quarta-feira, 1 de maio de 2013

01.05 - Festa de São José Operário



O pai de Jesus, um operário

Mateus 13,54-58
Naquele tempo:
54 Dirigindo-se para a sua terra,
Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados.
E diziam: 'De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres?
55 Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria,
e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas?
56 E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?'
57 E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse:
'Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!'
58 E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.
Reflexão:
O evangelho de hoje conta como foi a visita de Jesus à Nazaré, sua comunidade de origem. A passagem por Nazaré foi dolorosa para Jesus. O que antes era a sua comunidade, agora já não é mais. Alguma coisa mudou. Onde não há fé, Jesus não pode fazer milagre.
Mateus 13, 53-57ª: Reação do povo de Nazaré frente a Jesus. É sempre bom voltar para a terra da gente. Após longa ausência, Jesus também voltou e, como de costume, no dia de sábado, foi para a reunião da comunidade. Jesus não era coordenador, mesmo assim ele tomou a palavra. Sinal de que as pessoas podiam participar e expressar sua opinião. O povo ficou admirado, não entendeu a atitude de Jesus: "De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres?” Jesus, filho do lugar, que eles conheciam desde criança, como é que ele agora ficou tão diferente? O povo de Nazaré ficou escandalizado e não o aceitou: “Não é ele o filho do carpinteiro?” O povo não aceitou o mistério de Deus presente num homem comum como eles conheciam Jesus. Para poder falar de Deus ele teria de ser diferente. Como se vê, nem tudo foi bem sucedido. As pessoas que deveriam ser as primeiras a aceitar a Boa Nova, estas eram as que se recusavam a aceitá-la. O conflito não é só com os de fora de casa, mas também com os parentes e com o povo de Nazaré. Eles recusam, porque não conseguem entender o mistério que envolve a pessoa de Jesus: “Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs, não moram aqui conosco? Então, de onde vem tudo isso?" Não deram conta de crer.

Mateus 13, 57b-58: Reação de Jesus diante da atitude do povo de Nazaré. Jesus sabe muito bem que “santo de casa não faz milagre”. Ele diz: "Um profeta só não é honrado em sua própria pátria e em sua família". De fato, onde não existe aceitação nem fé, a gente não pode fazer nada. O preconceito o impede. Jesus, mesmo querendo, não pôde fazer nada. Ele ficou admirado da falta de fé deles. 
Os irmãos e as irmãs de Jesus. A expressão “irmãos de Jesus” é causa de muita polêmica entre católicos e protestantes. Baseando-se neste e em outros textos, os protestantes dizem que Jesus teve mais irmãos e irmãs e que Maria teve mais filhos! Os católicos dizem que Maria não teve outros filhos. O que pensar disso? Em primeiro lugar, as duas posições, tanto dos católicos como dos protestantes, ambas têm argumentos tirados da Bíblia e da Tradição das suas respectivas Igrejas. Por isso, não convém brigar nem discutir esta questão com argumentos só de cabeça. Pois trata-se de convicções profundas, que têm a ver com a fé e com o sentimento de ambos. Argumento só de cabeça não consegue desfazer uma convicção do coração! Apenas irrita e afasta! Mesmo quando não concordo com a opinião do outro, devo sempre respeitá-la. Em segundo lugar, em vez de brigar em torno de textos, nós todos, católicos e protestantes, deveríamos unir-nos bem mais para lutar em defesa da vida, criada por Deus, vida tão desfigurada pela pobreza, pela injustiça, pela falta de fé. Deveríamos lembrar algumas outras frases de Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância”(Jo 10,10). “Que todos sejam um, para que o mundo creia que Tu, Pai, me enviaste”(Jo 17,21). “Não o impeçam! Quem não é contra nós é a favor”(Mc 10,39.40).

Para um confronto pessoal
1. Em Jesus algo mudou no seu relacionamento com a Comunidade de Nazaré. Desde que você começou a participar na comunidade, alguma coisa mudou no seu relacionamento com a família? Por que?2. A participação na comunidade tem ajudado você a acolher e a confiar mais nas pessoas, sobretudo nos mais simples e pobres?
Reflexão referente a São José, operário: (Padre Bantu Mendonça K. Sayla)
 
Permita meu irmão (a) que te diga isso, e grave-o bem no fundo do teu coração é pelo trabalho que nos tornamos verdadeiramente semelhantes e filhos de Deus. Semelhantes porque assim como Aquele de quem somos imagens trabalha todos os dias assim devemos nós. Filhos, porque assim como o Pai de Jesus trabalha todos os dias e ele também o faz, assim também nós devemos fazer.
 
A Igreja sendo mãe e mestre nos propõe celebrar no dia de hoje a Festa de São José cujo adjetivo é Operário. Este homem pobre, humilde e simples atingiu a santidade graças ao empenho na Oração e no trabalho. Rezando e trabalhando agradou tanto a Deus a sua vida a ponto de merecer a benção de ter o Verbo Eterno morar em sua casa!
 
O Evangelho recorda-nos que Jesus, depois ter ficado três dias no Templo de Jerusalém, voltou com Maria e José para Nazaré, onde viveu e aprendeu a trabalhar. Hoje S. Mateus diz-nos também que Jesus, depois de iniciar a sua vida pública veio a Nazaré onde todos o conheciam como o filho de José, o Carpinteiro. Para dizer que Ele é o filho de um trabalhador, o José, o carpinteiro.
 
As mãos de José são mãos sagradas, mãos que trabalham mãos que rezam mãos unidas em plena doação à vontade divina e ao coração dos outros. Tu que és pai, és mãe que mãos tens e como as usas? Para o bem ou para o mal? Que apelido têm as tuas mãos? Lembro-te que o modo de uso determinará o teu apelido! Graças às mãos de S. José a Jesus aprendeu a trabalhar. A sua humilde oficina de Nazaré foi à escola onde Jesus cresceu! Qual é a escola para os teus filhos, irmãos, irmãos, amigos, parentes e colegas?
 
