também duvidar do teu amor. Criaste um universo em formação e, nele, uma Terra em formação. Ela se mexe e se move em placas tectônicas, as montanhas se movem, o céu se agita, as águas crescem, o clima age e reage. O universo inteiro está explodindo e se formando. Nós é que nos esquecemos disso. Viver é um risco. A depender de onde moramos, morre-se mais. Nenhum de nós tem certeza do dia de amanhã. É a lei da vida. Somos seres imprevisíveis de um planeta imprevisível. Hoje estamos vivos, amanhã talvez não. E quando não é o planeta é um carro, um avião, um acidente vascular cerebral. E partimos!
Pensar o quê? Dizer o quê? Exigir o quê? Tudo o que temos é o passado que nos impulsionou até aqui e o presente que por enquanto nos impele. O futuro não veio e nem sabemos se virá. Viver é bem isso! É a vida que nos deste! É precária, está sujeita a doenças e disfunções e, como o planeta, pode nos levar a qualquer momento. Não há um para onde. Há um para quem! Voltaremos ao teu colo!
Se não tivéssemos esperança de perdão agora e de um depois em Ti, a vida se nos mostraria bem mais enigmática. Mas eu tenho. Creio que um dia te conhecerei e que, junto aos que já chegaram ao definitivo, não estarei mais sujeito à dor e à morte. Agora, porém, não tenho respostas nem para os AVCs , nem para as tsunamis, nem para o terror, nem para os terremotos, nem para tanta morte. Só tenho a fé. Ensina-me a ver sentido onde meus olhos e meu coração não conseguem ver. Que a cruz na qual morreste me ensine! A morte deve ter algum porquê. A vida também! Educa-me para o tempo e para a eternidade!
http://www.padrezezinhoscj.com/
Comentários para: online@paulinas.com.br
Falo contigo Jesus! Não sei o que dizer, não sei o que pensar! A tsunami, os terremotos, os aluviões, os genocídios e as guerras do nosso tempo geraram milhões de mortos. Acrescentem-se pos suicídios, os assassinatos, as mortes por intoxicação e temos o quadro de uma civilização que não sabe como se proteger da morte nem como deixar de matar. Dessa vez foi o Haiti que levará mais de 50 anos para ser reconstruído. A Terra balançou e parte do Haiti morreu.
É a realidade do mundo. Por falta de condições os pobres vão morar onde o mar avança, onde os rios transbordam e onde os barrancos deslizam. Ir para onde? Dinheiro existe, mas vai para grandes monumentos e para o luxo. Se todos vivêssemos um pouco mais frugalmente haveria o mínimo necessário para todos. Mas escolhemos o demais e o de menos, nunca o suficiente e o justo.
Não sabendo o que pensar nem o que dizer ante mais este terremoto no Haiti, paro, penso e oro. Reconstruiremos aquele país sujeito a freqüentes desastres atmosféricos? E daremos a eles condições de viver sem o risco de tantas mortes? Caso não, para onde os transferiremos? Que país os acolheria? Quem lhes dará o dinheiro do qual precisam já que sua terra não tem o subsolo rico das outras?
Culpar-te é crer que existes, mas é também duvidar do teu amor. Criaste um universo em formação e, nele, uma Terra em formação. Ela se mexe e se move em placas tectônicas, as montanhas se movem, o céu se agita, as águas crescem, o clima age e reage. O universo inteiro está explodindo e se formando. Nós é que nos esquecemos disso. Viver é um risco. A depender de onde moramos, morre-se mais. Nenhum de nós tem certeza do dia de amanhã. É a lei da vida. Somos seres imprevisíveis de um planeta imprevisível. Hoje estamos vivos, amanhã talvez não. E quando não é o planeta é um carro, um avião, um acidente vascular cerebral. E partimos!
Pensar o quê? Dizer o quê? Exigir o quê? Tudo o que temos é o passado que nos impulsionou até aqui e o presente que por enquanto nos impele. O futuro não veio e nem sabemos se virá. Viver é bem isso! É a vida que nos deste! É precária, está sujeita a doenças e disfunções e, como o planeta, pode nos levar a qualquer momento. Não há um para onde. Há um para quem! Voltaremos ao teu colo!
Se não tivéssemos esperança de perdão agora e de um depois em Ti, a vida se nos mostraria bem mais enigmática. Mas eu tenho. Creio que um dia te conhecerei e que, junto aos que já chegaram ao definitivo, não estarei mais sujeito à dor e à morte. Agora, porém, não tenho respostas nem para os AVCs , nem para as tsunamis, nem para o terror, nem para os terremotos, nem para tanta morte. Só tenho a fé. Ensina-me a ver sentido onde meus olhos e meu coração não conseguem ver. Que a cruz na qual morreste me ensine! A morte deve ter algum porquê. A vida também! Educa-me para o tempo e para a eternidade!
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