Em geral, somos exigentes com os outros, intolerantes com suas falhas e inclinados a justificar com facilidade nossas fraquezas. Até que não nos reconheçamos corresponsáveis pelo mal presente na comunidade e na sociedade, não nos converteremos nem experimentaremos a bondade e a gratuidade de Deus. O mal não está somente fora de nós; nosso coração, com frequência, abriga maldade, injustiça, corrupção, sonegação. Em cada terreno (coração humano) habita um pouco de trigo e um pouco de joio, Rezamos na Oração Eucarística V: "somos povo santo e percador". Não podemos, porém, nos resignar e deixar tudo como está. Contribuímos semeando a boa semente.
O projeto de Deus é um campo aberto que acolhe o trigo e o joio, o bem e o mal, os bons e os maus. A sabedoria do evangelho recomenda que a separação seja aguardada até a hora da colheita. O mestre adverte os que querem antecipar a separação, os que não têm paciência e tolerância, os que querem fazer justiça com as próprias mãos e os que se classificam como bons e rotulam os outros do maus. Á paciência de Deus devem corresponder a tolerância, a não violência, a compreensão e o respeito mútuo.
Jesus nos fala do diabo que "semeia o joio" na seara do Senhor e hoje não é diferente: os inimigos estão infiltrados no meio do povo pata tentar ludibriá-lo a desviá-lo dos bons propósitos. Em toda sociedade e em todas as organizações, encontramos os adversários do reino de Deus. São aqueles que, por exemplo, agem contra os projetos de promoção humana e as políticas públicas em favor dos mais pobres. É a luta constante entre o projeto de Deus e os projetos contrários ao seu reino.
Pe. Nilo Luza, ssp
Fonte: Folheto Dominical da Missa do 16º Domingo Comum
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