terça-feira, 20 de março de 2012

LITURGIA DIÁRIA - 20/03/2012

 
Dia: 20/03/2012
Primeira Leitura: Ezequiel 47,1-9.12
 
IV SEMANA DA QUARESMA
 
(roxo, oficio do dia da IV semana da Quaresma)
 
 
Leitura da Profecia de Ezequiel.

Naqueles dias, 1o anjo fez-me voltar até a entrada do Templo e eis que saía água da sua parte subterrânea na direção leste, porque o Templo estava voltado para o oriente; a água corria do lado direito do Templo, a sul do altar.
2Ele fez-me sair pela porta que dá para o norte, e fez-me dar uma volta por fora, até a porta que dá para o leste, onde eu vi a água jorrando do lado direito. 3Quando o homem saiu na direção leste, tendo uma corda de medir na mão, mediu quinhentos metros e fez-me atravessar a água: ela chegava-me aos tornozelos.
4Mediu outros quinhentos metros e fez-me atravessar a água: ela chegava-me aos joelhos. 5Mediu mais quinhentos metros e fez-me atravessar a água: ela chegava-me à cintura. Mediu mais quinhentos metros, e era um rio que eu não podia atravessar. Porque as águas haviam crescido tanto, que se tornaram um rio impossível de atravessar, a não ser a nado.
6Ele me disse: “Viste, filho do homem?” Depois fez-me caminhar de volta pela margem do rio. 7Voltando, eu vi junto à margem muitas árvores, de um e de outro lado do rio. 8Então ele me disse: “Estas águas correm para a região oriental, descem para o vale do Jordão, desembocam nas águas salgadas do mar, e elas se tornarão saudáveis.
9Onde o rio chegar, todos os animais que ali se movem poderão viver. Haverá peixes em quantidade, pois ali desembocam as águas que trazem saúde; e haverá vida onde chegar o rio. 12Nas margens junto ao rio, de ambos os lados, crescerá toda espécie de árvores frutíferas; suas folhas não murcharão e seus frutos jamais se acabarão: cada mês darão novos frutos, pois as águas que banham as árvores saem do santuário. Seus frutos servirão de alimento e suas folhas serão remédio”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 45)

— Conosco está o Senhor do Universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó.
— Conosco está o Senhor do Universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó.

— O Senhor para nós é refúgio e vigor, sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia; assim não tememos, se a terra estremece, se os montes desabam, caindo nos mares.
— Os braços de um rio vêm trazer alegria à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo. Quem pode abalar? Deus está no seu meio! Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.
— Conosco está o Senhor do universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó! Vinde ver, contemplai os prodígios de Deus e a obra estupenda que fez no universo.



Evangelho (João 5,1-16)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

1Houve uma festa dos judeus, e Jesus foi a Jerusalém. 2Existe em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, uma piscina com cinco pórticos, chamada Betesda em hebraico. 3Muitos doentes ficavam ali deitados — cegos, coxos e paralíticos.
4De fato, um anjo descia, de vez em quando, e movimentava a água da piscina, e o primeiro doente que aí entrasse, depois do borbulhar da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. 5Aí se encontrava um homem, que estava doente havia trinta e oito anos.
6Jesus viu o homem deitado e sabendo que estava doente há tanto tempo, disse-lhe: “Queres ficar curado?” 7O doente respondeu: “Senhor, não tenho ninguém que me leve à piscina, quando a água é agitada. Quando estou chegando, outro entra na minha frente”. 8Jesus disse: “Levanta-te, pega tua cama e anda”. 9No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou sua cama e começou a andar.
Ora, esse dia era um sábado. 10Por isso, os judeus disseram ao homem que tinha sido curado: “É sábado! Não te é permitido carregar tua cama”. 11Ele respondeu-lhes: “Aquele que me curou disse: ‘Pega tua cama e anda’”. 12Então lhe perguntaram: “Quem é que te disse: ‘Pega tua cama e anda’?” 13O homem que tinha sido curado não sabia quem fora, pois Jesus se tinha afastado da multidão que se encontrava naquele lugar.
14Mais tarde, Jesus encontrou o homem no Templo e lhe disse: “Eis que estás curado. Não voltes a pecar, para que não te aconteça coisa pior”. 15Então o homem saiu e contou aos judeus que tinha sido Jesus quem o havia curado. 16Por isso, os judeus começaram a perseguir Jesus, porque fazia tais coisas em dia de sábado.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Jesus liberta, recuperando a dignidade humana

Nesta narrativa do evangelho de João destacam-se o seu simbolismo e os detalhes do diálogo.
A Porta das Ovelhas era o acesso dos comerciantes estrangeiros a Jerusalém. A cura pelas águas da piscina era uma crença pagã. Jesus se dedica àquela multidão de doentes, cegos, coxos e paralíticos que ali estavam e eram excluídos do judaísmo. Não participavam da festa da Páscoa, que estava sendo celebrada. Buscavam socorro para suas doenças em uma devoção pagã.
Jesus revela que ele próprio é a resposta tanto para as crenças do judaísmo como para as crenças pagãs. Ele liberta as pessoas restaurando-lhes a capacidade de ver e agir, recuperando sua dignidade e vida. Isto perturba os poderosos.


José Raimundo Oliva

Oração
Pai, aproxima-me de Jesus, de quem jorra a fonte da vida, para que eu possa ser curado de todas as doenças e enfermidades que me afastam de ti.

O Evangelho do dia 20/03/2012 ( terça-feira)

Ano B - Dia: 20/03/2012


Jesus faz andar

Leitura Orante


Jo 5,1-16

Depois disso, houve uma festa dos judeus, e Jesus foi até Jerusalém. Ali existe um tanque que tem cinco entradas e que fica perto do Portão das Ovelhas. Em hebraico esse tanque se chama "Betezata". Perto das entradas estavam deitados muitos doentes: cegos, aleijados e paralíticos. [Esperavam o movimento da água, porque de vez em quando um anjo do Senhor descia e agitava a água. O primeiro doente que entrava no tanque depois disso sarava de qualquer doença.] Entre eles havia um homem que era doente fazia trinta e oito anos. Jesus viu o homem deitado e, sabendo que fazia todo esse tempo que ele era doente, perguntou: " Você quer ficar curado?" Ele respondeu: Senhor, eu não tenho ninguém para me pôr no tanque quando a água se mexe. Cada vez que eu tento entrar, outro doente entra antes de mim. Então Jesus disse: "Levante-se, pegue a sua cama e ande!" No mesmo instante, o homem ficou curado, pegou a cama e começou a andar. Isso aconteceu no sábado. Por isso os líderes judeus disseram a ele: "Hoje é sábado, e a nossa Lei não permite que você carregue a sua cama neste dia." Ele respondeu: O homem que me curou me disse: "Pegue a sua cama e ande." Eles perguntaram: Quem é o homem que mandou você fazer isso? Mas ele não sabia quem tinha sido, pois Jesus havia ido embora por causa da multidão que estava ali. Mais tarde Jesus encontrou o homem no pátio do Templo e disse a ele: " Escute! Você agora está curado. Não peque mais, para que não aconteça com você uma coisa ainda pior." O homem saiu dali e foi dizer aos líderes judeus que quem o havia curado tinha sido Jesus. Então eles começaram a perseguir Jesus porque ele havia feito essa cura no sábado.

Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando a bênção bíblica
sobre todos os internautas:
A bênção do Deus de Sara, Abraão e Agar,
a bênção do Filho, nascido de Maria,
a bênção do Espírito Santo de amor,
que cuida com carinho,
qual mãe cuida da gente,
esteja sobre todos nós. Amém!

1. Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio de forma pausada e atenta, na Bíblia, a Palavra em Jo 5,1-16.
O texto apresenta o terceiro sinal de Jesus. O Evangelho de João fala de sete sinais. Vamos recordá-los:
1) Transformação da água em vinho (Jo 2, 1-12)
2) Cura do filho do funcionário real (Jo 4,46-54): paralelo em Lc 7,1-10 e Mt 8,5-13
3) Cura de um paralítico (Jo 5,1-18): semelhança com Mc 2,1-12
4) Multiplicação dos pães (Jo 6,1-15): paralelo em Mc 6,32-44
5) Jesus caminha sobre as águas (Jo 6,16-21): paralelo em Mc 6,45-52 e Mt 14,22-33
6) Cura de um cego (Jo 9,1-7): semelhança com Mc 8,22-26 e Mc 10,46-52
7) Ressurreição de um morto (Jo 11,1-46): semelhança com Lc 7,11-17 e Mc 5,21-43.
O texto de hoje, terceiro sinal, acontece durante uma festa dos judeus com a cura de um paralítico.
O paralítico é símbolo do povo sem vida. O povo não está no templo, mas nos corredores, excluído da festa. Jesus está no meio do povo. Perto havia um tanque ou piscina com cinco entradas ou corredores que simbolizavam a Lei contida nos cinco primeiros livros da Bíblia (Pentateuco). No entanto, a Lei não produzia mais vida para o povo. Muitos doentes estavam ali, deitados, sem vida. O paralítico que Jesus vai curar é símbolo de todo povo paralisado pela falta de vida. O paralítico diz a Jesus: "não tenho ninguém", ou seja, falta solidariedade. As águas da piscina que se agitam simbolizam as falsas esperanças. Passam a imagem de um falso Deus, como se ele se lembrasse de vez em quando do povo. Esse não é o Deus de Jesus, nem a sua prática de vida. Deus é fiel sempre.

2. Meditação(Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
Posso me perguntar tantas coisas. Hoje detenho-me só num aspecto: como é o meu Deus? Quem é Deus para mim? Ocasional ou de alguns momentos apenas. Ou é o Deus conosco, "todos os dias", como garante o próprio Jesus? ( Cf Mt 28,20). Veja o que disseram os bispos em Aparecida:
"Por assim dizer, Deus Pai sai de si, para nos chamar a participar de sua vida e de sua glória. Mediante Israel, povo que fez seu, Deus nos revela seu projeto de vida. Cada vez que Israel procurou e necessitou de seu Deus, sobretudo nas desgraças nacionais, teve uma singular experiência de comunhão com Ele, que o fazia partícipe de sua verdade, sua vida e sua santidade. Por isso, não demorou em testemunhar que seu Deus - diferentemente dos ídolos - é o "Deus vivo" (Dt 5,26) que o liberta dos opressores (cf. Ex 3,7-10), que perdoa incansavelmente (cf. Ec 34,6; Eclo 2,11) e que restitui a salvação perdida quando o povo, envolvido "nas redes da morte" (Sl 116,3), dirige-se a Ele suplicante (Cf. Is 38,16). Deste Deus - que é seu Pai - Jesus afirmará que "não é um Deus de mortos, mas de vivos" (Mc 12,27). (DAp 129).

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda Igreja, pedindo a graça de caminhar, de me libertar de todos os limites:

Oração da Campanha da Fraternidade 2012
Senhor Deus de amor,
Pai de bondade,
nós vos louvamos e agradecemos
pelo dom da vida,
pelo amor com que cuidais de toda a criação.

Vosso Filho Jesus Cristo,
em sua misericórdia, assumiu a cruz dos enfermos
e de todos os sofredores,
sobre eles derramou a esperança de vida em plenitude.

Enviai-nos, Senhor, o Vosso Espírito.
Guiai a vossa Igreja, para que ela, pela conversão
se faça sempre mais, solidária às dores e enfermidades do povo,
e que a saúde se difunda sobre a terra.
Amém.

4. Contemplação(Vida/ Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Nos momentos bons e também nos mais complicados terei a certeza do salmista:
Deus está aqui. O Senhor dirige a minha vida! Meu futuro está nas suas mãos. (Sl 16,5)

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Sugestões:
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I. Patrícia Silva, fsp

