A Estrutura
da Liturgia Eucarística
A estrutura
fundamental que se conservou ao longo dos séculos até aos nossos dias,
desdobra-se em dois grandes momentos que formam uma unidade
básica:
1.
A Liturgia da
Palavra
2.
A Liturgia
Eucarística
Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística constituem juntas “um só e
mesmo ato de culto”, com efeito, a mesa preparada para nós na Eucaristia é ao
mesmo tempo a da Palavra de Deus e a do Corpo do Senhor. (CIC
1347)
Estrutura da Liturgia
Eucarística - Completa
Ritos
Iniciais
• Canto de
Entrada
•
Saudação
• Ato Penitencial
• (Kyrie, eleison
- Senhor Tende piedade)
•
Glória
• Oração
(Coleta)
Liturgia da
Palavra
• 1ª
Leitura
• Salmo
• 2ª Leitura
•
Evangelho
• Homilia
• Oração Universal (Profissão
de Fé)
Liturgia
Eucarística
• Preparação das
Oferendas
• Lavabo
• Oração sobre as
Oferendas
•
Oração Eucarística
•
Prefácio
•
Epiclese
• Narrativa da
Ceia
•
Anamnese
•
Oblação
•
Intercessões
• Doxologia
Final
•
Comunhão
• Pai
Nosso
• Rito da
Paz
• Fração do
Pão
• Procissão para
a Comunhão
• Oração depois
da Comunhão
Ritos Finais
•
Avisos
• Benção
•
Despedida
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Participando da
Missa Passo a Passo
Participando da
Missa (Passo a Passo)
A Missa é simultaneamente sacrifício de louvor, de ação
de graças, de propiciação e de satisfação. Nela se encontra tanto o ápice da
ação pela qual Deus santificou o mundo em Cristo, como o do culto que os homens
oferecem ao Pai, adorando-o pelo Cristo, Filho de Deus.
A
celebração da Eucaristia é uma ação de toda a Igreja, onde cada um deve fazer
tudo e só aquilo o que lhe compete, segundo o lugar que ocupa no Povo de
Deus.
Comentário
Introdutório: É feito pelo comentarista da
celebração e marca de certa maneira, o inicio da Santa Missa (A
celebração, de fato, só tem inicio com o Sinal da Cruz, logo após a procissão e
o beijo no Altar). Em algumas comunidades é precedido pelo som do
sininho, que indica aos fieis presentes para que interrompam suas orações
particulares e se unam na Oração Oficial e Comum da Igreja.
O comentário inicial convida a
participação coletiva dos fieis e visa criar um ambiente propício para oração e
a fé. Em geral, o comentário situa os presentes num determinado “tema” que será
abordado mais profundamente nas leituras da Bíblia, durante o Rito da Palavra.
A assembléia pode ouvir o
comentário sentada,
Canto de
Entrada: Toda assembleia de pé. Tem
a função de abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir os fieis no Mistério do tempo litúrgico ou da
festa e acompanhar a procissão do Bispo, do(s)sacerdote(s), do(s) diácono(s) e
dos ministros.
Se houver uso de incenso,
prossegue até que o altar seja incensado.O Canto de Entrada deve ser um canto que trate do
mesmo assunto e motivo da celebração. Os instrumentos musicais terão a função de
unir, incentivar e apoiar o canto não devendo cobrir as vozes. Todo este canto
como a procissão do sacerdote não deverão ser demasiado longas. O canto deve
terminar quando o sacerdote chega ao altar.
O ideal é que não falte, porém não
havendo canto de entrada, a antífona proposta pelo Missal é recitada pelos
fieis, leitor ou pelo Sacerdote.
Antífona de Entrada:
São breves
palavras que o sacerdote ou diácono fazem para introduzir os fieis na Missa do
dia. Em regra, costuma a ser um versículo bíblico que tenha total ligação com o
“tema” da missa, com as leituras que serão feitas durante o Rito da
Palavra.
Saudação: Toda a assembléia de pé. É um
gesto de boas vindas feito pelo presidente da celebração recebendo a todos com
alegria. Após a saudação a assembléia responde: “Bendito seja Deus que nos
reuniu no amor de Cristo”.
