quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Minha vida é um paraiso: a PAZ - mensagem do dia


É próprio do nosso eu melhor infundir força e coragem, consolar, acarinhar como faz a mãe ao seu único filho, provocar comoção e lágrimas, transmitir paz e inspirar projetos de vida, a nós e aos outros, facilitando sua realização e desfazendo impedimentos.

Então sentimos intensa calma no íntimo, doce serenidade invade todo o ser.
No fundo do coração acende-se docemente algo misterioso que faz amar o Criador e desperta ternura pela criação, em que se queira possuí-Ia nem dominá-la, porque, finalmente, é sentida como criatura dele.

Estamos em paz e serenidade quando nos comovemos e sentimos ternura por cada criatura no mais íntimo das entranhas, e agradecemos a Deus por cada uma.
Estamos em paz e serenidade quando somos capazes de queixar-nos pela sensibilidade ainda tão grosseira e chorar pelos milhões de pobres cristos que com nossas afrontas, egoísmos e indiferenças, ou nossas cumplicidades sem consciência, crucificamos hoje.

Estamos em paz e serenidade quando cresce a confiança em Deus e nos irmãos, bem como a esperança, e quando o amor começa a inundar a vida, as relações com os irmãos e com o Pai.

Estamos em paz e serenidade quando sentimos alegria e felicidade pelas coisas de Deus e seus segredos, e o caminho que trilhamos com ele que conduz à liberdade.
Quando estivermos em paz pensemos em não ser orgulhosos, mas redimensionar-nos o mais possível, meditando no pouco que valemos quando estamos deprimidos, sem aquele estado de paz dado por Deus. Porque só Deus pode proporcionar essa paz, assim, sem motivo.

Porque é próprio do Criador entrar e sair da nossa vida fazendo com que ela alcance o cume infinito do seu amor.

Porque é próprio de Deus oferecer emoções de alegria e felicidade e presentear a plenitude e a unidade do nosso eu finalmente recomposto e unido no nicho do nosso eu melhor , arrancando do coração toda tristeza e perturbação, astuciosamente inoculadas pelo eu pior.

É preciso estar bem alerta ao rumo dos pensamentos. Se o pensamento inicial, com seus valores, se os meios e fins que os nossos pensamentos se propõem tendem para a paz de cada ser humano e criatura da Criação, então significa que vêm do nosso eu melhor e louvam realmente a Deus, nosso criador e Pai.


Giuliana Martirani
Do livro: A civilização da ternura - Pauli

O que sei sobre o Universo - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Foi na Igreja Católica que aprendi a contemplar o Universo. Até meus 16 anos eu achava aquilo tudo um monte de estrelinhas cintilantes. Nunca me importei com elas. A leitura de alguns textos bíblicos na liturgia, algumas canções do Movimento Gen, alguns livros de espiritualidade e a fala de pregadores em retiros e missas, foram me enchendo de curiosidade por saber mais sobre aquelas luzes. Não poderiam ser frutos do acaso!
Comecei a mergulhar mais de cheio na Bíblia, sobretudo, no Gênesis e nos Salmos. Dali nasceriam mais tarde uns 200 poemas e canções sobre a criação e sobre ecologia. Gosto, sobretudo, do Salmo 8. É estupendo. Sem maior conhecimento de psicologia, de biologia ou de sociologia, sem luneta nem telescópios, o autor sabia da vastidão do Universo e da profundidade que há num ser humano.
De canto em canto e de prece em prece comecei a agradecer a Deus por morar aqui neste canto da Via Láctea. O que é o homem para que Deus se importe com esse minúsculo ser vivo (Sl 8,4-5), mas inteligente? O que é a minúscula Terra onde moramos, para que Deus tenha feito o que fez por ela, dispondo as rotações e os equinócios de tal forma que ela pega calor e frio com impressionante regularidade? De onde veio a água que temos? Por que a precisão de horas, minutos e dias? Alguém queria a vida aqui! Não foi acaso!
A leitura de escritores de renome e de cientistas insuspeitos na sua busca, levaram-me a ouvir os que não crêem em Deus e nos que o amam e louvam. Todos eles me ensinaram alguma coisa. O ateu confesso Karl Sagan (1920-1984) me ensinou mais sobre Deus do que muita gente religiosa. O que ele me mostrou sobre o Universo me aproximou ainda mais do Deus, em quem ele gostaria de crer (livro:Bilhões e Bilhões). Era certamente mil vezes mais bem informado do que eu, mas o universo que aumentou a minha fé, o deixou perplexo. É que sabia mais do que eu e tinha mais interrogações do que eu. Eu me contentei com o pouco que sabia. Foi suficiente para eu concluir. Respeito as dúvidas dele. Já deve estar satisfeito agora que conhece Deus, porque ele deve ter ido para o céu, de tanto que amou esta obra de Deus.
Não posso julgá-lo. Só sei que o universo o ensinou a amar o ser humano. A mim ensinou a amar também o Criador que ainda não sei como é. Só sei que Ele existe e que não se parece com nada do que já vi. Ele é mais do que tudo o que possamos descrever ou imaginar.
O que sei sobre o Universo é que é gigantesco e desafia todos os estudiosos. Quanto mais descobrimos sobre os bilhões e trilhões de corpos siderais, tanto mais perplexos ficamos. Estamos nos primeiros passos de uma quase infinita estrada de bilhões e bilhões de anos luz. Ou seja: nem sequer começamos...
Sei muito pouco sobre a criação quase infinita e menos ainda sobre o Criador infinito, mas, depois de ler mais de 50 livros sobre o assunto, já sei o suficiente para saber que estou aqui porque Alguém aqui me quis, neste planeta, neste tempo, nesta era e netsa hora...
Como tenho mais de 60 anos, imagino que não tenha muitos anos para desfrutar minha estadia por aqui. Certamente será menos do que os anos que já vivi e nem sempre aproveitei para adorar e louvar o meu Senhor. Mas tenho suficiente humildade para reconhecer que é muito mais o que não sei do que o que sei. E é uma das razões pelas quais sou ecumênico. Minha Igreja não sabe tudo. Mas ela pelo menos admite! (CIC 37).
Sei que um pregador encontra Jesus quando fala como aprendiz e nunca como dono da verdade. Tive a sorte de conhecer professores e pregadores humildes das mais diversas Igrejas cristãs. Eles olhavam para o Universo como eu olho: como aprendizes. Quando eu morrer, se Deus me levar para o seu céu, então saberei como isso tudo era imenso! E saberei que não eram apenas estrelinhas cintilantes... Quem sabe descobrirei que havia vidas inteligentes e seres que louvavam a Deus em algum outro canto da criação!... Um dia, como Paulo, verei isso com clareza e sem as imperfeições da ciência e das Igrejas de hoje (1 Cor 13,12).
Agora, olho pelo telescópio e pelos microscópios e louvo a Deus por ter visto um pouco dos detalhes da sua obra, mas não brinco de escolhido. Ele sabe se me escolheu ou não. Eu apenas tento aprender mais e mais sobre Ele. Ninguém vai me ouvir num púlpito, gritando que nós somos os inteligentes e os escolhidos e os outros todos são cegos. Minha santa mãe, a Igreja Católica, não aceitaria isso! Se outras igrejas aceitam, então elas têm um sério problema de fé e outro de humildade (Rom 2,6)...

Proclamar-se cristão - Pe. Zezinho, scj


 Pe. Zezinho, scj


Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. (I Cor 2, 2)

Imagino que o mesmo aconteça com você! Sou um religioso com intenção manifesta de ser cristão e católico. Isto significa que minha fé em Deus passa pela fé em Jesus e minha fé em Jesus, passa pelo meu catolicismo. Aceito o jeito da Igreja Católica falar de Jesus, seus ritos e suas práticas. Eu não saberia fazê-lo sozinho. Não tenho nem cultura nem espiritualidade para isso. Impressiona-me quem diz que não precisa de uma igreja. Eu preciso.