segunda-feira, 19 de março de 2012

Dez Mandamentos X Oração do Pai Nosso


Voce já fez um paralelo entre os 10 mandamentos (Ex 20) e a “oração do Pai Nosso”(Mt 6)?
Antes de Moises ensinar os 10 mandamentos, ele subiu ao monte Sinai e ficou sozinho com Deus por 40 dias. Antes de o Senhor Jesus ensinar a Oração do Pai Nosso, ele disse para entrar no seu quarto, fechar a porta e orar em secreto, sozinho, com Deus. Depois de sair deste momento a sós com o Senhor, Moisés desce do monte com 2 tábuas da lei. Quando você sai do seu momento secreto com Deus, se realmente foi um momento com Deus, você sai com 2 tábuas, não escritas em pedra, mas escritas no coração. Os dez mandamentos foram resumidos pelo Senhor Jesus a dois mandamentos (Mt 22:36-40), isto é, cada tábua referia-se a uma pessoa. A primeira tábua a Deus e a segunda aos homens. A primeira Tábua = amar a Deus e a segunda = amar aos homens. Se nossa oração em secreto foi eficaz, saímos do “nosso quarto” com esta forte impressão em nosso interior.
  1. Pai nosso que está nos céus: Se refere ao quinto mandamento: honrar pai e mãe. Nossos pais são nossa origem. Ao horarmos, reconhecemos nossa origem que de fato é Deus. Um dos sinais de se apostatar de Deus é não mais honrar pai e mãe (II Tm 3:2). Quando você fala a Deus: Pai meu… você está reconhecendo Deus como sua origem, a fonte de onde  você veio e que você já tem em si uma outra natureza que é celestial… que está nos céus, pois nós todos somos irmão, na vontade de Deus Pai.
  2. Santificado seja o teu nome: este é o terceiro mandamento. Não tomar o nome do Senhor em vão. O que é tomar algo em vão? Suponha que você ganhe um celular de presente e nunca o use, este presente foi em vão. Podemos até colocar assim: Não deixarás o nome do teu Deus em vão. Santificar o nome do Senhor é colocá-lo no local para o qual este Nome foi nos dado, isto é, na nossa boca. Ao invocar-mos o Nome do Senhor estamos santificando o Nome do Senhor em todo lugar ( I Co 1:2). O Nome do Senhor foi dado para ser colocado num lugar santo.
  3. Venha o teu reino: aqui nós vemos o quarto mandamento. Lembra-te do sábado para o santificar. O que é o sábado? É o descanso. Em 6 dias Deus criou o mundo e no 7 dia descansou (sábado). Esse descanso ainda não ocorreu, mas está por vir. Serão os mil anos quando o Senhor reinará nesta terra (milênio) Hebreus 4:9 diz: Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus. Portanto ao orarmos “Venha o teu reino” estaremos na prática desejando e investindo nosso tempo e energia em trazer o Senhor de volta. Como? Pregando o Evangelho do reino (Mt 24:14). Assim, guardar o sábado hoje é pregar o evangelho do reino, colocando as pessoas sob o governo de Deus e amadurecendo em vida a fim de entrarmos no reino vindouro do Senhor – o descanso.
  4. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu: Aqui nós vemos primeiro e segundo mandamento. No céu, tudo está claro –Seja  feita a tua vontade na terra como no céu, afim de que dela seja banido o erro, nela reine a verdade, o vicio seja destruído, a virtude floresça novamente, e que a terra não mais seja diferente do céu! Orar a Deus para que sua “vontade seja feita na terra” é lutar contra todas as potestades e principados que não querem que a vontade de Deus seja realizada nesta terra, isto é, que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (I Tm 2:4). Na terra há muitos falsos deuses que iludem as pessoas, como em algumas seitas, que fazem uma lavagem cerebral nos seus fieis, roubando lhe tudo em nome da sua igreja (2°, 7° e o 8º mandamento), como vemos alguns casos passando na TV. E para onde vai o dinheiro destas “vitimas os fieis”, que na maioria ganham somente um salário mínimo para o sustento da sua família e tem que obrigatoriamente deixar  de comprar o leite de seus filhos ou a 10° parte do seu misero salário nas mãos deste sanguessugas, que vivem da luxúria, do “3° Pecado Capital” sem se preocupar com aquele filho que ficou sem o seu “leite” ou o “pão de cada dia”. Quantas vezes estas seitas se preocuparam com o próximo, como a se mesmo; Quanta vez se olhou para quem tem fome ou sede, Quanta vez se olhou para aquelas pessoas sem um teto; Quantas vezes elas olharam para os seus fieis ou as sua “vitimas” como um irmão, porque um irmão não engana o outro, não rouba e nem o ilude para se sustentarem na sua luxuria com a miséria dos seus próprios irmãos, usando em suas igrejas particular o nome de Deus em vão. E o que é Igreja? Para Deus a Igreja não é o templo ou o prédio onde é instalada, que é usada como desculpa para saquear os seus fieis, mas é cada um de nós, como estes nossos irmãos que mencionei acima, que precisa de todo o nosso apoio para se edificarem tanto espiritualmente como fisicamente em si mesmo, matando a sua fome, a falta do remédio ou de um lar e que tenha uma vida digna de igual para igual com todos os nossos irmãos, que façamos isto não para nos promover entre os nossos irmãos, mas para agradar e seguir os mandamentos do Nosso Pai Eterno.
  5. Também há muitos destes falsos deuses para alguns pagãs, que pode ser o carro, a sua casa, seu cônjuje, seus filhos, seu trabalho, seu dinheiro, seu lazer, etc. Qualquer coisa que ocupe o lugar de Deus na sua vida. E como me livrar disso? Inicia-se por meio da oração mesclada com a Palavra de Deus (Ef 6:17-20). Isso é uma luta e é necessário a armadura de Deus. Inicialmente aquele que ora começa a ter clareza sobre a vontade de Deus e posteriormente outros serão esclarecidos também por meio do evangelho.
Assim, vemos que a primeira tábua (primeiros 5 mandamentos) diz respeito a amar a Deus. Isto se traduz hoje em seguirmos a natureza celestial que há em nós, O Espírito, cuja fonte é o Pai, que é a unção que nos ensina todas as coisas. Ao invocarmos o Senhor, estamos amando a Deus. Ao pregarmos o evangelho do reino estamos guardando o sábado e amando o Senhor. Ao orarmos em todo tempo no espírito por todos os santos com a armadura de Deus estamos fazendo a sua vontade na terra, sendo esclarecidos a respeito do mistério do evangelho e esclarecendo a outros (Ef 6:19) e praticando o primeiro e segundo mandamento, a fim de não cairmos nas ciladas dos inimigos e cultuarmos de outras seitas que não é o único Deus, nem muito menos tendo aqui na terra que substituam o ensinamento do Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amar aos homens está na segunda tábua da lei e corresponde ao final da “oração do Pai Nosso”.

Pequeno estudo do Pai Nosso

O que Nosso Senhor nos ensina no Pai Nosso?

Nosso Senhor nos ensina o que precisamos desejar e pedir a Deus. Tudo encerrado em sete pedidos.

Como se dividem esses sete pedidos?

São três que se relacionam diretamente a Deus, e quatro que são mais expressamente relativos a nossos interesses.

O que lhe pedimos nos três primeiros pedidos?

Pedimos:
1o que seu nome seja glorificado,
2o que o seu reino venha a nós,
3o que sua vontade seja feita.

O que pedimos a Deus nos quatro últimos pedidos?

Pedimos:
1o nosso pão de cada dia,
2o o perdão dos nossos pecados,
3o a vitória sobre as tentações,
4o que os livre de todo mal.

E isso é tudo que devemos desejar?

Sim, Nosso Senhor não esqueceu de nada, e todo homem que regrar seus desejos pelo Pai Nosso alcançara a felicidade eterna.
3. O Pai Nosso: os três primeiros pedidos

Explique os três primeiros pedidos do Pai Nosso?

Pedimos tudo que possa ser maior e melhor para a gloria de Deus e para nossa salvação.

Mostre-nos o que se refere à gloria de Deus?

Que o nome de Deus seja conhecido e glorificado como santo, que seu reino se estenda em nossas almas, e nos leve ao céu, que Deus seja obedecido por todos os homens tornados seus filhos; essa é a gloria que devemos desejar a Deus e que o fazemos quando dizemos o Pai Nosso com devoção.

Mostre-nos quanto a nossa salvação?

