quinta-feira, 5 de setembro de 2013

5ª-feira da 22ª Semana Tempo Comum



Lucas 5,1-11

Naquele tempo:
1 Jesus estava na margem do lago de Genesaré,
e a multidão apertava-se ao seu redor para ouvir a palavra de Deus.
2 Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago.
Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes.
3 Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem.
Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões.
4 Quando acabou de falar, disse a Simão:
'Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca'.
5 Simão respondeu: 'Mestre, nós trabalhamos a noite inteirae nada pescamos.
Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes'.
6 Assim fizeram,e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam.
7 Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los.
Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem.
8 Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo:
'Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!'
9 É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros,
por causa da pesca que acabavam de fazer.
10 Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados.
Jesus, porém, disse a Simão:
'Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens.'
11 Então levaram as barcas para a margem,deixaram tudo e seguiram a Jesus.

Reflexão
 
 Esta é uma história bem conhecida, que poderemos ler e, ainda assim, não chegar ao coração desse evento milagroso. Lucas convida-nos a sermos testemunhas do milagre e do chamado dos três primeiros discípulos ao serviço da missão.

Multidões já estavam seguindo Jesus para ouvi-lo sobre o ensino da palavra de Deus. O que é que terão visto em Jesus - seria um simples pregador? Ou será que reconheceram nele um representante de Deus?

Interessante notar a ousadia de Jesus, querendo “ensinar” ao experiente Simão e seus companheiros como pescar, convidando-os a fazer nova tentativa de pesca, depois de uma noite fracassada. Ousadia que compensou, pois a pesca foi incrível. Quando Simão testemunhou a pesca milagrosa, ele passou a ver Jesus por uma nova luz, uma nova perspectiva. Ele reconheceu Jesus como “Senhor” (versículo 8) e logo sente o peso de seus pecados. Imediatamente cai de joelhos e pede a Jesus para deixá-lo. O profeta Isaías reagiu de forma semelhante, quando experimentou uma visão de Deus (veja Isaías 6). Deus parece dar a ambos missões impossíveis.

Jesus diz a Simão para não ter medo e depois o informa que ele terá um novo emprego - pescador da humanidade, e não mais pescador de peixes! Não são dados mais detalhes nesta fase, mas Lucas sugere que Jesus que vai transformar estes humildes pescadores em "pescadores da humanidade". Simão e os outros discípulos são cativados por Jesus e partem com ele. Implícito nas afirmações de Jesus é a necessidade de os discípulos estarem/acompanharem Jesus o tempo todo, para cumprir a sua vocação. As redes, os barcos, a vida, os lares e as famílias são deixados para trás. Agora, como os discípulos partem com Jesus para uma vida totalmente nova.

O que podemos aprender com este texto? Ser cristão é, em primeiro lugar, estar com Jesus “no mesmo barco”. É desse barco (a comunidade), que a Palavra de Jesus se dirige ao mundo. Ser cristão é, em segundo lugar, escutar a proposta de Jesus, fazer o que Ele diz, cumprir as suas indicações, lançar as redes ao mar. Às vezes, as propostas de Jesus podem parecer ilógicas, incoerentes, ridículas (e quantas vezes o parecem, face aos esquemas e valores do mundo...); mas é preciso confiar incondicionalmente, entregar-se nas mãos d’Ele e cumprir à risca as suas indicações. Ser cristão é, em terceiro lugar, reconhecer Jesus como “o Senhor”: é o que faz Pedro, ao perceber como a proposta de Jesus gera vida e fecundidade para todos. Finalmente, ser cristão é deixar tudo e seguir Jesus.

Meditação

+ O que é que a reação inicial de Simão perante este milagre revela sobre quem ele achava que Jesus era?
+ Alguma vez você já experimentou o fardo/peso do seu pecado? Como acha que Deus quer que lhe responda ao reconhecer seu pecado? O que podemos aprender com a resposta de Simão?
+ Para se tornar pescadores da humanidade Simão, Tiago e João tiveram de passar tempo com Jesus e segui-lo. O que isso significa para nós hoje?
+ O seu caminho é feito no barco de Jesus, ou, às vezes, embarca noutros barcos?
Reflexão 2:
 
Lucas coloca Jesus escolhendo Pedro para a pregação. Neste episódio Lucas relembra o doce convite de Jesus: “Vamos lançar as redes para as águas mais profundas”(cf. Lc.5,5). O que significa isso, lançar as redes para as águas mais profundas? Significa que todos nós somos convidados a evangelizar, a evangelizar com renovado ardor missionário em que todos os homens e mulheres devem deixar o seu comodismo e dar testemunho do Senhor Ressuscitado.

Jesus pregou a multidão a PALAVRA DE DEUS. A Palavra é o próprio Jesus. Jesus, por iniciativa própria, escolhe alguns para participarem de sua missão. Ninguém é presbítero por vontade própria, mas por chamado e mandato de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim acontece com os religiosos, com as religiosas, com os consagrados e com todos aqueles que se dedicam ao seguimento de Jesus. Jesus escolhe seus discípulos e os envia para “pescadores de homens”. Os escolhidos para a missão eram pescadores. Porão sua experiência humana a serviço de uma missão divina, como Jesus pusera sua divindade a serviço de uma missão humana, na peregrinação neste vale de lágrimas.

O que é ser pescadores de homens? Precisa de santidade? Precisa de ciência? Isso, evidentemente, ajuda e vem com o tempo. Mas as condições para ser pescadores de homens são duas:
1. Uma confiança inabalável em Jesus. Uma confiança como aquela de Pedro, que exausto da pesca, da falta de peixe, confiou em Jesus e a barca transbordou de pesca depois da confiança no Redentor. Confiança que todos nós devemos ter sempre e em todas as circunstâncias, é uma qualidade do apóstolo do Senhor.

