quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Reconciliação (Mt 18,15-20)

Este trecho do evangelho de Mateus nos ensina a maneira apropriada de lidar com os membros da comunidade que pecaram.
A primeira parte, versículos de 15 a 17, trata da reconciliação do pecador. Descrevendo os passos a serem seguidos quando um cristão peca contra outro (conversa pessoal, discussão perante testemunhas, discussão diante da comunidade), deixa claro que tem por objetivo, devolver o pecador ao seio da comunidade. Porém, caso não se chegue a reconciliação, deve o pecador ser visto "como um pagão e um publicano". Tais expressões referem-se aqueles que eram excluídos da vida religiosa judaica, mas servem aqui para falar-nos da excomunhão ao pecador incorrigível, embora Jesus sempre tenha se mostrado aberto para os dois grupos.
Na segunda parte, versículos de 18 a 20, vemos os conselhos de Jesus a uma comunidade dividida. As expressões "ligar e desligar" e "os dois ou três reunidos em nome de Jesus" fortalecem o poder da comunidade de excluir membros pecadores, mas como último recurso. Mostra-nos também a presença especial de Deus na oração e nas decisões da comunidade reunida. Mateus abranda o caráter solene e doloroso da exclusão daquele que ignorou a comunidade, pela certeza da comunidade de que Deus aprova sua atitude.
Neste texto, Deus, que conosco se reconciliou através de Jesus, entrega a nós a possibilidade da reconciliação. Para bem exercê-la, é necessário ter como meta, única e absoluta, a reconciliação e agir sempre segundo os ensinamentos de Jesus, nosso Modelo, nosso Mestre, o novo Adão, Aquele que nos religou a Deus.

Maria Cecília


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