sábado, 3 de março de 2012

Comentário do Evangelho

Prática do amor e da misericórdia.

Esta sexta, e última, antítese da sequência de Mateus exprime uma das mais fortes contradições com a doutrina dos escribas e fariseus: o amor ao inimigo.
A comunidade de Mateus era formada por convertidos do judaísmo. E estavam sendo perseguidos pelos compatriotas da sinagoga. A atitude de amor ao inimigo era a coerente maneira de testemunhar a sua fidelidade a Jesus e ao seu projeto. Com o refrão: "Ouvistes o que foi dito... Ora, eu vos digo..." fica afirmada a autoridade de Jesus em substituir a doutrina excludente do judaísmo por sua prática amorosa e libertadora.
A exortação de Jesus ao amor aos inimigos é justificada: "Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus". Esta sutil afirmação nos revela que Deus se manifesta como nosso Pai e que a nós cabe a responsabilidade e a iniciativa de assumirmos esta filiação.
Em conclusão nos é feita a exortação imperativa de seguirmos o modelo de perfeição do Pai. Esta perfeição não está no cumprimento das incontáveis observâncias da Lei, mas na prática do amor e da misericórdia.


José Raimundo Oliva

Oração
Espírito de amor perfeito, coloca-me no caminho da perfeição do Pai, que ama a humanidade, fazendo o bem a todos os seres humanos, sem distinção.

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