Falo com o Pai em nome Jesus e creio que Jesus é o Filho que me espera no Pai. Tenho consciência de que quando falo, seja com o Pai , seja com o Filho, seja com o Espírito Santo estou falando com o único Deus que existe. Minha cabeça é pequena demais para explicar este mistério, mas não para aceitá-lo; eu o aceito. Se discordasse teria que fundar uma nova religião, ou entrar numa outra, ou ainda, migrar para uma religião que creia num só Deus mais lógico para ela. Mas quem disse que este Deus que coubesse na lógica deles seria o verdadeiro Deus? E existe religião que se guie apenas pela lógica?

Então vem a pergunta: -"E se estivermos errados?" Ainda assim quero crer com os cristãos. E se os outros estiverem errados e Deus for um só, mas for Pai, Filho e Espírito Santo? Neste caso eles morrerão crendo errado, mas serão amados por Deus porque foram sinceros.

Não tenho o menor constrangimento em admitir que eu talvez creia errado. Mas, como não fui lá e não vi, e os outros também não foram e não viram, cada qual escolhe a fé que deseja seguir. Dia houve em que eu decidi continuar na fé que estava seguindo. Continuo não sabendo explicar Jesus, "O" Filho. Para mim Jesus é, antes de tudo, o próprio Deus. Mas, sendo Deus uma trindade e pessoas, ele é o Filho.

Difícil de crer? Eu também acho. Não creio porque é fácil, nem porque faz sentido. Creio porque aceito o que está nos evangelhos. Também não amo só porque faz sentido. Ninguém ama só porque faz sentido. A tendência é amar a quem nos agrada. E não poucas vezes amamos a quem não nos ama nem nos agradece. Nem o amor tem lógica, nem a fé. Foi o que Jesus disse a Tomé, que queria provas. Seguiu a lógica. Jesus lhe disse que há um caminho mais completo. O daquele que não vê, mas assim mesmo aceita. Não disse que era fácil. Não o é para um ateu e não o é para um crente que pensa.

Também não sei explicar nem pilotar um avião a jato, mas viajo nele, esperando sempre que aquele vôo não caia. Se confio nos engenheiros e no piloto que não vejo, posso também ter fé no Cristo que não vejo e na minha Igreja da qual vejo apenas uma parte. Não estou na Igreja por questão de certeza absoluta. Estou nela por questão de fé. É o avião que escolhi para ir aonde espero chegar!

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SANTO DO DIA - 18/01/012

18/01
Margarida da Hungria
Margarida era uma princesa, filha do rei Bela IV, da Hungria e da rainha Maria, de origem bizantina. Ela nasceu no castelo de Turoc, em 1242, logo foi batizada, pois os reis eram fervorosos cristãos. Aos dez anos, o casal real a entregou para viver e ser preparada para os votos religiosos, no mosteiro dominicano de Vespem, em agradecimento pela libertação da pátria dos Tártaros.

Dois anos depois, fez a profissão de fé de religiosa num novo mosteiro, fundado para ela por seu pai, na Ilha das Lebres, localizada no rio Danúbio, perto de Budapeste. Em 1261, tomou o véu definitivo, entregando seu coração e sua vida a serviço do Senhor, tendo uma particular devoção pela Eucaristia e Paixão de Cristo. Ela realmente, era especial, foi um exemplo de humildade e virtude para as outras religiosas. Rezava sempre, e fazia penitencias, se oferecendo como vítima proposital, para a salvação do seu povo.

Margarida, não desejou ter uma cultura elevada. Sua instrução se limitou ao conhecimento primário da escrita e da leitura, talvez apenas um pouco mais que isto. Ela pedia que lhe lessem as Sagradas Escrituras e confiava sua direção espiritual ao seu confessor, o dominicano Marcelo, que era o superior da Ordem.

Possuía um ilimitado desapego às coisas materiais, amando plenamente a pobreza, o qual unido à sua vida contemplativa espiritual, a elevou a uma tal proximidade de Deus, que recebeu o dom das visões. Ela se tornou uma das grandes místicas medievais da Europa, respeitada e amada pelas comunidades religiosas, pela corte e população. Morreu em 18 de janeiro de 1270, no seu mosteiro.

A sua sepultura se tornou meta de peregrinação, pelas sucessivas graças e milagres atribuídos à sua intercessão. Um ano depois da sua morte, seu irmão, Estevão V, rei da Hungria, encaminhou um pedido de santidade, à Roma. Mas este processo desapareceu, bem como um outro, que foi enviado em 1276. Porém na sua pátria e em outros paises, Margarida já era venerada como Santa.

Depois de muitos desencontros, em 1729 um processo chegou em Roma, completo e contendo dados de autenticidade inquestionável. Neste meio tempo as relíquias de Margarida tinham sido transferidas, por causa da invasão turca, do convento da Ilha das Lebres para o de Presburgo em 1618.

Em 1804, mesmo sem o reconhecimento oficial, seu culto se estendia na Ordem Dominicana e na diocese da Transilvânia. No século XIX, sua festa se expandiu por todas as dioceses húngaras. A canonização de Santa Margarida da Hungria foi concedida pelo papa Pio XII em 1943, em meio ao júbilo dos devotos e fiéis, de todo o mundo, especialmente pelos da comunidade cristã do Leste Europeu, onde sua veneração é muito intensa.
Santa Prisca
Prisca, é um nome que nos soa um pouco estranho, significa: "a primeira". Mas evoca uma grande Santa, que se impôs à admiração de todos nos primeiros tempos do Cristianismo. Ela foi considerada a mais antiga santa romana e se tornou uma das mulheres mais veneradas na Igreja.

Segundo a tradição, Prisca foi batizada aos treze anos de idade por São Pedro e se tornou a primeira mulher do Ocidente a testemunhar com o martírio, sua fé em Cristo. Ela morreu decapitada durante a perseguição do imperador Cláudio, na metade do século I, em Roma.

As "Atas de Santa Prisca" registram, de fato, que ela foi martirizada durante o governo desse tirano e seu corpo sepultado na Via Ostiense, nas catacumbas de Priscila, as mais antigas de Roma. Depois foi transladado para a igreja do monte Aventino.

Uma igreja construída sobre os alicerces de uma grande casa romana do primeiro século, como atestam as mais recentes descobertas arqueológicas, muito importante para os cristãos. Ainda hoje, mantém uma cripta que guarda uma preciosa relíquia: a concha com que São Pedro apóstolo batizou seus seguidores e discípulos.
Mas, a partir do século VIII, alguns dados vieram à tona dando total veracidade da existência dessa mártir romana, como mulher evangelizadora atuante, descrita numa carta escrita por São Paulo, em que falou: "Saúdem Prisca e Áquila, meus colaboradores em Jesus Cristo, os quais expuseram suas cabeças para me salvar a vida. À isso devo render graças não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios" (Rm 16,3).

Desta maneira, se soube que Prisca não morreu logo apos seu batizado, mas alguns anos depois, ainda durante aquela perseguição. No Sínodo Romano de 499, se determinou que os dados fossem acrescentados às "Atas de Prisca", confirmando ainda mais a sua valorosa contribuição à Igreja dos primeiros tempos.

Para homenagear e perpetuar o seu exemplo, aquela igreja de monte Aventino foi consagrada com o nome de Santa Prisca e se manteve no dia 18 de janeiro a sua tradicional festa litúrgica.

LITURGIA DIÁRIA - 18/01/2012



Quarta-Feira, 18 de Janeiro de 2012
Primeira Leitura: 1º Samuel 17, 32-33.37.40-51


2ª Semana Tempo Comum
(verde - ofício do dia da quarta-feira da II semana)
 
 

Leitura do Primeiro Livro de Samuel.