Ato
Penitencial:
Toda a assembléia de pé. Todos são convidados pelo sacerdote a reverem suas
faltas, permanecendo-se em silêncio por um tempo. Neste Ato Penitencial, os
pecados Veniais (leves) são perdoados de acordo com a vontade. Pode ser recitado
ou cantado, conforme convite do presidente. Se cantado sua melodia deve traduzir
a contrição de quem pede perdão. Todo o povo deve participar deste canto e os
instrumentos devem o acompanhar de modo suave, quase imperceptível.
No domingo de Ramos pode ser
substituído pela procissão. Na Quarta feira de Cinzas é substituído pela
imposição das cinzas ou pode também ser substituído pela benção e aspersão da
água.
Este Ato é introduzido pelo
sacerdote e concluído com a absolvição, também pelo sacerdote que se inclui para
deixar claro que não se trata do sacramento da Penitência.
Kyrie, eleison - Senhor Tende
piedade:
Toda a assembléia de pé. Depois do Ato Penitencial inicia-se o Kyrie, eleison, a
não ser que já tenha sido rezado ou cantado no próprio ato penitencial. Nele os
fieis aclamam o Senhor, imploram a sua misericórdia e também louvam ao Senhor
Jesus pelo perdão, (por olhar por nós com Sua misericórdia). Por via de regra,
dada aclamação é repetida duas vezes, não se excluindo nem incluído mais
repetições. Se não for cantado, seja recitado.
Glória:
Toda a assembléia de pé. É o hino antiquíssimo (século II) pelo qual a Igreja
congregada no Espírito Santo, glorifica a Deus Pai e ao Cordeiro. É um louvor as
três pessoas da Santíssima Trindade, cantado ou recitado nas Missas dominicais,
solenidades ou nas festas dos santos. No tempo do Advento e Quaresma não se reza
nem se canta o Glória. Também não se diz nos dias de semana porque perderia o
sentido solene.
As vezes são cantados uns hinos um pouco diferentes.
- Há uma proibição explícita de se substituir o texto
do hino do Glória por outro texto qualquer (cf. n.53 da IGMR) o mesmo acontece
com o Santo e o Cordeiro de Deus.
- Não é lícito substituir os cantos colocados no
Ordinário da Missa, por exemplo, o Cordeiro de Deus, por outros cantos (cf. n.
366 da IGMR).
Oração
(Coleta):
Toda a assembléia de pé. Esta oração encerra o rito inicial da Missa. O
sacerdote convida o povo a rezar (quando ele diz, Oremos); todos se conservam em
silêncio com o sacerdote por alguns instantes, tomando consciência de que estão
na presença de Deus e formulando interiormente os seus pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar
“coleta”, pela qual se exprime a índole da celebração. A assembléia conclui a
oração com o Amem. Dentro da oração da
coleta podemos perceber os seguintes elementos: invocação, pedido e
finalidade.
A parte principal da liturgia da
palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos cantos que
ocorrem entre elas, sendo desenvolvida e concluída pela homilia, a profissão de
fé e a oração universal ou dos fiéis. Pois nas leituras explanadas pela homilia
Deus fala ao seu povo, revela o mistério da redenção e da salvação, e oferece
alimento espiritual; e o próprio Cristo, por sua palavra, se acha presente no
meio dos fiéis. Pelo silêncio e pelos cantos o povo se apropria dessa palavra de
Deus e a ela adere pela profissão de fé; alimentado por essa palavra, reza na
oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo
inteiro (cf. n. 55 da IGMR).
1a
Leitura:
Toda a assembléia sentada. É normalmente tirada dos livros históricos e
proféticos da Bíblia; anuncia a salvação que se realizara plenamente em Jesus
Cristo. Esta leitura é proclamada da mesa da Palavra (Ambão) por um fiel ou
religioso(a). No final da leitura o leitor diz "Palavra do Senhor" e todos
juntos respondem a aclamação "Graças a Deus".
Salmo: Toda a assembléia sentada.
Está leitura é proclamada ou cantada da mesa da Palavra (Ambão) ou outro lugar adequado por um fiel ou
religioso(a). É parte integrante da
liturgia da palavra, oferecendo uma grande importância litúrgica e pastoral, por
favorecer a meditação da palavra de Deus.
O Salmo responsorial deve responder
a cada leitura e normalmente será tomado do lecionário. O salmista profere os
versículos do Salmo perante toda a assembléia que responde dizendo ou cantando o
refrão.