Faço votos para Nazaré seja para mim e para ti a escola onde todos possam aprender e compreender esta lei severa, mas redentora do trabalho humano. Crescei, multiplicai-vos, enchei e dominai a terra! (Gen 1, 28). 
 
Ao celebrarmos hoje o dia da festa do trabalho, com a proteção de S. José convido-te a pedir e rezar por todos os operários do Brasil e de todo o mundo. Peçamos também por todos os desempregados e por todos os jovens que às apalpadelas estão à busca do primeiro trabalho. A Igreja ensina-nos: o trabalho é um meio de nos associarmos à obra redentora de Cristo (GS, 67). Por outras palavras é o que chamaria o TRABALHO DIGNIFICA O HOMEM.
 
Oração a São José 
São José, modelo de todos os que trabalham, obtém-me a graça de trabalhar com dedicação e alegria, considerando como uma honra empregar e desenvolver pelo trabalho os dons recebidos de Deus. Concede-me a graça de trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência, sem nunca recuar perante o cansaço e as dificuldades. Que eu possa trabalhar, sobretudo com retidão, respeito e justiça. Tudo por Jesus, tudo por Maria, pelo bem das pessoas e por Deus. Amém.


Padroeiro dos trabalhadores

Basta traçar um paralelo entre a vida cheia de sacrifícios de são José, que trabalhou a vida toda para ver Nosso Senhor Jesus Cristo dar a vida pela humanidade, e a luta dos trabalhadores do mundo todo, pleiteando respeito a seus direitos mínimos, para entender os motivos que levaram o papa Pio XII a instituir a festa de "São José Trabalhador", em 1955, na mesma data em que se comemora o dia do trabalho em quase todo o planeta.

Foi no dia 1º de maio de 1886, em Chicago, maior parque industrial dos Estados Unidos na época, que os operários de uma fábrica se revoltaram com a situação desumana a que eram submetidos e pelo total desrespeito à pessoa que os patrões demonstravam. Eram trezentos e quarenta em greve e a polícia, a serviço dos poderosos, massacrou-os sem piedade. Mais de cinqüenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados num confronto desigual. Em homenagem a eles é que se consagrou este dia.
 
São José é o modelo ideal do operário. Sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho de suas próprias mãos, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao Filho de Deus a profissão de carpinteiro e, dessa maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a humanidade. Proclamando são José protetor dos trabalhadores, a Igreja quis demonstrar que está ao lado deles, os mais oprimidos, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos seres humanos, aquele que aceitou ser o pai adotivo de Deus feito homem, mesmo sabendo o que poderia acontecer à sua família. José lutou pelos direitos da vida do ser humano e, agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seu direito a uma vida digna. Muito acertada mais esta celebração ao homem "justo" do Evangelho, que tradicional e particularmente também é festejado no dia 19 de março, onde sua história pessoal é relatada.

São José, o Guarda do Redentor

Como personificação de Deus-Pai, São José manifesta para os cristãos a presença misteriosa do Pai celeste.

No dia 19 de março a Igreja celebra a solenidade de São José, esposo de Maria e patrono da Igreja. No dia 1º. de maio, Dia do Trabalhador, celebra-se a memória de São José Operário. A Igreja reserva dois dias para festejar o pai adotivo de Jesus Cristo que, segundo os evangelhos, era conhecido como "filho de José" (Lc 3,23; 4,22; Jo 1,45; 6,42) ou "filho do carpinteiro" (Mt 13,55). No Evangelho de Mateus (cc.1- 2), é José quem recebe, em sonhos, o anúncio do nascimento do Messias; é ele quem dá o nome e, portanto, a legalidade da filiação davídica a Jesus; é ele quem leva o Menino e sua mãe na fuga para o Egito e os traz de volta para estabilizar-se em Nazaré. No Evangelho de Lucas (c. 2), por sua descendência davídica ele deve registrar-se em Belém, onde sua esposa Maria dá à luz o Menino Jesus em uma manjedoura; ele e Maria levam o Menino para ser apresentado no Templo de Jerusalém; mais tarde, quando o Menino tinha doze anos, ao reencontrá-lo no Templo entre os doutores, recebem a revelação de que seu filho deve ocupar-se das coisas do Pai celeste. Graças à descendência de José, Jesus é o novo Davi, o verdadeiro Rei de Israel, o Messias prometido.

Especialmente a partir da Idade Média, São José está presente na liturgia, na arte, na literatura, na devoção popular; ele dá seu nome a cidades, congregações religiosas, colégios, instituições; muitas pessoas - como o atual papa - se orgulham de trazer seu nome, que significa: “Deus dê aumento”. O papa Leão XIII (1878-1903) publicou uma encíclica sobre o seu culto. No centenário dessa encíclica, em 1989, João Paulo II publicou a exortação apostólica Redemptoris Custos, sobre a figura e a missão de São José na vida de Cristo e da Igreja. Depois de apresentar São José como o guarda, custódio e protetor de Jesus Cristo, o papa o trata também como protetor da Igreja de Cristo.
 
PROTETOR DA IGREJA
Leão XIII justifica o patrocínio de São José sobre a Igreja, escrevendo que aquele que outrora socorria a santa família de Nazaré, em todo e qualquer acontecimento, também agora cobre e defende com seu celeste patrocínio a Igreja de Cristo. E o papa João Paulo II acrescenta: "Esse patrocínio deve ser invocado e continua sempre a ser necessário à Igreja, não apenas para defendê-la dos perigos, que continuamente se levantam, mas também e, sobretudo, para confortá-la no seu renovado empenho de evangelização do mundo e de levar adiante a nova evangelização dos países e nações onde a religião e a vida cristã foram antes tão prósperas, mas se encontram hoje submetidas a dura provação" (RC 29).