Naqueles dias, 32Davi foi conduzido a Saul e lhe disse: “Ninguém desanime por causa desse filisteu! Eu, teu servo, lutarei contra ele”. 33Mas Saul ponderou: “Não poderás enfrentar esse filisteu, pois tu és só ainda um jovem, e ele é um homem de guerra desde a sua mocidade”. 37Davi respondeu: “O Senhor me livrou das garras do leão e das garras do urso. Ele me salvará também das mãos deste filisteu”. Então Saul disse a Davi: “Vai, e que o Senhor esteja contigo”. 40Em seguida, tomou o seu cajado, escolheu no regato cinco pedras bem lisas e colocou-as no seu alforje de pastor, que lhe servia de bolsa para guardar pedras. Depois, com a sua funda na mão, avançou contra o filisteu.
41Este, que se vinha aproximando mais e mais, precedido do seu escudeiro, 42quando pôde ver bem Davi desprezou-o, porque era muito jovem, ruivo e de bela aparência. 43E lhe disse: “Sou por acaso um cão, para vires a mim com um cajado?” E o filisteu amaldiçoou Davi em nome de seus deuses. 44E acrescentou: “Vem, e eu darei a tua carne às aves do céu e aos animais da terra!” 45Davi respondeu: “Tu vens a mim com espada, lança e escudo; eu, porém, vou a ti em nome do Senhor todo-poderoso, o Deus dos exércitos de Israel que tu insultaste! 46Hoje mesmo, o Senhor te entregará em minhas mãos, e te abaterei e te cortarei a cabeça, e darei o teu cadáver e os cadáveres do exército dos filisteus às aves do céu e aos animais da terra, para que toda a terra saiba que há um Deus em Israel. 47E toda esta multidão de homens conhecerá que não é pela espada nem pela lança que o Senhor concede a vitória; porque o Senhor é o árbitro da guerra, e ele vos entregará em nossas mãos”. 48Logo que o filisteu avançou e marchou em direção a Davi, este saiu das linhas de formação e correu ao encontro do filisteu. 49Davi meteu, então, a mão no alforje, apanhou uma pedra e arremessou-a com a funda, atingindo o filisteu na fronte com tanta força, que a pedra se encravou na sua testa e o gigante tombou com o rosto em terra.
50E assim Davi venceu o filisteu, ferindo-o de morte com uma funda e uma pedra. 51E, como não tinha espada na mão, correu para o filisteu, chegou junto dele, arrancou-lhe a espada da bainha e acabou de matá-lo, cortando-lhe a cabeça. Vendo morto o seu guerreiro mais valente, os filisteus fugiram.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 143)
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo!

— Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a guerra!
— Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo; É meu escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.
— Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, nas dez cordas da harpa louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo Davi.
Evangelho (Marcos 3,1-6)
— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” 4E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Jesus cura e resgata a vida


Das narrativas de confronto entre Jesus e os líderes religiosos do Templo e da sinagoga emergem o perfil de Jesus e as características de seu Reino. Jesus elimina as exclusões pelos critérios de puro x impuro, perdoa os pecados, solidariza-se em torno da mesa de refeição com os pecadores e publicanos, excluídos da mesa dos religiosos judeus, e liberta das estritas observâncias do sábado que pesavam sobre a vida dos trabalhadores e das famílias pobres. Esta narrativa da cura do homem da mão seca na sinagoga, em dia de sábado, reforça a prática libertadora de Jesus. Logo no início de seu ministério, Jesus expulsa o espírito impuro do homem da sinagoga. Agora, entrando novamente na sinagoga, os fariseus e herodianos o observam para ver se cura em dia de sábado. O questionamento que Jesus faz tem o sentido de globalidade: as vossas observâncias são para o bem ou para o mal? São para dar a vida ou para matar? E quando Jesus age para curar e resgatar a vida, os fariseus e herodianos retiram-se e tomam a decisão de matar Jesus.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, sejam minhas mãos usadas somente para a prática do bem. Livra-me de mantê-las fechadas a quem precisa de minha ajuda, e de usá-las para fazer o mal.

O Evangelho do dia 18/01/2012 ( quarta-feira)

Ano B - Dia: 18/01/2012


Jesus cura o homem da mão aleijada
Leitura Orante


 
Mc 3,1-6

Jesus foi outra vez à sinagoga. Estava ali um homem que tinha uma das mãos aleijada. Estavam também na sinagoga algumas pessoas que queriam acusar Jesus de desobedecer à Lei; por isso ficaram espiando Jesus com atenção para ver se ele ia curar o homem no sábado. Ele disse para o homem:
- Venha cá!
E perguntou aos outros:
- O que é que a nossa Lei diz sobre o sábado? O que é permitido fazer nesse dia: o bem ou o mal? Salvar alguém da morte ou deixar morrer?
Ninguém respondeu nada. Então Jesus olhou zangado e triste para eles porque não queriam entender. E disse para o homem:
- Estenda a mão!
O homem estendeu a mão, e ela sarou. Logo depois os fariseus saíram dali e, junto com as pessoas do partido de Herodes, começaram a fazer planos para matar Jesus.


Leitura Orante

Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto na Bíblia: Mc 3,1-6.
Era sábado. Jesus entrou na sinagoga e ensinava. Lá também estava um homem que tinha a mão aleijada. E estavam lá pessoas espiando se Jesus curaria no sábado. Espreitavam, como diz o Salmo: "Homens cruéis estão fazendo planos contra mim"(Sl 59, 4).O homem que tinha a mão aleijada centralizou as atenções. Para Jesus, a vida é mais importante que o sábado. E mais: ele é o Senhor do sábado. E já se manifestou sobre esta questão, afirmando que omitir socorro possível nestas situações, é fazer um mal. Primeiro, Jesus manda que o homem fique em pé e na frente de todos. Depois questiona: "é permitido neste dia fazer o bem ou o mal? Salvar da morte ou deixar morrer?" Disse ao homem que estendesse a mão. E, assim, o curou. Os fariseus, por falta de razão, e apegados à sua pretensa superioridade, "ficaram furiosos" e passaram a fazer planos para matar Jesus.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?
Mais uma vez me é apresentada a questão do legalismo, de um lado; e, de outro, a defesa da vida, da pessoa segundo o Projeto de Deus.
Os bispos, em Aparecida, disseram: " Como discípulos de Jesus reconhecemos que Ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao mesmo tempo, o Evangelho de Deus (cf. Rm 1,3). Cremos e anunciamos "a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus" (Mc 1,1). Como filhos obedientes á voz do Pai queremos escutar a Jesus (cf. Lc 9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos sabemos que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68). Com a alegria da fé somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, n'Ele, a boa nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação." (DAp 103).
Minha vida reflete o que Jesus diz e faz ou há contradições? O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?

3.Oração (Vida)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Como dizem os bispos da América Latina: "nós, como discípulos e missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar o Evangelho, que é o próprio Cristo. Anunciamos a nossos povos que Deus nos ama, que sua existência não é uma ameaça para o homem, que Ele está perto com o poder salvador e libertador de seu Reino, que Ele nos acompanha na tribulação, que alenta incessantemente nossa esperança em meio a todas as provas. Os cristãos são portadores de boas novas para a humanidade, não profetas de desventuras." (DAp 30).

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Dá-nos a tua paz! - mensagem do dia


Senhor, o mundo precisa de paz.
Em toda parte se vê a angústia e o medo.
Onde não existe a guerra,
Existe a ameaça dela,
Os homens vivem se armando,
Embora todo mundo fale de paz.
Está aí a violência em todas as suas formas.

Aí estão as restrições,
Aí está a falta de diálogo,
Aí está a ambição incontrolável,
Aí está a incrível sede de domínio econômico e político.

Senhor, volve para nós teu olhar de misericórdia.
Faze-nos mais justos e mais humanos.
É preciso que nos inspires
E nos mostres os caminhos da verdadeira paz.
Dá-nos a tua paz,
Que não é a paz que o mundo dá,
O que os homens entendem por paz?
Qual é a paz que eles procuram?
Tu porém nos dizes

A paz é como a chama que, embora silenciosa, é ativa.
A paz também se apressa,
Principalmente quando há uma lágrima a enxugar
A paz também fala,
Principalmente quando o silêncio é um pecado.
A paz também insiste,
Principalmente quando se trata de mudar certas coisas.
Paz não significa não fazer nada contra,
Mas fazer tudo para o bem de todos.
Não é ter tudo que dá a paz.
É satisfazer-se com o que basta,
Não é ter tudo que dá a paz,
Mas não ter nada compromete.
A certeza da paz é a justiça e o amor.
É humano quem fala de paz.
É bendito quem a faz.
A paz tem maiores ou menores proporções.
Ela só é toda quando Deus é tudo.


Orlando Gambi

Jesus e a sociedade de consumo - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj


As Igrejas perderam poder e relevância. Algumas delas, num heróico e, às vezes, atrevido e desesperado esforço de marketing da fé tentam arrebanhar multidões, não importa se os métodos são éticos para conseguir relevância.