2. A segunda condição vem do reconhecimento da divindade de Cristo. Quando Pedro se ajoelha e reconhece a sua pequenez, a sua nulidade, o seu estado de pecador você adere e se abre para a graça santificante de Deus. O discípulo de Jesus não pode ser orgulhoso, ao contrário, deve ser humilde, generoso e amigo. Irmão no meio dos irmãos a serviço da comunidade de fiéis. O apóstolo tem que ter consciência de que a seara não lhe pertence, mas que nela é um trabalhador vocacionado, um servidor. Essa humildade de reconhecer-se, apesar da inteligência, do jeito e da experiência, mero cooperador de Deus, é também condição fundamental para o verdadeiro apostolado. O apóstolo é um prolongamento de Jesus. A palavra pertence a Jesus, mesmo quando pronunciada pelo apóstolo. As mãos eram de Pedro, as redes eram de Pedro, a barca era de Pedro, o trabalho foi de Pedro, mas o milagre foi e é de Jesus. Junto a isso temos que ter na vida de comunidade e de trabalho apostólico a edificação da comunidade, do trabalho coletivo, do trabalho em benefício da comunidade.
 Reflexão 3:
 
JESUS ENTRA EM NOSSA VIDA
Pedro, que já conhecia Jesus parcialmente (Lc 4,38-39), passou a conhecê-LO totalmente a partir deste encontro no qual JESUS ENTROU EM SUA VIDA....

I – PARA COMUNICAR-SE COM A MULTIDÃO (v. 1-3)

1. RETRATO da multidão
Buscava Jesus para buscar a Palavra de Deus (v.1)
2. ESTRATÉGIA de Jesus para alcançar a multidão
Usou o instrumento de trabalho de um pescador (v. 2-3) Jesus quer entrar hoje no nosso “barco profissional” para a partir dele repartir com a multidão Sua Palavra divina...

II – PARA TRANSFORMAR FRACASSO EM VITÓRIA (v.4-7)

1. ENVIANDO para onde não queremos voltar (v. 4)
Pedro pescou no lugar certo, na hora certa, com a equipe certa, com a técnica certa, com a disposição certa, mas deu tudo errado! Jesus o devolve para o mesmo lugar onde fracassou para ensinar-lhe a PERSISTIR!
Kant: “a paciência é amarga, mas seus frutos são doces”
2. FORNECENDO a maior de todas as GARANTIAS: Sua própria PALAVRA (v. 5)
Pela Palavra de Jesus a lógica dos fatos dá lugar à loucura da fé (v. 5), o desânimo é substituído pela coragem (v. 6 – “isto fazendo”), o ineficiente esforço humano dá lugar ao eficiente milagre divino (v. 6b-7)
“A fé vê o invisível, crê no incrível, consegue o impossível” (Oswald Smith)
“A vitória que vence o mundo é a nossa fé” (I Jo 5,4) e a “fé vem pela Palavra de Cristo” (Rom 10,14). A transformação do fracasso em vitória não depende das nossas habilidades, das nossas experiências passadas, dos nossos sentimentos presentes, mas do poder de Jesus manifestado em Sua Palavra!

III – PARA REVELAR IDENTIDADES (v. 8)

O maior milagre experimentado por Pedro não foi a visão da abundância de peixes, mas a visão da sua humanidade e da divindade de Jesus (“vendo isto”)
1. Jesus revelou a SUA identidade (v. 8) Pedro começou chamando Jesus de “Mestre” (v. 5), mas depois do milagre O chamou e O tratou como “Senhor” (v. 8). Jo 20,30-31 (cada milagre do homem chamado Jesus foi realizado para evidenciar que Ele é o Cristo = Deus).
2. Jesus revelou a identidade de PEDRO (v. 8) Pedro, impactado pela santidade de Jesus, reconheceu sua própria pecaminosidade....

IV – PARA NOS DESAFIAR A VIVER UM NOVO SONHO (v. 9-11)

1. Sonho gestado na percepção da SINGULARIDADE DE JESUS (v. 9-10
a). Somos chamados a viver permanentemente admirados com Jesus....
2. Sonho que se torna maior que todo os TEMORES DE UMA MUDANÇA- (“não temas" - v. 10) “O medo do desconhecido bloqueia o sonho.... O sonho de viver envolve risco: risco de fracassar, ser rejeitado, frustrar-se consigo mesmo, decepcionar-se com os outros, ser incompreendido, ofendido, reprovado, adoecer. Não devemos correr risco irresponsáveis, mas também não devemos temer andar por terrenos desconhecidos, respirar ares antes nunca respirados” (Augusto Cury)
3. Sonho que faz o PASSADO “parecer” insignificante (v. 10 – “doravante, serás....) Quem desvaloriza o passado, desconecta-se do futuro; mas quem não admite algo novo no futuro, não compreendeu a mensagem do passado . Is 43,18-21
Como pescador de peixes Pedro influenciou a história de sua aldeia, ao se tornar pescador de homens Pedro influenciou a história das nações...
4. Sonho que torna o NADA DE HOJE absolutamente melhor que o TUDO DE ONTEM (v. 11; Mc 1,16-20) Pedro, Tiago e João deixaram os peixes, os barcos, a empresa de pesca, a família, a profissão, mas ganharam a maior de todas as riquezas – o ganho de almas para Jesus, pois uma alma vale mais do que o mundo (Mc 8,36).

