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domingo, 4 de agosto de 2013
Santa Missa - Passo-Passo
18º Domingo do Tempo Comum
Ser rico diante de
Deus
Lucas 12,13-21
Naquele tempo:
13 Alguém, do meio da multidão, disse a Jesus:
'Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo.'
14 Jesus respondeu:
'Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?'
15 E disse-lhes:
'Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância,
porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas,
a vida de um homem não consiste na abundância de bens.'
16 E contou-lhes uma parábola: 'A terra de um homem rico deu uma grande colheita.
17 Ele pensava consigo mesmo: 'O que vou fazer?
Não tenho onde guardar minha colheita'.
18 Então resolveu: 'Já sei o que fazer!
Vou derrubar meus celeiros e construir maiores;
neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens.
19 Então poderei dizer a mim mesmo:
- Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos.
Descansa, come, bebe, aproveita!'
20 Mas Deus lhe disse: 'Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida
.E para quem ficará o que tu acumulaste?'
21 Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo,
mas não é rico diante de Deus.'
Reflexão
O episódio narrado no
evangelho de hoje é relatado só pelo Evangelho de Lucas e não possui outro
semelhante nos outros evangelhos. Faz parte da longa descrição da viagem de
Jesus, da Galileia até Jerusalém (Lc 9,51 a 19,28), em que Lucas insere a
maioria das informações que conseguiu reunir sobre Jesus e que não se encontra
nos outros três evangelhos (cfr. Lc 1,2-3). O evangelho de hoje traz a resposta
de Jesus à pessoa que lhe pede para ser mediador na partilha de uma
herança.
Lucas 12,13: Um
pedido para distribuir a herança. “Alguém, do meio da multidão, disse a
Jesus: ‘Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo’”. Ainda hoje, a
distribuição da herança entre os familiares é uma questão delicada e, muitas
vezes, ocasião de disputas e de tensão sem fim. Naquele tempo, a herança tinha a
que ver com a identidade das pessoas (1 Re 21,1-3) e com sobrevivência (Nm
27,1-11; 36,1-12). O maior problema era a distribuição das terras entre os
filhos do falecido pai. Sendo a família grande, havia o perigo que a herança se
dividisse em pequenos pedaços de terra que não teria mais conseguido garantir a
sobrevivência de todos. Por isto, para evitar a pulverização da herança e manter
vivo o nome da família, o primogênito recebia o dobro dos outros filhos (Dt
21,17. cfr. 2Rs 2,11).
Lucas 12,14-15:
Resposta de Jesus: atenção à ganância. Jesus responde:
“Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?” Na resposta de
Jesus aparece a consciência que ele tem da missão. Jesus não se sente enviado
por Deus a responder aos pedidos de ser juiz entre parentes que brigam entre si
pela distribuição da herança. Mas o pedido daquele homem o leva à missão de
orientar as pessoas, porque “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de
ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não
consiste na abundância de bens”. Fazia parte de sua missão iluminar as pessoas
sobre o sentido da vida. O valor de uma vida não consiste em possuir muitas
coisas, mas em ser rico para deus (Lc 12,21). Porque, quando o lucro ocupa o
coração, o homem não sabe como distribuir a herança com equidade e com a
paz.
Lucas 12,16-19: A
parábola que faz pensar ao sentido da vida. Em seguida Jesus narra uma
parábola para ajudar as pessoas para refletir sobre o sentido da vida: “A terra
de um homem rico deu uma grande colheita. Ele pensava consigo mesmo: ‘O que foi
fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’”. O homem rico era mesmo fixado
com a preocupação pelos seus bens que aumentavam improvisamente por causa de uma
colheita abundante. Pensa só em acumular para garantir para si uma vida sem
preocupações. Ele pensa comigo mesmo: “Já sei o que vou fazer! Vou derrubar meus
celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os
meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva
para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’”
Lucas 12,20:
Primeira conclusão da parábola. “Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda
nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu
acumulaste?’” A morte é uma chave importante para descobrir o verdadeiro sentido
da vida. Torna tudo relativo, porque faz ver tudo o que passa e o que fica. Quem
busca só ter e esquece ser, perde tudo na hora da morte. Aqui é evidente uma
referência aos livros sapienciais: porque acumular os bens nesta vida, se não
sabem onde acabarão os bens que acumulaste, se não sabes o que fará deles o
herdeiro a quem os deixastes? (Ecl 2,12.18-19.21).