São José é patrono da Igreja também porque é exemplo de oração, de escuta da Palavra de Deus, de obediência à vontade salvífica do Pai, de colaboração para a realização dos planos divinos sobre a humanidade, de defesa dos valores familiares.

MODELO PARA OS PAIS
Diversos estudos atuais apontam para o fato de vivermos numa sociedade de filhos sem pais. Há um aumento assustador de crianças abandonadas, meninos de rua, jovens separados do pai, crianças educadas só pela mãe. São devastadores os efeitos da falta da figura paterna. Doenças atuais como anorexia, bulimia, toxicomania, que estão dizimando gerações de jovens, podem ser vinculadas diretamente - segundo estudos da psicologia - ao vazio da figura paterna. Também fenômenos como o neonazismo, e outras formas de delinquência juvenil, reconduzem à falta de uma figura masculina positiva, conexa com uma paternidade forte. Desde um ponto de vista psicanalítico, estar privado do pai equivale a estar privado da espinha dorsal. É o pai que, ao receber o bebê do colo da mãe, vai lhe dando a própria identidade e lhe infundindo confiança e autonomia na condução da vida. Sem o pai ou uma figura masculina equivalente, as crianças crescem na insegurança e na ausência de autoestima.

Nossa geração, emancipada sob todas as formas, é ao mesmo tempo uma geração de filhos sem a figura e a presença do pai e, assim, fortemente maternizados. A falta do pai nas instituições de base, como a família, repercute na estrutura social e política, onde também se constata a ausência de figuras carismáticas, líderes capazes de apresentar e defender valores de consenso na promoção da vida, na construção de estruturas justas, na edificação de uma ordem igualitária e fraterna.

O Documento de Aparecida parece ser o primeiro documento da Igreja que trata especificamente da figura do homem e do pai de família. Constata que a indiferença dos homens nas coisas da religião e da Igreja contribui para a fragilidade deles em resolver conflitos e frustrações, em resistir às seduções de uma cultura consumista e competitiva, em enfrentar a tentação da violência, da infidelidade, do abuso do poder, da dependência de drogas, do alcoolismo, do machismo, da corrupção e do abandono de seu papel de pais (DAp 461). Reconhece que muitos homens se sentem cobrados na família, no trabalho e na sociedade, são carentes de maior compreensão, acolhida e afeto, não têm espaços onde compartilhar os sentimentos mais profundos, são expostos a uma situação de profunda insatisfação que os deixa à mercê do poder desintegrador da cultura atual. Sugere, enfim, que em todas as dioceses e paróquias haja uma especial atenção pastoral para o pai de família (DAp 462).

Nesse campo, a figura de São José, pai e protetor do Menino Jesus, é modelo para os pais de família que queiram assumir com vigor o carisma próprio de sua masculinidade e paternidade.

PERSONIFICAÇÃO DE DEUS-PAI
Em seu livro São José, personificação do Pai, Leonardo Boff intui que a família de Nazaré é na terra um sacramento da família divina trinitária do céu. O menino- homem Jesus de Nazaré é a encarnação do Filho eterno de Deus; Maria é o templo e a imagem do Espírito Santo; José de Nazaré é a personificação de Deus-Pai. José é o homem do silêncio, do qual a Bíblia não anotou nenhuma palavra, é o homem justo que na sombra e na simplicidade realiza a obra de Deus. Ele é a corporificação, a personificação de Deus-Pai. Ele manifesta para os cristãos a presença misteriosa do Pai celeste.
Assim, no silêncio diante dos mistérios da vida, no cuidado do filho e da esposa, no ocultamento do trabalho cotidiano, na simplicidade e invisibilidade da existência fiel, na santidade das relações familiares e profissionais, José de Nazaré revela o mistério profundo e abissal de Deus-Pai.

ORAÇÃO SÃO JOSÉ OPERÁRIO

Ó Glorioso São José, a quem foi dado o poder de tornar possíveis
as coisas humanamente impossíveis, vinde em nosso auxílio nas
dificuldades em que nos achamos. (fazer o pedido)
Tomai sob vossa proteção a causa importante que vos confiamos,
para que tenha uma solução favorável.
Ó Pai muito amado, em vós depositamos toda nossa confiança.
Que ninguém possa jamais dizer que vos invocamos em vão.
Já que tudo podeis junto de Jesus e Maria mostrai-nos que
vossa bondade é igual ao vosso poder.
São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais Santa Família
que jamais houve, sede, nós vo-lo pedimos, o
Pai e protetor da nossa, e impetrai-nos a graça de
vivermos e morrermos no amor de Jesus e Maria!
São José, rogai por nós!

SANTO DO DIA - 01/05/2013

01/05
São José Operário
Basta traçar um paralelo entre a vida cheia de sacrifícios de São José, que trabalhou a vida toda para ver o Cristo dar a vida pela humanidade, e a luta dos trabalhadores do mundo todo, pleiteando respeito a seus direitos mínimos, para entender os motivos que levaram o Papa Pio XII a instituir a festa de "São José Trabalhador", em 1955, na mesma data em que se comemora o dia do trabalho.
Afinal de contas, naquele fatídico primeiro de maio, em Chicago, operários de uma fábrica se revoltaram com a situação desumana a que eram submetidos e com o desrespeito a qualquer direito natural de uma pessoa que os patrões demonstravam. Eram trezentos e quarenta em greve e a polícia, sempre a serviço dos patrões, massacrou-os sem piedade. Mais de cinqüenta ficaram gravemente feridos e seis deles foram assassinados no confronto desigual. Em homenagem a eles é que se consagrou este dia.

São José é o modelo ideal do operário. Sustentou sua família durante toda a vida com o trabalho artesanal, cumpriu sempre seus deveres para com a comunidade, ensinou ao filho a profissão de carpinteiro e, desta maneira suada e laboriosa, permitiu que as profecias se cumprissem e seu povo fosse salvo, assim como toda a humanidade.