Pedimos também nesses pedidos a graça da fé, da esperança e da caridade; da fé que nos faz conhecer e revelar o nome de Deus, da esperança que nos faz desejar e obter seu reino e enfim da caridade que nos faz abraçar a sua vontade e obedecer a sua lei.

Tem algum modo de nos ajudar a rezar bem esses três pedidos?

Aqui está um pode ser útil a muita gente: no primeiro pedido lembrar nosso batismo, no segundo nossa crisma, e no terceiro os dez mandamentos.

Como assim?

O primeiro pedido terá como sentido que o nome de Deus seja santificado pela graça de nosso batismo que pedimos para nos conservar e que ele seja dado a todos os infiéis; no segundo que a graça de nossa crisma nos fortifique na Igreja que é o reino de Deus na terra e nos leve para o céu; no terceiro que a graça nos faça obedecer sempre aos dez mandamentos.
4. O Pai Nosso: os quatro últimos pedidos
Como se deve entender os quatro últimos pedidos?
Como a expressão exata de nossas necessidades, tanto para o corpo quanto para a alma.
Qual a ordem dos quatro pedidos em relação aos três primeiros?
Os quatro pedidos tem por fim nos por num estado para obter o que contêm os três primeiros: os primeiros visam por assim dizer a vida eterna, e os quatro outros tudo o que devemos ter na vida presente para alcançarmos a vida eterna.

Haverá algum modo de ensinar a fazer bem esses quatro pedidos?

Um modo útil é relacionar-los aos sacramentos como nos dois primeiros pedidos.

A que sacramentos relacionaríamos o quarto pedido?

Aos dois sacramentos da Ordem e da Eucaristia. Pedindo a Deus o pão de nossos corpos, pediríamos ao mesmo tempo o de nossas almas, a Eucaristia, e ao mesmo tempo também pediríamos a Deus para nos dar padres, padres santos que guardem entre nós a Eucaristia.

E ao quinto pedido?

Como pedimos o perdão dos pecados, o relacionamos ao sacramento da Penitência, implorando ao Pai celeste a graça de confessarmos sempre bem, sobretudo na hora da morte.

E o sexto pedido?

Teríamos no espírito o sacramento do Matrimonio, pedindo a Deus que ele seja sempre recebido e tratado santamente segundo a vontade de Deus; pois muitas vezes se toma esse estado para procurar ocasiões de tentação, o que é a ruína das almas e das famílias.
E ao sétimo pedido?
Relacionaríamos ao salutar pensamento da Extrema Unção que nos será dada na hora da morte quando mais precisamos desejar nos livrar do mal.
5. O Pai Nosso e Santa Teresa d’Ávila

Porque citar Santa Teresa?

Precisamente porque ela tem um método próprio de rezar o Pai Nosso, e talvez ganhemos em o conhecer.

Então diga-o

Santa Teresa ligava os sete pedidos do Pai Nosso aos títulos de Deus dados por nosso amor.

Quais esses títulos para os três primeiros pedidos?

No primeiro pedido ela o honra especialmente como seu Pai; no segundo o adora como seu Rei; no terceiro o ama como seu Esposo.

E como reza nos outros pedidos?

No quarto, onde se pede o pão de cada dia, reconhece Jesus como seu Pastor; no quinto como seu Redentor; no sexto como seu Medico; e no sétimo como seu Juiz.

Será possível para nós rezar como Santa Teresa?

Não podemos nos comparar a uma tão grande alma; mas instruídos por seu exemplo e suas lições, peçamos humildemente a Deus para nos dar a graça de avançarmos na compreensão do Pai Nosso, e para o rezarmos melhor.

O CATÓLICO E A BÍBLIA PROTESTANTE


Não se trata de preconceito, mas de coerência de fé. São várias as traduções de Bíblia disponíveis para nós hoje em dia. Segundo comunicado da União das Sociedades Bíblicas, divulgado pela Rádio Vaticano, são 451 línguas para as quais a Bíblia foi traduzida integralmente, enquanto aquelas para as quais foi traduzida em parte são 2.479. Isso confirma a Sagrada Escritura como o livro mais traduzido no mundo e assim 95% da população mundial têm hoje condições de a ler em uma língua conhecida.

No Brasil, por exemplo, são muitas as traduções da Bíblia que temos à disposição. Eu mesmo possuo várias delas como: a Bíblia Jerusalém, TEB, Peregrino, Ave Maria e CNBB. E além dessas, existem outras muito boas também.
Citei algumas das traduções católicas, mas quero chamar a atenção para as de orientação protestante, que são das mais variadas denominações. Quem nunca ganhou uma Bíblia ou um Novo Testamento de orientação protestante? É comum encontrar católicos que ganham esse material de presente e acabam por fazer uso dele. Essa observação é importante porque muitos católicos acabam fazendo uso delas [Bíblias protestantes], inclusive sem saber, ou sem a informação do porquê devem fazer uso de uma Bíblia Católica. Nesse momento você pode se perguntar: e qual problema em usar uma Bíblia protestante se tudo é Bíblia?

Basicamente por dois motivos:

Primeiro, porque para o protestantismo os livros: Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16 e Daniel 3,24-20; 13-14 não fazem parte da Bíblia. Por isso, as Bíblias protestantes, para nós católicos, estão incompletas em comparação com as nossas traduções.

Charge de como Lutero modificou a bíblia,  criando a bíblia protestante

O segundo motivo é que, sendo de orientação protestante, essas Bíblias trarão as informações extras, como introduções aos livros bíblicos e notas de rodapé, dicionários bíblicos... entre outros possíveis comentários, orientados pela sua própria doutrina, que é diferente da doutrina católica. E essas informações são muito importantes para o entendimento do texto; e se estas forem de orientação protestante, elas estarão de acordo com a doutrina protestante e não com a católica.

Esse conselho para que o católico faça uso de uma Bíblia católica não se trata de preconceito quanto ao protestantismo. Trata-se mais de uma coerência com a fé professada. Um católico ao usar uma Bíblia protestante pode misturar conteúdos, interpretações causando confusões para si mesmo e para os outros, uma vez que a maneira de entender as Sagradas Escrituras e de construir a doutrina é diferente entre católicos e protestantes. Por isso também sempre aconselho a um protestante a fazer uso de uma Bíblia que vá de acordo com a sua profissão de fé, para evitar as mesmas confusões.