Mas teria Jesus perdido a importância e a relevância? No curto espaço de setenta anos o mundo se viu ameaçado pela catástrofe nuclear; vale dizer extinção, a começar das bombas em Hiroshima e Nagasaki e as milhares de outras estocadas hoje em países perigosamente instáveis.

A apressada sociedade de consumo derrotou a bem mais lenta sociedade ecológica. Sujam-se e poluem-se os mares, os ares, o solo, o subsolo. Exaurem-se os recursos com tamanha velocidade que já não se imagina a Terra capaz de se recuperar. Corridas armamentistas, financeiras, fiscais e o dinheiro e migrar como barata desestabilizam até as mais fortes economias. Os preços sobem e, enquanto os ricos precisam de cada vez mais dinheiro para manter suas conquistas e seu conforto, os pobres se vêem cada dia mais impotentes diante do custo de vida. No Brasil um pobre que telefona em maio para uma consulta gratuita junto a um órgão do estado tem vaga para outubro; mas, se puder pagar 160 reais por uma endoscopia, tem vaga na manhã seguinte.

O essencial está cada dia mais caro. A tecnologia gerou a tecnocracia. A tecnocracia que poderia administrar a tecnologia em favor da ecologia e da vida optou pela fórmula suicida; subjugou a natureza de tal forma que esta já não se recompõe na velocidade suficiente com que é ferida. A tecnologia, hoje, mais tira e extrai do que repõe; isto por culpa de uma tecnocracia consumista e imediatista que se rege pelo lucro agora já.

Jesus deixa de ser relevante numa sociedade que não aprendeu a preservar a vida. Ele soa como inimigo do progresso consumista. Jesus propõe pobreza e frugalidade! E o capitalismo não vive sem consumismo!

Jesus propunha que seus discípulos aparecessem quando fosse necessário anunciar uma mensagem

Jesus propunha que seus discípulos aparecessem quando fosse necessário anunciar uma mensagem. Mas quando se tratasse de sua vida pessoal não deveriam aparecer. Ao contrário, deveriam silenciar-se e esconder-se. Por isso Jesus pediu a muitos que ele curara, que não divulgasse o fato. Propôs que quem desse esmola não divulgasse a esmola que deu, quem orasse não o fizesse com ostentação em público e se trancasse no seu quarto. O mesmo Jesus que disse: "brilhe vossa luz diante dos homens", mandou anunciar o Evangelho de cima do telhado. E aconselhou-nos a não fazer marketing das nossas caridades e não orar de maneira exibicionista. É fácil compreender que um pregador da fé deve aparecer quando preciso, mas na maioria das vezes não deve ostentar nem piedade, nem sabedoria, nem caridade. O mensageiro não deve ser maior do que a mensagem que leva!

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SANTO DO DIA - 17/01/012

17/01
Santo Antão
Santo Antão foi um monge egípcio que viveu por volta de 251-355. É chamado o pai dos monges, pois foi o pioneiro da vida monástica na Igreja, Depois de passar certo tempo com um grupo de ascetas, foi para o deserto e entregou-se à mais profunda contemplação. Juntaram-se a ele muitos discípulos, os quais, sob a sua orientação, viviam em pequenas comunidades. É invocado contra as tentações.

Ficou órfão muito cedo e com a responsabilidade de cuidar sozinho de sua irmã e da fortuna deixada por seus pais, decidiu ouvir o chamado de Cristo que há muito lhe dizia para dedicar-se a fé católica. Doou tudo o que possuía, reservando apenas a parte de sua irmã e a enviou para um convento, seguindo seu caminho apenas com sua crença, optando por morar isoladamente como um eremita.

Porém o demônio teimava em colocar sua fé em xeque e o tentava de todas as maneiras, com pensamentos obscenos e impuros. Mas a serenidade de Santo Antão frente a tantas provocações era tão grande que, por fim, o diabo se cansou. Achando que poderia viver de forma mais isolada, decidiu se abrigar em um tumulo.

Logo depois seguiu para o deserto e atravessando o Rio Nilo, passou a viver no cume de uma montanha por vinte anos. Mais tarde fundou um mosteiro em Fauim. Morreu aos 105 anos.

LITURGIA DIÁRIA - 17/01/2012



Terça-Feira, 17 de Janeiro de 2012
Primeira leitura (1º Samuel 16,1-13)

 
2ª Semana Tempo Comum
(branco - ofício do dia da terça-feira da II semana)

 
 
Leitura do Primeiro Livro de Samuel.

Naqueles dias, 1o Senhor disse a Samuel: “Até quando ficarás chorando por causa de Saul, se eu mesmo o rejeitei para que não reine mais sobre Israel? Enche o chifre de óleo e vem, para que eu te envie à casa de Jessé de Belém, pois escolhi um rei para mim entre os seus filhos”.
2Samuel ponderou: “Como posso ir? Se Saul o souber, vai me matar”. O Senhor respondeu: “Tomarás contigo uma novilha da manada, e dirás: ‘Vim para oferecer um sacrifício ao Senhor’. 3Convidarás Jessé para o sacrifício. Eu te mostrarei o que deves fazer, e tu ungirás a quem eu te designar”. 4Samuel fez o que o Senhor lhe disse, e foi a Belém. Os anciãos da cidade vieram-lhe ao encontro, e perguntaram: “É de paz a tua vinda?” 5“Sim, é de paz”, respondeu Samuel. Vim para fazer um sacrifício ao Senhor. Purificai-vos e vinde comigo, para que eu ofereça a vítima”. Ele purificou então Jessé e seus filhos e convidou-os para o sacrifício.
6Assim que chegaram, Samuel viu a Eliab, e disse consigo: “Certamente é este o ungido do Senhor!” 7Mas o Senhor disse-lhe: “Não olhes para a sua aparência nem para a sua grande estatura, porque eu o rejeitei. Não julgo segundo os critérios do homem: o homem vê as aparências, mas o Senhor olha o coração”. 8Então Jessé chamou Abinadab e apresentou-o a Samuel, que disse: “Também não é este que o Senhor escolheu”. 9Jessé trouxe-lhe depois Sama, e Samuel disse: “A este tampouco o Senhor escolheu”.
10Jessé fez vir seus sete filhos à presença de Samuel, mas Samuel disse: “O Senhor não escolheu a nenhum deles”. 11E acrescentou: “Estão aqui todos os teus filhos?” Jessé respondeu: “Resta ainda o mais novo, que está apascentando as ovelhas”. E Samuel ordenou a Jessé: “Manda buscá-lo, pois não nos sentaremos à mesa, enquanto ele não chegar”. 12Jessé mandou buscá-lo. Era ruivo, de belos olhos e de formosa aparência. E o Senhor disse: “Levanta-te, unge-o: é este!” 13Samuel tomou o chifre com óleo e ungiu Davi na presença de seus irmãos. E a partir daquele dia, o espírito do Senhor se apoderou de Davi. A seguir, Samuel se pôs a caminho e voltou para Ramá.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 88)

— Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor.
— Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor.

— Outrora vós falastes em visões a vossos santos: “Coloquei uma coroa na cabeça de um herói e do meio deste povo escolhi o meu Eleito.
— Encontrei e escolhi a Davi, meu servidor, e o ungi, para ser rei, com meu óleo consagrado. Estará sempre com ele a minha mão onipotente e meu braço poderoso há de ser a sua força.
— Ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!’ E por isso farei dele o meu filho primogênito, sobre os reis de toda a terra farei dele o Rei altíssimo”.