Lucas 12,21: Segunda
conclusão da parábola. “Assim acontece com quem ajuda tesouro para si
mesmo, mas não é rico diante de Deus”. Como se tornar rico para Deus? Jesus dá
várias sugestões e conselhos: Quem quer ser o primeiro, seja o último (Mt 20,27;
Mc 9,35; 10,44); é melhor dar que receber (At 20,35); o maior é o menor (Mt
18,4; 23,11; Lc 9,48) salva sua vida que a perde (Mt 10,39; 16,25; Mc 8,35; Lc
9,24).
Para uma avaliação pessoal
1. O homem pede a Jesus
para ajudá-lo na partilha da herança. E tu o que pedes a Jesus em tuas
orações?
2. O consumismo cria
necessidade e desperta em nós a vontade de lucro. O que tu fazes para não ser
vítima do lucro, imposto pelo consumismo?
SANTO DO DIA - 04/08/2013
04/08 |
São João Maria
Vianney
João Maria Batista Vianney sem dúvida alguma, se tornou o
melhor exemplo das palavras profetizadas pelo apóstolo Paulo: "Deus escolheu os
insignificantes para confundir os grandes". Ele nasceu em 8 de maio de 1786, no
povoado de Dardilly, ao norte de Lyon, França. Seus pais, Mateus e Maria,
tiveram sete filhos, ele foi o quarto. Gostava de freqüentar a igreja e desde a
infância dizia que desejava ser um sacerdote.
Vianney só foi para a escola na adolescência, quando abriram uma na sua aldeia, escola que freqüentou por dois anos apenas, porque tinha de trabalhar no campo. Foi quando se alfabetizou e aprendeu a ler e falar francês, pois em sua casa se falava um dialeto regional. Para seguir a vida religiosa, teve de enfrentar muita oposição de seu pai. Mas com a ajuda do pároco, aos vinte anos de idade ele foi para o Seminário de Écully, onde os obstáculos existiam por causa de sua falta de instrução. Foram poucos os que vislumbraram a sua capacidade de raciocínio. Para os professores e superiores, era considerado um rude camponês, que não tinha inteligência suficiente para acompanhar os companheiros nos estudos, especialmente de filosofia e teologia. Entretanto era um verdadeiro exemplo de obediência, caridade, piedade e perseverança na fé em Cristo. Em 1815, João Maria Batista Vianney foi ordenado sacerdote. Mas com um impedimento: não poderia ser confessor. Não era considerado capaz de guiar consciências. Porém para Deus ele era um homem extraordinário e foi por meio desse apostolado que o dom do Espírito Santo manifestou-se sobre ele. Transformou-se num dos mais famosos e competentes confessores que a Igreja já teve. Durante o seu aprendizado em Écully, o abade Malley havia percebido que ele era um homem especial e dotado de carismas de santidade. Assim, três anos depois, conseguiu a liberação para que pudesse exercer o apostolado plenamente. Foi então designado vigário geral na cidade de Ars-sur-Formans. Isso porque nenhum sacerdote aceitava aquela paróquia do norte de Lyon, que possuía apenas duzentos e trinta habitantes, todos não-praticantes e afamados pela violência. Por isso a igreja ficava vazia e as tabernas lotadas. Ele chegou em fevereiro de 1818, numa carroça, transportando alguns pertences e o que mais precisava, seus livros. Conta a tradição que na estrada ele se dirigiu a um menino pastor dizendo: "Tu me mostraste o caminho de Ars: eu te mostrarei o caminho do céu". Hoje, um monumento na entrada da cidade lembra esse encontro. Treze anos depois, com seu exemplo e postura caridosa, mas também severa, conseguiu mudar aquela triste realidade, invertendo a situação. O povo não ia mais para as tabernas, em vez disso lotava a igreja. Todos agora queriam confessar-se, para obter a reconciliação e os conselhos daquele homem que eles consideravam um santo. Na paróquia, fazia de tudo, inclusive os serviços da casa e suas refeições. Sempre em oração, comia muito pouco e dormia no máximo três horas por dia, fazendo tudo o que podia para os seus pobres. O dinheiro herdado com a morte do pai gastou com eles. A fama de seus dons e de sua santidade correu entre os fiéis de todas as partes da Europa. Muitos acorriam para paróquia de Ars com um só objetivo: ver o cura e, acima de tudo, confessar-se com ele. Mesmo que para isto tivessem de esperavam horas ou dias inteiros. Assim, o local tornou-se um centro de peregrinações. O Cura de Ars, como era chamado, nunca pôde parar para descansar. Morreu serenamente, consumido pela fadiga, na noite de 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade. Muito antes de ser canonizado pelo papa Pio XI, em 1925, já era venerado como santo. O seu corpo, incorrupto, encontra-se na igreja da paróquia de Ars, que se tornou um grande santuário de peregrinação. São João Maria Batista Vianney foi proclamado pela Igreja Padroeiro dos Sacerdotes e o dia de sua festa, 4 de agosto, escolhido para celebrar o Dia do Padre. |
LITURGIA DIÁRIA - 04/08/2013

Dia: 04/08/2013
Primeira Leitura: Eclesiastes 1, 2; 2, 21-23
(verde, glória, creio - II semana do saltério)
Leitura do Livro do Eclesiastes:
2“Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade”.2,21Por exemplo: um homem que trabalhou com inteligência, competência e sucesso, vê-se obrigado a deixar tudo em herança a outro que em nada colaborou. Também isso é vaidade e grande desgraça.
