sexta-feira, 17 de agosto de 2012

A família e a festa

Leitura: Ex 20, 8-11

Irmãos e irmãs em Cristo,
Após termos refletido sobre a família e o trabalho vamos agora valorizar a festa, que é o momento privilegiado e desejado por Deus para o encontro com Ele e com o outro.
O sétimo dia é, para os cristãos, o “dia do Senhor”, conservando o tempo de cada ser humano, o seu espaço de gratuidade e de relação. É o momento do descanso, não apenas interrompendo a atividade humana, mas conferindo a fecundidade ligada ao descanso de Deus. O intercâmbio entre trabalho e festa nos revela a dimensão “produtiva” e a dimensão “gratuita” da vida. Em casa e na comunidade cristã, a família experimente a alegria de transformar a vida de todos os dias numa liturgia viva.

O DOMINGO
O ser humano moderno criou o tempo livre e perdeu o sentido da festa. É necessário recuperar este sentido, de modo particular no domingo, como “um tempo para ser humano”, aliás, “um tempo para a família”.
Por tradição apostólica, a Igreja celebra o mistério pascal de oito em oito dias, no que se denomina o “dia do Senhor” ou o domingo, porque, segundo o testemunho evangélico, Cristo ressuscitou no “primeiro dia da semana” (Mc 16, 2. 9; Mt 28, 1; Lc 24, 1; Jo 20, 1). Neste dia cumpriram-se todos os acontecimentos sobre os quais se fundamenta a fé cristã: a ressurreição de Jesus, as aparições pascais e a vinda do Espírito Santo.

A FESTA – TEMPO PARA A FAMÍLIA
Atualmente, a festa como “tempo livre” é vivida no contexto do “fim-se-semana”. Em vez do descanso e da santificação privilegia-se a diversão, a fuga das cidades, e isto influi sobre a família, principalmente se tem filhos adolescentes e jovens. Os membros da família tem dificuldade de encontrar um momento de relacionamento familiar. O domingo perde a sua dimensão de tempo de encontro e é vivido mais como um tempo “individual” do que como um espaço “comum”. É mais oportuno do que nunca que as famílias voltem a descobrir a festa como lugar de encontro com Deus e da proximidade recíproca, criando a atmosfera familiar também junto dos filhos. A mesa dominical, em casa e na comunidade, é diferente daquela de todos os dias: a de cada dia serve para sobreviver, mas a do domingo serve para viver a alegria do encontro.

A FESTA – TEMPO PARA O SENHOR
No centro da festa está o Senhor, e a Missa é o momento central desse encontro festivo. Participando da missa a família dedica espaço e tempo, oferece energias e recursos, aprende que a vida não é feita unicamente de necessidades a atender, mas de relações a construir.
A memória do Crucificado Ressuscitado marca a diferença do domingo em relação ao dia livre: se não nos encontrarmos com Ele a festa não se realiza, a comunhão é apenas um sentimento, e a caridade se reduz a um gesto de solidariedade que não constrói a comunidade cristã e não educa para a missão.

A FESTA – TEMPO DE HUMANIZAR-SE JUNTOS
A consolidação da vida cristã primitiva e o seu crescimento, bem como a missão da Igreja alicerçou-se na força do Espírito Santo (cf. At 13, 1-5). Mas o Espírito foi acolhido em ambiente de comunidade. As pessoas entendiam (sentiam) a presença de Jesus estando juntas. Dessa forma cresciam em humanidade e se fortaleciam pela espiritualidade – o que só podia terminar em missão. Famílias inteiras se convertiam ao cristianismo e abraçavam a missão de ser fermento sal e luz no mundo (conduzir as pessoas para Cristo).
Também hoje, a vida quotidiana da família e da Igreja é convidada a evangelizar a partir da verdade da grande festa celebrada e vivida no domingo.

PARA REFLETIR:
1 – Na sociedade contemporânea, o que é que impede de viver o domingo como o Dia do Senhor? Como
resgatar esta dimensão?
2 – Como o Dia do Senhor é vivenciado na sua família? Há encontro da família?
3 – De que forma as nossas células de evangelização podem nos ajudar a integrar as nossas famílias numa visão de fé, festa e serviço?
Por Pe. Juarez Dalan – Paróquia São Benedito

Fonte: http://www.comunidadefanuel.com/catolicos/a-familia-e-a-festa/

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