REFLITA

1. Até que ponto seu trabalho tem sido um instrumento de comunicação da Palavra de Deus?
2. Que área de sua vida você quer ver Jesus, pela Sua Palavra, transformando o fracasso em vitória? Que promessas de Jesus você vai se apropriar?
3. Que visão Jesus tem lhe dado a respeito de você mesmo?
4. Quem é Jesus para você?
5. Jesus sonha em vê-lo(la) como um “pescador de homens”:
a) Como tem sido o seu contato direto com os “peixes” (não cristãos)?
b) Qual a sua real disposição de “pescá-los” (evangelizá-los)?
c) Que tipo de “iscas” (estratégias) você tem usado?
d) Liste os cinco “peixes” principais que você quer pescar para Jesus...
 

SANTO DO DIA - 05/09/2013

05/09
Madre Teresa de Calcutá
Agnes Gouxha Bojaxhiu, a Madre Teresa de Calcutá, nasceu no dia 27 de agosto de 1910, em Skopje, Iugoslávia, de pais albaneses. Seus pais, Nicolau e Rosa, tiveram três filhos. Na época escolar, Agnes tornou-se membro de uma associação católica para crianças, a Congregação Mariana, onde cresceu em ambiente cristão. Aos doze anos já estava convencida de sua vocação religiosa, atraída pela obra dos missionários.

Agnes pediu para ingressar na Congregação das Irmãs de Loreto, que trabalhavam como missionárias em sua região. Logo foi encaminhada para a Abadia de Loreto, na Irlanda, onde aprenderia o inglês e depois seria enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Feitos os votos, adotara o nome Teresa em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionário Primeiramente a Irmã Teresa foi incumbida de ensinar história e geografia no colégio da congregação, em Calcutá. Essa atividade exerceu por dezessete anos. Cercada de crianças, filhas das melhores famílias de Calcutá, impressionava-se com o que via quando saia à rua: pobreza generalizada, crianças e velhos moribundos e abandonados, pessoas doentes sem a quem recorrer.

O dia 10 de setembro de 1946 ficou marcado na sua vida como o "dia da inspiração". Numa viagem de trem ao noviciado do Himalaia, percebe que deveria dedicar toda a sua existência aos mais pobres e excluídos, deixando o conforto do colégio da congregação. E assim ela fez. Irmã Teresa tomou algumas aulas de enfermagem, que julgava útil a seu plano e misturou-se aos pobres, primeiro na cidade de Motijhil. A princípio ela juntou cinco crianças de um bairro miserável e passou a dar-lhes escola. Passados dez dias já se somavam cinqüenta crianças. O seu trabalho começou a ficar conhecido e a solidariedade do povo operava em seu favor, com donativos e trabalho voluntário.

Para Irmã Teresa, o trabalho deveria continuar a dar frutos sem depender apenas das doações e dos voluntários. Seria necessário às suas companheiras que tivessem o espírito de vida religiosa e consagrada. Logo, uma a uma ouviram o chamado de Deus para se entregarem ao serviço dos mais pobres. Nascia a Congregação das Missionárias da Caridade, com seu estatuto aprovado em 1950. E ela se tornou Madre Teresa, a superiora.

As missionárias saíram às ruas e passaram a recolher doentes de toda a espécie. Para as irmãs missionárias, cada doente, cada corpo chagado, representava a figura de Cristo, e sua ajuda humanitária era a mais doce das tarefas. Somente com essa filosofia é que as corajosas irmãs poderiam tratar doentes de lepra, elefantíase, gangrena, cujos corpos, em putrefação, eram imagens horrendas que exalavam odores intoleráveis. Todos eles tinham lugar, comida, higiene e um recanto para repousar junto às missionárias.

Reconhecido universalmente, o trabalho de Madre Teresa rendeu-lhe um prêmio Nobel da Paz, em 1979. Este fora um dos muitos prêmios recebidos pela religiosa devido ao seu trabalho humanitário. Neste período sua obra já havia se espalhado pela Ásia, Europa, África, Oceania e Américas.

No dia 05 de setembro de 1997, Madre Teresa veio a falecer, na Índia. A comoção foi mundial. Uma fila de quilômetros formou-se durante dias a fio, diante da igreja de São Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava sendo velado. Ao fim de uma semana o corpo da Madre foi trasladado ao Estádio Netaji, onde o cardeal Ângelo Sodano, Secretário de Estado do Vaticano, celebrou a Missa de corpo presente.

Sete anos depois de sua morte, em 2003, quando o Papa João Paulo II, seu contemporâneo e amigo pessoal, comemorava o jubileu de prata do seu pontificado, ele beatificou Madre Teresa de Calcutá, reconhecida mundialmente como a "Mãe dos Pobres". Nesta emocionante solenidade o Sumo Pontífice disse: "Segue viva em minha memória sua diminuta figura, dobrada por uma existência transcorrida a serviço dos mais pobres entre os mais pobres, porém sempre carregada de uma inesgotável energia interior: a energia do amor de Cristo".
São Lourenço Justiniano
Filho da nobre família Justiniano, Lourenço nasceu em Veneza, no dia 1o de julho de 1380. Desde cedo, já manifestava seu repúdio ao orgulho, à ganância e à corrupção que havia em sua terra natal. Na adolescência, teve uma visão da Sabedoria Eterna e decidiu dedicar-se à vida religiosa.

Sua única ambição era amar e servir a Deus. Procurando o aprimoramento espiritual, tornou-se um mendigo em sua cidade, chegando a esmolar na porta da casa de seus próprios pais. A vanguardista Veneza do século XV era um efervescente laboratório de reforma católica, destinado a produzir frutos preciosos. Um deles foi Lourenço Justiniano.
Aos dezenove anos de idade ele era considerado um modelo de virtude, austeridade e humildade. Em 1404, já diácono, uniu-se a outros sacerdotes e ingressou no Mosteiro de São Jorge, em Alga, para viver em comunidade com eles, depois reconhecidos como "Companhia dos Cônegos Seculares", pioneiros do esforço reformador. Tornou-se sacerdote em 1407 e dois anos depois foi eleito superior da Comunidade de São Jorge, em Alga.

