Jerusalém é, ainda hoje, sinal de contradição
Vindo da Galiléia, Jesus , ao se aproximar de Jerusalém, vendo a cidade sobre a colina, chora sobre ela. Durante seu ministério na Galiléia, Jesus sempre se empenhara na conversão dos chefes religiosos, vinculados ao Templo de Jerusalém. Contudo, nesta viagem que agora faz à cidade, Jesus pressente que, em vez da conversão destes chefes, se concretizará a sua rejeição levando-o à morte. Consuma-se, assim, a recusa da paz trazida por Jesus.
Jerusalém (Salém) foi tomada ao povo jebuseu por Davi (2Sm 5,6). Aí ele centralizou os poderes político, religioso e militar, introduzindo dois novos chefes jebuseus, o sacerdote Sadoc e o general Banaías, para contrabalançar a forte tradição de Israel. O Templo aí construído e a sólida teologia imperial elaborada na corte dos reis descendentes de Davi e no Templo das elites sacerdotais, conferiram a Jerusalém o status de cidade sagrada. Contudo, já os profetas do Antigo Testamento denunciavam o abuso de poder e a corrupção aí reinantes. O próprio Jesus lamentara: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados..." (Lc 13,34).
Jerusalém é, ainda hoje, sinal de contradição, cuja ocupação progressiva por Israel manifesta o desprezo para com a ONU e para com os povos do mundo.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, dá-me o bom senso de acolher a salvação que me ofereces em teu Filho Jesus. Desta forma, não incorrerei em castigo semelhante ao que se abateu sobre a Cidade Santa
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