2a
Leitura:
Toda a assembléia sentada. Em geral é tirada das cartas dos apóstolos, que
apresentam à comunidade o mistério de Cristo e exortam a vivê-lo. Esta leitura é
proclamada da mesa da Palavra (Ambão) por um fiel ou religioso(a). No final da
leitura o leitor diz "Palavra do Senhor" e todos juntos respondem a aclamação
"Graças a Deus".
Canto de Aclamação ao Evangelho: Toda a assembléia de pé. Esta aclamação constitui um
rito ou ação por si mesma, através da qual a assembléia dos fieis acolhe o
Senhor que lhe vai falar no Evangelho, saúda-o e professa sua fé pelo canto. O
Aleluia é cantado em todos os tempos, exceto na Quaresma, sendo iniciado por
todos ou pelo grupo de cantores ou cantor, podendo ser repetido. No Tempo da Quaresma, no lugar do
Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho proposto no lecionário.
Pode-se cantar também um segundo salmo ou trato, como se encontra no Gradual.
(cf. n.62 da
IGMR).
O Sinal da
Cruz: Toda a
assembléia de pé. O sacerdote ou diácono
faz o sinal da cruz sobre o Lecionário ou Evangeliário e também, sobre a testa,
sobre a boca e sobre o peito (neste caso, rezando em silêncio: "Pelo sinal da
Santa Cruz, livre-nos Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos"); e cada fiel
se persigna com três sinais da cruz, um sobre a testa, um sobre a boca e um
sobre o peito, pedindo a Deus que purifique os nossos pensamentos, as palavras
que brotarão das nossas bocas, e o nosso coração. Não é necessário fazer o
quarto sinal da cruz no final.
Evangelho: Toda a assembléia escuta de
pé. O Evangelho é proclamado pelo Padre ou Diácono. É o ponto culminante da
Liturgia da Palavra. A Palavra de Deus é sinal de presença de Cristo e deve ser
proclamada em toda celebração. Para se dar mais destaque ao anuncio da Palavra
de Jesus, é bom que dois ministros ou acólitos segurem uma vela em cada lado do
Ambão onde o diácono (ou o sacerdote) se faz a proclamação do
Evangelho.
Homilia: Toda a assembléia sentada. A
Homilia (que significa conversa familiar) é feita pelo Bispo, Padre ou pelo
Diácono. Diferente do sermão ou de outra forma de pregação, ela tem o objetivo
de relacionar o texto com a vida dos fieis. O ministro da celebração traz a
mensagem da Palavra para a vida da comunidade, convidando os fieis para praticar
o que ela propõe.
Oração Universal (Profissão
de Fé):
O símbolo ou profissão de fé tem por
objetivo levar todo o povo reunido a responder à palavra de Deus anunciada da
sagrada Escritura e explicada pela homilia, bem como, proclamando a regra da fé
através de fórmula aprovada para o uso litúrgico, recordar e professar os
grandes mistérios da fé, antes de iniciar sua celebração na
Eucaristia. Não
pode faltar nas Missas dominicais, nas solenidades, na celebração do Batismo, da
Crisma e Primeira Comunhão. É um absurdo substituir o Creio por formulações que
não expressam a fé como é professada nos símbolos mencionados.
Oração dos fieis:
Toda a
assembléia de pé. As intenções devem relacionar-se com o tema do
Evangelho, com as necessidades da Igreja, com os poderes públicos, com os que
sofrem qualquer dificuldade, com a comunidade local. Pode ser cantada, em
ladainha, fórmulas, espontâneas. Uma pessoa diz a intenção e todos respondem
conforme combinado. Esta oração vem logo após a homilia ou a oração de Creio.
Cabe ao sacerdote introduzir esta oração por meio de uma breve exortação e
concluindo com uma suplica.
Com a Oração Universal dos Fiéis concluímos o primeiro momento da
celebração, a Liturgia da Palavra. Todas as atenções da comunidade reunida
estavam voltadas para o anúncio da Palavra: o lecionário, o Ambão, os leitores,
a homilia... próprios do momento da Palavra. O Altar, embora ocupando a
centralidade do presbitério, ainda não é o centro da ação litúrgica. Por isso,
tanto os leitores como o presidente da celebração fazem uma inclinação profunda
para o altar, antes de subir até o Ambão para as leituras e a proclamação do
Evangelho.
Concluída a Oração Universal dos Fiéis, todas as atenções se voltam para
o Altar, para onde, agora todos convergem: o presidente, os ministros, a
assembléia.
