segunda-feira, 13 de outubro de 2014

SANTO DO DIA - 13/10

13/10

Santo Eduardo
Na História da Humanidade, a palavra rei quase sempre está associada à palavra tirano. Mas, na História do Catolicismo, rei muitas vezes vem junto da palavra Santo. É o caso exemplar de Eduardo, rei da Inglaterra. Seu avô era o Santo rei e mártir Edgar, e este exemplo de santidade norteou também a sua vida no seguimento de Cristo.

Eduardo nasceu em Oxford, no ano 1003, num período em que a Inglaterra sofreu a invasão dos pagãos dinamarqueses. Seus pais, junto com toda a família real tiveram de abandonar o país, indo se refugiar na corte da Normandia, norte da França, de parentes cristãos. No exílio, Eduardo freqüentou e estudou nas mais renomadas cortes da Europa, adquirindo uma educação primorosa e fundamentada no cristianismo. Recusou várias vezes tomar o trono à força, pois não queria derramamento de sangue. Em 1042, com a morte de seu meio-irmão, que governava a Inglaterra, ele finalmente assumiu o trono.

Seu reinado foi um dos mais felizes para o povo inglês. Mesmo sentindo-se um pouco "estrangeiro", fez a pátria retomar seu caminho correto dos princípios cristãos, afastando a influência nefasta dos anos de domínio pagão e trazendo paz e prosperidade para seus súditos. Logo passou a se chamado "o santo homem" e os escritos registram vários prodígios de cura operados por sua intercessão em favor de pessoas simples do reino. Curou um doente de câncer com um sinal da cruz. E, um paralítico que se movia penosamente na rua, ele ajudou a chegar a uma igreja, onde através de orações o curou, além de outros narrados pelos historiadores.

A política do Estado exigia que ele se casasse e, pelo bem do reino, Eduardo o fez. Casou-se com Edith, filha do conde Godwin, um dos seus adversários políticos. Gentil e elegante, por se tratar de um acordo, prometeu viver com ela em estado de castidade, sem união corporal. Manteve sua palavra. O casal não teve filhos. Ela se tornou uma grande rainha e irmã, participando das obras de caridade, ajudando a restaurar e fundar igrejas e conventos por todo o país. Valorizando o lado espiritual da vida e viviam em perfeita ordem e harmonia.Tornaram-se exemplo de reis cristãos, piedosos e caridosos, amados e aclamados como "pais" pelos súditos e respeitados por todas as cortes.

Após quase sessenta e quatro anos de vida de penitência, oração, mortificação dos sentidos e luxos, no reto seguimento de Cristo, o rei Eduardo morreu no dia 05 de janeiro de 1066. Pouco tempo depois de ter assistido a consagração da igreja da abadia de Westminster, totalmente restaurada, o mais antigo símbolo da aspiração e das lutas religiosas da Inglaterra, onde foi sepultado.

Venerado em vida, imediatamente o povo passou a celebra-lo como Santo. Quase quarenta anos após a sua morte, o seu corpo foi exumado e encontrado intacto, o que para o povo não causou nenhuma surpresa. Em 1161, o Papa Alexandre III canonizou como Santo Eduardo. A sua festa litúrgica é celebrada no dia 13 de outubro, mas os devotos ingleses costumam lembra-lo também no dia de sua morte.

São Daniel e companeiros 
Os esclarecimentos que se tem sobre o ocorrido com estes missionários franciscanos são devidos a duas cartas encontradas nas suas residências. Os estudiosos consideraram também autêntica a carta de um certo Mariano de Gênova, que escrevera ao irmão Elias de Cortona comunicando o destino glorioso dos missionários. Esse documento teria sido escrito poucos dias após os acontecimentos, e faz parte dos arquivos da Igreja.

O irmão Elias de Cortona era o superior da Ordem, em 1227, quando os sete franciscanos viajaram da Itália para a Espanha, desejosos de transferirem-se para o Marrocos, na África, onde pretendiam converter os muçulmanos. Era um período de grande entusiasmo missionário nas jovens ordens franciscanas, fortalecidas pela memória de são Francisco, que morrera no ano anterior.

O chefe do grupo era Daniel, nascido em Belvedere, na Calábria, que também ocupava o cargo de ministro provincial da Ordem naquela região; os outros se chamavam Samuel, Ângelo, Donulo, Leão, Nicolas e Hugolino. Após uma breve permanência na Espanha, transferiram-se para a cidade de Ceuta, no Marrocos.

Era um ato verdadeiramente corajoso, porque as autoridades marroquinas haviam proibido qualquer forma de propaganda da fé cristã. No início, e por pouco tempo, trabalharam nos inúmeros mercados de Pisa, Gênova e Marsiglia, enquanto residiam em Ceuta. Depois, nos primeiros dias de outubro de 1227, decidiram iniciar as pregações entre os infiéis.

Nas estradas de Ceuta, falando em latim e em italiano, pois não conheciam o idioma local, anunciaram Cristo, contestando com palavras rudes a religião de Maomé. As autoridades mandaram que fossem capturados. Levados à presença do sultão, foram classificados como loucos, devendo permanecer na prisão.

Depois de sete dias, todos eles voltaram à presença do sultão, que se esforçou de todas as maneiras para que negassem a religião cristã. Mas não conseguiu. Então, condenou à morte os sete franciscanos, que se mantiveram firmes no cristianismo. No dia 10 de outubro, foram decapitados em praça pública e seus corpos, destroçados.

Todavia os comerciantes cristãos ocidentais recuperaram os pobres restos, que sepultaram nos cemitérios dos subúrbios de Ceuta. Em seguida, os ossos foram transferidos para a Espanha. Hoje, as relíquias são conservadas em diversas igrejas de várias cidades da Espanha, de Portugal e da Itália.

O papa Leão X, em 1516, canonizou como santos Daniel e cada um dos seis companheiros, autorizando o culto para o dia 13 de outubro, três dias após suas mortes. 

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