Não era um bom orador, em contrapartida tornava sua pregação eficiente com sua dedicação ao mistério do confessionário, seu exemplo de humilde mendicante e seu trabalho de escritor incansável. Sua obra inclui livros para doutores e leigos, incluindo tratados teológicos e simples manuais de catequese. Os seus escritos trazem a matriz da idéia da "Sabedoria Eterna", eixo da sua mística, tanto para a perfeição interior como para a retidão da vida episcopal.

A contragosto, em 1433, foi consagrado bispo de Castelo, uma pequena diocese. Em 1451, o papa Nicolau V extinguiu essa diocese e consagrou Lourenço Justiniano primeiro patriarca de Veneza. Nessas administrações, deixou sua marca singular impressa com suas virtudes, sendo considerado um homem sábio, piedoso e caridoso, principalmente com os mais pecadores. Nestes cargos ergueu mais de quinze conventos e muitas igrejas, aumentando, assim, seu já enorme rebanho. Tornou-se um exemplo de pastor, amado por todos os fiéis, que obedeciam à sua pregação e ao seu exemplo no seguimento de Cristo.

Rodeado por seus amigos do clero em seu leito de morte, no dia 8 de janeiro de 1456, Lourenço Justiniano deixou, como mensagem aos cristãos, observar os mandamentos da lei de Deus. Depois de sua morte, muitos milagres foram atribuídos à sua intercessão, por isso foi canonizado no, ano de 1690, pelo papa Alexandre VIII. Sua festa foi indicada para ser celebrada no dia 5 de setembro.

LITURGIA DIÁRIA - 05/09/2013


Dia: 05/09/2013
Primeira Leitura: Colossenses 1, 9-14

XXII SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)


Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses.
Irmãos, 9desde que recebemos essas notícias, não deixamos de rezar insistentemente por vós, para que chegueis a conhecer plenamente a vontade de Deus, com toda a sabedoria e com o discer­ni­mento da luz do Espírito.
10Pois deveis levar uma vida digna do Senhor, para lhe serdes agradáveis em tudo. Deveis produzir frutos em toda boa obra e crescer no conhecimento de Deus,11animados de muita força, pelo poder de sua glória, de muita paciência e constância.
12Com alegria, dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de participar da luz, que é a herança dos santos. 13Ele nos libertou do poder das trevas e nos recebeu no reino de seu Filho amado, 14por quem temos a redenção, o perdão dos pecados.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 97)


— O Senhor fez conhecer seu poder salvador, perante as nações.
— O Senhor fez conhecer seu poder salvador, perante as nações.
— O Senhor fez conhecer a salvação, e às nações, sua justiça; recordou o seu amor sempre fiel pela casa de Israel.
— Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos e exultai!
— Cantai salmos ao Senhor ao som da harpa e da cítara suave! Aclamai, com os clarins e as trombetas, ao Senhor, o nosso Rei!


Evangelho (Lc 5,1-11)


— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 1Jesus estava na margem do lago de Ge­nesaré, e a multidão apertava-se a seu redor para ouvir a palavra de Deus. 2Jesus viu duas barcas paradas na margem do lago. Os pescadores haviam desembarcado e lavavam as redes. 3Subindo numa das barcas, que era de Simão, pediu que se afastasse um pouco da margem. Depois sentou-se e, da barca, ensinava as multidões.
4Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança para águas mais profundas, e lançai vossas redes para a pesca”. 5Simão respondeu: “Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes”. 6Assim fizeram, e apanharam tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. 7Então fizeram sinal aos companheiros da outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram, e encheram as duas barcas, a ponto de quase afundarem.
8Ao ver aquilo, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” 9É que o espanto se apoderara de Simão e de todos os seus companheiros, por causa da pesca que acabavam de fazer. 10Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram sócios de Simão, também ficaram espantados. Jesus, porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! De hoje em diante tu serás pescador de homens”.11Então levaram as barcas para a margem, deixaram tudo e seguiram a Jesus.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 05/09/2013

Ano C - DIA 05/09

Jesus chama seus primeiros discípulos - Lc 5,1-11

Jesus estava à beira do lago de Genesaré, e a multidão se comprimia a seu redor para ouvir a Palavra de Deus. Ele viu dois barcos à beira do lago; os pescadores tinham descido e lavavam as redes. Subiu num dos barcos, o de Simão, e pediu que se afastasse um pouco da terra. Então se sentou e, do barco, ensinava as multidões. Quando acabou de falar, disse a Simão: “Avança mais para o fundo, e ali lançai vossas redes para a pesca”. Simão respondeu: “Mestre, trabalhamos a noite inteira e não pegamos nada. Mas, pela tua palavra, lançarei as redes”. Agindo assim, pegaram tamanha quantidade de peixes que as redes se rompiam. Fizeram sinal aos companheiros do outro barco, para que viessem ajudá-los. Eles vieram e encheram os dois barcos a ponto de quase afundarem. Vendo isso, Simão Pedro caiu de joelhos diante de Jesus, dizendo: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um pecador!” [...] O mesmo ocorreu a Tiago e João, [...]. Jesus disse a Simão: “Não tenhas medo! De agora em diante serás pescador de homens!” Eles levaram os barcos para a margem, deixaram tudo e seguiram Jesus.