Proclamando São José como protetor dos trabalhadores, a Igreja demonstra estar ao lado deles, dando-lhes como patrono o mais exemplar dos homens, aquele que aceitou ser o pai adotivo do Deus feito homem, mesmo pressentindo o que poderia acontecer à sua família. Em vida José lutou pelos direitos da vida humana e agora, coloca-se ombro a ombro na luta pelos direitos humanos dos trabalhadores do mundo, por meio dos membros da Igreja que aumentam as fileiras dos que defendem os operários e seu direito a uma vida digna.
São Peregrino Laziosi
Peregrino pertencia à família dos nobres Laziosi. Nasceu na cidade de Forlí, no norte da Itália, no ano 1265. Cresceu alí em meio à uma população conhecida pelo espírito reacionário e anárquico. Tornou um jovem idealista, de caráter intempestivo, recebendo o apelido de "furação".

Certa ocasião ocorreu um incidente grave num dos tumultos populares freqüentes, porque a população se dividia entre os que apoiavam as ordens do Papa e os que preferiam seguir as do imperador germânico. Foi quando a cidade recebeu um interdito do Papa Martino IV, como castigo pelas desordens e atitudes rebeldes. Houve séria reação entre as partes. Para acalmar os ânimos, o Papa pediu ao Superior geral dos Servitas, futuro Santo Filipe Benicío, que estava no mosteiro da cidade, para agir em seu nome e apaziguar os fiéis.

Era uma tarefa delicada. Filipe, então, usando o púlpito da igreja fez um discurso fervoroso solicitando a todos que obedecessem ao Sumo Pontífice. Foi quando um grupo liderado por Peregrino, então com dezoito anos, o ameaçou de agressão. O jovem foi mais longe, chegando a lhe dar um tapa no rosto. Filipe aceitou a ofensa. Depois Peregrino mobilizando a população com gritos fizeram com que fosse expulso da cidade.

Filipe saiu humilhado, mas rezando firmemente pela conversão dos agitadores e principalmente pelo jovem agressor. Deus ouviu sua prece. Pelegrino, caindo em si, sentiu arrependimento, vergonha e remorso. Ficou tão angustiado, que dias depois, foi procurar Filipe, para se prostrar a seus pés pedindo perdão.

Naquele instante Pelegrino estava convertido realmente. Mais tarde, aos trinta anos, ingressou na Ordem dos Servos de Maria, os Servitas, como irmão penitente. A tradição diz que foi próprio Filipe que entregou o hábito à Peregrino. Mas ao certo foi que ele enviou o arrependido agressor para fazer o noviciado em Sena. Só depois voltou para Forlí, onde no mosteiro exerceu o apostolado do bem semeando a paz.

Peregrino se distinguiu pela obediência ao regulamento, pela penitência e mortificação. Durante trinta anos, cumpriu uma penitência imposta à si mesmo: ficava sempre em pé, nunca se sentava. Quando atingiu os sessenta anos de idade, devido à isso, tinha uma ferida cancerosa na perna direita, causada por varizes.

Era tão grave seu estado de saúde, que o médico receitou a amputação da perna, para salvar sua vida. Porém, da véspera da operação, Peregrino acordou subitamente no meio da noite e sentiu que devia ir rezar na capela diante de Jesus crucificado. Assim fez, com muito esforço para caminhar, se ajoelhou e rezou com fervor pedindo que Cristo lhe concedesse a graça da cura. Foi envolvido por um êxtase contemplativo tão profundo, que viu Jesus descer da Cruz e tocar sua ferida. Uma vez refeito da visão, voltou para o leito e adormeceu. Na manhã seguinte o médico constatou que havia ocorrido um milagre. Peregrino estava sem nenhuma ferida, Jesus o havia curado.

O milagre só fez aumentar a veneração que os habitantes da cidade já lhe dedicavam. Pelegrino morreu no primeiro dia de maio de 1345, vítima de uma febre. Durante seus funerais dois milagres ocorreram e foram atribuídos à sua intercessão. Seu culto se estendeu pelo mundo todo rapidamente, pois os fiéis recorrem à ele como padroeiro dos doentes cancerosos.

Em 1726, foi canonizado pelo Papa Bento XIII, sendo o dia de sua morte o indicado para celebrar a sua memória, quando também se comemora São José, operário. Por isso sua festa pode ocorrer nos primeiros dias do mês de Maria. A relíquia do manto de Santo Peregrino Laziosi é conservada à veneração dos fiéis brasileiros, na igreja de Nossa Senhora das Dores, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.
 

LITURGIA DIÁRIA - 01/05/20113



Dia: 01/05/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 15, 1-6

V SEMANA DA PÁSCOA*
(branco - ofício do dia da I semana do saltério)



Leitura do Livro do Gênesis.

26Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e segundo a nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, e sobre todos os répteis que rastejam sobre a terra”. 
27E Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou: homem e mulher os criou. 28E Deus os abençoou e lhes disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os animais que se movem sobre a terra”. 29E Deus disse: “Eis que vos entrego todas as plantas que dão semente sobre a terra, e todas as árvores que produzem fruto com sua semente, para vos servirem de alimento. 30E a todos os animais da terra, e a todas as aves do céu, e a tudo o que rasteja sobre a terra e que é animado de vida, eu dou todos os vegetais para alimento”. E assim se fez. 31E Deus viu tudo quanto havia feito, e eis que tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia. 2,1E assim foram concluídos o céu e a terra com todo o seu exército. 2No sétimo dia, Deus considerou acabada toda a obra que tinha feito; e no sétimo dia descansou de toda a obra que fizera.3Deus abençoou o sétimo dia e o santificou, porque nesse dia descansou de toda a obra da criação. 

— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus.

Ou (escolhe-se uma das leituras)

Primeira Leitura (Cl 3,14-15.17.23-24)

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses.

