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domingo, 6 de maio de 2012

Cuidar do planeta - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Oro pelos destruidores do verde. Sinceramente eu oro, porque matam o futuro. Foram chegando e construindo e para isso, queimando, matando e destruindo. Milhões de homens e mulheres não sabem conviver com outras vidas ao redor. Os que sabem parecem não ter forças para salvá-las, por isso, Senhor, a cada dia que passa, eu vejo a teologia como experiência que passa pela ecologia.

Não terei moral para afirmar a tua existência se não proteger as vidas que me cercam, e não apenas as vidas humanas. O ser humano, embora importante, é apenas uma das tuas obras. Não fizeste o universo só por nossa causa, não o estás fazendo só por causa do homem. Tens as tuas bilhões de razões e nós somo uma delas.

Os grãos de areia, os pássaros multicoloridos e canoros e até mesmo os vermes, cantam o teu louvor. Eles não te entendem porque foram criados, mas a maioria dos seres humanos também não te entende. O modo como muitos vivem dá a entender que não entendem.

Que meu conhecimento de mim mesmo seja cada dia mais profundo, que eu conheça cada dia mais profundamente a história do ser humano e que eu conheça com maior profundidade a história do teu amor criador e criativo. Quero entender porque um ser humano começa de um jeito e termina do outro.

Quero saber o porquê dos que vivem sem um porquê. Nasci e estou vivo e quero dar um sentido ao meu nascer e ao meu viver para que possa, quem sabe, dar um sentido ainda mais bonito para o meu morrer. O que eu sei é que ainda eu não te conheço como poderia, mas gostaria de conhecer-te e não amo o que tu amas como deveria amar. Ainda não entendi que sou irmão do universo e um dos teus filhos caçulas. Não faz nem um milhão de anos que começamos a ser formados e não faz dez mil que começamos a registrar nossa passagem por aqui! .. E já colocamos a Terra em perigo!...

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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Falar a teu respeito - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Falar a teu respeito é sempre uma ousadia, mas não permitas, Senhor, que eu me torne seja um pregador atirado e atrevido, daqueles que afirmam o que não sabem, põem na tua boca o que não disseste, oferecem revelações que não lhe foram feitas e proclamam evidências que não aconteceram.

Deus quer, Deus disse, Deus exige, Deus manda, Deus fará, Deus concederá. Deus me diz nesse momento, Deus me disse ontem, Deus me disse meses atrás. É o que dizem com freqüência. E querem que acreditemos. E muitos acreditam, com o se qualquer um pudesse ser teu profeta!...

Eles sabem que mentem, sabem que blefam e, se não sabem, estão tremendamente confusos. Querem tanto que lhes fales que, antes de lhes falares, saem por aí dizendo que falaste. Querem tanto encontrar-te que, antes de te encontrarem, saem por aí dizendo que te encontraram. Não te dão tempo, comem o Teu pão antes de ele estar assado.

Ousado eu quero ser, atirado, não. Proclamarei que Tu existes, que és Pai e que és amoroso. Mesmo não sabendo explicar os desastres ecológicos, as mortes de crianças, as enfermidades incontornáveis, as torturas, os assaltos, os seqüestros, os estupros, a violência, a destruição dos teus filhos inocentes... mesmo assim, eu proclamo que existes.

Ouso dizer que existes e amas, embora não saiba explicar os acontecimentos que me cercam. Não conheço a tua mente infinita, mas dizer que sou profeta, que me dizes coisas, que sopras mensagens aos meus ouvidos e diante de uma platéia atônita, afirmar que eu estive contigo, estivestes comigo, me falaste, me deste um recado, isso eu não farei!

Se me falasses ou achasse que me falas, eu procuraria irmãos mais profundos para me orientar sobre a natureza de tais acontecimentos. A maioria dos que disseram que lhes falaste e deste algum recado, estava enganada. Não eras Tu.

Os outros provaram com o tempo e com as suas vidas que algo de especial lhes acontecera. Mas, ao fim ao cabo, nem mesmo eles sabiam explicar como e por que aconteceu. Permaneceram humildes até o fim, nunca se exaltaram. Por estas e por mil outras razões, é que eu te peço a graça da ousadia em te proclamar-te, mas de não ser atrevido ao te proclamar-te.

O mundo tem mais gente passando por santo e por profeta que gente santa e com o dom da profecia. É fácil falsificar um produto e, ainda por cima, colocar nele um selo que o apresentam como verdadeiro. Difícil é fazer um produto de qualidade, que mesmo sem selo as pessoas percebam que é genuíno e legítimo.
Não te peço essa profecia, peço apenas a humildade de reconhecer que talvez eu não a tenha. Anuncio-te, sem dizer que somos íntimos, não por culpa tua. Eu é que ainda não consegui entrar no seu santuário. Estou longe de ser o crente e a pessoa que eu deveria ser dentro da minha Igreja, diante das outras Igrejas e diante do mundo.

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quinta-feira, 3 de maio de 2012

Cantar não muda muita coisa - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

O mundo é feito de pessoas felizes e infelizes.
As pessoas felizes são pessoas satisfeitas;
satisfeitas com o amor que encontraram, com os amigos que fizeram,
com as coisas que têm e com a situação em que vivem,
mesmo que a família que têm esteja cheia de defeitos,
mesmo quando o amor que encontraram não foi o amor perfeito.
Estão felizes e são felizes porque amam e são amadas.

O mundo também está cheio de pessoas infelizes.
Não estão satisfeitas, com a família que têm;
marido explosivo e insensível, esposa encrenqueira; filhos complicados.

Vivem presos ao o amor que nunca encontraram,
ou que encontraram e não satisfez e não satisfaz até agora.
Mal amados, mal casados, mal realizados; eles e elas sofrem.
O que possuem não é o suficiente para fazê-los felizes.
Os amigos não são suficientes.
Alguma coisa está errada no que são, no que desejam,
no que possuem, no que sonham possuir.

