quinta-feira, 24 de maio de 2012

Agora doze mil pedaços - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj


Faz pensar, o fato de que mais de doze mil pedaços até agora recolhidos da nave que se desintegrou tenham caído em lugares abertos, vegetação rasteira, parques, quintais e nenhum sobre pessoas ou casas. Pelo menos, nada disso foi noticiado até agora. Há quem fale em milagre. Se não é, teria tudo para ser. Por que Deus poupou todo mundo aqui de baixo e não a eles lá em cima, só Ele sabe. Mas nós podemos, cada um segundo a sua fé, orar pelos que morreram e agradecer por milhares de pessoas que não foram atingidas pelos estilhaços. Ainda bem.

Faz pensar também, a confiança que os técnicos da NASA tinham no seu trabalho, a ponto de garantir que aquele incidente de lançamento não teria maiores conseqüências e agora admitem que teve. Acreditavam em sua obra, mesmo sabendo que no passado morreram outros tantos por causa de pequena avaria num dos foguetes. Os construtores de avião sabem que uma pequena peça pode comprometer o vôo de uma enorme aeronave. Vivem procurando soluções antecipadas. Ora, uma nave espacial é muito mais delicada, a velocidade é incomparável, a reentrada na atmosfera é um perigo permanente. Se não possuem uma nave de resgate, porque não a possuem? Se possuem, porque não a acionaram para ir buscar os astronautas, se tinha havido um incidente na subida? Apostaram no seu conhecimento e na sua obra. Foi risco calculado. Só que, calculado com as vidas dos astronautas e não com as dos técnicos em terra!

Agora, todos oramos por eles e os consideramos mártires da ciência. Aqui na minha mente questionadora e inquisitiva, digo que a cidadania deles foi pisoteada. Não é possível nem sequer imaginar que aqueles técnicos todos não tivessem, nem por um minuto, pensado no problema da nave que subiu avariada. Não houve chance de verificar, já que os astronautas lá em cima podem sair da nave? Porque não falam disso? Não vão falar? Na cabeça de cidadãos que nada sabem sobre naves espaciais, mas sabem que uma missão como esta custa milhões de dólares, fica uma interrogação. Não podiam ter gastado uns milhões a mais e trazido aqueles astronautas vivos numa outra aeronave? Porque será que não o fizeram? Perguntar não ofende, espero!

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