Leitura Orante

Oração Inicial


- A nós todos que nos encontramos na web, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, creio com viva fé
que estais aqui presente, junto de mim,
para indicar-me o caminho que leva ao Pai.
Iluminai minha mente, movei meu coração,
para que esta Leitura Orante produza em mim frutos de vida.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 5,1-11, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
A partir de Lucas 5, o Mestre alarga seu campo de ação e para isto forma um grupo de colaboradores. Neste texto de hoje, temos a narração do primeiro chamado, diante da multidão que “se apertava em volta dele” para ouvir a Palavra de Deus. Jesus subiu no barco de Simão e dali, sentado, ensinava à multidão. No final, manda que Simão leve o barco para águas mais profundas e lá, ele e os companheiros joguem as redes. Simão explica que eles trabalharam a noite toda e nada pescaram. Mas, farão isto porque Jesus lhes pede. E assim fizeram. Como resultado, encheram dois barcos com tanto peixe que quase afundaram. A abundância da pesca pode simbolizar a expansão da Igreja. Simão Pedro experimenta, de um lado, seu fracasso, e de outro, o grande êxito por acreditar na Palavra de Jesus. Pescar é símbolo da missão. A presença e atuação de Jesus despertou em Simão o sentimento de pecador. Caiu aos pés dele e disse: “Sou um homem pecador!” Por isso, sente que Jesus, o Santo, deve se afastar dele. O Mestre faz-lhe, então, o chamado para ser “pescador de gente”. O Evangelho termina com os apóstolos deixando tudo e seguindo Jesus.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje? Quais outros textos este me recorda? Qual palavra mais me toca o coração? Jesus entra na barca de Pedro. Entra também na minha "barca". Qual é ela?
O Mestra vai ampliando o seu círculo de colaboradores. Em Lc 6,12-16, lemos a convocação dos doze apóstolos. No capítulo 10, escolhe 72 discípulos para, de cidade em cidade, anunciarem o Reino de Deus. A Igreja continua convidando, convocando, enviando discípulos e missionários, “lançando as redes em águas mais profundas”. Disseram os bispos, em Aparecida:
"Nestes últimos tempos, Ele nos tem falado por meio de Jesus seu Filho (Hb 1,1ss), com quem chega a plenitude dos tempos (cf. Gl 4,4). Deus, que é Santo e nos ama, nos chama por meio de Jesus a ser santos (cf. Ef 1,4-5)." (DAp 130).
Como me encontro nesta missão? Tenho a missão de ser santo ou santa, qualquer que seja minha vocação: leiga, religiosa ou para o ministério sacerdotal. Como vivo este chamado?

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo:
Jesus Mestre,
agradeço-vos pelas luzes que me destes nesta Leitura Orante.
Perdoai-me, pelos limites
que me impediram de fazê-la melhor.
Ofereço-vos a resolução que tomei
e que espero viver, com a vossa graça. Amém.

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Sentindo a presença de Deus na minha "barca".
Vou demonstrar pela vida que estou buscando o caminho da santidade.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


I.Patricia Silva,fsp

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

A alma: Senhor, bendito seja para sempre o vosso nome! Pois quisestes que me sobreviesse esta tentação e este trabalho. Não lhes posso fugir, mas tenho necessidade de recorrer a vós, para que me ajudeis e tudo convertais em meu proveito. Eis-me, Senhor, na tribulação, com o coração aflito; e quanto me atormenta o presente sofrimento. Pois que direi eu agora, Pai amantíssimo? Apertado estou entre angústias: "Salvai-me nesta hora. Veio sobre mim este transe, só para que vós fôsseis glorificado (Jo 12,17), quando eu estivesse muito abatido e fosse por vós livrado". "Dignai-vos, Senhor, livrar-me" (Sl 39,14); pois, pobre de mim, que farei e aonde irei, sem nós? Daí-me, Senhor, paciência ainda por 2. esta vez. Socorrei-me, Deus meu, e não temerei, por mais que seja atribulado. ( Como, durante a tribulação, devemos invocar a Deus e bendizê-lo) 

Fonte: Imitação de Cristo

4ª-feira da 22ª Semana Tempo Comum


Tocava e curava a todos!

Lucas 4,38-44

Naquele tempo:
38 Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão.
A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela.
39 Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou.
Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los.
40 Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes
atingidos por diversos males, os levaram a Jesus.
Jesus colocava as mãos em cada um deles e os curava.
41 De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: 'Tu és o Filho de Deus.'
Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias.
42 Ao raiar do dia, Jesus saiu, e foi para um lugar deserto.
As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo que os deixasse.
43 Mas Jesus disse:
'Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades,
porque para isso é que eu fui enviado.'

44 E pregava nas sinagogas da Judéia.


Reflexão

O evangelho de hoje narra quatro fatos diferentes: a cura da sogra de Pedro (Lc 4,38-39), a cura de muitos doentes (Lc 4, 40-41), a oração de Jesus num lugar deserto (Lc 4,42) e a sua insistência na missão (Lc 4,43-44). Com pequenas diferenças Lucas segue e adapta as informações tiradas do evangelho de Marcos.
 
Lucas 4,38-39: Jesus devolve a vida, para o serviço. Depois de ter participado da celebração do sábado, na sinagoga, Jesus entra na casa de Pedro e cura a sogra. A cura faz com que ela se coloque imediatamente de pé. Recuperada a saude e a dignidade, coloca-se ao serviço das pessoas. Jesus não só cura, mas cura de modo que a pessoa se coloque ao serviço da vida. 
 
Lucas 4,40-41: Jesus acolhe e cura os marginalizados. No final da tarde, com o aparecimento da primeira estrela no céu, encerrado o sábado, Jesus acolhe e cura os doentes e os possuídos que as pessoas lhe trazem à porta. Doentes e possuídos eram as pessoas mais marginalizadas daquela época. Eles não tinham a quem recorrer. Vivia da compaixão pública. Além disso, a religião as considerava impuras. Eles não podiam participar da comunidade. Era como se Deus os rejeitasse e as excluísse. Jesus as recebe e as cura imponde as mãos sobre cada uma delas. Assim é claro em que consiste a Boa Nova e Deus e o que ela quer realizar na vida das pessoas: acolher os marginalizados e os excluídos e integrá-los à convivência.“De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: ‘Tu é o Filho de Deus!’. Jesus os ameaçava e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias”. Naquele tempo, o título de Filho de Deus não tinha ainda a espessura e a profundidade que tem para nós hoje. Jesus não deixava falar os demônios. Não queria uma propaganda fácil marcada por expulsões espetaculares.
 