A Liturgia Eucarística consiste essencialmente na ceia sacrifical que,
sob os sinais do pão e do vinho, representa e perpetua no altar o sacrifício
pascal do Cristo Senhor.
Sacrifício e
ceia estão unidos de modo tão íntimo que, no momento mesmo em que se realiza e
oferece o sacrifício, ele é realizado e oferecido sob o sinal da
ceia.
Por conseguinte,
são dois os momentos principais da Liturgia Eucarística: a grande oração
eucarística, dentro da qual se realiza e se oferece o sacrifício, e a santa
comunhão, com a qual se participa plenamente, na fé e no amor, do próprio
sacrifício.
O altar é o
centro visível da liturgia eucarística.
Estrutura da Liturgia
Eucarística
•
Preparação das Oferendas
• Lavabo
• Oração sobre as
Oferendas
•
Oração Eucarística
•
Prefácio
•
Epiclese
•
Narrativa da Ceia
•
Anamnese
•
Oblação
•
Intercessões
• Doxologia
Final
•
Comunhão
• Pai
Nosso
• Rito da
Paz
• Fração do
Pão
• Procissão para
a Comunhão
• Oração depois
da Comunhão
•Ritos
Finais
• Avisos
• Benção
• Despedida
Preparação das Oferendas:
Toda a assembléia sentada.
No início da liturgia eucarística são
levadas ao altar as oferendas (pão e vinho) que se converterão no Corpo e Sangue
de Cristo.
Primeiramente
prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia
eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o missal e o cálice,
a não ser que se prepare na credência.
A seguir, trazem-se as
oferendas. É louvável que os fiéis apresentem o pão e o vinho que o sacerdote ou
o diácono recebem em lugar adequado para serem levados ao altar. Embora os fiéis já não tragam de casa, como
outrora, o pão e o vinho destinados à liturgia, o rito de levá-los ao altar
conserva a mesma força e significado espiritual.
Também são recebidos o
dinheiro ou outros donativos oferecidos pelos fiéis para os pobres ou para a
igreja, ou recolhidos no recinto dela; serão, no entanto, colocados em lugar
conveniente, fora da mesa eucarística.
O canto do ofertório
acompanha a procissão das oferendas (cf. n. 37, b) e se prolonga pelo
menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. As normas relativas
ao modo de cantar são as mesmas que para o canto da entrada (cf. n. 48).
O canto pode sempre fazer parte dos ritos das oferendas, mesmo sem a procissão
dos dons.
• Sentido das gotas de água no
vinho: Toda
a assembléia sentada. O vinho, segundo a Sagrada Escritura, lembra a Redenção
pelo sangue e de modo particular a Paixão de Cristo, ao passo que a água traz a
mente o povo de Deus salvo das águas e o novo povo de Deus nascido das águas do
Batismo.
Assim como as
gotas de água colocadas no vinho somem totalmente, são assumidas pelo vinho,
transformadas, por assim dizer, em vinho, no Sacrifício da Missa nós devemos
entrar em Cristo, Identificar-nos com Ele, fazer-nos um com
Ele.
• Lavabo: Toda
assembléia sentada. O sacerdote lava as
mãos, ao lado do altar, exprimindo por esse rito o seu desejo de purificação
interior.
• Oração sobre as
Oferendas: Toda assembléia de pé. Depositadas as oferendas sobre o altar e terminados
os ritos que as acompanham, conclui-se a preparação dos dons e prepara-se a
Oração eucarística com o convite aos fiéis a rezarem com o sacerdote, e com a
oração sobre as oferendas.
Toda a assembléia de pé. A
Oração eucarística, centro e ápice de toda a celebração, prece de ação de graças
e santificação. O sacerdote convida o
povo a elevar os corações ao Senhor na oração e ação de graças e o associa à
prece que dirige a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, em nome de toda a comunidade. O sentido desta oração é que
toda a assembléia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na
oblação do sacrifício. Forma um todo, que comporta diversos
elementos:
•Prefácio: Toda a assembléia de pé.
Expressa a ação de graças, em que o sacerdote, em nome de todo o povo santo,
glorifica a Deus e lhe rende graças por toda obra de salvação.
• Santo: Toda a assembléia de pé. É
parte própria da Oração Eucarística, e é proferida ou cantada por toda
assembléia com o sacerdote. Cantado ou
recitado deve ter três repetições da palavra Santo (Santo, Santo, Santo, Senhor
Deus do universo, o céu e a terra...). Esta repetição, é um reforço de expressão
para significar o máximo de santidade. É como se dissesse “Deus é santíssimo”. O
Santo é tirado do livro do profeta Isaias 6,3.