Mas a verdade é uma só: não se sentem suficientemente amados
e não conseguem amar o suficiente.

É para essas pessoas que falamos e cantamos;
para os felizes, afim de que passem adiante sua felicidade;
para os infelizes, afim de que não procurem lá fora nos outros,
uma resposta que só pode vir de dentro deles.

Cantar não muda muita coisa, mas já fez muita gente feliz.
Se, ao cantarmos lá naquele palco, uma só pessoa sair de lá
com um sorriso de paz inquieta no coração e no rosto,
terá valido o esforço.

Somos cantores da fé!
Que Deus nos ajude a dizer o que é certo
e a cantar o que é certo, e do jeito certo!...
Que o povo que nos ouve, de vez em quando ore por nós,
sobretudo, para que sejamos simples e humildes.

Estar em lugar visível
não ser mais do que os outros!

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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Não sei quem és - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Meu coração e minha cabeça me dizem que existes, mas meu pequeno eu não consegue fotografar-te. Confesso que acredito saber que existes, mas ainda não sei quem és e como és.

Nunca te vi e, embora um dia espere te conhecer, quando da minha passagem desta vida para a eternidade, a verdade é que aqui escuto todos os pregadores de todas as religiões, ouço os agnósticos e os ateus.

Percebo todas as linhas de pensamentos teu respeito e a conclusão é sempre a mesma: nem eles conhecem, nem eu conheço. Crer não é saber.

Por esta e por outras razões, é que te peço a humildade de ouvir com paciência os que Te proclamam, os que dizem que lhes falas, os que se armam de certeza porque leram um texto no Livro Santo, os que garantem que a Igreja deles encontrou-te, os agnósticos, os ateus, os que te negam, os que fazem perguntas embaraçosas. Todos eles estão buscando a verdade, mesmo aqueles que afirmam que não existes. Negam a verdade dos outros e afirmam a sua.

Se eu quiser impor o meu jeito de ser, estarei negando a fé em ti. Se eu quiser impor os meus óculos com os graus que me servem, talvez eu esteja criando mais um míope, porque minhas lentes podem não servir para outros olhos. Encho-me, então, da pouca humildade que consigo juntar e digo do fundo meu coração: -"Senhor, sei quem és, mas não sei como és".

Vislumbro teu vulto, mas não conheço teu rosto. E não tenho noção clara das suas dimensões que, a meu ver, são infinitas: por isso deixam de ser dimensão. Não sei te vislumbrar, não sei te descrever, não sei comensurar, não sei dimensionar. Sei apenas que existes. Meu coração me diz que sim. Minha cabeça passeia entre certezas e incertezas, muitas perguntas e algumas boas respostas. Eis o resumo da minha fé.

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terça-feira, 1 de maio de 2012

Mais fiéis e mais eleitos - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Continuo não sabendo ser plenamente dono de mim e prossigo não sabendo ser teu. Por isso meu Senhor, ouve esta minha prece. É prece de quem, às vezes, se comporta como filho especial e único e que age como filho ciumento.

Ajo como se fosses mais meu que dos outros, mas, na verdade, não sou mais seu que os outros os são. Não digo isto abertamente, mas meu comportamento, às vezes, trai estas atitudes. Comigo, milhões de outros crentes que sem o perceber, nas suas pregações e conversas, dão a entender que são melhores do que os outros.

Vejo isso nas pregações de templos, rádio e televisão. Eles foram escolhidos para salvar o mundo que está mais perdido do que eles. Mas, pelo modo como se expressam eles também estão perdidos. Apostam na seta errada. O teu endereço não é só o templo deles.

Vejo isso nas pregações de esquinas, de avenidas super lotadas. Vejo isso em estádios. E vejo isso nas salas de visitas de muitas casas. Vejo e ouço. A Igreja deles é mais, eles são mais. Eles descobriram e corresponderam mais. É lá que se pode encontrar-te. Não é possível encontrar-te em outros templos e em outros púlpitos e altares.

Quando eu disse isso, eu estava enganado. E quando eles dizem isso, são eles os enganados. Estás onde queres estar e tens misericórdia de quem queres ter misericórdia. (Ex 33,19) E não é porque dizemos que estás mais conosco que com os outros, que vais estas mais conosco que com outros. Tua misericórdia é infinitamente mais que a nossa presunção. Ainda bem que assim é.

Se posso pedir -e devo pedir-, concede-me a graça de nunca mais falar ou agir como filho ciumento. Não és mais meu que dos outros, e eu não sou mais teu que os outros os são. Não sabes não amar e não saber amar menos. Amas do teu jeito infinito a todos, sem exceção.

Deixarias de ser Deus se deixasses de amar a quem quer que fosse de um jeito infinito. Podes dar mais dons e atribuições a esse ou àquele, chamar para um serviço maior esse ou aquele, dar profecia maior à esse ou aquele. Isto é prerrogativa sua, mas só porque alguém ganhou profecia maior, isso não significa que ele é maior que o outro que ganhou uma profecia de menor alcance.

O fato de não ter recebido mais dons, não me faz menor que os outros. Ainda restará a mim, provar que consigo ser bom e melhor do que tenho sido, sem competições, sem disputa por um espaço maior no teu colo ou no Reino dos Céus. No dia em que eu descobrir esta verdade, eu certamente serei mais teu, não mais teu que os outros. Simplesmente mais teu. Concede-me esta graça!

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Cont. A fé como produto urgente - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj


Pregadores urgentes detectam em poucos minutos um anjo ou um demônio e acham uma resposta urgente garantindo que aquela resposta mudará a vida do fiel que adquirir aquela mensagem ou ir lá ouvir aquela pregação.