Lucas 4,42a: Permanecer unidos ao Pai por meio da oração. “Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedir que os deixasse”. Aqui Jesus aparece rezando. Realiza um esforço enorme para ter a disposição tempo e lugar próprios para a oração. Vai até um lugar deserto para poder estar a sós com deus. Muitas vezes, os evangelhos nos falam da oração de Jesus, no silêncio (Lc 3,21-22; 4,1-2.3-12; 5,15-16; 6,12; 9,18; 10,21; 5,16; 9,18; 11,1; 9,28;23,34; Mt 14,22-23; 26,38; Gv 11,41-42; 17,1-26; Mc 1,35; Lc 3,21-22). Através da oração ele mantém viva a consciência de sua missão.
 
Lucas 4,42b-44: Manter viva a consciência da própria missão e não pensar ao resultado. Jesus torna-se conhecido. As pessoas o seguem e não querem que ele vá embora. Jesus ao atende a este pedido e afirma: “Eu devo anunciar a boa nova do reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. Jesus tinha bem clara a sua missão. Não para com o resultado alcançado, mas quer manter bem viva a consciência de sua missão. É a missão recebida pelo Pai que o orienta quando toma decisões. Por isto ele foi enviado! E aqui no texto esta consciência tão viva aparece como fruto da oração.

 
Para uma avaliação pessoal
1. Jesus passava muito tempo rezando e estado a sós com o Pai e buscava este tempo. Eu dedico tempo à oração e a estar a sós com Deus?
2. Jesus tinha uma clara consciência de sua missão. E eu, cristão/ã, tenho consciência de ter alguma missão ou vivo sem missão?

SANTO DO DIA - 04/09/2013

04/09
Santa Rosália
Santa Rosália, nasceu em Palermo, e viveu por alguns anos na corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília ( 1154-1156). Obtido como presente da rainha o monte Pellegrino, Rosália estabeleceu aí sua morada, ou melhor, escolheu-o como lugar de retiro, pela áspera solidão que ofereciam seus penhascos rochosos, inclinados sobre o mar azul. Levou vida de penitência, sendo enterrada nesse local, provavelmente depois de haver procurado outros lugares ainda mais escondidos das distrações do mundo, seguindo os exemplos dos antigos anacoretas.

A padroeira de Palermo, que desfruta de grande devoção na Sicília ao lado das mártires Águeda de Catânia e Lúcia de Siracusa, não tem história igualmente rica de testemunhas e tradições. Otávio Gaietani, um estudioso morto em 1629, lamentava por não ter achado sinais desta santa deixados pelos antepassados, mais três anos após sua morte, parece que a própria santa se incumbiu de preencher essa lacuna aparecendo em outubro de 1623 a uma mulher doente, pedindo que fosse em peregrinação à igrejinha no monte Pellegrino, áspero promontório que fecha do lado do poente em golfo de Palermo. A mulher obedeceu ao desejo de Santa Rosália, que lhe apareceu novamente e indicou-lhe o lugar onde estavam escondidos seus restos mortais. No dia 15 de julho a procura teve êxito, tendo gerado dúvidas que se tratasse de restos humanos, o arcebispo de Palermo, Giannetino Doria, constituiu uma comissão de peritos, composta de médicos e teólogos, que a 11 de fevereiro de 1625 se pronunciou pela autenticidade das relíquias. Isso reacendeu a devoção popular e Urbano VIII, em 1630, inseriu o nome da Santa no Martirológio Romano a 15 de Julho e a 4 de Setembro.
No dia 25 de agosto de 1624, quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, enquanto executavam trabalhos no covento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquina, acharam numa gruta uma inscrição latina, muito rudimentar, que dizia:"Eu, Rosália Sinibaldi, filha das roas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo decidi morar nesta gruta de Quisquina." 

LITURGIA DIÁRIA - 04/09/2013



Dia: 04/09/2013
Primeira Leitura: Colossenses 1, 1-8

XXII SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)


Início da Carta de São Paulo aos Colossenses.
1Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus e o irmão Timóteo, 2aos santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossas: graça e paz da parte de Deus, nosso Pai. 3Damos graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, sempre rezando por vós, 4pois ouvimos acerca da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que mostrais para com todos os santos, 5animados pela esperança na posse do céu.
Disso já ouvistes falar no Evangelho, cuja palavra de verdade chegou até vós. 6E como no mundo inteiro, assim também entre vós ela está produzindo frutos e se desenvolve desde o dia em que ouvistes a graça divina e conhecestes verdadeiramente.
7Assim aprendestes de Epa­fras, nosso estimado companheiro, que é junto de vós um autêntico mensageiro de Cristo. 8Foi ele quem nos deu notícia sobre o amor que o Espírito suscitou em vós.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 51)


— Confio na clemência do meu Deus, agora e sempre!
— Confio na clemência do meu Deus, agora e sempre!
— Eu, porém, como oliveira verdejante na casa do Senhor, confio na clemência do meu Deus agora e para sempre!
— Louvarei a vossa graça eternamente, porque vós assim agistes; espero em vosso nome, porque é bom, perante os vossos santos!


