19/09 | |
S. Januário ( S. Gennaro) Nossa Igreja comemora hoje os Santos Januário, e seus companheiros: Festo, Desidério, Sosso, Procolo, Eutiquete e Acúcio, que sofreram o martírio durante a perseguição de Diocleciano em Nápoles, Itália, por volta do ano 305. São Januário, bispo de Benevento como relata os historiadores fora condenado às feras no anfiteatro de Pozzuoli juntamente com os companheiros de fé. Por causa do atraso de um juiz, teria sido decapitado e não dado como alimento às feras. O sangue de São Januário foi recolhido pelos cristãos e colocado em pequenas ampolas. Era o costume recolher o sangue dos mártires e colocá-los em ampolas diante dos seus túmulos. Um século mais tarde, no ano 432, quando da transladação de suas relíquias de Pozzuoli para Nápoles, uma senhora teria entregue ao bispo João duas ampolas contendo o sangue coagulado de São Januário. Como garantia da afirmação da mulher o sangue se liquefez diante dos olhos do bispo e de grande multidão de fiéis. Este acontecimento, desde então, se repete todos os anos em determinados dias: no sábado que precede o primeiro domingo de maio, nos oito dias sucessivos, a 16 de dezembro, a 19 de setembro e durante toda a oitava das celebrações em sua honra. Os testemunhos sobre esse fenômeno começam a partir de 1329 e são tão numerosos e concordes de tal modo que não se podem contestar. Esse prodígio, confirmado também pela ciência, e o que mais intriga é o fato de até hoje os cientistas não conseguirem explicar por que o sangue de São Januário, contido numa ampola na catetral, se liquefaz e readquire a aparência de sangue novo, recém-derramado. Análises científicas demonstram que se trata realmente de sangue humano. Os napolitanos consideram São Januário o seu protetor contra os flagelos da peste e das erupções do Vesúvio. Este culto e muito antigo e já difundido no mundo inteiro por causa da liquefação de seu sangue, durante a celebração de suas festas. A devoção sincera dos napolitanos para com o mártir, fez com que a memória de São Januário, celebrada desde 1586, fosse conservada no novo calendário litúrgico. | |
Santo Afonso de Orozco Afonso ou Alonso, como se diz no seu idioma natal, nasceu em Ortopesa, na cidade de Toledo, Espanha, no ano de 1500. Seus pais o batizaram com esse nome em homenagem a Santo Ildefonso, o grande defensor da doutrina da virgindade de Maria. Na infância Afonso estudou em Talavera de la Reina e cantou no coro na Catedral de Toledo. A música sempre fora sua grande paixão. Mais tarde foi enviado a cidade de Salamanca para continuar seus estudos e lá se sentiu atraído pelo ambiente de santidade do convento dos Agostinianos. Logo depois, ingressou na Ordem, onde fez os primeiros votos em 1523. Uma vez ordenado sacerdote, foi nomeado pregador da Ordem, ocupando ainda vários cargos como os de pároco do convento São Tomás de Vilanova e definidor da Província de Castela, a qual pertencia. Afonso era severo consigo mesmo, muito rigoroso e crítico, mas tinha uma compreensão e tolerância enorme para com os fiéis e os outros clérigos. Quando era superior do convento de Valladolid, foi nomeado pregador real do imperador Carlos V, depois também de Filipe II, tendo, por esse motivo, transferido a sua residência de Valladolid para Madri, pois a sede da corte também fora transferida para essa Cidade. Em 1560, passou a viver no convento agostiniano de São Filipe. Eloqüente pregador possuía também um forte carisma, que fazia com que todas as pessoas se aproximassem dele, sem distinção. Por isto, gozava de uma extraordinária popularidade mesmo nos ambientes mais formais. Mereceu a estima do rei, dos nobres e de grandes personagens da época. A infanta Isabel Clara Eugênia deixou o seu testemunho no processo de canonização, bem como os escritores Francisco de Quevedo e Lope de Vega. O conjunto de sua correspondência nos revelou o amplo círculo de sua amizade. Mas não só os nobres tiveram esse privilégio, o povo simples e humilde também desfrutou de sua estimada companhia. Todos admiravam o estilo de vida de Afonso, pois amparou a todos com seu apoio pessoal, visitando doentes em hospitais, e os encarcerados. Apesar de ter fama de santidade, sendo chamado em vida de "o santo de São Filipe", numa referencia ao convento em que residia, não se sentia confirmado na graça. Ele foi atormentado várias vezes por tentações, como o amor, a liberdade, e muitas vezes pensou abandonar a vida religiosa, por não se sentir totalmente digno dela. Mesmo renunciando a todos os privilégios de sua posição de pregador régio e participando assiduamente da vida em comunidade, apenas como um simples frade. Ele nos deixou uma obra literária, escrita na língua latina, de grande relevância para a Igreja, especialmente da doutrina mariana. Grande devoto de Maria se sentia muito alegre e à vontade escrevendo para Ela. Fundou dois conventos de agostinianos e três de monjas agostinianas de clausura, transmitindo a todos um testemunho de amor pela vida contemplativa. Afonso morreu em Madrid em 19 de Setembro de 1591, no Colégio de Dona Maria de Aragão, que ele próprio havia fundado. Beatificado em 1882, atualmente seus restos mortais são venerados no Mosteiro das Agostinianas em Madrid. Em 2003, o Papa João Paulo II declarou Santo, Alonso de Orozco, cuja festa foi marcada para o dia de sua morte. |
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
SANTO DO DIA - 19/09/2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário