Pe Zezinho scj Chegaram-me às mãos três revistas de religiosidade popular, de cunho eclético-sincretista. Parecem católicas, mas, para qualquer estudioso de catequese e de teologia, não são. A orientação está mais para sincretismo do que para cristianismo. Sou professor de catequese e de comunicação há quase 30 anos. É meu dever orientar os meus leitores. E é o que estou fazendo.
Quando o leitor percebe ou sabe do que se trata, fica bem mais fácil orientar. Quando não se dá conta, acabará por seguir aqueles rituais e aquelas preces pensando que é material católico.
Um delas ensina que há orações poderosas e infalíveis, santos poderosos, terços poderosos, atendimento infalível de Santo Antônio. Traz receitas e orações para a moça conseguir um namorado, mensagens dos arcanjos poderosos, terço milagroso, salmos infalíveis, oração para sair da dívida, prece da prosperidade, mensagens dos anjos Uriel, Azariel, Saquiel, Cassiel, Anael e Asrael, tudo entremeado e santos católicos. E há terços com os mais estranhos títulos, orientações de como acender velas sobre pires, a que hora acender o incenso, o que fazer com as cinzas para obter graças.
Nada disso, ou quase nada é aceito pelo catecismo dos católicos. Penso ser meu dever avisar os leitores que me seguem que, se virem tais revistas nas bancas e quiserem comprar, saibam que nem tudo ali é conteúdo católico. O bondoso sacerdote que escreve nelas, pode ter a mais reta das intenções, mas o público deveria saber, na sua coluna, se ele concorda ou não com o conteúdo geral da revista. O simples fato de um padre católico escrever numa revista de sincretismo religioso não torna católica aquela revista.
E não é porque tem Santo Antônio ou São José na capa que a doutrina da revista se torna doutrina católica apostólica romana. Melhor é comprar um catecismo. Não virá com fotografias, mas certamente é muito mais católico!
Referência: Palavras que não passam (90 min.)
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