22De fato, que resta ao homem de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo do sol? 23Toda a sua vida é sofrimento, sua ocupação, um tormento. Nem mesmo de noite repousa o seu coração. Também isso é vaidade.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 89)
— Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós.
— Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós!
— Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós!
— Vós fazeis voltar ao pó todo mortal,/ quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!”/ Pois mil anos para vós são como ontem,/ qual vigília de uma noite que passou.
— Eles passam como o sono da manhã,/ são iguais à erva verde pelos campos:/ de manhã ela floresce vicejante,/ mas à tarde é cortada e logo seca.
— Ensinai-nos a contar os nossos dias,/ e dai ao nosso coração sabedoria!/ Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis?/ Tende piedade e compaixão de vossos servos!
— Saciai-nos de manhã com vosso amor,/ e exultaremos de alegria todo o dia!/ Que a bondade do Senhor e nosso Deus/ repouse sobre nós e nos conduza!/ Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.
Segunda Leitura (Cl 3,1-5.9-11)
Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses:
Irmãos: 1Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; 2aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. 3Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus.
4Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória.
5Portanto, fazei morrer o que em vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria.
9Não mintais uns aos outros. Já vos despojastes do homem velho e da sua maneira de agir 10e vos revestistes do homem novo, que se renova segundo a imagem do seu Criador, em ordem ao conhecimento.
11Aí não se faz distinção entre judeu e grego, circunciso e incircunciso, inculto, selvagem, escravo e livre, mas Cristo é tudo em todos.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Evangelho (Lc 12,13-21)
— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 13alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”.
14Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?”
15E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”.
16E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita.17Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’.
18Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’
20Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda esta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’
21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Oração
Manifestais, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os
filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia,
restaurando para eles a vossa criação e conservando-a renovada. E pela
interseção de Nossa Senhora saibamos compreender a compartilhar tudo que recebemos de Deus,
com o coração purificado de toda cobiça e avareza ensinado no Evangelho de hoje
pelo Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém!
O Evangelho do Dia - 04/08/2013
Ano C - DIA 04/08
Ajuntar riquezas ou... ser rico para Deus? - Lc 12,13-21
Alguém do meio
da multidão disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança
comigo”. Ele respondeu: “Homem, quem me encarregou de ser juiz ou árbitro entre
vós?” E disse-lhes: “Atenção! Guardai-vos de todo tipo de ganância, pois mesmo
que se tenha muitas coisas, a vida não consiste na abundância de bens”. E
contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. Ele
pensava consigo mesmo: ‘Que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’.
Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir
maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então
poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tens uma boa reserva para muitos anos.
Descansa, come, bebe, goza a vida!’ Mas Deus lhe diz: ‘Tolo! Ainda nesta noite,
tua vida te será tirada. E para quem ficará o que acumulaste?’ Assim acontece
com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não se torna rico diante de
Deus”.
Leitura Orante
Oração Inicial
Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso
Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na
comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de
Cristo!
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Preparo-me
para a Leitura, rezando com todos que navegam pela internet, com Santo Tomás de
Aquino:
Concede-me, Senhor meu Deus,
uma inteligência que te
conheça,
uma vontade que te busque,
uma sabedoria que te encontre,
uma
vida que te agrade,
uma perseverança que te espere com confiança e
uma
confiança que te possua, enfim. Amém.
1- Leitura (Verdade)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o
texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Lc 12,13-21, e observo
pessoas, palavras, relações, lugares.