Evangelho (Marcos 2,23-28)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

23Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?”
25Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”. 27E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Jesus libertar a todos da opressão

Marcos inicia seu evangelho com o anúncio de João Batista que vem "preparar o caminho" de Jesus. Agora, os discípulos de Jesus começam a "abrir caminho". Na primeira parte do evangelho, Marcos coloca a "casa" como o lugar de formação e convívio das comunidades formadas em torno de Jesus. Na segunda parte, quando vai se encerrando o ministério na Galileia e regiões vizinhas, o destaque é o "caminho" para Jerusalém, onde se dará o confronto final com os chefes do Templo. Ao longo desse ministério já fica caracterizado o confronto com os chefes das sinagogas locais decorrente das diversas infrações de Jesus às regras de pureza, da observância sabática, do jejum e do convívio social, bem como pela promulgação do perdão dos pecados. Revelando que a necessidade está acima da Lei, Jesus se empenha em libertar e aliviar a todos de qualquer opressão, religiosa ou civil, tendo em vista a promoção da vida e da dignidade dos pequeninos, humilhados, empobrecidos e excluídos.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, ensina-me a ser fiel a ti, vivendo os Mandamentos, sem fanatismo, e sim com a liberdade de quem está em plena sintonia contigo.

O Evangelho do dia 17/01/2012 ( terça-feira)

Ano B - Dia: 17/01/2012


A pessoa é prioridade
Leitura Orante

Mc 2,23-28

Num sábado, Jesus e os seus discípulos estavam atravessando uma plantação de trigo. Enquanto caminhavam, os discípulos iam colhendo espigas. Então alguns fariseus perguntaram a Jesus:
- Por que é que os seus discípulos estão fazendo uma coisa que a nossa Lei proíbe fazer no sábado?
Jesus respondeu:
- Vocês não leram o que Davi fez, quando ele e os seus companheiros não tinham comida e ficaram com fome? Ele entrou na casa de Deus, na época do Grande Sacerdote Abiatar, comeu os pães oferecidos a Deus e os deu também aos seus companheiros. No entanto, é contra a nossa Lei alguém comer desses pães; somente os sacerdotes têm o direito de fazer isso.
E Jesus terminou:
- O sábado foi feito para servir as pessoas, e não as pessoas para servirem o sábado. Portanto, o Filho do Homem tem autoridade até mesmo sobre o sábado.


Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se neste ambiente
virtual. Rezamos, em sintonia com a Santíssima Trindade.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este acesso à rede da internet,
nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor!
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto na Bíblia: Mc 2,23-28..
Para Jesus, a pessoa tem prioridade. As coisas, os dias, inclusive o sábado, estão a seu serviço. Isto modifica a relação ou a escala de valores que se coloca no mundo. As coisas estão no seu justo lugar quando ajuda a pessoa humana ser conforme o Projeto de Deus. A lei está a serviço do bem.

2. Meditação (Caminho)

O que a Palavra diz para mim?
Qual é a minha escala de valores?
Os bispos, em Aparecida, falaram de uma sociedade conforme a proposta de Jesus "A resposta a seu chamado exige entrar na dinâmica do Bom Samaritano (cf. Lc 10,29-37), que nos dá o imperativo de nos fazer próximos, especialmente com quem sofre, e gerar uma sociedade sem excluídos, seguindo a prática de Jesus que come com publicanos e pecadores (cf. Lc 5,29-32), que acolhe os pequenos e as crianças (cf. Mc 10,13-16), que cura os leprosos (cf. Mc 1,40-45), que perdoa e liberta a mulher pecadora (cf. Lc7,36-49; Jo 8,1-11), que fala com a Samaritana (cf. Jo 4,1-26)." (DAp 135).
Sinto-me uma pessoa próxima dos meus irmãos? Sensibilizo-me com as necessidades das pessoas? Como reajo ao ver tantos desabrigados pela chuva, sem casa, sem alimentos, num momento de dor pela perda de um familiar ou amigo?

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Jesus Mestre,
ao meu coração, se substitua o teu.
Ao meu amor a Deus, ao próximo, a mim mesmo,
se substitua o teu.(Bem-aventurado Alberione)

4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Sinto-me discípulo/a de Jesus. Quero deixar-me conduzir pela lei do amor.

Bênção

 - Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

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Irmã Patrícia Silva, fsp

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Dá-nos a paz que se dá - mensagem do dia

Quando te pedimos paz, devolve-nos o pedido, que é fácil pedir sem dar...

Ensina-nos a passar da tolerância ao amor; de sermos notas dispersas a sermos uma canção.

Quando entregamos as armas, ajuda-nos a entregar também, abertas, as almas, que a paz apenas sem guerraé pouca paz para nós.

Necessitamos da terra com casa, trabalho e pão, contigo no coração, com todos os povos, juntos, forjando o novo amanhã.

Dá-nos a paz que se faz!
Dá-nos a paz que se dá!


Pedro Casaldáliga

O imenso filho de Deus - Pe. Zezinho, scj


 Pe. Zezinho, scj

Paulo fala da imensidão de Cristo. Não há como medir a sua dimensão, por isso nos convida a mergulhar na sua altura, comprimento, largura e profundidade... Cristo é imenso. Não há como medi-lo com os padrões deste mundo. O evangelista João afirma que se alguém quisesse escrever tudo o que Ele disse e fez não haveria papel suficiente nem lugar para guardar todos os possíveis livros a seu respeito. E ainda assim não teríamos chegado ao cerne do mistério que foi o Filho de Deus entre nós. A linguagem da Igreja é uma só, mas cada cristão terá seu modo de falar da experiência que teve ao aceitar Jesus como o Cristo.
Creio em Jesus Cristo e penso que o amo. Afirmo que ele é o Filho de Deus eternamente gerado pelo Pai. Não nasceu do Pai porque sempre existiu com Ele. Nascer é começar. Ele não teve começo. No seio da Trindade de pessoas divinas que é o Ser Deus, Ele é a pessoa Filho. Um dia, e só Deus sabe porque e como isso é possível, veio ser pessoa humana.
No período que entre nós viveu, chamou-se Jesus de Nazaré, mas era o Cristo, o ungido que Deus prometera. Admito que na minha Igreja e nas outras há pessoas que amam a Jesus mais do que eu e falam dele com muito mais clareza e profundidade. Falam de Jesus e com Jesus muito melhor do que eu. Tenho aprendido com eles.
Não sou o melhor e nem o mais sábio, nem o mais santo dentre os seus seguidores. Milhões que jamais leram um livro de teologia e não conseguiriam falar dele acreditam e amam Jesus o suficiente para dar a vida por Ele. Não é questão de teologia. É de sintonia que mais cedo ou mais tarde encontra a teologia. O melhor tratado de Cristologia é aquele que nos ensina a tratar o Cristo como Filho de Deus. Pode-se ler um tratado e não tratá-lo como tal. Pode-se tratá-lo como Filho de Deus e nem sequer saber dessas coisas.
Não me impressiono com quem fala bonito sobre Ele, porque pode-se falar bonito sobre Cristo e não segui-lo nem amá-lo. Tenho sido o primeiro a dizer aos que elogiam minha pregação: não confundam palavras bonitas com vida bonita.
Mas conheço gente que fala bonito sobre Jesus e vive o que fala. Conheço quem não sabe muito sobre Ele e até confunde as coisas, mas o ama de verdade. Fazem como o irmão mais novo, que não sabe muita coisa sobre seu irmão mais velho, mas gosta demais de estar com ele e confia no que seu irmão ensina.
Ouvirei todos os que falam de Jesus. Inclusive, quem não sabe muito sobre Ele e se atrapalha no primeiro minuto do seu discurso. Dou-lhe o direito de saber pouca teologia, já que faz o que a teologia manda: ama a Deus e ama as pessoas. Sabe o suficiente para salvar-se.
Só não ouvirei os donos da verdade. Em geral sentem-se donos até do Cristo, mas não são donos nem de si mesmos. Se em nome de Jesus eles puderem destruir alguém, é isso o que farão. Abrem a porta para o Cristo, mas costumam cobrar o seu pedágio.
Creio em Jesus, acho que sei ler a Bíblia. Penso que sei compreender o que os escritores sagrados queriam mostrar. Talvez nem tudo sobre Cristo seja exatamente como alguns daqueles cristãos de primeira hora antigos escreveram. Mas também não será como os padres, pastores e videntes de agora o dizem. Fico com os evangelhos. São suficientes para eu conhecer e amar a pessoa que eles anunciam. No céu, eu saberei a verdade total. Por enquanto, já tenho o suficiente para continuar a buscá-lo.
Sei que Ele voltou para o Pai e um dia retornará a este mundo, mas será diferente do que a primeira vez. Não sofrerá mais, nem será crucificado. Virá com poder e glória para julgar o mundo. Da primeira vez, Ele mesmo disse que veio oferecer salvação. Não veio condenar e sim salvar. Quando voltar será glorioso com todo o seu poder e aí, sim, julgará a humanidade! Não vai ser um dia fácil. Cada um vai ter sua vida mostrada e esmiuçada. Então se saberá porque alguns foram e outros não foram dignos do céu.
O que nossa fraqueza não consegue, a misericórdia dele consegue. É por isso que nós católicos oramos em todas as missas pedindo piedade e perdão. Outros cristãos também o fazem. Nós cremos no imenso poder redentor do imenso Filho de Deus. Há perdão para todos, desde que nos arrependamos de verdade.
Se isso é crer em Cristo, então eu acho que tenho fé. Ainda é pequena, mas é fé. Preocupam-me as pessoas de fé grande, mas fanática, porque pode-se crer muito, mas de maneira errada. Para matar a sede, entre o copo de água e o litro de pinga, eu fico com o copo de água. É menor, mas não embriaga!