14Irmãos, acima de tudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição.15Que a paz de Cristo reine em vossos corações, à qual fostes chamados como membros de um só corpo. E sede agradecidos. 17Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio dele dai graças a Deus, o Pai. 23Tudo o que fizerdes, fazei-o de coração, como para o Senhor e não para os homens. 24Pois vós bem sabeis que recebereis do Senhor a herança como recompensa. Servi a Cristo, o Senhor. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 89)


— Ó Senhor, fazei dar frutos o labor de nossas mãos!
— Ó Senhor, fazei dar frutos o labor de nossas mãos!

— Já bem antes que as montanhas fossem feitas ou a terra e o mundo se formassem, desde sempre e para sempre vós sois Deus.
— Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!” Pois mil anos para vós são como ontem, qual vigília de uma noite que passou.
— Ensinai-nos a contar os nossos dias, e dai ao nosso coração sabedoria! Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? Tende piedade e compaixão de vossos servos!
— Saciai-nos de manhã com vosso amor, e exultaremos de alegria todo dia! Manifestai a vossa obra a vossos servos, e a seus filhos revelai a vossa glória!


Evangelho (Mateus 13,54-58)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres?55Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


O Evangelho do Dia - 01/05/2013

Ano C - DIA 01/05

Jesus foi rejeitado em Nazaré - Mt 13,54-58

Ele foi para sua própria cidade e se pôs a ensinar na sinagoga local, de modo que ficaram admirados. Diziam: “De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs não estão todas conosco? De onde, então, lhe vem tudo isso?” E mostravam-se chocados com ele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa!” E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles.


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos que navegam na internet:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos:
ilumina-me.Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia? Leio atentamente o texto: Mt 13,54-58, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Jesus está na cidade onde havia sido criado: Nazaré.
Ensina na sinagoga – casa de oração do seu povo - e todos se admiram com sua sabedoria.
É a prova de que Jesus é o Filho de Deus e não apenas filho do carpinteiro.
Seus conterrâneos, talvez por baixa auto-estima,
mas sobretudo, pela falta de fé, questionam a origem da autoridade dele:
“De onde vem a sabedoria dele e o seu poder?”
Não conseguem compreender que um conhecido deles seja Filho de Deus. E o rejeitam.. O Mestre vive uma experiência semelhante à dos profetas que também foram rejeitados, desprezados, até mortos de forma cruel.. “Porque eles não tinham fé”, Jesus, não pode fazer ali, em Nazaré, muitos milagres.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
São muitas, mas me detenho na última expressão: “Jesus não pode fazer muitos milagres ali porque eles não tinham fé”.O bispos, na Conferência de Aparecida, disseram que se dissolve a relação com Deus: “Vivemos uma mudança de época, e seu nível mais profundo é o cultural. Dissolve-se a concepção integral do ser humano, sua relação com o mundo e com Deus; “aqui está precisamente o grande erro das tendências dominantes do último século... Quem exclui Deus de seu horizonte, falsifica o conceito da realidade e só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas” (Bento XVI, Discurso Inaugural). (DAp 44).
Compreendo porque na minha vida também não acontecem muitos milagres?Tenho uma fé fraca, quero que tudo seja provado, justificado, da forma como penso. Não aceito o diferente, que o projeto de Deus seja diferente do meu. Tenho dificuldade em aceitar verdades de pessoas com quem convivo, iguais a mim.

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com santo Tomás de Aquino (1225-1274), doutor da Igreja
Concede-me, Deus misericordioso,
que deseje com ardor o que tu aprovas,
que o procure com prudência,
que o reconheça em verdade,
que o cumpra na perfeição,
para louvor e glória do teu nome.
Põe ordem na minha vida, ó meu Deus,
e permite-me que conheça o que tu queres que eu faça,
concede-me que o cumpra como é necessário
e como é útil para a minha alma.
Concede-me, Senhor meu Deus,
que não me perca no meio da prosperidade
nem da adversidade;
não deixes que a adversidade me deprima,
nem que a prosperidade me exalte.
Que nada
me alegre ou me entristeça
para além do que conduz a ti.


4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é para ver além das aparências
e reconhecer a presença de Deus
nas coisas mais simples do meu dia.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp

terça-feira, 30 de abril de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
Ó graça beatíssima, que fazes rico de virtudes o pobre de espírito e tornas humilde de coração o rico dos bens de fortunas: vem, desce sobre mim e enche minha alma de tua consolação, para que não desfaleça, de cansaço e aridez, meu espírito. Suplico-vos, Senhor, que eu ache graça em vossos olhos, porque me basta a vossa graça, embora me falte tudo que deseja a natureza. Ainda que seja tentado e vexado com muitas tribulações, nada temerei, enquanto estiver comigo a vossa graça. Ela é a minha fortaleza, me dá conselho e amparo. Ela é mais poderosa que todos os inimigos e mais sábia que todos os sábios. ( Da corrupção da natureza e da eficácia da graça divina) 

Fonte: Imitação de Cristo

3ª-feira da 5ª Semana da Páscoa


A Paz que Jesus nos deixa
João 14,27-31a

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo.
Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.
28 Ouvistes que eu vos disse: 'Vou, mas voltarei a vós'.
Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, 

pois o Pai é maior do que eu.29 Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, 
para que, quando acontecer, vós acrediteis.30 Já não falarei muito convosco, pois o chefe deste mundo vem.
Ele não tem poder sobre mim,31 amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai,eu procedo conforme o Pai me ordenou. 
Reflexão

Aqui, em Jo 14,27, começa a despedida de Jesus e no fim do capítulo 14, ele encerra a conversa dizendo: "Levantem! Vamos embora daqui!" (Jo 14,31). Mas, em vez de sair da sala, Jesus continua falando por mais três capítulos: 15, 16 e 17. Se você pular estes três capítulos, você vai encontrar no começo do capítulo 18 a seguinte frase: "Tendo dito isto, Jesus foi com seus discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia ali um jardim onde entrou com seus discípulos" (Jo 18,1). Em Jo 18,1, está a continuação de Jo 14,31. O Evangelho de João é como um prédio bonito que foi sendo construído lentamente, pedaço por pedaço, tijolo por tijolo. Aqui e acolá, ficaram sinais destes remanejamentos. De qualquer maneira, todos os textos, todos os tijolos, fazem parte do edifício e são Palavra de Deus para nós.