Evangelho (Lc 4,38-44)


— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los.
40Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava. 41De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus”. Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias.
42Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de as deixar. 43Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. 44E pregava nas sinagogas da Judeia.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 04/09/2013

Ano C - DIA 04/09

Boa notícia para todos - Lc 4,38-44

Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo, com muita febre. [...] Então, Jesus se inclinou sobre ela e, com autoridade, andou que a febre a deixasse. A febre a deixou, e ela, imediatamente, se levantou e pôs-se a servi-os. Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes, com diversas enfermidades, os levavam a Jesus. E ele impunha as mãos sobre cada um deles e os curava. De muitas pessoas saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus!” [...] De manhã, bem cedo, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, tendo-o encontrado, tentavam impedir que ele as deixasse. Mas ele disse-lhes: “Eu devo anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também a outras cidades, pois é para isso que fui enviado”. E ele ia proclamando pelas sinagogas da Judeia.


Leitura Orante

Oração Inicial


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
A nós todos, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos,
para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes
de santidade e missão.
(Bv. Alberione)


1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto: Lc 4,38-44, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Bonito o encontro de Jesus com a sogra de Pedro que estava com febre alta. Observe a atitude: "ele parou ao lado da cama dela e deu uma ordem à febre. A febre saiu da mulher no mesmo instante." Interessante é que Jesus não fala com a sogra, mas fala com autoridade à febre. A mulher imediatamente fica curada, e tão bem, que se põe a servir os hóspedes. Doentes e a multidão procuravam encontrar Jesus e Ele anunciava a boa notícia do Reino a todos e por toda parte. O próprio Jesus diz noutra passagem: "Peçam e vocês acharão. Procurem e vocês acharão. Batam, e a porta será aberta para vocês" (Mt 7,7). Falando da Igreja neste momento histórico de grandes desafios, os bispos em Aparecida, disseram: "Os esforços pastorais orientados para o encontro com Jesus Cristo vivo deram e continuam dando frutos" (DAp 99).

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
O que o texto me diz no momento? Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições?
Meus esforços para viver bem, estar bem são orientados pelo encontro com Cristo vivo?
Ou, considero-me capaz e suficiente para enfrentar os desafios, dispensando a ação de Deus na minha vida? Considero o que dizem os bispos para a Igreja na América Latina:" A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. Ela não pode fechar-se àqueles que trazem confusão, perigos e ameaças ou àqueles que pretendem cobrir a variedade e complexidade das situações com uma capa de ideologias gastas ou de agressões irresponsáveis. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários. Isso não depende de grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu reino, protagonistas de uma vida nova para uma América Latina que deseja se reconhecer com a luz e a força do Espírito." (DAp 11).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre,
disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Farei atos de fé, na certeza de que o Senhor pode me libertar de meus males, mesmo aqueles que tenho dificuldade para vencer.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


I.Patrícia Silva, fsp

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

E quão breves, quão falsos, quão desordenados e torpes são todos os deleites do mundo! Mas os homens, na embriaguez e cegueira do espírito, não o compreendem; antes, como irracionais, por um diminuto prazer, nesta vida corruptível, dão a morte à sua alma. Tu, pois, filho, não sigas teus apetites, renuncia à própria vontade (Eclo 18,30); deleita-te no Senhor, e ele te dará o que teu coração anela (Sl 36,4). ( Da escola da paciência e luta contra as concupiscências) 

3ª-feira da 22ª Semana Tempo Comum



Jesus liberta as pessoas


Lucas 4,31-37

Naquele tempo:
31 Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e aí ensinava-os aos sábados.
32 As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento,
porque Jesus falava com autoridade.
33 Na sinagoga, havia um homem
possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz:
34 'O que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir?
Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!'
35 Jesus o ameaçou, dizendo:
'Cala-te, e sai dele!'
Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele, e não lhe fez mal nenhum.
36 O espanto se apossou de todos e eles comentavam entre si:
'Que palavra é essa?
Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem.'
37 E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza.


Reflexão

No evangelho de hoje vemos de perto dois fatos: a admiração do povo pelo jeito de ensinar de Jesus a cura de um home possuído por um demônio impuro. Nem todos os evangelistas narram o fato do mesmo modo. Para Lucas, o primeiro milagre é a calma com a qual Jesus se livra da ameaça de morte por parte do povo de Nazaré (Lc 4,29-30) e a cura de um homem possuído (Lc 4,33-35). Para Mateus, o primeiro milagre é a cura dos doentes e dos endemoninhados (Mt 4,23) ou, mais significativamente, a cura de um hanseniano (leproso, Mt 8,1-4). Para Marcos, a expulsão de um demônio (Mc 1,23-26). Para João, o primeiro milagre foi em Caná, onde Jesus transformou a água em vinho (Jo 2,1-11). Assim, pelo jeito de narrar os fatos cada evangelista aponta qual foi para ele a maior preocupação de Jesus. 
 
Lucas 4,31: A mudança de Jesus para Cafarnaum: “Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava-os aos sábados”. Mateus afirma que Jesus foi viver em Cafarnaum (Mt 4,13). Mudou de residência. Cafarnaum era uma pequena cidade no encontro de duas importantes estradas: aquela que vinha da Ásia Menor e descia na direção de Pedra no sul da Transjordânia, e a outra que vinha da região dos dois rios: o Tigres e o Eufrates e ia para o Egito, tocando a costa do Mar Mediterrâneo. A mudança para Cafarnaum facilitava o contato com as pessoas e a divulgação da Boa Nova.
 
Lucas 4,32: Admiração das pessoas pelo ensino de Jesus. A primeira coisa que as pessoas percebem é que Jesus ensina de modo bem diferente dos outros mestres. Impressiona não tanto pelo conteudo, quando pelo seu jeito de ensinar: “Jesus falava com autoridade”. Marcos acrescenta que este seu jeito diferente de ensinar, Jesus criava uma consciência crítica entre as pessoas em relação às autoridades religiosas de seu tempo. As pessoas percebem e comparam: “Ensinava com autoridade, diferente dos escribas” (Mc 1,22.27). Os escribas da época ensinavam citando as autoridades. Jesus não cita nenhuma autoridade, mas sim de sua experiência de Deus e de sua vida.

