quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Perseguições futuras (Lc 21,12-19)

       
Jesus está prevenindo os discípulos sobre as perseguições que poderão vir sobre eles. E avisa para que não tenham medo porque  o Espírito de Deus estará com eles, colocando em suas mentes e bocas as devidas respostas, na hora certa.
        A essência do discurso remonta ao próprio Jesus, mas foi afetada pela experiência da Igreja primitiva ao testemunhar a queda de Jerusalém e a perseguição dos primeiro mártires. Os leitores do Evangelho poderiam se lembrar de exemplos concretos da perseguição anunciada por Jesus. Na menção de "os reis e os governadores" eles veriam a fisionomia de Herodes e Pilatos e, provavelmente, de Agripa I e Agripa II, Félix e Festo (At 12; 24-26). Os discípulos de Jesus não devem ficar  ansiosos sobre a perseguição futura. Pelo contrário, terão a oportunidade de dar testemu­nho de sua fé. Não devem se preocupar com o que dizer no tempo de julgamento, pois pela assistência do Espírito Santo eles falarão com uma sabedoria divina que ninguém poderá contradizer.       
        Os seguidores de Jesus devem carre­gar a cruz durante todo o caminho do Calvário, como ele fez. Não obstante isso, Jesus promete que nada de mal acontecerá nem a um só fio de cabelo, pois ele estará conosco a o fim dos tempos.
        Prezados catequista, seminaristas, padres e freiras.  Que as palavras de advertência do Evangelho de hoje não nos assuste, não nos amedronte, não nos acovarde quanto às possíveis perseguições que poderemos enfrentar, como outrora enfrentaram alguns padres e religiosos nos tempos da ditadura. Em nossas orações não nos esqueçamos de rezar para esses tempos idos não se repitam mais, e para que sempre nós teremos a prometida proteção de Deus que é Pai, e por isso nunca  nos abandonará.
        Não devemos nos esquecer também que medo exagerado é sinônimo de falta de fé. Ter medo, repito, é coisa normal do ser humano. É um mecanismo de defesa. A descarga da adrenalina provoca em nosso organismo, uma atitude reflexa ou instintiva de atacar ou fugir diante do perigo. Porém, o estar em constante estado de medo, de perseguições, é esquizofrenia, ou falta da devida confiança na força protetora de Deus Pai.
        Você está diante de um perigo? Reze. Comece a rezar o Pai Nosso. Provavelmente as circunstâncias  advindas da situação de perigo não o deixa terminar a oração, e quando você percebe, vê que parou de rezar, então comece de novo. Pai Nosso...  E com certeza o socorro divino virá!

Sal


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