João 14,27: O dom da Paz. Jesus comunica a sua paz aos discípulos. A mesma paz será dada depois da ressurreição (Jo 20,19). Esta paz é mais uma expressão da manifestação do Pai, de que Jesus tinha falado antes (Jo 14,21). A paz de Jesus é a fonte da alegria que ele nos comunica (Jo 15,11; 16,20.22.24; 17,13). É uma paz diferente da paz que o mundo dá, diferente da Pax Romana. Naquele fim do primeiro século a Pax Romana era mantida pela força das armas e pela repressão violenta contra os movimentos rebeldes. A Pax Romana garantia a desigualdade institucionalizada entre cidadãos romanos e escravos. Esta não é a paz do Reino de Deus. A Paz que Jesus comunica é o que no AT se chama Shalôm. É a organização completa de toda a vida em torno dos valores da justiça, fraternidade e igualdade.

João 14,28-29: O motivo por que Jesus volta ao Pai. Jesus volta ao Pai para poder retornar em seguida. Ele dirá a Madalena: “Não me segure, porque ainda não subi para o Pai “ (Jo 20,17). Subindo para o Pai, ele voltará através do Espírito que nos enviará (cf Jo 20,22). Sem o retorno ao Pai ele não poderá estar conosco através do seu Espírito.

João 14,30-31a: Para que o mundo saiba que amo o Pai. Jesus está encerrando a última conversa com os discípulos. O príncipe deste mundo vai tomar conta do destino de Jesus. Jesus vai ser morto. Na realidade, o Príncipe, o tentador, o diabo, nada pode contra Jesus. Jesus faz em tudo o que lhe ordena o Pai. O mundo vai saber que Jesus ama o Pai. Este é o grande e único testemunho de Jesus que pode levar o mundo a crer nele. No anúncio da Boa Nova não se trata de divulgar uma doutrina, nem de impor um direito canônico, nem de unir todos numa organização. Trata-se, antes de tudo, de viver e de irradiar aquilo que o ser humano mais deseja e tem de mais profundo dentro de si: o amor. Sem isto, a doutrina, o direito, a celebração não passa de peruca em cabeça calva.

João 14,31b: Levantem e vamos embora daqui. São as últimas palavras de Jesus, expressão da sua decisão de ser obediente ao Pai e de revelar o seu amor. Na eucaristia, na hora da consagração, em alguns países se diz: “Na véspera da sua paixão, voluntariamente aceita”. Jesus diz em outro lugar: “O Pai me ama, porque eu dou a minha vida para retomá-la de novo. Ninguém tira a minha vida; eu a dou livremente. Tenho poder de dar a vida e tenho poder de retomá-la. Esse é o mandamento que recebi do meu Pai” (Jo 10,17-18).

Para confronto pessoal
1) Jesus disse: “Dou-vos a minha paz”. Como contribuo para a construção da paz na minha família e na minha comunidade?
2) Olhando no espelho da obediência de Jesus ao Pai, em que ponto eu poderia melhorar a minha obediência ao Pai?

A Paz de Jesus
Estamos diante da última Ceia Jesus com os seus discípulos. O mestre sabendo que estava próxima a hora de sair deste mundo, não queria partir sem dar sossego, calma, segurança, tranqüilidade, amparo, conforto, prosperidade, vitória em fim garantia de vida plena. Então se levanta e pronuncia as benditas palavras: Deixo-vos a paz. A minha paz eu vos dou; não – vo-la dou segundo critérios do mundo!
Nesta expressão vemos a clara declaração da Personalidade de Jesus. Ele é, por natureza, comunicador de paz. Sem dúvida, não estamos às voltas com uma espécie de paz intimista e sentimental. A paz de Jesus é muito mais do que isto!
A paz é um dom de Jesus para seus discípulos, em vista do testemunho que são chamados a dar. Ela visa à ação. Por isso, não pode reduzir-se ao nível do sentimento. A paz de Jesus tem como efeito banir do coração dos discípulos todo e qualquer resquício de perturbação ou de temor que leva ao imobilismo. Possuindo o dom da paz, eles deveriam manter-se imperturbáveis, sem se deixar intimidar diante das dificuldades.
Assim pensada, a paz de Jesus consiste numa força divina que não deixa que os discípulos rompam a comunhão com o Mestre. É Jesus mesmo, presente na vida dos discípulos, sustentando-lhes a caminhada, sempre dispostos a seguir adiante com alegria, rumo à casa do Pai, apesar das adversidades que deverão enfrentar.
A paz do mundo é bem outra coisa. Encontra-se na fuga e na alienação dos problemas da vida. Leva o discípulo a cruzar os braços, numa confiança ingênua em Deus do qual tudo espera, sem exigir colaboração. Neste sentido ela é uma paz que conduz à morte!
O discípulo sensato rejeita a paz oferecida pelo mundo para acolher aquela que Jesus oferece.

A paz de Jesus é a paz que é fruto da prática libertadora, fraterna, solidária, restauradora da vida e da dignidade dos homens e mulheres. É a paz do reencontrar a vida na união de vontade com o Pai.

Reze comigo, Jesus Príncipe da Paz, daí-me a constância na fé e na esperança para que jamais duvide das vossas promessas. Que eu tome posse da vossa Paz. Paz que me tranqüiliza a alma e me faz mais do que vencedor porque tu estás comigo e em mim.