 
Lucas 4,33-35: Jesus lua contra o poder do mal. O primeiro milagre é a expulsão de um demônio. O poder do mal tomava posse das pessoas, esmagando-as. Jesus devolve as pessoas a si mesmas, devolve-lhes sua consciência e a liberdade. E faz isso graças à força de sua palavra: “Cala-te e sai dele!” E em outra ocasião afirma: “Se no entanto expulso os demônio com o dedo de Deus, chegou , então, até vós, o reino de Deus” (Lc 11,20). Também hoje, muitas pessoas vivem alienadas de si mesmas, esmagadas pelos meios de comunicação, pela propaganda do governo e do comércio. Vivem escravas do consumismo, oprimidas pelas dívidas e ameaçadas pelos credores. As pessoas pensam que não vive bem se não possui tudo o que a propaganda anuncia. Não é fácil expulsar este poder que hoje aliena tantas pessoas e devolver a elas sua integridade.
 
Lucas 4,36-37: A reação das pessoas: ordena aos espíritos impuros. Jesus ao só tem um jeito diferente de ensinar as coisas de Deus, mas provoca também admiração nas pessoas pelo seu poder sobre os espíritos impuros: “Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros, com autoridade e poder, e eles saem!” Jesus abre um novo caminho de modo que o povo possa se colocar diante de Deus para rezar e receber a bênção prometida a Abraão. Devia antes se purificar. Existiam muitas leis e normas que tornavam difícil a vida do povo e marginalizavam muitas pessoas, consideradas impuras. Mas agora, purificadas pela fé em Jesus, as pessoas podia, novamente se colocar na presença de Deus e rezá-lo, sem necessidade se recorrer às normas de pureza complicadas e na maioria das vezes dispendiosas.

 
Para uma avaliação pessoal
1. Jesus causa admiração entre as pessoas. A atuação da nossa comunidade no bairro causa admiração entre as pessoas? Que tipo de admiração?
2. Jesus expulsa o poder do mal e devolve as pessoas a si mesmas. Hoje muitas pessoas vivem alienadas de tudo e de todos. Como devolvê-las a si mesmas?

SANTO DO DIA - 03/09/2013

03/09
S. Gregório Magno
Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.

Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituiuição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.

Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.

Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.

Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.

Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.

Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.

Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.
Santo Marino
Nas últimas décadas do século III, dois cristãos chamados: Marino e Leão, procedentes da ilha de Arbe na Dalmacia, viajaram para Rimini, Itália, atraídos pela oportunidade de trabalhar como escultores, onde evangelizaram a região e ali morreram. Os dados que temos alem destes fazem parte de uma vigorosa tradição cristã.

Ela nos conta que, assim que Marino chegou, procurando pedras para o seu trabalho, descobriu a região do Monte Titano ficando maravilhado pela imponência do Monte e beleza do local, tanto assim que sempre que podia voltava para lá. Além trabalhar no seu ofício, ele desenvolvia a missão de converter a população riminiense ao cristianismo. Devido a esta atividade, certa vez, uma senhora pagã, maldosa e sem caráter, querendo impedí-lo de propagar a religião, dizendo ser sua esposa o acusou às autoridades de professar o Cristianismo.

Como era época de perseguição aos cristãos imposta pelo imperador Diocleciano, ele foi obrigado a se refugiar na floresta do Monte Titano, a qual conhecia muito bem. Todavia a citada senhora foi atrás dele tentando dar crédito às suas acusações. Marino não encontrou outra maneira de se defender dela, a não ser com suas orações e jejum, aguardando por um milagre da Providência Divina. E ele chegou. A senhora vendo sua total entrega à vontade de Deus, se converteu e se redimiu. Voltou à Rimini, onde se explicou às autoridades e à população.

A tradição narra também que Marino e Leão, para evitar outras experiências daquele tipo, se retiram para junto de uma pequena comunidade que vivia no alto do Monte Titano, estabelecendo a região como seu definitivo refúgio. Depois, Leão se transferiu sozinho no vizinho Monte Feretrio, atual Montefeltro. Mas o terreno onde ficou Marino era de propriedade de Dona Felicíssima, uma das mais influentes matronas da comunidade, cujo filho Veríssimo amante da caça, decidiu fazer de Marino sua presa. Ao ser encontrado, ele se defendeu da violência somente com a força das orações ao Senhor; foi escutado imediatamente, pois quando o jovem tentou atingí-lo, ficou paralisado como uma estátua.

Sabendo do fato prodigioso, a mãe, Dona Felicíssima, foi em seu socorro, suplicando à Marino o perdão pelo ato tão violento do filho Veríssimo que, graças ao desespero da mãe e a intercessão das orações de Marino, voltou à normalidade. Depois, ele converteu todos da família de Dona Felicíssima que doou à Marino as terras daquela região do Monte Titano. Além disto, pelo seu trabalho de pregação e a conversão de cristãos, o Bispo de Rimini, Gaudêncio, também venerado com Santo, conferiu à Marino a ordem do diaconato.

Marino morreu no ano 366. Foi sepultado na igreja que ele mesmo havia erguido e dedicado à São Pedro, atualmente dedicada à São Marino. O local tornou-se meta de uma peregrinação tão vigorosa que seu culto foi reconhecido pela Igreja pela devoção dos fiéis, sendo festejado no dia 03 de setembro. O mais interessante é que da sua atuação evangelizadora frutificou em um país. Assim na História de Igreja, São Marino é o único Santo fundador de um país e padroeiro da República que leva o seu nome, a pequenina e bela República de São Marino.