Criamos um mundo imediato de sapatos, roupas e comida prontos. Basta experimentar e pagar. O mundo ficou bem mais fácil. Como não poderia ser diferente alguém descobriu a religião com resposta rápida e garantida sem que voe precise aprender catecismo ou ler a Bíblia. Peque aquele trecho e pague os que o oferecem a você quando você precisar. Pronto! Problema resolvido. Semana que vem terá mais uma rodada de curas e milagres. Tiraram a decisão das mãos de Deus. Eles urgem com Deus, exortam e arrancam o milagre com suas preces intensas. Até publicam livros e panfletos de orações poderosas e infalíveis.

Ao fiel que entende que a vida e a fé não funcionam desta forma respondem que ele não tem fé, porque a Deus nada é impossível e para quem crê não existem barreiras.

E não faltam os palestristas que classificam a fé como produto. O fiel tem uma necessidade e o pregador tem uma resposta e uma solução, Vai ao livro ou conta uma história que anima o fiel a esperar pelo milagre.

Uma coisa porém é vender objetos que ajudem a estudar melhor e aprofundar a nossa fé e outra garantir que aquele objeto perfumado ou trazido de Roma ou de Jerusalém e aquele óleo com gotas de óleo da Terra Santa tem mais chance de faze ro milagre acontecer!

Perguntei a uma senhora jovem que falava das maravilhas do rosário perfumado que trouxera de Jerusalém, que diferença havia entre manipular aquelas contas e as de outro rosário brasileiro. A resposta dela foi digna de um livro de Bauman ou de Baudrillard. Disse que o que valia não era o sentido, mas o sentimento. Este, sim é a única coisa verdadeira da vida! Pedi licença e revidei dizendo que o rapaz que diante da multidão acabara de matar a namorada refém, se governara pelo seu sentimento e não pelo sentido do seu ato!

Ela perguntou onde eu estudara!... Nos mesmos livros que seu pregador preferido também estudara! Mas optei por anunciar uma fé que não tem respostas tão urgentes nem tão mercadológicas.

A dimensão mercadológica da fé assusta! Olhe as obras, ouça os apelos, calcule o rio de dinheiro que passa pelas igrejas, pergunte aonde vai tudo isso e depois reflita sobre o produto que ajuda a fé e sobre a fé que se vale do produto! O acento revelará a igreja e o pregador!

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sábado, 28 de abril de 2012

Aprendizado - Pe. Zezinho, scj


 Pe. Zezinho, scj

Há coisas que eu sei ou penso saber e que o meu irmão não sabe. Há coisas que vivenciei ou penso vivenciar e que meu irmão não vivenciou. E há coisas, meu Senhor, que meu irmão sabe e eu não sei, meu irmão vivenciou e eu não vivenciei. Por isso, ensina-me a respeitar os irmãos de outras religiões e a me fazer respeitado por eles.

Há santos entre nós e há santos entre eles, almas puras aqui e almas puras lá, onde eles te adoram do jeito deles. Eu sei e entendo que não é tudo a mesma coisa, da mesma forma que num canteiro as flores são todas flores, mas não são todas iguais e não exalam todas o mesmo perfume. Mas se eu sei achar bonita a diferença dos jardins e preciso também ver a beleza da diferença nos teus jardins espirituais.

Tento todos os dias aprender um pouco mais a ser cristão, um pouco mais a ser um cristão católico e todos os dias ser um pouco mais ecumênico. Não é fácil para mim e não é fácil para muitos irmãos, porque ecumenismo supõe humildade e diálogo e a graça de saber vencer e saber perder, saber ganhar e saber ceder, não ter as mesmas convicções e ao mesmo tempo respeitar o jeito do outro. E nem sempre somos capazes disso. É por isso que eu te peço essa graça. Sozinho meu coração jamais será ecumênico.

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Avessos a qualquer crítica - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj


Acontece muito nas famílias e nas comunidades de fé. Foi Paulo quem disse ( 2 Tm 3,5-8) que algumas pessoas usam da religião para seus próprios interesses, nada ensinam e insistem em procurar um público incapazes de aprender. Referia-se a um tipo de pessoa religiosa que só aceita críticas seletivas e só dos grandes amigos, que, ao fim e ao cabo, também perdem por reagirem com ira ou desprezo contra quem os critica.

Alguns humanos preparam meticulosamente a sua velhice infeliz. É como se arremessassem seu avião contra a montanha, ou o navio contra o atol, por mais que os amigos os alertem. Não aceitam crítica de espécie alguma. Passam meses ou anos até sem falar com a pessoa que ousou enfrentá-las e criticar algum de seus gestos ou criações. Não há perdão. Não há retrocesso. Por mais gestos que o outro faça, fecharam-se.

Acontece com quem bebe, prega doutrinas erradas, assume comportamentos anti-sociais, transmitiu uma possível heresia. Rever-se ou rever, jamais! Não aceita críticas e sua reação imediata é deletar a pessoa do seu caderno de boas vindas. Às vezes, o comportamento é de tal modo agressivo que silencia qualquer possível crítica antes que ela nasça. Consegue assim anular os amigos e os conselhos no nascedouro.

Incorrigível não é quem não consegue, mas quem não se deixa corrigir. O outro é frágil, mas este é mal intencionado. Não aceitará a menor crítica à sua postura, à sua pregação, à sua maneira de escrever ou cantar, à sua maneira de administrar e fazer negócios. Cercado de amigos que só lisonjeiam bastam-lhes os elogios. E ai de quem ousar pensando que é amigo, discordar. Declara-o inimigo e esquece tudo o que o amigo fez e todos os elogios e oportunidades de ontem. O que ele lembra é que foi gravemente ofendido na sua dignidade com aquela crítica. Vais e ver, era apenas proposta de correção de um momento, uma passagem, um pequeno texto!

É náufrago da comunicação aquele conseguiu silenciar seus amigos. Venceu! Os amigos param de criticar e silenciam. Entendendo que não são mais úteis, porque só seriam aceitos se elogiassem, os amigos se afastam.