E como vou saber se a Bíblia que eu uso é de orientação católica? Para isso, basta conferir se sua Bíblia possui o imprimatur, que em geral, vem em uma das primeiras páginas da Bíblia e trata-se de uma autorização de um bispo com sua assinatura ou da própria CNBB – uma aprovação eclesiástica permitindo aquela impressão/tradução e afirmando que ela está de acordo com o que corresponde a uma Bíblia da Igreja Católica Apostólica Romana. Dessa maneira, além da garantia de todos os livros do Cânon Católico, você poderá ficar seguro quanto às demais informações trazidas pela sua Bíblia, de que elas estão dispostas conforme a doutrina por nós professada.
Mas o que fazer com a Bíblia protestante que ganhei? Faça como eu. Dê de presente para um protestante. Tenho amigos protestantes com os quais tenho um combinado: quando eu ganho uma Bíblia de orientação protestante eu os presenteio com ela e, por sua vez, quando eles é que ganham uma Bíblia católica, eu sou presenteado por eles. Dessa forma, além de evitarmos confusões quanto ao uso desses livros sagrados e consequentemente de doutrinas diferentes, ao trocarmos esses presentes fortalecemos nossa amizade e os laços cristãos que nos unem.

Denis Duarte

Oração do Dia 19/03/12

Oração deste dia 19 de março de 2012

Mateus 1,16.18-21.24

Senhor, que o exemplo de São José motive-me a crescer, sempre mais, na fé, na esperança e na caridade, vivendo um projeto de vida, em tudo, agradável a ti. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, teu Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

A diferença entre a Bíblia católica e a protestante

Imagem de Destaque
Entenda por que a Bíblia dos protestantes tem menos livros

Demoraram alguns séculos para que a Igreja Católica chegasse à forma final da Bíblia, com os 72 livros como temos hoje. Em vários Concílios, ao longo da história, a Igreja, assistida pelo Espírito Santo (cf. Jo 16,12-13) estudou e definiu o Índice (cânon) da Bíblia; uma vez que nenhum de seus livros traz o seu Índice. Foi a Igreja Católica quem berçou a Bíblia. Garante-nos o Catecismo da Igreja e o Concílio Vaticano II que: “Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (Dei Verbum 8; CIC,120). Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica” (CIC,119).

:: Em que ordem ler a Bíblia :: Como fazer o diário espiritual :: Padre Jonas ensina: método de "ruminação" da Palavra de Deus

Por que a Bíblia católica é diferente da protestante? Esta tem apenas 66 livros porque Lutero e, principalmente os seus seguidores, rejeitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico (ou Sirácida), 1 e 2 Macabeus, além de Ester 10,4-16; Daniel 3,24-20; 13-14. A razão disso vem de longe. No ano 100 da era cristã, os rabinos judeus se reuniram no Sínodo de Jâmnia (ou Jabnes), no sul da Palestina, a fim de definir a Bíblia Judaica. Isto porque nesta época começavam a surgir o Novo Testamento com os Evangelhos e as cartas dos Apóstolos, que os judeus não aceitaram. Nesse Sínodo, os rabinos definiram como critérios para aceitar que um livro fizesse parte da Bíblia, o seguinte: (1) Deveria ter sido escrito na Terra Santa; (2) Escrito somente em hebraico, nem aramaico e nem grego; (3) Escrito antes de Esdras (455-428 a.C.); (4) Sem contradição com a Torá ou lei de Moisés. Esses critérios eram puramente nacionalistas, mais do que religiosos, fruto do retorno do exílio da Babilônia em 537aC. Por esses critérios não foram aceitos na Bíblia judaica da Palestina os livros que hoje não constam na Bíblia protestante, citados anteriomente. Mas a Igreja católica, desde os Apóstolos, usou a Bíblia completa. Em Alexandria no Egito, cerca de 200 anos antes de Cristo, já havia uma influente colônia de judeus, vivendo em terra estrangeira e falando o grego. O rei do Egito, Ptolomeu, queria ter todos os livros conhecidos na famosa biblioteca de Alexandria; então mandou buscar 70 sábios judeus, rabinos, para traduzirem os Livros Sagrados hebraicos para o grego, entre os anos 250 e 100 a.C, antes do Sínodo de Jâmnia (100 d.C). Surgiu, assim, a versão grega chamada Alexandrina ou dos Setenta, que a Igreja Católica sempre seguiu. Essa versão dos Setenta, incluiu os livros que os judeus de Jâmnia, por critérios nacionalistas, rejeitaram. Havia, dessa forma, no início do Cristianismo, duas Bíblias judaicas: a da Palestina (restrita) e a Alexandrina (completa – Versão dos LXX). Os Apóstolos e Evangelistas optaram pela Bíblia completa dos Setenta (Alexandrina), considerando inspirados (canônicos) os livros rejeitados em Jâmnia. Ao escreverem o Novo Testamento, utilizaram o Antigo Testamento, na forma da tradução grega de Alexandria, mesmo quando esta era diferente do texto hebraico. O texto grego “dos Setenta” tornou-se comum entre os cristãos; e portanto, o cânon completo, incluindo os sete livros e os fragmentos de Ester e Daniel, passaram para o uso dos cristãos. Das 350 citações do Antigo Testamento que há no Novo, 300 são tiradas da Versão dos Setenta, o que mostra o uso da Bíblia completa pelos Apóstolos. Verificamos também que nos livros do Novo Testamento há citações dos livros que os judeus nacionalistas da Palestina rejeitaram. Por exemplo: Rom 1,12-32 se refere a Sb 13,1-9; Rom 13,1 a Sb 6,3; Mt 27,43 a Sb 2, 13.18; Tg 1,19 a Eclo 5,11; Mt 11,29s a Eclo 51,23-30; Hb 11,34 a 2 Mac 6,18; 7,42; Ap 8,2 a Tb 12,15. Nos séculos II a IV, houve dúvidas na Igreja sobre os sete livros por causa da dificuldade do diálogo com os judeus. Mas a Igreja, ficou com a Bíblia completa da Versão dos Setenta, incluindo os sete livros. Após a Reforma Protestante, Lutero e seus seguidores rejeitaram os sete livros já citados. É importante saber também que muitos outros livros, que todos os cristãos têm como canônicos, não são citados nem mesmo implicitamente no Novo Testamento. Por exemplo: Eclesiastes, Ester, Cântico dos Cânticos, Esdras, Neemias, Abdias, Naum, Rute. Outro fato importantíssimo é que nos mais antigos escritos dos santos Padres da Igreja (patrística) os livros rejeitados pelos protestantes (deutero-canônicos) são citados como Sagrada Escritura. Assim, São Clemente de Roma, o quarto Papa da Igreja, no ano de 95 escreveu a Carta aos Coríntios, citando Judite, Sabedoria, fragmentos de Daniel, Tobias e Eclesiástico; livros rejeitados pelos protestantes. Ora, será que o Papa S. Clemente se enganou, e com ele a Igreja? É claro que não. Da mesma forma, o conhecido Pastor de Hermas, no ano 140, faz amplo uso de Eclesiástico, e de Macabeus II; Santo Hipólito (†234), comenta o Livro de Daniel com os fragmentos deuterocanônicos rejeitados pelos protestantes, e cita como Sagrada Escritura Sabedoria, Baruc, Tobias, 1 e 2 Macabeus. Fica assim, muito claro, que a Sagrada Tradição da Igreja e o Sagrado Magistério sempre confirmaram os livros deuterocanônicos como inspirados pelo Espírito Santo. Vários Concílios confirmaram isto: os Concílios regionais de Hipona (ano 393); Cartago II (397), Cartago IV (419), Trulos (692). Principalmente os Concílios ecumênicos de Florença (1442), Trento (1546) e Vaticano I (1870) confirmaram a escolha. No século XVI, Martinho Lutero (1483-1546) para contestar a Igreja, e para facilitar a defesa das suas teses, adotou o cânon da Palestina e deixou de lado os sete livros conhecidos, com os fragmentos de Esdras e Daniel. Lutero, quando estava preso em Wittenberg, ao traduzir a Bíblia do latim para o alemão, traduziu também os sete livros (deuterocanônicos) na sua edição de 1534, e as Sociedades Biblícas protestantes, até o século XIX incluíam os sete livros nas edições da Bíblia. Neste fato fundamental para a vida da Igreja (a Bíblia completa) vemos a importância da Tradição da Igreja, que nos legou a Bíblia como a temos hoje. Disse o último Concílio: “Pela Tradição torna-se conhecido à Igreja o Cânon completo dos livros sagrados e as próprias Sagradas Escrituras são nelas cada vez mais profundamente compreendidas e se fazem sem cessar, atuantes.” (DV,8). Se negarmos o valor indispensável da Igreja Católica e de sua Sagrada Tradição, negaremos a autenticidade da própria Bíblia. Note que os seguidores de Lutero não acrescentaram nenhum livro na Bíblia, o que mostra que aceitaram o discernimento da Igreja Católica desde o primeiro século ao definir o Índice da Bíblia. É interessante notar que o Papa São Dâmaso (366-384), no século IV, pediu a S.Jerônimo que fizesse uma revisão das muitas traduções latinas que havia da Bíblia, o que gerava certas confusões entre os cristãos. São Jerônimo revisou o texto grego do Novo Testamento e traduziu do hebraico o Antigo Testamento, dando origem ao texto latino chamado de Vulgata, usado até hoje.
Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Resumindo:
A Bíblia dos evangélicos não possui o Livro de Judite, Tobias, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, I Macabeus e II Macabeus. Além disso, o Livro de Daniel na Bíblia protestante, não tem os capítulos 13 e 14, e os versículos 24 a 90 do capítulo 3. Não tem também os capítulos 11 a 16 de Ester.