Existem ao menos três
elementos fundamentais:
1 – A santidade de
Deus – Santo, Santo, Santo, Senhor Deus...
2 – A majestade de
Deus – O céu e a terra proclamam a vossa glória
3 – A imanência de Deus –
Bendito o que vem em nome do Senhor...
O Santo deve ser
integral. Portanto, não se trata de um “canto de Santo”. Todo ele é bíblico.
Outro motivo para que o texto não seja substituído por outro canto qualquer “de
Santo” é que a maioria das Orações Eucarísticas retoma o tema do Deus santo para
continuar a narração das maravilhas de Deus e fazer a transição para a epiclese
ou invocação do Espírito Santo, como na II Oração eucarística.
- A IGMR
diz...“Não é lícito substituir os cantos colocados no
Ordinário da Missa, por exemplo, o Cordeiro de Deus, por outros cantos”
(cf. n. 366 da IGMR)..
• Epiclese: Toda a assembléia de pé. É a
invocação na qual a Igreja implora por meio de invocações o poder divino sobre
as oferendas, isto é, se tornem o Corpo e Sangue de Cristo e que a hóstia se
torne a salvação daqueles que vão recebê-la em comunhão.
Narrativa da Ceia e Consagração:
Toda a assembléia ajoelhada.
Quando pelas palavras e ações de Cristo
se realiza o sacrifício que ele instituiu na última Ceia, ao oferecer o seu
Corpo e Sangue sob as espécies de pão e vinho, e ao entregá-los aos apóstolos
como comida e bebida, dando-lhes a ordem de perpetuar este mistério. Ajoelhar é sinal de
adoração, humildade e penitência, e se por motivos sérios não se puder ajoelhar,
fica-se de pé e faz-se uma profunda inclinação (reverência) nas duas vezes que o
presidente fizer a genuflexão – Neste momento não se deve permanecer de cabeça
baixa.
Enquanto o Sacerdote celebrante pronuncia a Oração
Eucarística, «não se realizarão outras orações ou cantos e estarão em silêncio o
órgão e os outros instrumentos musicais»,[132] salvo as aclamações do povo, como
rito aprovado, de que se falará mais adiante (cf. RS 53). É um momento intimo de
profunda adoração (nesse momento o
mistério do amor do Pai é renovado em nós. Cristo dá-se por nós ao Pai trazendo
graças para nossos corações). Após este momento o padre
diz Eis o mistério da Fé, aqui a indicação é que todos permaneçam de
pé.
• Anamnese (recordação,
comemoração): Toda a assembléia de pé.
Memorial (ação que torna atual o momento da Ceia) na qual cumprindo a ordem
recebida do Cristo Senhor, a Igreja faz a memória do próprio Cristo relembrando
principalmente a sua bem aventurada paixão, a gloriosa ressurreição e a Ascensão
aos céus. Esta oração leva a oblação.
• Oblação:
Toda a assembléia de pé. A Igreja reunida realizando esta memória oferece a Deus
Pai no Espírito Santo, a hóstia imaculada, e deseja que os fieis, se ofereçam a
Cristo buscando aperfeiçoar-se cada vez mais, na união com Deus e com o
próximo.
• Intercessões:
Toda a
assembléia de pé. Expressa que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a
Igreja, tanto celeste como terrestre, que a oblação; é feita por ela e por todos
membros vivos ou falecidos, que foram chamados a participar da redenção e da
salvação obtidas pelo Corpo e Sangue de Cristo.
• Doxologia
Final: Toda
a assembléia de pé - Fórmula de louvor a Glória de Deus. Parte própria dos
Sacerdotes. Exige a Oração Eucarística que todos escutem com reverência e em
silêncio, dela participando pelas aclamações previstas no próprio rito. A
participação da assembléia na doxologia acontece pelo “Amem”. Alias este é o
“Amem” por excelência da ação litúrgica; e, por isso, se possível, poderá ser
sempre cantado.
É o assentimento total da
assembléia litúrgica a tudo o que foi pronunciado ministerialmente pelo
presidente da celebração durante a Oração Eucarística.
Sendo a celebração eucarística a ceia
pascal, convém que, segundo a ordem do Senhor, o seu Corpo e Sangue sejam
recebidos como alimento espiritual pelos fiéis devidamente preparados. Esta é a
finalidade da fração do pão e os outros ritos preparatórios, pelos quais os
fiéis são imediatamente encaminhados à Comunhão.