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Missa não é opereta - Pe. Zezinho, scj


 Pe. Zezinho, scj


Opera é um teatro todo cantado. Opereta, um teatro declamado, falado e cantado. Pode haver danças no meio. É mais ou menos isso! Os detalhes eu deixo para os especialistas em artes cênicas. Missa é culto católico, com séculos de história, que não depende de lugar para acontecer, mas, em geral, acontece num templo. Não é nem nunca foi ópera ou opereta. Quem dela participa não é ator e nem o presidente da assembléia nem os cantores podem ser sua principal atração.

Mas são! E o são por conta de um fato: a maioria não estudou ou não respeita as orientações dos especialistas de uma ciência chamada "liturgia". Liturgia deve ser o que impede que o altar vire palco, e o lado direito ou esquerdo dele vire coxia! Regula o culto de maneira que transpareça a catequese e a teologia daquele momento. Na hora em que o presidente daquele culto, ofuscado pelas luzes e pela fama local ou nacional, e algum cantor ou cantora deslumbrado com a sua chance de mostrar seu talento roubam a cena, temos mais uma exibição de opereta, num templo católico. Gestos, corridinhas, roupas lindas, música que estoura os ouvidos, o padre onipresente, inserções aqui e ali no script do que tratam como peça de arte, vinte músicas para uma missa, as canções duram 50 minutos e as palavras da missa 12 ou 15, o sermão do padre 25... E o povo que não pagou para assistir, é convidado a deixar sua contribuição no ofertório. Na semana que vem haverá outra exibição... Isto, nos cultos em que o altar vira palco e o celebrante que poderia, sim, ser alegre, comunicativo, acolhedor, resolve se o ator principal com alguns coadjuvantes chamados banda católica.

Nos outros cultos chamados de eucaristia e tratados como eucaristia a coisa é bem outra! Tem decoro, tem lógica, obedece-se ao conteúdo e aos textos daquele dia, as canções são verdadeiramente litúrgicas, os leitores sabem ler e não engasgam, os microfones não estouram, ninguém toca nem fala para ensurdecer, músicos não entram em competição, nenhum solista canta demais, cantores apenas lideram o povo, ninguém fica dedilhando cançõezinhas durante a consagração, como fundo para Jesus que faz o seu debut, as canções são ensaiadas e escolhidas de acordo com o tema da missa daquele dia, não se canta na hora da saudação de paz porque ninguém diz bom dia, ou como vai cantando...Tais coisas só acontecem nas operetas...

Nas missas sérias e com unção ninguém fica passando à frente ou atrás do altar, ministro não fica mexendo no altar enquanto o padre prega, padre não exagera nas vestes, não berra, não grita, não dá show de presença, tudo é feito com muita seriedade e decoro. O padre até se destaca pela seriedade. Celebra-se, dentro das nuances permitidas, o mesmo ato teológico com implicações sociais que se celebra no mundo inteiro. Todos aparecem e ninguém se destaca.

Mas receio ser inútil escrever sobre estas coisas, porque pouquíssimas bandas e pouquíssimos sacerdotes admitem que isso acontece com eles...E ai de quem disser que acontece! Mandam consultar o ibope sobre as novas missas transformadas em operetas, nas quais se privilegia mais canção do que os textos do dia. Perguntem se, depois daquele "somzão" e daquelas inserções com exorcismo, oração em línguas e outros adendos não aumentou a freqüência aos templos! É! Pois é!

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SANTO DO DIA - 16/01/012

16/01
Santo Honorato de Arles
Honorato era filho de uma nobre família romana, tendo vivido lá pela metade do século IV. Como todo nobre, recebeu educação elevada que, ao contrário do que esperava a família, usou-a como monge e pastor para firmar-se como líder da Igreja. Converteu-se depois de adulto, mesmo pressionado pelos pais para que abandonasse a fé. Acabou conseguindo converter o irmão, Venâncio.

Assim que os pais morreram, os dois irmãos se desfizeram de todos os bens, doando tudo aos necessitados e se transformando em pregadores. Tendo Crepácio como guia espiritual, viajaram espalhando o Catolicismo pela Síria, Grécia e outras terras. Quando Venâncio morreu, Honorato resolveu voltar à Itália, onde se ordenou sacerdote.

Mas voltou a viajar com Crepácio, até que fincou raízes numa ilha desabitada, chamada Lerins. Que, aliás, passou a ser conhecida como "Ilha Feliz". Isso porque Honorato fundou ali um mosteiro de elevada inspiração espiritual e intelectual. Tornou-se rapidamente uma venerada escola de monges.

Dali saíram santos e escritores célebres como Santo Hilário, São Lupo, Cesário de Arles, Vicente de Lerins e tantos outros. O apelido de "Ilha Feliz" veio da alegria com que se praticavam os preceitos cristãos no mosteiro, graças à orientação de Santo Honorato. Ele costumava dizer a seus discípulos que "quem é virtuoso não precisa estar triste" e seu humor contagiava a todos que o rodeavam.

O mosteiro resistiu e semeou fé até a Revolução Francesa, quando os monges foram desterrados e a construção confiscada. Somente 50 anos depois é que o bispo de Fréjus conseguiu reconstruí-lo, trazendo-o de volta para sua função original.

Quanto a Santo Honorato, que teve que deixá-lo quando foi eleito bispo de Arles, faleceu em 429. Sobre ele escreveu Santo Hilário: "Se fosse preciso representar a caridade, eu retrataria a efígie de Santo Honorato".
Santo Tamaro (Tammaro)
Sabemos que no século cinco houve a grande invasão dos vândalos no norte da África liderados pelo rei Genserico. Eles promoveram a separação entre a nova população vândala e os cidadãos romanos. Em conseqüência, muitos padres acabam expulsos da África, incluindo Tammaro.

Os registros mostram que após de serem ameaçados os sacerdotes foram embarcados num navio que ficaria à deriva até atracar próximo da costa sul da Itália. Alí os sobreviventes desembarcaram e iniciaram uma caminhada de pregação do Evangelho ao longo dessa península.

Segundo a tradição, o sacerdote Tammaro foi um aluno da escola de Santo Agostinho, embora não haja registros que comprovem esse fato. E ainda, segundo os estudiosos, Tammaro se tornou um monge eremita na região de Caserta. Devido à sua sabedoria e solidariedade, o povo o teria aclamado bispo.

São muitos os registros da veneração que o povo tinha por esse religioso, principalmente os calendários litúrgicos antigos, além das inúmeras igrejas erguidas em sua homenagem.
Mesmo tendo deixado poucos dados e testemunhos de sua vida, a recordação e veneração de seu nome se mantiveram vigorosos ao longo dos séculos chegando aos nossos dias.

Sabe-se que o seu culto teria surgido na região do Benevento, especificamente onde hoje está a cidade de Nápoles. No século dezessete, os habitantes o proclamaram como seu padroeiro difundindo amplamente o seu culto.

Tammaro morreu por volta do ano 490, com a idade já avançada, na Vila Literno e foi sepultado na Catedral de Benevento, Itália. As relíquias foram colocadas em uma urna de mármore a qual resistiu ao bombardeio que destruiu a igreja onde estava para salvaguarda durante a Segunda Guerra Mundial.