A questão que o homem, no meio da
multidão, expõe, leva Jesus a esclarecer que ele não veio para resolver
interesses pecuniários ou de dinheiro. Para que acumular? O Mestre mais ensina a
dar e partilhar do que a reclamar direitos. E toca a raiz do que vicia as
relações humanas: o ter. Um grande profeta de nosso tempo, padre Alfredinho,
dizia que “o que divide a comunidade é o dinheiro”. E o Salmo 49, salmo
sapiencial sobre a condição do homem, recorda que a riqueza não é um seguro de
vida. O rico da história que Jesus conta é um bom exemplo de confiança nas
riquezas. No seu monólogo revela que seu horizonte é bastante pequeno: esta
vida! A isto responde Deus: “Seu tolo. Esta noite você vai morrer”. Rico para
Deus é quem ajuda o próximo, como diz o livro dos Provérbios: “Quem se compadece
do próximo empresta a Deus” (Pr 19,17
2- Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Quais são
minhas preocupações? Cuido de assegurar a mim e à minha família uma vida digna
ou me preocupo demais com o ter, acumular para o futuro. Acaso o ter para mim é
como um “seguro de vida”? O meu horizonte termina nesta vida ou a cada dia,
vislumbro o Reino que não tem fim?
Os bispos, em Aparecida, disseram:
“Segundo a Doutrina Social da Igreja, “o objeto da economia é a formação da
riqueza e seu incremento progressivo, em termos não só quantitativos, mas
qualitativos: tudo é moralmente correto se está orientado para o desenvolvimento
global e solidário do homem e da sociedade na qual vive e trabalha. O
desenvolvimento, na verdade, não pode se reduzir a um mero processo de
acumulação de bens e de serviços. Ao contrário, a pura acumulação, ainda que
para o bem comum, não é uma condição suficiente para a realização de uma
autêntica felicidade humana”. A empresa é chamada a prestar uma contribuição
maior na sociedade, assumindo a chamada responsabilidade social-empresarial, a
partir dessa perspectiva”. (DAp 69).
3- Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a
Deus?
Rezo com Charles de Foucauld:
Rezar é pensar em Deus,
amando-o
Senhor, fala ao meu coração,
vem com tua ternura,
com a
gentileza dos teus gestos
que não impõem nada às minhas decisões,
com
atenção aos detalhes,
como sabes fazer,
com a divertida ironia
com que
me levas na flauta,
com a decisão de quem sabe
dos seus interesses
mas
conhece meu coração e perdoa.
Chegas silencioso
porque nunca te
percebo,
revolucionário,
porque em silêncio
mudas as cartas e viras o
jogo na mesa.
Vem me fazer companhia
para que juntos consigamos
amá-lo,
esse nosso Pai,
com todo o coração,
com todo o
intelecto,
com toda a vontade.
Rezar é pensar em Deus,
amando-o.
4- Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a
partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vou
eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é
conforme o Projeto de Jesus Mestre.Disponho-me a dar e partilhar mais do que a
reclamar direitos.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos
mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e
nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e
Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp
sábado, 3 de agosto de 2013
Conselho do Dia
Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para
hoje:
Sabem os cidadãos do céu quão ditoso é aquele dia;
sentem os desterrados filhos de Eva quão triste e amargo é este da vida
presente. Os dias deste tempo são curtos e maus, cheios de dores e angústias.
Neles se vê o homem manchado de muitos pecados, enredado de muitas paixões,
angustiado de muitos temores, inquietado com muitos cuidados, distraído com
muitas curiosidades, emaranhado em muitas vaidades, cercado de muitos erros,
oprimido de muitos trabalhos, acossado por tentações, enervado pelas delícias,
atormentado pela penúria. ( Do dia da eternidade e das angústias desta vida)
Sábado da 17ª Semana Tempo Comum
Quanto custa ser
fiel
1 Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes.
2 Ele disse a seus servidores: 'É João Batista, que ressuscitou dos mortos;
e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele.'
3 De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão,
por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe.
4 Pois João tinha dito a Herodes: 'Não te é permitido tê-la como esposa.'
5 Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo,
que o considerava como profeta.
6 Por ocasião do aniversário de Herodes,
a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes
7 que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse.
8 Instigada pela mãe, ela disse: 'Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista.'
9 O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados,
ordenou que atendessem o pedido dela.
10 E mandou cortar a cabeça de João, no cárcere.
11 Depois a cabeça foi trazida num prato,
entregue à moça e esta a levou para a sua mãe.