Acontece demais do que imaginamos. E não puçás vezes acontece conosco que somos useiros e vezeiros em criticar e tardos e renitentes em aceitar críticas. Quer saber se você é um possível bom comunicador? Veja como reage às críticas. Já se corrigiu? Já aceitou mudar alguma pregação, página de livro, canção, artigo ou obra? Como anda sua relação com a pessoa que ousou questioná-lo? É penas culpa dela ou não há mágoa em você. Já se aproximou? Ou não se aproximará enquanto a pessoa não lhe pedir desculpas? Repense! Os átrios da igrejas, os coros, as semissoras de rádio e as editoras estão cheias de comunicadores feridos e lugares vazios por conta de cristãos que não aceitaram ser corrigidos! Se um anjo descesse do céu e lhes fizesse aquela mesma observação, aceitariam? É bem provável que pusessem reparos no tom de voz do anjo!

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sexta-feira, 27 de abril de 2012

A intenção de cantar - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

O que é uma canção? Mais precisamente, o que é uma canção religiosa? É catequese pela arte. Um autor religioso concebe uma idéia e trabalha em cima dela que ele deseja que se torne mensagem de fé. Compõe uma letra, uma melodia, dá-lhe um ritmo, um título e, às vezes, um arranjo. Esse conjunto é a sua obra. Alguém lhe pede para interpretar aquela canção e ele a cede, na esperança de que o intérprete não mude nem a melodia, nem o título, nem a letra, nem o ritmo e nem faça arranjos que descaracterizem a canção. Infelizmente, nem sempre o intérprete respeita a obra do autor. Faz como o entregador de pizza que muda o gosto e os ingredientes do alimento que entrega.

Canção é como filho! Quem já compôs canções sabe disso. Cada uma tem um rosto. Você não entregaria seu filho para uma pessoa mudar o rosto deste filho ou desta filha. Antes, espera que cuidem dele e o apresentem numa festa sem descaracterizá-lo. Afinal é seu filho. O outro pode até vesti-lo com outras roupas, mas não pode descaracterizá-lo. Quando o intérprete interfere na letra, mudando-a, ou acrescentando palavras, sem que as apresente previamente ao autor; quando interfere no ritmo e às vezes na harmonia; quando a canta em público sem dizer quem é o autor, o intérprete ele está a interferir numa obra. Torna-se parceiro sem que o autor tenha aceitado a co-autoria. Às vezes o faz sem má intenção, deturpando uma obra de arte. É como pegar um quadro de Picasso e acrescentar-lhe algumas pinceladas; ou como pegar uma peça de Shakespeare e acrescentar-lhe textos.

Por menos importante que seja a canção, ela pertence ao autor e não ao intérprete. Se alguma canção foi descaracterizada e o autor não aceita, o que deve fazer o intérprete? Ficar zangado, retirar do cd e deixar as pessoas pensarem que o autor é intransigente e intolerante, ou aceitar humildemente regravá-la de maneira que o autor admita e aceite. Alguns cantores me fizeram esta gentileza e sou-lhes grato por isso. Outros tiraram a canção do Cd e não aceitaram modificá-la.

O que é pior? Um autor intolerante que não gosta que mexam na sua obra ou um intérprete demasiadamente liberal que gosta de modificar a obra dos outros? O que é interpretar uma canção? É descaracterizá-la, ou cantá-la como foi composta só que com vida, emoção e sentimento? O bom cantor, em geral cantor canta melhor do que o autor. Seu dom é por sentimento e arte numa obra sem modificá-la. A arte do intérprete está e não mudar uma canção e, assim mesmo, torná-la bonita.

Para interpretar bem uma canção não é preciso mudar a letra nem o ritmo e nem a melodia. Até que ponto se pode mexer na letra, na melodia e no ritmo do Hino Nacional, de Noite Feliz, de Luar do Sertão, de Casinha Branca? Corre pelo país uma noção errônea do que seja interpretar. Interpretar é dar sentimento e não necessariamente modificar. Digo isso como autor que já ouviu suas canções maravilhosamente interpretadas por cantores que não a mudaram, mas a encheram de sentimento e de vida. Mas já vi algumas modificadas de tal maneira que se tornaram irreconhecíveis. Não foram criadas dessa forma nem para isso.

Um cantor exigente corre sempre o risco de não ter sua canção interpretada nem divulgada por ninguém. Talvez ele queira correr esse risco! Mas o interprete que modifica demais uma canção, também corre o risco de não ter autor que lhe permita cantar alguma canção de sucesso. Uma coisa é certa: o autor tem o direito de não permitir que interfiram na sua obra. Ao interprete cabe apenas o direito de interpretar sem modificar. Se conseguir, terá mostrado do quanto é capaz. Compre três cd's com a ópera "Carmen" de Bizet, interpretada por três cantores diferentes. Ouça-os e tire suas conclusões!

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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Poema da unidade

 Pe. Zezinho, scj

Um dia, Senhor Jesus,
Teu coração prometeu
Trazer a todos os povos
A paz do reino do céu.

Porem não foste entendido
O mundo não te atendeu
e é por isso que o teu reino
aqui não aconteceu,
exceto naquelas almas
que a tua graça envolveu,
exceto nos que te amam
e amam os seus irmãos.
O reino já vive neles e
e eles são multidão.

Mas falta muito pro mundo
ser mais fraterno e cristão
um mundo bem mais ungido
mais cheio de compaixão.

A violência é demais;
Por isso não temos paz!
Concede aos que te conhecem
A graça de conseguir
Abrandar esta dureza
Que só sabe destruir

Ameniza nossas almas
Também o nosso querer
Que ninguém nos crucifique
E a ninguém crucifiquemos
E que tiremos da cruz
Quem já foi crucificado

Ensina-nos teus caminhos
Que são de paz e de luz
Conduze-nos à unidade
Amado Senhor Jesus!