• Pai Nosso: Toda a assembléia de pé.
Na Oração do Senhor pede-se o pão de
cada dia, que lembra para os cristãos antes de tudo o pão eucarístico, e pede-se
a purificação dos pecados, a fim de que as coisas santas sejam verdadeiramente
dadas aos santos. O sacerdote
profere o convite, todos os fieis recitam a oração com o celebrante, e ele
acrescenta sozinho o embolismo (livrai-nos de todos os males ó Pai... ), que o
povo encerra com a doxologia (vosso é o reino e a glória para sempre). Pode ser
cantado, porém como se reza (as mesmas palavras, sem acrescentar ou tirar
nada).
Não se diz o Amem no final da
oração, pois a
oração seguinte é continuação.
• Rito da Paz:
Toda a
assembléia de pé. A Igreja implora a paz
e a unidade para si mesma e para toda a família humana e os fiéis exprimem entre
si a comunhão eclesial e a mútua caridade, antes de comungar do
Sacramento.
A
oração pela paz (Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos, Eu vos
deixo a paz... ) é uma oração presidencial, que só o celebrantes faz, pois ele
age in Persona Christi – na Pessoa de Cristo.
Ao final o presidente
da celebração convida os fieis a saudarem-se uns aos outros. Convém, no entanto,
que cada qual expresse a paz de maneira sóbria apenas aos que lhe estão mais
próximos.
- A Instrução
Redemptionis Sacramentum, publicação brasileira, diz: Não se execute
qualquer canto para dar a paz, mas sem demora se recite o “Cordeiro de Deus”.
(cf RS. 72)
•Fração do
Pão: Toda a
assembléia de pé. O gesto da fração
realizado por Cristo na última ceia, que no tempo apostólico deu o nome a toda a
ação eucarística, significa que muitos fiéis pela Comunhão no único pão da vida,
que é o Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo, formam um só corpo
( 1Cor 10, 17).
O
sacerdote parte a hóstia grande e coloca uma parte da mesma dentro do cálice,
que significa a união do Corpo e do Sangue do Senhor na obra da salvação, ou
seja, do Corpo vivente e glorioso de Cristo Jesus.
Durante a fração do
pão: Esta
invocação (Angus Dei), de origem Bíblica (Jo 1,29), é o canto da assembléia e
deve ser iniciada pela assembléia e faz alusão ao Cordeiro Pascal, que se imola
e tira o pecado do mundo. Pode ser recitada ou cantada, mas a assembléia deve
participar da última petição: dai-nos a paz.
O sacerdote se
prepara, rezando em voz baixa, para receber frutuosamente o Corpo e o Sangue de
Cristo. Os fieis fazem o mesmo rezando em silêncio.
A
seguir o sacerdote mostra aos fieis o pão eucarístico que será recebido na
comunhão e convida-os a ceia de Cristo, e, unindo-se aos fieis o sacerdote faz
um ato de humildade usando as palavras do Evangelho.
•Procissão para a
Comunhão: Os
que se encontram preparados, deverão ir devagar e em oração. Ao chegar perto do
ministro, façam um ato de reverência antes de receber o Santíssimo Sacramento,
no local e de modo adaptado, contando que não se perturbe o ritmo no suceder-se
dos fieis.
•Comunhão: Deverá o fiel estar em pelo
menos 1 hora em Jejum e poderá ser recebida de dois modos (cf orientação da
Igreja local):
• Na Mão:
Deverá estar a mão esquerda aberta sobre a mão direita, com a palma virada para
cima, na frente do corpo, à altura do peito onde é colocada Hóstia. Com a mão
direita deve-se levar a Hóstia até a boca. Deverá ser consumida na frente do
Celebrante ou do Ministro. Depois, em atitude de recolhimento, volta-se para o
lugar, ficando sentados ou ajoelhados. Não se deve comungar andando, mas quem
recebeu a partícula sagrada, afaste-se para o lado (afim de deixar a pessoa
seguinte aproximar-se) e, parado, comungue.