Hoje, uma parte dessas relíquias encontra-se em Grumo Nevano, na Basílica dedicada à Santo Tammaro, que é venerado em 16 de janeiro.

LITURGIA DIÁRIA - 16/01/2012



Segunda-Feira, 16 de Janeiro de 2012
2ª Semana Comum


Primeira leitura (1º Samuel 15,16-23)

Leitura do Primeiro Livro de Samuel.

Naqueles dias, 16Samuel disse a Saul: “Basta! Deixa-me dizer-te o que o Senhor me revelou esta noite”. Saul disse: “Fala!” 17Então Samuel começou: “Por menor que sejas aos teus próprios olhos, acaso não és o chefe das tribos de Israel? O Senhor ungiu-te rei sobre Israel 18e te enviou em expedição, com a ordem de eliminar os amalecitas, esses malfeitores, combatendo-os até que fossem exterminados. 19Por que não ouviste a voz do Senhor, e te precipitaste sobre os despojos e fizeste o que desagrada ao Senhor?”
20Saul respondeu a Samuel: “Mas eu obedeci ao Senhor! Realizei a expedição a que ele me enviou. Trouxe Agag, rei de Amalec, para cá, e exterminei os amalecitas. 21Quanto aos despojos, o povo reteve, das ovelhas e dos bois, o melhor do que devia ser eliminado para sacrificar ao Senhor teu Deus em Guilgal”. 22Mas Samuel replicou: “O Senhor quer holocaustos e sacrifícios, ou quer a obediência à sua palavra? A obediência vale mais que o sacrifício, a docilidade mais que oferecer gordura de carneiros. 23A rebelião é um verdadeiro pecado de magia, um crime de idolatria, uma obstinação. Assim, porque rejeitaste a palavra do Senhor, ele te rejeitou: tu não és mais rei”.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 49)

— A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.
— A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

— Eu não venho censurar teus sacrifícios, pois sempre estão perante mim teus holocaustos; não preciso dos novilhos de tua casa nem dos carneiros que estão nos teus rebanhos.
— “Como ousas repetir os meus preceitos e trazer minha Aliança em tua boca? Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos e deste as costas às palavras dos meus lábios!
— Diante disso que fizeste, eu calarei? Acaso pensas que eu sou igual a ti? É disso que te acuso e repreendo e manifesto essas coisas aos teus olhos.
— Quem me oferece um sacrifício de louvor, este sim é o que me honra de verdade. A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus”.


Evangelho (Marcos 2,18-22)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 18os discípulos de João Batista e os fariseus estavam jejuando. Então, vieram dizer a Jesus: “Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?” 19Jesus respondeu: “Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. 20Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; aí, então, eles vão jejuar. 21Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. 22Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho



Jesus rompe com a tradicional piedade da Lei



Após ser questionado pelos fariseus por comer com os publicanos e pecadores, agora é cobrada de Jesus a observância do jejum e das orações rituais. Jesus rompe com a tradicional piedade da Lei. Além de se sentar à mesa com companhias pouco recomendáveis segundo os critérios do legalismo religioso, "comem e bebem" desprezando os jejuns rituais. A parábola que segue é bastante sugestiva: ninguém corta uma roupa nova para tirar um remendo para colocar em uma roupa velha! Perde-se a roupa nova e a velha fica desajustada. A parábola é bem clara. Não se deve fragmentar a nova realidade revelada por Jesus para adaptá-la às expectativas da velha tradição. Também, a velha tradição, desgastada e de uma cultura ultrapassada, não suporta a novidade de Jesus. Com sentido semelhante segue a parábola dos odres. O vinho novo, ao fermentar, arrebenta os odres velhos, e se perdem um e outro. Vinho novo em odres novos. Jesus vem para aqueles que se dispõem a renovar seus corações.

José Raimundo Oliva

Oração
Pai, a presença de Jesus na nossa história é motivo de grande alegria. Que a minha alegria consista em construir um mundo de amor e de fraternidade, como ele nos ensinou.


 

O Evangelho do dia 16/01/2012 ( segunda-feira)

Ano B - Dia: 16/01/2012


Vinho novo em odres novos
Leitura Orante


Mc 2,18-22

Os discípulos de João Batista e os fariseus estavam jejuando.

Algumas pessoas chegaram perto de Jesus e disseram a ele:
- Os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam.
 Por que é que os discípulos do senhor não jejuam?
Jesus respondeu:
- Vocês acham que os convidados de um casamento jejuam enquanto o noivo está com eles?
 Enquanto ele está presente, é claro que não jejuam! Mas chegará o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; então sim eles vão jejuar!
- Ninguém usa um retalho de pano novo para remendar uma roupa velha; pois o remendo novo encolhe e rasga a roupa velha, aumentando o buraco. Ninguém põe vinho novo em odres velhos. Se alguém fizer isso, os odres rebentam, o vinho se perde, e os odres ficam estragados. Por isso, o vinho novo é posto em odres novos.


Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima
- Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1. Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio atentamente o texto do Evangelho do Dia na Bíblia: Mc 2,18-22
O texto diz que Jesus vem trazer clima de festa, de alegria. O jejum que ele pede não é como o fazem os fariseus. Segundo eles, o jejum era praticado por lei ou por devoção, como expressão de luto, arrependimento ou humildade. O jejum que Jesus quer é um coração arrependido, é a atitude de perdão e de partilha do que se tem com os mais necessitados. Estar com Jesus é uma festa! Ao falar de vinho novo em odres novos e remendo novo em roupa velha, Ele quer falar de coerência.

2. Meditação(Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
Pergunto-me: no meu ser cristão prefiro as comodidades ou gosto de servir?
Sou coerente no meu seguimento de Jesus Cristo, aceitando a cruz como parte da missão?
Quais são as minhas cruzes? Quando me julgam, continuo confiando em Deus?
Acredito que Deus me dá sabedoria para enfrentar os que contradizem minha fé?
 Tenho convicções que me ajudam a vencer as dificuldades?
Recordo a palavra dos bispos que também falaram de coerência, em Aparecida e lembraram o testemunho dos mártires: "Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: "Onde eu estiver, aí estará também o meu servo" (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga" (Mc 8,34). Estimula-nos o testemunho de tantos missionários e mártires de ontem e de hoje em nossos povos que tem chegado a compartilhar a cruz de Cristo até a entrega de sua vida." (DAp, 140).

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
 Rezo com Maria, a Mãe de Jesus, as alegrias da Ressurreição de seu Filho Jesus.
Oremos
Senhor Jesus, vivo no meio de nós,
Quero encontrá-lo no meu quotidiano,
Quero ouvir tua voz que me chama pelo nome,
Quero sentir tua presença que me faz testemunhar com convicção minha fé.
Amém.

4. Contemplação(Vida/ Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Terei no olhar a certeza de que na coerência ao seguimento de Jesus, Ele me dará toda luz necessária para testemunhá-lo.

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Irmã Patrícia Silva, fsp

domingo, 15 de janeiro de 2012

O eco e a voz - mensagem do dia


Um homem de vida interior
afastou-se do tumulto da cidade
e das obrigações impostas por seus afazeres
e simplesmente contemplou as montanhas.

Durante algum tempo estaria impedido, ainda que involuntariamente, de se dedicar às suas obrigações cotidianas.
Mas por alguma razão, sentia-se solitário
e com o coração oprimido pela angústia.

Lançou seu grito ao vento e ouviu o eco que provinha de seu próprio interior.
Experimentava solidão, porque os homens e mulheres que automaticamente compunham o cenário de seus afazeres não o animavam com as questões práticas que se transformaram no sentido de sua vida.
Procurou distrair-se com a televisão, mas a atitude de seu exílio não permitia conectá-lo com a imensa vitrine em que o vídeo se transformara.

A angústia e a solidão aumentaram!
Após algum tempo, tornou a lançar seu grito ao vento e o que escutou foi o eco gerado na própria montanha.
Sua voz retornou, repetida e distante, exigindo do solitário um novo ponto de vista.
A vida continuava pulsando na grande cidade, com todos os problemas sendo produzidos e resolvidos apesar de sua ausência.
Os papéis sociais, a quem muitos homens e mulheres foram transformados, continuavam interagindo sem sua presença.