12 Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram.
Depois foram contar tudo a Jesus.
Reflexão
O evangelho de hoje
escreve como João Batista foi vítima da corrupção e da prepotência do governo de
Herodes. Foi morto sem processo, durante um banquete do rei com os grandes do
reino. O texto nos traz muitas informações sobre o tempo em que Jesus viveu e
sobre como era usado o poder pelos poderosos da época.
Mateus 14,1-2.
Quem é Jesus para Herodes. O texto inicia informando a opinião
que Herodes tem de Jesus: “É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por
isso, os poderes miraculosos atuam nele”. Herodes tentava entender Jesus a
partir dos medos que povoavam sua mente após o assassinato de João. Herodes era
muito supersticioso e escondia o medo atrás da ostentação de sua riqueza e de
seu poder.
Mateus 14,3-5:
A causa escondida do assassinato de João. Galileia, terra de
Jesus, foi governada por Herodes Antipas, filho do rei Herodes, o Grande, do ano
04 antes de Cristo até o ano 39 depois de Cristo. No total 43 anos! Durante o
tempo da vida de Jesus, não houve mudanças de governo na Galileia! Herodes era o
senhor absoluto de tudo, não prestava contas a ninguém, fazia o que lhe passava
pela cabeça. Prepotência, falta de qualquer ética, poder absoluto, sem qualquer
controle por parte do povo! Mas quem mandava na Palestina, desde o ano 63 antes
de Cristo, era o Império Romano. Herodes, na Galileia, para não ser deposto,
procurava agradar Roma em tudo. Insistia sobretudo numa administração eficaz que
aumentasse as entradas do Império. Sua preocupação era a sua promoção e sua
segurança. Por isso reprimia qualquer tipo de subversão. Mateus afirma que o
motivo do assassinato de João foi ele tinha denunciado Herodes, porque tinha se
casado com Herodíades, esposa de seu irmão Filipe. Flávio José, escritor judeu
daquela época, informa que o verdadeiro motivo de João Batista era o medo de
Herodes de um levante popular. Herodes gostava de ser chamado de benfeitor do
povo, mas na realidade era um tirano (Lc 22,25). A denúncia de João contra
Herodes foi a gota que fez derramar o colo: “Não te é permitido tê-la como
esposa”. E João foi preso.
Mateus
14,6-12: A trama do assassinato. Aniversário e banquete,
com danças e orgias! Marcos informa que a
festa contava com a presença “dos grandes de sua corte, os oficiais e os
notáveis da Galileia” (Mc 6,21). É este o ambiente em que se trama o assassinato
de João Batista. João, o profeta, era uma viva denúncia deste sistema corrupto.
Por isto foi eliminado com o pretexto de um problema de vingança pessoal. Tudo
isto revela a fraqueza moral de Herodes. Tanto poder acumulado nas mães de um
homem incapaz de se controlar! No entusiasmo da festa e do vinho, Herodes faz um
juramento leviano a Salomé, a jovem bailarina, filha de Herodíades.
Supersticioso como era, pensava que devia manter este juramento, e responder ao
capricho da menina; por isso ordena ao soldado de trazer a cabeça de João sobre
um prato e de o entregar à bailarina, que depois o leva à mãe. Para Herodes a
vida dos súbditos não valia nada. Disponha deles como usava de qualquer objeto
de sua casa.
As três características do
governo de Herodes: a nova Capital, o latifúndio e a classe de
funcionários:
a) A Nova Capital.
Tiberíades foi inaugurada quando Jesus tinha só 20 anos. Foi chamada assim para
agradar a Tibério, o imperador de Roma. Aí moravam o ricos senhores de terras,
os soldados, policiais, os juízes muitas vezes insensíveis (Lc 18,1-4). Para
esta cidade era levado o dinheiro fruto dos impostos e do trabalho das pessoas.