Como saber se a minha Bíblia é católica ou protestante?

 A Bíblia é um livro confiável que foi guardado através dos tempos por pessoas sérias e comprometidas com o Reino de Deus. O grande problema é que depois da Reforma Protestante, Lutero fez uma enorme confusão, retirando da Sagrada Escritura, sete livros. Isso depois de mais de um milênio.
Desde então, a Bíblia Católica e a Bíblia Protestante são diferentes. Além destes sete livros, que vamos estudar mais adiante, existem outros aspectos que diferenciam uma bíblia da outra. Nesse trecho vamos entender o porque disso,  saber porque a Bíblia Católica é a mais confiável e verificar se a Bíblia que você tem em casa é católica ou protestante. É importante dizer a você, e eu preciso dizer isso, que embora não pareça, ter uma bíblia protestante ao invés de uma bíblia católica, se constitui em um certo risco para a sua fé. Mas não seria tudo a palavra de Deus?
Sim, mas a bíblia católica é a palavra de Deus seguramente traduzida e interpretada, com todos os livros que desde sempre foram interpretados como inspirados pela Igreja. Já as bíblias protestantes não tem essa segurança

Para que você entenda as diferenças vamos enumerá-las:
1. Imprimatur – Esse termo significa “imprima-se”. Ele é dado sempre por um Bispo ou Cardeal, que depois que ler toda aquela tradução, deixa ali o atestado de que aquela tradução condiz com a Palavra que foi e é guardada por séculos e séculos. Ali, naquele imprimatur, você tem a certeza que a tradução foi corretamente feita, baseado naquilo que é atestadamente mais antigo e confiável. Isso não quer dizer que só foram Católicos que fizeram aquela tradução. A Igreja quando faz uma tradução procura os melhores especialistas. Por exemplo, existem traduções em que católicos, protestantes e judeus trabalharam juntos. Quando o resultado chega na mão do Bispo ou Cardeal, ele vai estudar tudo e dar a palavra final, ou seja: O imprimatur.
É importante saber que existem várias traduções confirmadas pela Igreja Católica (ou seja, todas com o imprimatur). Algumas são voltadas para um público mais simples, em que os tradutores optam por termos de mais fácil compreensão. Outras são voltadas para pessoas que desejam estudar a palavra. Eu particularmente gosto muito das versões da TEB e da CNBB (apesar de que a Bíblia mais aconselhável para estudo é a Biblia de Jerusalém).
Você pode encontrar o “imprimatur” logo nas primeira páginas da Bíblia. No caso da Bíblia da CNBB, a própria logomarca atesta a sua veracidade, tendo em vista que a CNBB é a Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil.
2. Histórico – Em todos os livros da Sagrada Escritura de uma Bíblia Católica, você vai encontrar um resumo histórico daquele livro. A Igreja Católica faz questão que haja esse resumo, para que o leitor possa se situar dentro do contexto histórico no qual esse livro foi escrito e assim evite interpretar aquele livro de uma forma errada.
Ali você vai ver em que ano aquele livro foi escrito, quem era o autor, como vivia o povo de Deus naquela época, e basicamente você encontra também ali os tópicos mais importantes. Além disso você tem uma série de informações sobre o gênero literário daquele livro e outras mais. Na Bíblia protestante nem sempre você encontra isso.
3. Rodapés – A Bíblia Católica tem no rodapé de cada página, explicações e referências de determinados versículos. Isso serve para sabermos os versículos que se relacionam, os significados de determinadas palavras e explicações de alguns trechos que possam parecer difíceis. É importante saber que se você tiver uma Bíblia tamanho grande (aquelas que geralmente uns católicos põem na estante aberta e só abrem para limpar), considerada bíblia de estudo, você terá maiores referências para pesquisa. A Bíblia Protestante não tem, pois acha que as pessoas que lêem a bíblia não precisam de ajuda

Eu vi...


Eu vi... Eu vi um homem com fome.
Não parecia mais homem.
Seus olhos esbugalhados, cabelos desmazelados.
Seus ossos apareciam. A pela era encarquilhada.

Eu vi um homem com fome;
com fome de muitos anos.
De tanto comer pouco, foi ficando menos homem.
Não é que ele não quisesse. É que não tinha dinheiro.
Comia do que lhe davam; um pouco, uma vez por dia.
Ganhava 30 reais e tinha mulher e filhos. Por isso, perdera o brilho!