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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Crer sem exageros - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Acho que posso dizer que creio em Deus e que acho que foi Ele que fez os cereais, os tubérculos, as frutas, os peixes, as aves, os répteis, as águas, o ciclo das águas, o verde, o clima e as estações. Só não posso dizer que estou certo em tudo o que penso saber sobre Ele. Há milhões de coisas que não sei sobre Deus e sua obra. Os cientistas também não sabem! Por isso é que o mundo tem tantas religiões e tantas teorias e doutrinas. Está todo mundo tateando e milhões garantindo que acharam! Deus contou para eles. A ciência já provou!... E há os que entendem que acharam um pouco.

O cientista diz que tudo pode ser explicado. Se Deus existe não foi ele que fez a Terra girar como gira! Mas eu creio num Deus que quis exatamente isto: a Terra girando como gira, inclinando-se como se inclina, para que houvesse temperatura adequada ao tipo de vida que o planeta tem. Acho que não se trata de acaso. Para mim Ele é o autor de todas as vidas e tem um plano para todas elas, desde o pequeníssimo animal que vive duas horas ao que vive trezentos anos.

Há quem não creia. Eu creio! Se são mais inteligentes do que eu? Aceito um debate. Quem disse que ateus ou crentes são mais inteligentes, só porque não crêem ou só porque crêem? Não há mais elementos a serem considerados neste debate?

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terça-feira, 24 de abril de 2012

Poema da graça plena - Pe. Zezinho, scj

Pe. Zezinho, scj

Tua graça, meu Senhor
Cada dia mais completa
Cada vez mais benfazeja
Faça bem ao mundo inteiro
Faça bem à nossa Igreja!
Ponha em nós a paz inquieta
De quem tua paz almeja
Toque o coração dos povos
Tua graça benfazeja
e conduza na unidade
os cristãos e as igrejas!

Nunca falta a quem é crente
O desejo da unidade.
Mesmo crendo diferente
caminhemos na verdade.
Mesmo de ângulos diversos,
na mesma fraternidade.
E que, em todas as igrejas,
nunca falte a humildade!

Ovelhas do mesmo aprisco
Ainda que separados,
ousamos correr o risco
de caminhar lado a lado

Pecadores somos todos,
Embora te conhecendo,
Converte-nos de verdade,
Estamos nos convertendo!

Tua graça benfazeja
Converta todos os povos,
Produza corações novos
Mas primeiro nos converta
E converta nossa Igreja!

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domingo, 22 de abril de 2012

Coração missionário - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Fizeste muitos santos em todas as igrejas, Senhor. E nós te louvamos por estes irmãos e irmãs que atingiram a serenidade a santidade, levando-te a sério. Mas também sabes que em todas elas existe o pecado. Ou não se converteram, ou não conseguiram ser plenamente teus.

Ajuda-nos a superar nossas fraquezas e o que ainda nos impede de sermos mais teus, mais fraternos e mais abertos ao diálogo contigo, com o mundo e com todos os que dividem conosco este espaço que se chama terra. Ainda há milhões de irmãos crucificados neste mundo e milhões de crucificadores. Queremos ser aqueles tiram os irmãos da cruz e que jamais os colocam lá.

Dá-nos pois, um coração missionário, capaz de conquistar mais almas para ti e não apenas para nós, para nossa comunidade e para o nosso grupo. Que saibamos respeitar quem já te conhece numa outra igreja. Que fujamos da tentação de puxar almas para o nosso lado e mais ouvintes para o nosso púlpito, num flagrante desrespeito às comunidades onde eles já te encontram.

Que não pensemos que só entre nós é possível encontrar-te! E que não digamos vaidosamente que somos os únicos que te louvam e te aceitam como Senhor!

Na verdade, falta muito para sermos quem deveríamos e menos ainda para sermos quem proclamamos ser. Que aquilo que já vivemos e sabemos nos ajude a sermos cada dia mais humanos, mais caridosos e fraternos. Concede-nos esta graça. Então, sim seremos melhores cristãos e seguidores do teu caminho!

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Devoção ao Cristo em pedaços - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj


Poucos se dão conta, mas existe uma devoção ao Cristo esquartejado. Quando oramos às partes de Jesus, como se elas existissem independentes dele, perdemos de vista a verdadeira adoração. Santas mãos, santos pés, santo lado, santas chagas, santa cabeça de Jesus...
Não é nada incomum ouvir católicos orando às partes de Jesus como se elas fossem uma coisa à parte dele. Ó mãos feridas, ó pés transpassados ó cabeça ferida de Cristo... Que tal se orassem: Ó Cristo de mãos ensangüentadas! Ó Cristo de face em sangue. Ó Cristo de coração transpassado. Ó Jesus cujo coração pulsou por nós!...
Orando aos joelhos esfolados, aos pés transpassados estamos esquartejando Jesus. Se não for esta a intenção , então expliquemos e reformulemos nossa maneira de orar. Você não fala com as mãos de sua mãe, nem com os ombros do seu pai!
Eu mesmo orava ao Sagrado Coração de Jesus. Fiz a reflexão e optei por seguir a catequese católica em plenitude. Agora eu oro a Jesus dizendo: - Oh Jesus cujo o coração foi transpassado por mim, Oh Jesus vosso sagrado coração bateu por nós. E aconselho outros católicos a orarem: Oh Jesus cujas mãos ensangüentadas traduzem o vosso sofrimento por nós! Abandonei a devoção às partes do Cristo. Quero o Cristo pleno e total.