Um pássaro solitário também emitiu seu grito estridente, que foi reproduzido pelo eco da montanha.
Homem e pássaro gritavam e suas vozes, harmonizando a dignidade humana e da natureza, restauravam uma parceria perdida.
O silvo do vento nas copas das árvores e o fluxo harmonioso da cascata próxima enriqueceram uma vida ampliada, tornada holística, que escapara à redução do ser ao mero fazer.
Dir-se-ia que a grandeza do universo resgatava uma existência renovada.

O homem emitiu um novo grito.
O que ouviu foi o eco que reverberava a sua nova condição abrangente, livre, cósmica.
As vozes sufocadas do pássaro, sem desfazerem a realidade e seu ritmo, apenas sussurravam, reverentemente, diante da sinfonia maior.
Eis que o homem renovado, capaz de relativizar a sua participação no concerto do universo, compreendeu finalmente que o espírito livre se alimenta no vazio.


José Tarcísio Amorim

Um gesto da missa: o sinal da cruz à leitura do Evangelho


Durante a missa fazemos alguns gestos muito simples e significativos. Podem ser uma repetição mecânica, guiada pelo hábito - ou podem ser a tradução de algumas atitudes importantes. (...) O gesto "escreve" sempre alguma coisa no nosso corpo. E também no nosso coração. Nós, ocidentais, corremos por vezes o risco de o desvalorizar, inclinados como somos para o abstrato, as idéias, os conceitos, as mensagens. Mas a liturgia é uma "ação" em que os gestos constituem um elemento indispensável. (...)

Na liturgia da Palavra a leitura do Evangelho é diferente das outras, sendo-lhe prestadas honras especiais. Os fiéis, por aclamação, reconhecem e professam que Cristo está presente e lhes fala, e escutam de pé essa leitura.

O motivo desse destaque está na presença especial de Cristo: no Evangelho não ouvimos simplesmente falar dele, é a Ele que escutamos. Por isso, a Igreja teceu uma coroa de ritos e sinais em volta da proclamação do Evangelho. Por vezes, o evangeliário (livro que contém as leituras do Evangelho) é trazido em procissão por um diácono que o eleva sobre a cabeça de todos, acompanhado de velas acesas (Jesus é a luz que ilumina as trevas da nossa vida) e do turíbulo com o incenso.

Em todas as missas, porém, o padre (ou o diácono) saúda a assembléia antes de proceder à proclamação: "O Senhor esteja convosco" - "Ele está no meio de nós". Depois anuncia a que Evangelho pertence o texto que vai ser lido (...) [e] todos os presentes aclamam: "Glória a Vós, Senhor." Em seguida, o padre (ou diácono) traça com o polegar o sinal da cruz, primeiro sobre o livro e depois sobre a sua própria pessoa: na testa, na boca, no peito, dizendo eu creio, eu confesso, eu confio . Esse triplo sinal é repetido por toda a assembléia. Com esse gesto exprime-se o desejo de santificação dos nossos pensamentos, palavras e obras: um sinal da cruz sobre a testa (pensamentos), outro sobre os lábios (palavras), um terceiro sobre o coração, sobre o peito (sentimentos, vontade, obras).

[Com este sinal] o cristão pede ao Senhor que esta leitura se lhe grave na memória e na vida, para poder falar e agir conforme a sua vontade."

Deus vive junto - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Para os seguidores de Jesus, Deus é junto. Não há solidão em Deus. O Deus de Jesus é um e é três. Não há Pai sozinho, nem Filho sozinho, nem Paráclito sozinho. Os textos, sobretudo no evangelho de João, são inúmeros. Há unidade perfeita. Passear por esses textos faz bem e encanta. Quase dá para ver o Deus que não vemos, tão categóricas as afirmações de existência e de unidade do Pai Santo, do Filho Santo e do Espírito Santo. Quem tem dificuldade de crer que Jesus é o Cristo terá dificuldade de entender que Deus é comunidade de pessoas.
O cristianismo é essa religião interessante e ousada, que proclama a não solidão de Deus. Ele é comunidade e nunca foi sozinho. É um só Deus, um só ser, mas três pessoas. Porque Deus é junto.Daí, também, deriva a crença teimosa dos cristãos na força do indivíduo, por causa da comunidade, e no poder das comunidades de fé. Por isso, a insistência da Igreja no poder e na importância de uma família unida. Para Jesus, tudo entre Ele e o Pai e o Consolador é comum. O Pai e Ele é um. Ele e o Pai mandariam o Espírito de ambos. Comunidade foi o que Jesus viveu com os discípulos. O que era dele, era dos discípulos. E a mística que Ele pedia ao Pai para os seus, era que fossem um, como Ele era um com o Pai (Jo 17,22).
A vida busca a unidade. As andorinhas formam bandos, os peixes formam cardumes, os búfalos, manada. As pessoas, se quiserem, grupos, comunidades e povo. Os jovens precisam se enturmar. E quem não se enturma, joga fora um grande valor da juventude. Quem se enturma errado, também se joga fora.
Mas Deus é junto. A Igreja também precisa ser junta. O casal tem que ser junto. Pais e filhos também devem ser juntos. O povo precisa ser junto. Tudo em comum, como se fossem um. Como-um. Comunitários. Juntos! O lema mais cristão que existe não tem a palavra Deus: "Um por todos e todos por um". O lema menos cristão e mais egoísta apenas usa a palavra Deus, mas não a vive: "Cada um por si e Deus por todos".
Deus vive junto. Deus é junto. Assim, a Igreja. Assim, os jovens. Ser juntos, buscar juntos, ouvir juntos, sorrir juntos, chorar juntos, viver em comum. Buscar riquezas um no outro. Sentir o valor de muitos valores reunidos. Sem isso, não há Igreja. Sem isso, a fé balança. Sem isso, a gente perde o sentido do aqui e agora. Dá para entender essas coisas, ou é tão difícil admitir que precisamos um do outro para sermos quem somos? A gente é muito mais gente quando é gente junta...

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Amar para além do agora - Pe. Zezinho, scj


 Pe. Zezinho, scj


Os que se amam querem-se para além do corpo: são cúmplices de alma. Ele descobre nela o mistério e a importância de ser mulher, porque ela ou é, ou será mãe dos seus filhos. Ela descobre nele o mistério e a importância de ser homem, porque ele será ou é o pai dos seus filhos. O que os move não é apenas o prazer do sexo: é o prazer da pertença, da presença e da continuidade. Também há libido e desejo carnal, mas há um algo mais que transcende ao corpo, à libido e ao desejo.

Para eles as palavras eu te amo, eu te quero, tem outra dimensão. Ela pode contar com ele para o que der e vier, ele conta com ela, sempre, para o que der e vier. Nem um, nem outro acham palavras para descrever o que realmente sentem um pelo outro, mas um sabe o que o outro sente.

Toda essa gama se sentimentos duradouros que incluem confiança, esperança, perdão, admiração, desejo, eles condensam numa palavra: "amor". Assim se tratam. E quando são religiosos, atribuem a Deus a graça de um haver encontrado o outro. Num mundo de bilhões de pessoas, de repente os dois se acharam e de tal maneira se encaixaram que há séculos pareciam ter sido feitos um para o outro.

Era alguém como ele que ela buscava, alguém como ela que ele buscava. Um dia, em algum lugar, em determinada circunstância, os dois olhares se cruzaram. Não se imaginam separados nunca mais, nem mesmo na eternidade.

É por isso que amar é diferente. Isto que se vê nas capas de revistas de bancas, nos vídeos pornográficos, nos programas ousados de televisão, em novelas, nas praias e nas ruas é desejo oculto ou expresso de acasalamento momentâneo. Amar é outra coisa. Casais que se amam sabem a diferença. Os que descobrem que não se amavam e pessoas que jamais amaram, terão um pouco mais de dificuldade para entender esta relação. Por isso, é preciso ouvir os que amam. São donos de si mesmos, mas sabem que já não se pertencem. Amam-se porque um descobriu parte do mistério do outro! O que falta eles pretendem descobrir durante um longo casamento. O amor quando é amor, trabalha com o mistério do tempo...

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