sábado, 22 de outubro de 2011

Mensagens do dia, com Pe. Zezinho - Seu filho diferente

Seu filho diferente
 Pe. Zezinho, scj


Foi bonito concebê-lo.
Vocês dois o queriam, mais do que qualquer riqueza.
E foi um mar de felicidade a notícia da gravidez,
até aquele dia da outra notícia.
Santo Deus, como doeu lá dentro!
Sim, seriam pais, mas, pais de uma criança diferente.
Síndrome de Down.
Não fosse a paz do médico, da enfermeira, dos pais,
não fosse a palavra serena do padre e dos amigos,
não fosse aquele casal que também passou por isso,
não fosse o pai e a mãe que vocês já eram,
tudo seria dor e tragédia. Não foi...
Ele nasceu. E aquele rostinho diferente,
aqueles olhinhos diferentes, aquele serzinho humano
e feliz iluminou vocês a cada gesto que fazia.
Ensinou-lhes o sentido da esperança e a definição mais clara de pessoa.
Às vezes, ainda doem algumas perguntas estranhas ou gesto imaturos; aquele casal insensível que olha e fala bobagem, aquela criança, ou aquela mocinha, que não sabem como acolher o mistério.
Mas, vocês sabem que seu filho é diferente, apenas diferente.
Anormal, nunca! Não mesmo!
Ele chora, responde, ri, abraça e beija, e ama e ri, chora e reage.
E compreende e apreende.
Se é mais devagar que os outros, que importância tem?
O que conta ele tem: uma carga de amor enorme.
Afinal, o que é ser um ser humano?
Seja qual for a definição, ele preenche todos os requisitos.
E pelo que vocês já viram,
em certos aspectos, vai além do normal.
É capaz de muito mais amor do que muita gente de físico e cérebro perfeitos.
Aqueles olhos amendoados e aquele rosto redondo, aquele jeito de andar não mudam o fato de que seu filho é pessoa inteira.
Inteira e linda! Sem exagero nem favor algum. É feliz e os faz felizes.
Depois dele, todos, todos os familiares, sem exceção,
ficaram mais humanos e mais meigos.
Ele fez isso! Por isso, vocês hoje assumem qualquer cansaço: por ele, tudo vale a pena. Seu filho é um ser iluminado.
Vocês, que vivem com ele, sabem muito mais a respeito de luz.
Doeu e ainda dói, mas, louvado seja Deus!
Afinal, diante do seu infinito mistério, somos todos portadores da mesma síndrome.
Somos todos diferentes... com a diferença que, às vezes,
amamos infinitamente menos do que esses olhos amendoados e profundos.
Se faz sentido? Eles acham que faz.
Nunca vi um deles que fosse!
E os seus pais costumam ser lindos, pacientes e sábios. Vocês, por exemplo!
Agora, só falta-lhes uma coisa: abrir a boca e falar!
O mundo precisa ouvir vocês sobre o que é humanidade. Disso, vocês entendem. Aqueles olhos são seus diplomas!

www.padrezezinhoscj.com
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