Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para
hoje:
Daí vem, ó meu Deus, que "segundo o homem interior
me deleito em vossa lei" (Rom 7, 22), sabendo que vosso mandato é bom, justo e
santo, que reprova todo mal e ensina que se deve fugir ao pecado. Segundo a
carne, porém, estou escravizado à lei do pecado, pois obedeço mais à
sensualidade que à razão. Daí vem que "tenho vontade de fazer o bem, mas não sei
realizá-lo" (Rom 7, 18). Por isso faço muitos bons propósitos, mas faltando-me
vossa graça que auxilie minha fraqueza, com o menor obstáculo desfaleço e
desisto. Assim sucede que bem conheço o caminho da perfeição e vejo claramente o
que devo fazer. Entretanto, oprimido com o peso da corrupção, não me elevo ao
que é mais perfeito. 1. Oh! Como me é necessária, Senhor, vossa graça, para
começar, continuar e completar o bem. Porque sem ela nada posso fazer, mas tudo
posso em vós, se me confortar vossa graça, Ó graça verdadeiramente celestial,
sem a qual nada valem os próprios merecimentos, nem apreço merecem os dons
naturais! Nada valem diante de vós, Senhor, as artes e a riqueza, a formosura e
a fortaleza, o engenho e a eloqüência - sem a graça. Porque os dons da natureza
são comuns aos bons e aos maus; mas a graça ou caridade é peculiar dos
escolhidos, porque os torna dignos da vida eterna. Tão excelente é esta graça,
que nem o dom da profecia, nem o poder de fazer milagres, nem a mais alta
contemplação tem valor algum sem ela. Nem mesmo a fé, nem a esperança, nem as
outras virtudes vos agradam, sem a graça e sem a caridade. ( Da corrupção da
natureza e da eficácia da graça divina)
Fonte: Imitação de Cristo
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