Amanhã
Quando eu procurar nas luzes do horizonte
Alento para ainda crer
E encontrar apenas brumas,
Permite-me, ó Senhor, meu Deus,
Que meu último grito
Ecoe para além das estrelas no infinito
E se junte à canção eterna do amor
Que não conhece ocaso nem limite.
Amanhã
Quando o dia agonizar
E aos poucos se extinguir
Terei, certamente, derramado a última lágrima,
O último cravo me crucificará na cruz da vida.
Em meio a esperanças e ilusões.
Amanhã
Quando tudo chegar a seu fim,
Quando as pessoas que amei,
Os meus amigos, o mundo, as coisas
Já não existirem em mim,
Não permitas, Senhor, eu te peço,
Estar só na minha noite:
Quero surgir com a manhã que nasce
Numa eterna aurora,
Transfigurada em luzes
E com mil cores pintada,
Evocando o teu nome,
Deus terno eterno.
José Benedito Alves
Referência: Desiderata - Cid Moreira
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