Vivemos em tempos totalmente diferentes, principalmente quando se trata de família. Antigamente, não há muito tempo atrás, as famílias eram formadas por diversas gerações que coabitavam juntas e eram de posses. Hoje em dias, nos tempos atuais, as famílias já não existem nesse modelo. São famílias que dificilmente coabitam com mais de duas gerações e que são em sua grande maioria assalariadas. Além disso, a influência do mundo externo tem provocado mudanças contínuas no perfil familiar.
Se vivemos nesse tempo em que a família herdou tais características, temos um grande desafio: Não permitir que os valores mais caros da família se percam.
1 – A MODERNIDADE E A GEOGRAFIA FAMILIAR
Muito embora desfrutemos de uma época com tantos meios tecnológicos que prometem aproximar as pessoas, nunca houve uma distância tão grande do ser humano para com os seus. Se antigamente tínhamos uma família imensa morando debaixo de um mesmo teto, hoje em dia às vezes nem os filhos moram na mesma casa, seja por opção própria ou por motivos de estudo. Mudam de bairro, cidade, estado... ou país. Isso sem contar que, nesse vai e vem, a família perdeu seu contato físico. Toque, beijo, abraço, momentos juntos...
E para quem já viveu esse conceito de família vivendo debaixo da mesma casa ou terreno... Vivenciar esse novo estilo é muito prejudicial.
2 – A MODERNIDADE E SUA INFLUÊNCIA NA FAMÍLIA
Vivemos em tempos de pluralidade no mundo. São gamas de pensamentos, ideais, produtos, religiões, etc... Tudo se tornou em um grande super mercado. Escolhe-se não que tipo de alimento apenas deseja-se consumir, mas que tipo de ideia, de corrente filosófica, de religião, de deus,... Enfim.
O mundo atual oferece muitos competidores que conflitam com a família e sua influência. Isso afeta e até mesmo destrói aquilo que tentamos transferir aos nossos á nível de ética, moral, religião, Deus... Dentre todos esses competidores, podemos destacar os amigos de fora e os meios de comunicação em massa. Isso afeta principalmente os filhos na fase de transição (teen), vendendo conceitos superficiais e contorcidos da realidade.
Daí então surge o famoso conflito de gerações, que acaba por dividir a família por não compartilhar das mesmas opiniões e ideias.
3 - A MODERNIDADE E AS DISTÂNCIAS RELIGIOSAS
A mudança constante de credo, de confissão religiosa, do cristianismo para religiões não cristãs; ou até mesmo para nenhuma religião ou credo é muito forte em nossos dias. Nesse meio, pais que nasceram sob determinada confissão religiosa vêem seus filhos migrarem para outra religião ou, como é o caso da maioria, para nenhum tipo de fé. Isso é gerado, dentre outros fatores, pelo exacerbado materialismo e hedonismo presentes neste era. Essas diferenças, na maioria esmagadora das vezes, são responsáveis pelo afastamento de familiares.
Vemos nos judeus que, a unidade de um pensamento religioso pode até dirigir os passos de uma nação toda. Contudo essa força não se encontra mais nessa sociedade de hoje. Além disso, tudo se some as inúmeras discrepâncias da teologia, bem como da maneira de interpretar os textos bíblicos. Tudo isso corrobora para, na maioria das vezes, um prejuízo fraternal.
4 – A MODERNIDADE E OS ABISMOS EMOCIONAIS
Por conta das distancias geográficas, conceituais e religiosas; cria-se um abismo terrível relacionado às emoções. E aqui está algo que não pode ser aceito num seio familiar: distancia emocional. Todos esses fatores anteriores deixam o indivíduo a centímetros de eliminar de vez aquela(s) pessoa(s) da sua história e vida.
O abismo emocional é um dos maiores desafios de nossos dias. Se no dia-a-dia tudo já contribui para o desgaste, ainda mais se houver mágoas, ódio, rancor e desavenças se acumulando por causa de mal-entendidos ou por questões mal resolvidas.
A família então se torna uma bomba relógio. Tudo vai estourando gradativamente e destruindo o que está pela frente. A distancia emocional se dá quase sempre, por falta de busca de proximidade, cultivo de amor e relacionamentos sadios.
GUARDE ENTÃO ESSES PRINCÍPIOS BÍBLICOS SOBRE A FAMÍLIA:
A) Princípio da valorização: Valorize seus entes queridos enquanto estão entre vocês, ou enquanto podem perceber o afeto oferecido. É melhor flores na vida do que no caixão.
B) Princípio da boa convivência: Pensar diferente não deve afastar você de seu familiar. Veja o exemplo de Jesus e da samaritana. A diferença entre vocês não deve suprimir o amor, respeito e atenção.
C) Princípio da Espiritualidade: Não há família vitoriosa sem vida espiritual cultivada. Os cristãos primitivos sabiam dessa importância (At. 2:46). Precisamos vencer a tirania do tempo e das várias ocupações para valorizar um tempo com a família e junto disto, uma busca uníssona a DEUS.
D) Princípio do amor: O amor dos pais nos ajuda a ser alguém, vencer obstáculos. O amor de Deus elimina nosso maior adversário: o pecado. O amor sobrevive a todos os terremotos (I Cor. 13:13). Cultive o amor em família.
Pr. Marcello Matias
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