Em 05/03/1975 a
Santa Sé concedeu aos Bispos do Brasil a faculdade de permitirem a Comunhão na
mão em suas respectivas dioceses, desde que sejam observadas as seguintes
norma: (seguem algumas delas)
- A hóstia deverá ser
colocada sobre a palma da mão do fiel, que levará à boca antes de se movimentar
para voltar ao lugar. Ou então, embora por varias razões isto nos pareça menos
aconselhável, o fiel apanhará a hóstia na patena ou no cibório, que lhe é
apresentado pelo ministro que distribui a comunhão, e que assinala seu
mistério dizendo a cada um a formula: “O Corpo de
Cristo”.
- É, pois,
reprovado, o costume de deixar a patena ou o cibório sobre o altar, para
que os fieis retirem do mesmo a hóstia, sem a apresentação por parte do
ministro.
- É necessário tomar
cuidado com os fragmentos, para que não se percam, e instruir o povo a seu
respeito, e também recomendar que os fieis tenham as mãos
limpas.
- Nunca é
permitido colocar a mão do fiel a hóstia já molhada no
cálice.
Estas normas se
encontram na carta, datada de 25/03/1975, pela qual a Presidência da conferência
Nacional dos Bispos do Brasil transmitia a cada Bispo as instruções da Santa
Sé.
•Na Boca: Fieis se aproximam do
celebrante ou Ministro e recebem a comunhão sobre a língua. Depois, em atitude
de recolhimento, voltam para o lugar, ficando sentados ou
ajoelhados.
Enquanto o sacerdote e os fieis recebem o Sacramento entoa-se o canto da
Comunhão, que exprime, pela unidade das vozes, a união espiritual dos
comungantes, demonstra a alegria dos corações e torna mais fraternal a procissão
dos que vão receber o Corpo de Cristo.
O Canto começa
quando o sacerdote comunga, prolongando-se oportunamente, enquanto os fieis
recebem o Corpo de Cristo.
Após o sacerdote ter feitos as purificações, ele volta à cadeira. Se for
oportuno pode-se guardar durante algum tempo um sagrado silêncio. Embora não
previsto, pode-se entoar um salmo, hino, ou outro canto de
louvor.
• Oração
depois da Comunhão: Toda a assembléia de pé. O sacerdote de pé diz: Oremos.
Nesta oração o sacerdote implora os frutos do mistério celebrado e o povo, pela
aclamação Amem, faz a sua oração.
Avisos: Toda a assembléia sentada.
Deverão ser dados da na mesa do comentarista. É o momento mais adequado para
breves homenagens, que as comunidades gostam de prestar em dias especiais ou
algum comunicado da comunidade. É útil uma mensagem final, na qual se exorte a
comunidade a testemunhar pela vida a realidade celebrada.
• Benção:
Toda a assembléia de pé. Parte própria do celebrante. Aqui se faz uma leve
inclinação para receber a benção.
• Despedida: Toda a assembléia de pé.
Parte própria do diácono ou do celebrante, para que cada qual retorne às suas boas obras,
louvando e bendizendo a Deus. Um canto final, se
oportuno, embora não previsto, pode ser entoado e encontrará maior receptividade
neste momento, do que mais tarde. Só se deixa o lugar após o celebrante ter se
retirado do altar.
“Na celebração
da Missa os fiéis constituem o povo santo, o povo adquirido e o sacerdócio
régio, para dar graças a Deus e oferecer o sacrifício perfeito, não apenas pela
mão do sacerdote, mas também juntamente com ele. Por isso devem ser evitados
qualquer tipo de individualismo ou divisão, a fim de formem um único corpo. Tal
unidade se manifesta muito bem quando todos os fieis realizam em comum os mesmos
gestos e assumem as mesmas atitudes externas”.
Trabalho
realizado por Marco Carvalho
Fontes:
IGMR -
Introdução Geral ao Missal Romano (Ed. Paulus)
RS -
Instrução Redemptionis Sacramentum – Congregação para o Culto Divino e a
Disciplina dos Sacramentos (Ed. Paulinas)
Animação da
vida liturgica no Brasil – CNBB (doc. 43)
Celebrar a
Vida Cristã – Frei Alberto Beckhauser, OFM (Ed. Vozes)
A Liturgia da
Missa - Frei Alberto Beckhauser, OFM (Ed. Vozes)
Novas
Mudanças na Missa - Frei Alberto Beckhauser, OFM (Ed. Vozes)
Cantar a
Liturgia - Frei Alberto Beckhauser, OFM (Ed. Vozes)
Liturgia da
Missa Explicada – Pe.Gilson Cezar de Camargo (Ed. Vozes)
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