Era aí que Herodes realizava suas orgias de morte (Mc 6,21-29). Tiberíades era a
cidade dos palácios do Rei, onde viviam os que vestiam roupas finas (cfr. Mt
11,8). Não se tem notícia que Jesus tivesse entrado naquela cidade. b) O
latifúndio. Os estudiosos informam que durante o longo governo de Herodes,
aumento o latifúndio prejudicando as pequenas propriedades. O Livro de
Henoc denuncia os donos da terras e
expressa a esperança dos pequenos: “Então os poderosos e os grandes não serão
mais donos da terra!” (Hen 38,4). O ideal dos tempos antigos era este: “Sentará
cada um tranqüilo debaixo da videira e mais ninguém o espantará” (1 Mc 14,12; Mq
4,4; Zc 3,10). Porém a política do governo de Herodes tornava impossível este
ideal.
c) A Classe dos
funcionários. Herodes criou uma classe de funcionários fieis ao projeto do rei:
escribas, comerciantes, proprietários de terras, fiscais, agentes aduaneiros,
militares, policiais, juízes e chefes locais. Em cada aldeia havia um grupo de
pessoas que apoiava o governo. Nos evangelhos, alguns fariseus estão ao lado dos
herodianos (Mc 3,6; 8,15; 12,13), e isto espelha a aliança entre poder religioso
e poder civil. A vida das pessoas nas aldeias era muito vigiada, seja pelo
governo seja pela religião. Era preciso muita coragem para iniciar algo de novo,
como fizeram João e Jesus! Era a mesma coisa que atrair sobre si o ódio dos
privilegiados, seja do poder religioso seja do poder civil.
Para uma
avaliação pessoal
1. Conheces casos de pessoas
que morreram vítimas da corrupção e da dominação dos poderosos? E aqui entre
nós, na nossa comunidade e na igreja, existem vítimas do autoritarismo e do
demasiado poder?
2. Herodes, o poderoso, que
pensava ser o dono da vida e da morte das pessoas, era um desprezível aos olhos
dos grandes e um adulador corrupto diante da menina. Mesquinhez e corrupção
marcavam o exercício do poder de Herodes. Compara tudo isso com o exercício do
poder religioso e civil hoje, nos diferentes níveis da sociedade e da
Igreja.
SANTO DO DIA - 03/08/2013
03/08 |
Santa Lídia
Os apóstolos Silas, Timóteo e Lucas acompanhavam Paulo em sua
segunda missão na Europa, quando chegaram em Filipos, uma das principais cidades
da Macedônia, que desfrutava de direitos de colônia romana. Lá encontraram uma
mulher que lhes foi de grande valor.
Eles já haviam passado alguns dias na cidade. Mas Paulo e seus companheiros pensavam em ficar até o sábado, pelo menos, pois era o dia em que os correligionários judeus se reuniriam para as orações. Como Filipos não tinha sinagoga, o local mais provável para o encontro seria às margens do pequeno rio Gangas, que passava fora da porta da cidade. Assim entendendo, ao procurarem o lugar ideal para suas preces, como nos narra são Lucas nos Atos dos Apóstolos, eles foram para lá e começaram a falar com as mulheres que já estavam reunidas. Entre elas estava Lídia, uma comerciante de púrpura, nascida em Tiatira, na Ásia. Ela escutava com muita atenção, pois não era pagã idólatra, acreditava em Deus, o que quer dizer que tinha se convertido à fé dos judeus. E o Senhor abrira o seu coração para que aderisse às palavras de Paulo. Lídia era uma proprietária de sucesso, rica, influente e popular, exercendo sua liderança entre os filipenses e, principalmente, dentro da própria família. Isso porque a púrpura era um corante usado em tecidos finos, como a seda e a lã de qualidade. Na época, o tecido já tingido era chamado de púrpura, e o mais valioso existente. Usado como símbolo de alta posição social, era consumido apenas pela elite das cortes. Quando terminou a pregação, Lídia tornou-se cristã. Com o seu testemunho, conseguiu converter e batizar toda a sua família. Depois disto, ela os convidou: "Se vocês me consideram fiel ao Senhor, permaneçam em minha casa". E os forçou a aceitar. Esta, com certeza, foi a primeira e maior conquista dos primeiros apóstolos de Cristo. A casa de Lídia tornou-se a primeira Igreja católica no solo europeu. Lídia usou todo o seu prestígio social, sucesso comercial e poder de sua liderança para, junto de outras mulheres, levar para dentro dos lares a palavra de Cristo, difundindo, assim, a Boa-Nova entre os filipenses. A importância de Lídia foi tão grande na missão de levar o Evangelho para o Ocidente que cativou o apóstolo Paulo, criando um forte e comovente laço de amizade cristã entre eles. O culto a santa Lídia é uma tradição cristã das mais antigas de que a Igreja Católica tem notícia. A sua veneração é respeitada, pois seus atos são sinais evidentes de sua santidade. Considerada a Padroeira dos Tintureiros, santa Lídia é festejada no dia 3 de agosto. |
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