Eu vi um homem com fome, lá no leito do hospital.
Depois eu vi outro homem, na foto de uma revista.
E uma mulher e seu filho, lá no deserto africano.
Era só pele e só osso. Não pareciam humanos.
Depois eu vi a comida, que se perde nas cidades
e os grãos de soja e de trigo,
que se perdem no transporte e as verduras e as frutas,
que se perdem lá nas feiras.

Vi um homem com fome, cambaleando na rua.
Pensei que fosse um drogado, mas era um esfomeado.
E me lembrei da comida que as crianças jogam fora,
que os adultos menosprezam e os restaurantes esbanjam.
Comida de matar a fome, que a gente paga e não come.
Que aqui nós temos de graça, e eles nem na desgraça.

Eu vi mil homens com fome
quebrando a porta da escola.
Eu vi alguns incitando, por motivos nada nobres,
o desespero dos pobres.
E o governo se explicando, meio sem graça e sem jeito
porque não fez, meses antes, o que devia ter feito.

Eu vi mil homens com fome.
E disse: O que vou fazer?
Eu vi crianças doentes, e a doença era fome.
Existe um antes da fome, um durante e um depois.
Se o governo não faz antes, a fome não vai embora.
E se o governo demora, quem passa fome o devora!
Se a Igreja não socorre, esta Igreja também morre.
E se eu também não doar, não faz sentido rezar.

Foi Nosso Senhor quem disse, que o altar pode aguardar.
Mas que o irmão ofendido, este não pode esperar.
E quando a ofensa é fome, não dá para filosofar.
Pra onde eu mando a comida, se ninguém vai lá levar?
Se quem pode não se move? E nem sequer se comove?

Eu vi um irmão com fome.
Daqui da minha cidade, eu quis lhe mandar comida.
Não tive como mandar.
Às vezes me dá vergonha de não saber ajudar!


Pe. Zezinho, scj

Os teus recados - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj

Sei de muitos pregadores que se enganaram a respeito de si mesmos e a teu respeito. Acharam que lhes davas um recado especial e se apressaram a proclamá-lo na mídia. Deus curaria aquela criança por quem oravam. Deus curaria uma senhora por quem o povo intercedia. Diante de milhões de fiéis passaram como profetas e videntes.

Foram reverenciados e aplaudidos, mas o que profetizavam não aconteceu. Ao invés do pedido de desculpas e da retratação humilde, preferiram o silêncio. Com isso, tornaram-se charlatões. Para o povo, eles ainda parecem piedosos, santos e profetas, mas quem conhece a tua palavra sabe que eles a usaram para promover-se aos olhos da multidão. O púlpito carrega este perigo; em todas as igrejas.

Não eras Tu. Não estavas a falar. Através da história houve muitos videntes que viram o que queriam ver e não o que existia. Houve muito mais videntes do que aparições ou mensagens.

Por isso, bom Deus, põe prudência e juízo no meu coração para que eu não invente visões que não existiram ou mensagens que não me foram dadas. Sei que não sou um bom profeta, mas se devo ser um, dá-me a graça de não inventar curas, recados, mensagens e visões. Dá-me o dom de distinguir o que é e o que não é. Se eu errar, concede-me a graça de ser suficientemente humilde para admitir meu erro. Caso contrário, aí mesmo é que não serei um profeta. Verdadeiros profetas não mentem nem a si mesmos nem a ti e nem ao povo. E não fazem qualquer coisa para ganhar mais uma salva de palmas...

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Cantiga por José - Pe. Zezinho, scj

 Pe. Zezinho, scj


1. Que foi que te encantou nesta donzela? Que foi que te encantou?
Que foi que te levou à casa dela? Que foi que te levou?

Andavas procurando a namorada ideal,
pedias ao Senhor que te ajudasse a encontrá-la.
E de repente um dia alguém te apresentou Maria. (bis)

2.Que foi que viste tu nos olhos dela? Que foi, meu bom José?
Que foi que até te fez sonhar com ela no céu de Nazaré?

3.Agora desposaste a tua eleita na paz do teu Senhor.
A vida se tornou bem mais perfeita com ela tem mais cor.

Cd Um Certo Galileu 2, Pe. Zezinho, scj - PaulinasCOMEP

Oração a São José pelas famílias

São José,
protetor da família de Nazaré e de nossas famílias,
ensina-nos a nos relacionar, respeitar, falar, trabalhar e amar,
como ensinaste a Jesus no lar de Nazaré.
Peço-te especialmente por estas famílias:
Abençoa a todas as pessoas destas famílias e
alcança-nos a graça de cumprir o Projeto de Deus,
como a Família de Nazaré. Amém.

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SANTO DO DIA - 19/03/12

19/03
São José
Pouco conhecemos sobre a vida de São José; unicamente as rápidas referências transmitidas pelos evangelhos. Este pouco, contudo, é o suficiente para destacar seu papel primordial na história da salvação.

José é o elo de ligação entre o Antigo e o Novo Testamento. É o último dos patriarcas. Para destacar este caráter especial de José, o evangelho de S. Mateus se apraz em atribuir-lhe "sonhos", à exemplo dos grandes patriarcas, fundadores do povo judeu (Mt 1,20-24; 2,13-19). A fuga de José com sua família para o Egito repete, de certa forma, a viagem do patriarca José, para que nele e em seu filho Jesus se cumprisse o novo Êxodo (Mt 2,13-23; Os 11,1; Gn 37; 50,22-26).

A missão de José na história da salvação consistiu em dar a Jesus um nome, fazê-lo descendente da linhagem de Davi, como era necessário para cumprir as promessas.

Sua pessoa fica na penumbra, mas o Evangelho nos indica concisamente as fontes de sua grandeza interior: era um "justo" (Abraão tinha buscado seis justos na cidade e não os tinha achado);de uma fé profunda, inteiramente disponível à vontade de Deus, alguém que "esperou contra toda esperança".

Sua figura quase desapareceu nos primeiros séculos do cristianismo, para que se firmasse melhor a origem divina de Jesus. Mas já na Idade Média, S. Bernardo, Sto. Alberto Magno e S. Tomás de Aquino lhe dedicaram tratados cheios de devoção e entusiasmo. Desde então, seu culto não tem feito senão crescer continuamente. Pio IX declarou-o padroeiro da Igreja universal com o decreto Quemadmodum Deus; Leão XIII, na encíclica Quamquam pluries, propunha-o como advogado dos lares cristão. Em nossos dias foi declarado modelo dos operários.

LITURGIA DIÁRIA -19/03/2012


Dia: 19/03/2012
Primeira Leitura: 2º Samuel 7, 4-5.12-14.16

SÃO JOSÉ, ESPOSO DE MARIA
(branco, glória, creio, prefácio próprio - ofício da solenidade)
 
Leitura do Segundo Livro de Samuel.