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sábado, 21 de abril de 2012

Se eu for para o céu - Pe. Zezinho, scj


 Pe. Zezinho, scj


Se eu for para o céu;- e espero que Deus tenha pena de mim e me dê esta graça- se eu for para o céu, tenho certeza de que terei companhia.
Creio e afirmo que o céu existe e tenho certeza de que, lá no céu, estão todas as pessoas que souberam amar e ser amadas. Tenho certeza absoluta de que no céu existe gente de todas as religiões e também muitos ateus. Quem sou eu para dizer a Deus quem ele deve levar para o céu?
Não vou ficar pregando e dizendo quem vai ou não vai para o céu. Já poderei me dar por realizado e feliz se eu conseguir entrar, não apenas porque fui católico, mas porque pedi perdão e perdoei e ajudei as pessoas do jeito que eu podia.
Se eu for para o céu, vou conhecer líderes e seguidores das mais diversas religiões que este planeta já conheceu. Provavelmente teremos uma boa conversa sobre o que é seguir uma religião. Eles me falarão das coisas em que acreditavam aqui na
terra e de como Deus foi mudando seu pensamento e seu coração aos poucos. Eu lhes contarei como foi meu processo de me tornar mais católico.
A conversa provavelmente será muito bonita e muito longa. Então eu conhecerei um pouco mais sobre todas as religiões que já passaram por este planeta.

Se eu for para o céu, tenho certeza de que encontrarei lá, ex-drogados, ex-assassinos, ex-prostitutas, ex-ladrões arrependidos e encontrarei também aqueles que foram bons a vida inteira. Teremos oportunidade de falar sem a pressa daqui, sobre a experiência de vida de cada um e sobre como Deus foi, pouco a pouco, convertendo-os, até que os tornou pessoas abertas à sua graça.
Acho que no céu há mais gente que no inferno, mas isto é apenas o meu ponto de vista. Posso estar errado. Como creio na misericórdia de Deus, acho que Ele dá todas as chances, até o ultimo segundo para a pessoa escolher o colo dele. Mas acho que Deus respeita a liberdade humana. Não é possível amar com medo ou á força. Este é um mistério de difícil explicação. Alguém pode rejeitar o seu criador por toda a eternidade? A Bíblia diz que sim. O mistério é a situação não dos que Deus rejeitou, mas dos que o rejeitaram.
Agora, pelo que eu tenho visto aqui neste planetinha há um tipo de gente, que se eu for para o céu, eu provavelmente não vou encontrar lá. Ou vão estar em alguma porta de entrada, negando-se a entrar. Porque aqui na terra se acharam mais santos do que os outros e nunca aceitaram se misturar. Eram só seus livros, seus cantos, suas preces, seus pregadores, seu jeito e seus lugares. Os do outro por melhores que fossem não prestavam. Talvez se convertam antes, mas se forem para lá provavelmente quererão ficar no canto deles, cantando seus cantos e não os dos anjos nem os dos outros, ouvindo seus pregadores particulares porque os dos outros não servirão. Não se misturarão com ex-ateus, ex-prostitutas, ou gente de outras religiões que eles combateram. Não sei como vai ser, mas pelo que vejo aqui na Terra, vão querer um Deus só para eles no céu.
Isto mesmo! Se existe alguém que não vai entrar no céu, são os donos da verdade, os mais eleitos, os fanáticos. E não é porque Deus não os queira no céu. Eles vão querer missa e culto só deles e não vão querer entrar onde há outros que não foram do grupo deles!.
Fanático não se mistura. Ele é o tipo de sujeito que quer a praia especial só para ele e provavelmente vai querer o céu adaptado a ele e aos do seu grupo.
Como Deus teimosamente quer o céu para todo mundo- disso eu tenho certeza- eles não vão querer entrar. O problema deles não é orar, ou cantar. Se problema é orar e cantar como os outros. Não conseguem! Tem que ser do jeito deles!
FANÁTICO NA TERRA, FANÁTICO NO CÉU.

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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Se Jesus voltasse um dia - Pe. Zezinho,scj

 Pe. Zezinho,scj

Se Jesus voltasse um dia, e um dia ele vai voltar, como é que vai achar a terra? Um mundo evangelizado? Dinheiro domesticado? O pão, enfim, repartido?
Se Jesus voltasse um dia e um dia ele vai voltar! Vai achar um só rebanho? Ou rebanhos separados e pastores se agredindo, pra ver quem tem mais ovelhas e o pedaço mais tranqüilo do que era o Reino de Deus?
Se Jesus voltasse um dia, de que lado eu estaria? Achando que estou com ele por estar mais à direita ou por lutar pela esquerda? Ou por ser "equilibrado"?
Se Jesus voltasse um dia e um dia ele voltará, de que lado eu estaria?
De que lado estou agora? A que ídolos me agarro ? O que digo de minha igreja e o que digo das outras ? Sou mais do que eles no quê ? Acho que achei e eles não acharam ou acho que eu posso ter achado meu veio ele o dele e nós dois estamos achando nosso tesouro na mesma mina ? Ou no reino de Deus não há lugar para nós e eles ?
Se Jesus chegasse agora e convocasse todos os seus seguidores, você certamente iria e eu também . mas como veríamos ao nosso lado certas pessoas que não consideramos do meio ?
Qual é mesmo a sua parte no Reino de Deus ? E qual a minha ? Poderíamos juntá-las ou você acha que isso é impossível porque um dos dois sairia perdendo ?
Se Jesus voltasse agora e nos visse com esse medo de partir o pão juntos, de subir o morro ou ir à periferia juntos, de manter hospitais juntos , de orar juntos será que ele nos reconheceria ?

Pode-se crer em Jesus de maneira serena, intelectual e interrogativa. Quem és, Senhor? Pode-se crer nele de maneira emocionada, nem por isso emotiva ou impulsiva: És aquele que responde às minhas indagações! Pode-se crer em Jesus de maneira entusiática e visceral, com gritos e lágrimas, com o sentimento à flor da pele: Sim, tu podes, eu sei que me respondes e responderás...

Só Deus pode saber o que se passa num coração que o procura. Ele conhece o grau de confusão, de carência, de ansiedade e de procura ou de serena busca. Também conhece os indiferentes e os que usam do seu nome para realizar seus obejtivos que não visam nem o Reinod e Deus nem o bem da humanidade.