SANTO DO DIA - 30/04/2013

30/04
São José Benedito Cottolengo
José Benedito Cotolengo nasceu em Brá, na província de Cuneo, no norte da Itália, no dia 3 de maio de 1786. Era o mais velho dos doze filhos de uma família cristã muito piedosa. Ele tinha apenas cinco anos quando sua mãe o viu medindo os quartos da casa com uma vara, para saber quantos doentes pobres caberiam neles. Dizia que quando crescesse queria encher sua casa com esses necessitados, fazendo dela "seu hospital". O episódio foi um gesto profético. Na cidade de Brá, ainda se conserva esta casa.

Com dezessete anos ingressou no seminário e aos vinte e cinco se ordenou sacerdote na diocese de Turim. Seu ministério foi marcado por uma profunda compaixão pelos mais desprotegidos, esperando sempre a hora oportuna para concretizar os ideais de sua vocação.

Em 1837, padre José Benedito foi chamado para ministrar os sacramentos à uma mulher grávida, vítima de doença fatal. Ela estava morrendo e mesmo assim, os hospitais não a internaram, alegando que não havia leitos disponíveis para os pobres. Ele nada pôde fazer. Entretanto, depois que ela morreu e ter confortado os familiares, o padre se retirou para rezar. Ao terminar as orações, mandou tocar os sinos e avisou a todos os fiéis que era chegada a hora de "ajudar a Providência Divina".

Alugou uma casa e conseguiu colocar nela leitos e remédios, onde passou a abrigar os doentes marginalizados, trabalhando ele mesmo como enfermeiro e buscando recursos para mantê-la, mas sem abandonar as funções de pároco. Era tão dedicado aos seus fiéis a ponto de rezar uma missa às três horas da madrugada, para que os camponeses pudessem ir para seus campos de trabalho com a palavra do Senhor cravada em seus corações.

Os políticos da cidade, incomodados com sua atuação, conseguiram fechar a casa. Mas ele não desistiu. Fundou a Congregação religiosa da Pequena Casa da Divina Providência e as Damas da Caridade ou Cotolenguinas, com a finalidade de servir aos pequeninos, aos deficientes e aos doentes. Os fundos deveriam vir apenas das doações e da ajuda das pessoas simples. Padre José Benedito Cottolengo tinha como lema "caridade e confiança": fazer todo o bem possível e confiar sempre em Deus. Comprou uma hospedaria abandonada na periferia da cidade e reabriu com o nome de "Pequena Casa da Divina Providência".

Diante do Santíssimo Sacramento, padre José Benedito e todos os leigos e religiosos, que se uniram a ele nesta experiência de Deus, buscavam forças para bem servir os doentes desamparados, pois como ele mesmo dizia: "Se soubesses quem são os pobres, os servirias de joelhos!". Morreu de fadiga, no dia 30 de abril de 1842, com cinqüenta e seis anos.

A primeira casa passou a receber todos os tipos de renegados: portadores de doenças contagiosas, físicas e psíquicas, em estado terminal ou não. Ainda hoje abriga quase vinte mil pessoas, servidas por cerca de oitocentas irmãs religiosas e voluntárias. A congregação pode ser encontrada nos cinco continentes, e continua como a primeira: sem receber ajuda do Estado ou de qualquer outra Instituição. O padre José Benedito Cotolengo foi canonizado por Pio XI, em 1934, sua festa litúrgica ocorre no dia 30 de abril.
São Pio V
O Papa Pio V é venerado por ter unido a Europa, acabando com as guerras internas para que todos se voltassem contra o verdadeiro inimigo, os turcos, vencidos finalmente em 1571.
Mas é preciso lembrar que ele implantou reformas essenciais também dentro do cristianismo, acabando com o nepotismo na Igreja, um mal que até hoje afeta as comunidades no âmbito político. Também não se pode esquecer que defendeu o catolicismo com corpo e alma, unhas e dentes, quando preciso, chegando a excomungar a Rainha Elisabete I, da Inglaterra.
Miguel Ghisleri nasceu em 1504, em Bosco Marengo, na província de Alexandria e, aos quatorze anos já ingressara na congregação dos dominicanos. Depois que se ordenou sacerdote, sua carreira correu na Terra como um raio. Foi professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, depois cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi e, finalmente, papa, em 1566, tomando o nome de Pio V.

Assim que assumiu foi procurado em Roma por dezenas de parentes. Não deu "emprego" a nenhum, afirmando ainda que um parente do papa, se não estiver na miséria, "já está bastante rico". Implantou ainda outras mudanças no campo pastoral, aprovadas no Concílio de Trento: a obrigação de residência para os bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos bispos, o incremento das missões e a censura das publicações, para que não contivessem material doutrinário não aprovado pela Igreja. Depois de conseguir a união dos países católicos, com a conseqüente vitória sobre os turcos invasores e de ter decretado a excomunhão e deposição da própria rainha da Inglaterra, o furacão se extinguiu. Papa Pio V morreu em 1572, sendo canonizado em 1712.

Sua memória, antes homenageada em 5 de maio, com a reforma do calendário litúrgico passou a ser festejada nesta data, 30 de abril. 

LITURGIA DIÁRIA - 30/04/2013



Dia: 30/04/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 14, 19-28

V SEMANA DA PÁSCOA
(branco - ofício do dia)



Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 19de Antioquia e Icônio chegaram judeus que convenceram as multidões. Então apedrejaram Paulo e arrastaram-no para fora da cidade, pensando que ele estivesse morto. 20Mas, enquanto os discípulos o rodeavam, Paulo levantou-se e entrou na cidade. No dia seguinte, partiu para Derbe com Bar­nabé. 
21Depois de terem pregado o Evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, Icônio e Antioquia. 22Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecer firmes na fé, dizendo-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”. 23Os apóstolos designaram presbíteros para cada Comunidade. Com orações e jejuns, eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado. 
24Em seguida, atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. 25Anunciaram a palavra em Per­ge, e depois desceram para Atália. 26Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado. 
27Chegando ali, reuniram a Comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos. 28E passaram então algum tempo com os discípulos. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 144)


— Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.
— Ó Senhor, vossos amigos anunciem vosso Reino glorioso.

— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, e os vossos santos com louvores vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor do vosso reino e saibam proclamar vosso poder!
— Para espalhar vossos prodígios entre os homens e o fulgor de vosso reino esplendoroso. O vosso reino é um reino para sempre, vosso poder, de geração em geração.
— Que a minha boca cante a glória do Senhor e que bendiga todo ser seu nome santo desde agora, para sempre e pelos séculos.


Evangelho (João 14,27-31a)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor. 

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 27“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.28Ouvistes que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis.
30Já não falarei muito con­vosco, pois o chefe deste mundo vem. Ele não tem poder sobre mim, 31amas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai, eu procedo conforme o Pai me ordenou”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.





O Evangelho do Dia - 30/04/2013

Ano C - DIA 30/04

“Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós” - Jo 14,27-31a

“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: ‘Eu vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais. Já não falarei mais convosco, pois vem o chefe deste mundo. Ele não pode nada contra mim. Mas é preciso que o mundo saiba que eu amo o Pai e faço como o Pai mandou.”


Leitura Orante

Oração Inicial


Inicio minha oração, em sintonia com todos que fazem este momento de oração,
cantando ou rezando:
"Deus não está longe de cada um de nós
Nele vivemos, nos movemos e existimos". (At 17,27b,28)
(CD Palavras Sagradas do Apóstolo Paulo, faixa 6)


1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Jo 14,27-31a e observo as palavras de Jesus.
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: 'Eu vou, mas voltarei a vós'. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais. Já não falarei mais convosco, pois vem o chefe deste mundo. Ele não pode nada contra mim. Mas é preciso que o mundo saiba que eu amo o Pai e faço como o Pai mandou."
Jesus está se despedindo dos discípulos. Ele oferece a paz e lhes dá ânimo: não é preciso se afligir, nem ter medo. Anuncia a alegria, resultado da vitória. O que Jesus quer que o mundo saiba é que ele ama o Pai e faz o que ele manda. A paz de Jesus é diferente da paz do mundo que é baseada na injustiça. Ao contrário, é baseada na justiça e no amor. A paz que o mundo dá, prescinde de Deus. Não só desconsidera a pessoa, mas a explora e mata. A paz de Jesus tem em vista um mundo mais fraterno.


2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Onde fundamento a minha paz? A minha paz vem de Deus? Os projetos de paz do mundo em que vivo propõem a paz de Jesus? A paz sempre comunica alegria. E é desta alegria que falaram os bispos em Aparecida:
"Desejamos que a alegria que recebemos no encontro com Jesus Cristo, a quem reconhecemos como o Filho de Deus encarnado e redentor, chegue a todos os homens e mulheres feridos pelas adversidades; desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43). A alegria do discípulo é antídoto frente a um mundo atemorizado pelo futuro e agoniado pela violência e pelo ódio. A alegria do discípulo não é um sentimento de bem-estar egoísta, mas uma certeza que brota da fé, que serena o coração e capacita para anunciar a boa nova do amor de Deus. Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria." (DAp 29).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, e concluo com a Oração de Dom Pedro Casaldáliga:
Senhor,
Dá-nos a paz que se faz!
Senhor,quando te pedimos paz, devolve-nos o pedido, que é fácil pedir sem dar...
Ensina-nos a passar da tolerância ao amor;
de sermos notas dispersas a sermos uma canção.
Quando entregamos as armas,
ajuda-nos a entregar também, abertas, as almas,
que a paz apenas sem guerra é pouca paz para nós.
Necessitamos da terra com casa, trabalho e pão,
contigo no coração, com todos os povos,
juntos, forjando o novo amanhã.
Dá-nos a paz que se faz!
Dá-nos a paz que se dá!
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.


4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
O meu novo olhar é de paz, da paz que vem de Deus, oferecida por Jesus Cristo.


Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Vereador Rubão quer inserir o "Dia Municipal do Terço" no calendário religioso e festivo de Caicó




O vereador Rubão Germano esteve em reunião com o Administrador Diocesano, Reverendíssimo Padre Ivanoff da Costa Pereira, durante a manhã da última sexta-feira, 26 de abril, discutiram a inserção do "Dia Municipal do Terço", no calendário religioso e festivo de Caicó, que será agregado à data 13 de maio de cada ano, assim como é comemorado o dia de Nossa Senhora de Fátima.

A matéria foi dada entrada ainda na sexta-feira na secretaria da Câmara e será apreciada e discutida na Sala das Sessões durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Caicó nesta segunda-feira (29).

"Temos que colocar essa data nas festividades municipais, os "terços em grupo" cresceram muito em Caicó e região. O terço dos homens é um exemplo, hoje vários homens se aproximaram mais de Deus através da igreja por causa do terço dos homens. Porém, essa data não será só comemorada alusiva aos terços dos homens, mas sim à todos os terços existentes em nossa cidade. Nessa data ainda poderá haver atividades relacionadas que poderão ser colocadas em prática por parte da igreja, como por exemplo, um grupo de homens do terço fazer uma visita ao presídio mensalmente", explicou o vereador.

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
Sê mais corajoso, e prepara-te para suportar coisas maiores. Nem tudo está perdido por te sentires a miúdo tribulado e gravemente tentado. Homem és e não Deus; carne és e não anjo. Como poderás tu perseverar sempre no mesmo estado de virtude, se tal não pôde o anjo no céu, nem o primeiro homem no paraíso? Eu sou que levanto os aflitos e os salvo, elevo à minha divindade os que conhecem as suas fraquezas. ( Que o homem não se desanime em demasia, quando cai em algumas faltas) 

Fonte: Imitação de Cristo