25/10 | |||
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São Crispim e São Crispiniano
Crispim e Crispiniano eram irmãos de origem romana Cresceram juntos e se converteram ao cristianismo na adolescência. Ganhando a vida no oficio de sapateiro eram muito populares, caridosos e pregavam com ardor a fé que abraçaram. Quando a perseguição aos cristãos ficou mais insistente os dois foram para a Gália, atual França.
As tradições seculares contam que durante a fuga, na noite de Natal, os irmãos Crispim e Crispiniano batiam as portas buscando refúgio, mas ninguém os atendia. Finalmente foram abrigados por uma pobre viúva que vivia com um filho. Agradecidos à Deus, quiseram recompensá-la fazendo um novo par de sapatos para o rapazinho.Trabalharam rápido e deixaram o presente perto da lareira. Mas antes de partir, enquanto todos ainda dormiam, Crispim e Crispiniano rezaram pedindo amparo da Providência Divina para aquela viúva e o filho. Ao amanhecer viram que os dois tinham desaparecido e encontraram o par de sapatos cheio de moedas. Quando alcançaram o território francês os dois irmãos se estabeleceram na cidade de Soissons. Alí seguiram uma rotina de dupla jornada, isto é, de dia eram missionários e a noite, ao invés de dormir, trabalhavam numa oficina de calçados para se sustentar e continuar fazendo caridade aos pobres. Quando a cruel perseguição imposta por Roma chegou em Soissons, era época do imperador Diocleciano e a Gália estava sob o governo de Rictiovaro. Os dois irmãos foram acusados e presos. Seus carrascos os torturaram até o limite, exigindo que abandonassem publicamente a fé cristã. Como não o fizeram, foram friamente degolados, ganhando a coroa do martírio. O Martirológio romano registra que as relíquias dos corpos desses dois nobres romanos mártires estavam sepultadas na belíssima igreja de Soissons, construída no século VI . Depois, parte delas foi transportada para Roma onde foram guardadas na igreja de São Lourenço da via Panisperna. A Igreja celebra os Santos Crispim e Crispiniano como padroeiros dos sapateiros no dia 25 de outubro. Essa profissão, uma das mais antiga da humanidade, era muito descriminada, por estar sempre associada ao trabalho dos curtidores e carniceiros. Mas o cristianismo mudou a visão e ela foi resgatada graças o surgimento dos dois santos sapateiros, chamados de mártires franceses. | |||
São Gaudêncio
Gaudêncio pode bem enumerar-se entre os grandes personagens do século IV, ao lado de santo Ambrósio, são Jerônimo e santo Agostinho.
“Tu tens um talento tão vivo”, escreve-lhe Rufino de Aquiléia, “e uma tal gentileza de espírito, que é necessário colocar por escrito e publicar tudo o que dizes nas conversas normais ou na pregação na igreja”. Todavia, Gaudêncio não se considerava um escritor, tampouco teria empunhado a pena se não houvesse sido instado pelo amigo Benévolo, que — impedido por uma doença e não podendo dirigir-se à igreja para escutar suas lições sobre as Sagradas Escrituras — pediu-lhe desse uma cópia dos dez sermões. Gaudêncio o satisfez e, dado que o escrito era estritamente reservado ao amigo enfermo, aproveitou para redigir um longo prefácio. Nele discorreu sobre o providencial desígnio divino que, a partir da dor física ou moral, sabe tirar um grande bem espiritual. Benévolo não se contentou em ler e guardar os sermões para si. Mandou tirar cópias deles, enviando-os a alguns amigos. E um dos novos destinatários dirigiu-se ao bispo para pedir alguns esclarecimentos. Assim Gaudêncio se tornou um escritor contra sua vontade, como contra sua vontade foi eleito bispo de Bréscia e retirado de sua solidão do cenóbio de Cesaréia da Capadócia. Ao que parece, santo Ambrósio precisou recorrer a um subterfúgio para fazê-lo aceitar suceder ao bispo Filástrio, morto em 387. Foi o próprio Ambrósio que o consagrou bispo em Bréscia e depois o levou consigo a Milão para que houvesse um ciclo de homilias em sua igreja. Em 405, Gaudêncio foi enviado pelo papa Inocêncio I a Constantinopla, para defender a causa do patriarca João Crisóstomo, mandado ao exílio pela intrigante imperatriz Eudóxia. Mal acolhida a delegação, Gaudêncio foi direto para o cárcere. São Crisóstomo, em tal ocasião, escreveu-lhe uma bela carta de consolação. Gaudêncio morreu em Bréscia, em 410, data infausta para a sorte do Império Romano. |
sábado, 25 de outubro de 2014
SANTO DO DIA - 25/10
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