Por isso, proclamar Jesus e chamar alguém para conhecê-lo e amá-lo conosco é uma coisa. Chamar as pessoas para quem amem Jesus e o conheçam do jeito que nós o conhecemos acaba em proselitismo. Quando damos aos que chamamos, a idéia de que o nosso jeito de amar e louvar Jesus é o único e o mais perfeito estamos mais perto da histeria do que da História!

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Santos pecadores - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Gratos pelos teus santos Senhor Jesus! Vieste ao mundo fazer santos de verdade e fizeste muitos deles em todas as igrejas. Não os que apenas parecem, oram ou falam ou se fingem de santos e ungidos, mas os verdadeiros ungidos que, com o tempo, se percebe que viveram pelos outros, para a melhoria das pessoas e do planeta. Não se omitiram, não fugiram, ainda que tivessem limites e pecados, resquícios de uma natureza rebelde. Mas fizeram o melhor que sabiam e quiseram o melhor para os outros. Perdoaram até à exaustão, tal o medo que tinham de ser injustos.

Embora os respeitem, nem todas as igrejas os veneram e prestam culto de dulia. Nem todas usam direito e nem todas compreendem o uso dos símbolos e das imagens. Isso ainda nos divide. Há preconceitos de ambos os lados. Mas precisamos aprender o sentido do louvor ao servo fiel.

Adoramos-te e reverenciamos quem te serviu bem. Cada igreja tem as suas razões sobre as quais é justo ponderar. Nem todas veneram e admiram da mesma forma os teus eleitos que já foram para a outra vida mas sabemos que houve a há almas santas em todos os caminhos da fé em Ti. Não houve patriarcas nem há santos perfeitos. Só tu és santo, santo, santo.

Por isso, por vocação e desejo somos santos e queremos ser cada dia um pouco mais. Mas, por condição humana e circunstâncias, somos ainda pecadores Como teu apóstolo Paulo, ainda queremos o que não deveríamos querer e fazemos o que não deveríamos fazer e não amamos como deveríamos amar. Nosso desejo vai numa direção e nossas atitudes seguem direção contrária. Somos contraditórios.

Mas queremos, sim, ser santos não como tu és santo; perfeitos, não como tu és perfeito, mas santos e perfeitos até onde pode um ser humano ir porque tu és infinitamente perfeito, nós por melhores que sejamos, imensamente limitados. A verdade é que ainda estamos nos convertendo.
Converte-nos ainda mais, Senhor! Puxa-nos ainda um pouco mais na tua direção! É graça que te pedimos, graça da qual necessitamos.

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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Cont.: A volta de Jesus - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

O conceito de salvação e de misericórdia e justiça para eles não é o mesmo que para nós. Apostam sua fichas no último dia no dia do julgamento. Nós apostamos no dia da salvação que, para nós, não é o mesmo.

O repouso dos mortos para eles ainda não é a beatitude eterna, ainda não é o gozo eterno, não entraram no definitivo... Estes irmãos têm o nosso respeito, como esperamos o respeito deles por nossa doutrina de céu antes do dia final.

Nossa fé se desenvolveu de maneira bem diversa. Para nós o sangue de Jesus tem poder e sua morte é eficaz e redentora. ( ) Entendemos que a narrativa da cruz e a promessa do "hoje mesmo no paraiso" a um malfeitor arrependido que morria ao seu lado, serve para nós.( ) Jesus não tem prazo para salvar uma alma. Até porque foi ele quem disse:


Cremos nesta promessa. Para nós, Jesus Cristo realmente salva e não teremos que esperar o último dia para entrar no céu. Entraremos no gozo do Senhor muito antes daquele dia "do último soar da trombeta da eternidade". Seria o fim dos tempos e o começo do não tempo... Nós cremos que antes daquele "toque final" excelente alegoria de Paulo ( ) age a compaixão e a misericórdia do nosso Deus que, se usa de justiça, também é rico de perdão. ( )

As notícias de terremotos devastadores, enchentes e tsunamis que tudo arrasam, as milhares de mortes por catastrofes da natureza ou por maldade humana que suscitam em milhares de púlpitos novos anúncios de fim de mundo, a nós não assustam nem tiram a certeza de que Deus sabe o que fazer com a vida, com a dor, com a morte e com as conseqüências das maldades humanas.

A visão humana é de curto alcance. Onde não vemos perspectivas, entra a nossa fé em Jesus Cristo que nos trouxe o descortínio e a certeza de que ele estaria conosco, não importa o que nos acontecesse. ( ) Escolhemos este modo de olhar para o futuro.

Em muitos casos, ao contrário do que muitos pregadores cristãos anunciam, Jesus não muda os fatos, nem cura, nem nos livra dos acontecimentos: ele nos ensina a dar sentido às coisas. Ele mesmo não mudou a cruz, morreu nela, mas deu-lhe um sentido.

Jesus não veio ao mundo para dar espetáculos de poder sobre o demônio, de curas e de milagres. Fez isso com o menor alarde possível ( ) ( ) ( ). Até pedia segredo. O que ele veio fazer, e o fez magistralmente, foi ensinar-nos a não perder o foco, não esquecer o passado, não desperdiçar o presente e não perder a esperança do amanhã.

A escatologia e a parusia, para nós fazem parte da cristologia. O Filho eterno veio nos dizer que não devemos temer nem o nosso passado, nem o futuro. Ele passou por aqui e mostrou com sua vinda e vida que, apesar dos pesares, o ser humano pode e vai dar certo!

Na sua segunda vinda que, para nós, será sua volta gloriosa e triunfal, o Reino dos Céus será bem mais compreendido. Terá valido a pena viver por ele, o que, em ultima instância, se traduz como viver como Jesus viveu! Não foi isso que ele veio ensinar?

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quarta-feira, 18 de abril de 2012

A volta de Jesus - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

No momento em que escrevo, tenho cinco pessoas de minha família na eternidade. Com quase setenta anos, meu tempo de vê-las se avizinha. Por enquanto, nenhuma apreensão. Apenas realismo. Poucos dentre nós chegam aos oitenta... Pai, mae, duas irmãs e um irmão já partiram para o definitivo. Minha fé me diz que o céu existe e minha esperança me afirma que Jesus, na sua misericórdia, os salvou. Eles agora conhecem Jesus de quem ouviram falar; e, nele, com ele e por ele habitam no seio criador da Santíssima Trindade. Como é isso, só eles sabem. Eu apenas creio; não posso provar. Estou com Paulo de Tarso quando afirmava:

Escatologia
A doutrina que se ocupa do fim último das pessoas e das coisas chama-se escatologia. Ao estudar Jesus Cristo, o fiel é conduzido a esta reflexão. Há um depois e não sabemos como ele é. Os textos que podem nos iluminar são muitos, mas citemos alguns:


Jesus é o nosso Alfa e Omega. As coisas começaram nele e terminarão nele. Para nós o Cristo Cósmico tem essa dimensão: nele, por ele e com ele as coisas se realizarão. Dizemos isso por crermos que ele é o próprio Deus que se comunicoui conosco há 2.000 anos atrás e nos disse que um dia viria o fim. Propôs que estivéssemos preparados porque ninguém sabe nem o dia nem a hora e ele o Filho, não revelaria. ( ) Não deveríamos acreditar em quem diz que sabe.


Parusia
Por parusia a Igreja entende, também ao estudar Jesus Cristo, a promessa dele de que antes que tudo acabasse ele voltaria, de outra maneira, mas voltaria. Não haveria mais o que houve na sua primeira vinda, nem os debates, as perseguições, a cruz, a morte e a ressurreição. Ele voltará glorioso para julgar os vivos e os mortos como dizemos no Creio da missa.

Assim, enquanto ele não vem, quem morre, morre no Senhor e na esperança. ( ). Outras igrejas ensinam que os mortos estão no sheol, no repouso não eterno, mas de tempo indefinido, à espera desse dia. Estariam como que numa hibernação espiritual à espera da parusia, nem que dure dez milhões de anos. Para eles, ninguém da terra está no céu. Por isso, não falam com os santos nem com Maria e não pedem sua intercessão. Preferem as preces dos seus pastores vivos. Não acham que os mortos estão vivos no céu. Se achassem pediriam a intercessão deles, como pedem a de seus pregadores aqui na terra.

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O Deus que achamos ter achado - Pe. Zezinho, scj


 Pe. Zezinho, scj

Achar que achamos não é o mesmo que ter achado...
Conta uma lenda que um garimpeiro solitário e extremamente vaidoso de sua capacidade de achar o que os outros não achavam, sob os aplausos dos amigos, embrenhou-se pelo sertão, jurando que jamais voltaria para a sua cidade sem a maior pedra preciosa do mundo. Ele revelaria ao mundo a pedra de maior valor que qualquer ser humano pudesse ter visto. Trinta anos depois, voltou feliz e vitorioso com um diamante de dois quilos. Foi aquela festa. Os velhos amigos e os novos o aplaudiam pelo feito, e ele foi chamado por todas as comunidades da região a dar palestras e testemunhos sobre seu grande achado, até que um experiente conhecedor de pedras preciosas pediu para examiná-lo. Era falso!
Os fãs do garimpeiro falsário, ao invés de abandonar o mentiroso, atacaram o estudioso. Já não se importavam com a verdade e sim com as façanhas e as histórias do garimpeiro, que era tão simpático e querido, falava tão bem e tinha sofrido tanto... E daí, se a pedra não era um diamante! Afinal, ele era autêntico e sincero! Não merecia ser desmascarado... Apoiado por seus fãs, o aventureiro continuou dando testemunho do seu grande encontro com a grande mentira. Havia mais gente querendo ouvi-lo, vê-lo e tocá-lo do que gente querendo ver e ouvir o especialista em pedras preciosas. O marketing do aventureiro foi mais eficiente! Ficaram com ele.
O mundo está cheio de profecias, livros, testemunhos e depoimentos de quem garante que encontrou Deus. Alguns realmente tiveram um encontro com Ele. Outros, pela vida que vivem, não o acharam. Estão mentindo. A televisão está cheia de atores, atrizes, apresentadores e apresentadoras dizendo-se católicos ou evangélicos e vivendo, mostrando e ensinando o oposto do que um verdadeiro evangélico faria. Das duas, uma: ou não se converteram, mas está na moda dizer que se converteu, ou acharam a fé errada e embarcaram numa Igreja ou em grupos que se proclamam de Cristo ou batizados no Espírito, mas ensinam o contrário do que Cristo ensinou. Nunca é demais ficar atentos. Jesus nos alertou contra eles (Mt 7, 15). Há pessoas dizendo ter achado o que não acharam. Pelos frutos os conhecereis, opinava Jesus! (Mt 7,16)
Quanto a nós, não temos o direito de dizer que achamos. Também temos os nossos erros e pecados. Melhor é dizer que estamos buscando ainda mais, agora na penitência por saber do quanto já fomos capazes de errar no passado... Talvez um dos sinais mais claros de que encontramos os sinais do Criador que buscamos é o desejo de não errar mais e de nunca mais ferir a quem quer que seja! Quem não tem perdão nem desculpas a pedir pode não ter achado! Deve ser por isso que João Batista começa a sua pregação pedindo um coração penitente e Jesus também começa a dele na mesma afinação: Fazei penitência porque o Reino está chegando! (Mt 3,2; 4,17).
Vale a pena debruçar-nos sobre esta verdade. Sem penitência e desejo de ser melhores nenhuma religião dá certo!

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