Pe. Zezinho, scj
Milhões de pessoas aceitam o sofrimento. E espelham-se na vida dos mártires que os precederam, principalmente em Jesus de Nazaré, que para os cristãos é o mártir dos mártires. Para eles, Jesus explica a dor. Foram capazes de aceitá-la em virtude do testemunho e da força de Jesus. Mas não acontece com todos. Muitos não conseguem resolver a sua perplexidade diante da dor e da cruz de algum ente querido. É o que levou muitas mães, muitas filhas, muitos filhos e muitos pais a perderem a fé ou a mudarem de religião. Não aceitaram a explicação dada para o sofrimento que tiveram que enfrentar. Nenhuma palavra as confortou. A Bíblia lembra esta passagem:
Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que diz:"Em Ramá se ouviu uma voz, lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, e não aceitando consolação, porque já não existem. ( Mt 2,17-18)
Uma jovem de 28 anos dizia: -"De agora em diante é Deus lá, onde e se Ele existir e eu aqui. Porque Ele não fez nada por meu pai. Deixou-o morrer como um cachorro, com câncer no palato. Saiba que estou de mal com o teu Deus e para sempre! Já nem me importo se um dia vou vê-lo, ou não. Ele me arrasou juntamente com meu pai. Se era para eu passar por isso preferia não ter nascido".
Um pai que perdeu a filha por estupro e violência disse a mesma coisa. Não aceitaria mais nenhuma religião na sua vida. Que os pregadores ficassem na suas igrejas e o deixassem em paz. Disse que me aceitaria como amigo, mas, por favor, que não eu não dissesse baboseiras porque lê romperia comigo. Deixou claro que o assunto da morte da filha é coisa entre ele e Deus. "-Se Deus existe Ele sabe que eu não quero mais nada com Ele." Garantiu que me ouviria se eu dissesse coisas inteligentes. Falei com ele três semanas depois. Continuamos amigos, mas mandou-me dizer a Deus que há um pai muito zangado com Ele aqui neste planeta!...
Recentemente um autor de livros bíblicos, famoso por seus estudos, publicou seu livro testemunhal, no qual disse que não acredita mais em Jesus, nem no cristianismo e nem em Deus. Perdeu a fé diante do sofrimento. Seu nome: Bart Herman.
Não adianta brigar ou argumentar, as pessoas têm reação intelectual, afetiva, ou emocional diante da própria dor ou diante das dores do mundo. E como foram ensinadas que Deus se importa, evidentemente para elas Deus, não se importou. Se Deus que é poderoso não fez nada, quando poderia fazer e não fez, Deus é omisso. Não querem saber do plano de Deus ou do lado bom de qualquer dor. Não aceitam o discurso. Para elas, a dor está por toda a parte e é algo ruim. Não aceitam hipóteses. Se Deus viu e não agiu e se quis, Deus é réu. Condenam-no.
Nós que cremos aceitamos. Eles não aceitam. Nessas horas, o melhor que podemos fazer é estar presentes, evitar palavras ingênuas e ser solidários. Num outro momento talvez eles mesmos queiram falar. Mas a pior alter-ajuda que se pode oferecer para um desses corações feridos são pos clichês de sempre. Cuidado com o "Deus quis, Deus sabe o que faz" A melhor expressão, usou-a uma senhora idosa no velório da jovem filha de uma parenta sua. Disse ela: "Não vou arriscar nenhuma palavra para consolar a sua dor. Mas, se você me aceitar aqui perto e chorando junto, eu fico! Do meu jeito pequeno, eu vou rezar por ela que partiu e por você que fica!
Ganhou um beijo e deu dois!
http://www.padrezezinhoscj.com/
Comentários para: online@paulinas.com.br
Milhões de pessoas aceitam o sofrimento. E espelham-se na vida dos mártires que os precederam, principalmente em Jesus de Nazaré, que para os cristãos é o mártir dos mártires. Para eles, Jesus explica a dor. Foram capazes de aceitá-la em virtude do testemunho e da força de Jesus. Mas não acontece com todos. Muitos não conseguem resolver a sua perplexidade diante da dor e da cruz de algum ente querido. É o que levou muitas mães, muitas filhas, muitos filhos e muitos pais a perderem a fé ou a mudarem de religião. Não aceitaram a explicação dada para o sofrimento que tiveram que enfrentar. Nenhuma palavra as confortou. A Bíblia lembra esta passagem:
Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que diz:"Em Ramá se ouviu uma voz, lamentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, e não aceitando consolação, porque já não existem. ( Mt 2,17-18)
Uma jovem de 28 anos dizia: -"De agora em diante é Deus lá, onde e se Ele existir e eu aqui. Porque Ele não fez nada por meu pai. Deixou-o morrer como um cachorro, com câncer no palato. Saiba que estou de mal com o teu Deus e para sempre! Já nem me importo se um dia vou vê-lo, ou não. Ele me arrasou juntamente com meu pai. Se era para eu passar por isso preferia não ter nascido".
Um pai que perdeu a filha por estupro e violência disse a mesma coisa. Não aceitaria mais nenhuma religião na sua vida. Que os pregadores ficassem na suas igrejas e o deixassem em paz. Disse que me aceitaria como amigo, mas, por favor, que não eu não dissesse baboseiras porque lê romperia comigo. Deixou claro que o assunto da morte da filha é coisa entre ele e Deus. "-Se Deus existe Ele sabe que eu não quero mais nada com Ele." Garantiu que me ouviria se eu dissesse coisas inteligentes. Falei com ele três semanas depois. Continuamos amigos, mas mandou-me dizer a Deus que há um pai muito zangado com Ele aqui neste planeta!...
Recentemente um autor de livros bíblicos, famoso por seus estudos, publicou seu livro testemunhal, no qual disse que não acredita mais em Jesus, nem no cristianismo e nem em Deus. Perdeu a fé diante do sofrimento. Seu nome: Bart Herman.
Não adianta brigar ou argumentar, as pessoas têm reação intelectual, afetiva, ou emocional diante da própria dor ou diante das dores do mundo. E como foram ensinadas que Deus se importa, evidentemente para elas Deus, não se importou. Se Deus que é poderoso não fez nada, quando poderia fazer e não fez, Deus é omisso. Não querem saber do plano de Deus ou do lado bom de qualquer dor. Não aceitam o discurso. Para elas, a dor está por toda a parte e é algo ruim. Não aceitam hipóteses. Se Deus viu e não agiu e se quis, Deus é réu. Condenam-no.
Nós que cremos aceitamos. Eles não aceitam. Nessas horas, o melhor que podemos fazer é estar presentes, evitar palavras ingênuas e ser solidários. Num outro momento talvez eles mesmos queiram falar. Mas a pior alter-ajuda que se pode oferecer para um desses corações feridos são pos clichês de sempre. Cuidado com o "Deus quis, Deus sabe o que faz" A melhor expressão, usou-a uma senhora idosa no velório da jovem filha de uma parenta sua. Disse ela: "Não vou arriscar nenhuma palavra para consolar a sua dor. Mas, se você me aceitar aqui perto e chorando junto, eu fico! Do meu jeito pequeno, eu vou rezar por ela que partiu e por você que fica!
Ganhou um beijo e deu dois!
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