Naqueles dias, 4a Palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5a“Vai dizer ao meu servo Davi: ‘Assim fala o Senhor: 12Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua realeza. 13Será ele que construirá uma casa para o meu nome, e eu firmarei para sempre o seu trono real. 14aEu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. 16Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre’”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 88)

— Eis que a sua descendência durará eternamente.
— Eis que a sua descendência durará eternamente.

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” E a vossa lealdade é tão firme como os céus.
— “Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor. Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado!”
— Ele, então, me invocará: “Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!” Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel.



Segunda leitura (Romanos 4,13.16-18.22)

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.

Irmãos, 13não foi por causa da Lei, mas por causa da justiça que vem da fé que Deus prometeu o mundo como herança a Abraão ou à sua descendência.
16É em virtude da fé que alguém se torna herdeiro. Logo, a condição de herdeiro é uma graça, um dom gratuito, e a promessa de Deus continua valendo para toda a descendência de Abraão, tanto para a descendência que se apega à Lei, quanto para a que se apoia somente na fé de Abraão, que é o pai de todos nós. 17Pois está escrito: “Eu fiz de ti pai de muitos povos”. Ele é pai diante de Deus, porque creu em Deus que vivifica os mortos e faz existir o que antes não existia. 18Contra toda a humana esperança, ele firmou-se na esperança e na fé. Assim, tornou-se pai de muitos povos, conforme lhe fora dito: “Assim será a tua prosperidade”. 22Esta sua atitude de fé lhe foi creditada como justiça.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Evangelho (Mateus 1,16.18-21.24a)

Evangelho (Mateus 1,16.18-21.24a)
— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

16Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado o Cristo. 18A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. 19José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria em segredo. 20Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. 24aQuando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!

OU (Escolhe-se um dos evangelhos)

Evangelho (Lc 2,41-51a)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. 42Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como de costume. 43Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. 44Pensando que ele estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. 45Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém à sua procura. 46Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. 47Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. 48Ao vê-lo, seus pais ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”.
49Jesus respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu Pai?” 50Eles, porém, não compreenderam as Palavras que lhes dissera. 51aJesus desceu então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

Anúncio a José

Enquanto no evangelho de Lucas o anúncio do anjo é feito a Maria, no evangelho de Mateus este anúncio é feito a José. A narrativa de Mateus, com caráter teológico, se fosse interpretada historicamente, levaria à tristeza ao pensar-se nas dúvidas e sofrimentos de José.
José, de estirpe davídica conforme a genealogia, tinha Maria em promessa de casamento. Dela, que está fora da genealogia, nascerá Jesus, virginalmente. José, um justo, representa os judeus sinceros. Maria representa a novidade de Jesus nas comunidades cristãs. Porém, o novo que surge escapa à compreensão de José. Para não denunciá-la, resolve romper o vínculo que os unia. Contudo, iluminado pelo anjo, percebe que se trata de obra de Deus e resolve acolhê-la. A mensagem teológica de Mateus é que os judeus devem aceitar as novas comunidades cristãs, vendo nelas a obra de Deus.


José Raimundo Oliva

Oração
Pai, ajuda-me a contemplar tua ação maravilhosa em relação à concepção de teu Filho Jesus. Que eu reconheça nela tua oferta gratuita de salvação para toda a humanidade.

O Evangelho do dia 19/03/2012 ( segunda-feira)

Ano B - Dia: 19/03/2012



José recebe o anúncio



Mt 1,16.18-21.24a ou Lc 2,41-51a


Jacó foi pai de José, marido de Maria, e ela foi a mãe de Jesus, chamado Messias.O nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, a sua mãe, ia casar com José. Mas antes do casamento ela ficou grávida pelo Espírito Santo. José, com quem Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem ninguém saber. Enquanto José estava pensando nisso, um anjo do Senhor apareceu a ele num sonho e disse: José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos pecados deles. Quando José acordou, fez o que o anjo do Senhor havia mandado e casou com Maria.

Leitura Orante
Preparo-me para a Leitura Orante,
com todos que circulam pela rede da internet, rezando:
Vinde, Espírito Santo enchei os corações de vossos fiéis
e acendei neles o fogo do vosso amor.
- Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado.
- E renovareis a face da terra.
Oração:
Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas e gozemos sempre de suas consolações. Por Cristo Nosso Senhor. Amém
Leitura Orante


1. Leitura (Verdade)

- O que a Palavra diz?
Leio com fé e atenção, na Bíblia, o texto do dia em Mt 1,16.18-21.24 (ou Lc 2,41-51).
O texto diz que "José, com quem Maria ia casar, era um homem que sempre fazia o que era direito. Ele não queria difamar Maria e por isso resolveu desmanchar o contrato de casamento sem ninguém saber". Mas, Deus, em sonho, manifesta a ele o seu papel na vinda do Salvador. José acolheu os desígnios de Deus.

2. Meditação(Caminho)

- O que a Palavra diz para mim?
José me ensina a estar sempre em sintonia com a vontade de Deus que se manifesta sob as mais diferentes formas. Percebo estas manifestações? E como as acolho? Os bispos, em Aparecida, lembraram ainda, o testemunho de São José: "Nossos povos nutrem um carinho e especial devoção por José, esposo de Maria, homem justo, fiel e generoso que sabe se perder para se achar no mistério do Filho. São José, o silencioso mestre, fascina, atrai e ensina, não com palavras mas com o resplandecente testemunho de suas virtudes e de sua firme simplicidade". (DA 274).

3. Oração (Vida)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Sinto a necessidade de rezar para que nas famílias de hoje se cumpra o Projeto de Deus como
na casa de Nazaré. Rezemos:
Oração a São José pelas famílias
São José,
protetor da família de Nazaré e de nossas famílias,
ensina-nos a nos relacionar, respeitar, falar, trabalhar e amar,
como ensinaste a Jesus no lar de Nazaré.
Peço-te especialmente por estas famílias: ..............
Abençoa a todas as pessoas destas famílias e
alcança-nos a graça de cumprir o Projeto de Deus,
como a Família de Nazaré. Amém.
Para cantar:

Cantiga por José
Padre Zezinho
1. Que foi que te encantou nesta donzela? Que foi que te encantou?
Que foi que te levou à casa dela? Que foi que te levou?
Andavas procurando a namorada ideal,
pedias ao Senhor que te ajudasse a encontrá-la. E de repente um dia
alguem te apresentou Maria. (bis)
2.Que foi que viste tu nos olhos dela? Que foi, meu bom José?
Que foi que até te fez sonhar com ela no céu de Nazaré?
3.Agora desposaste a tua eleita na paz do teu Senhor.
A vida se tornou bem mais perfeita com ela tem mais cor.
CD Um certo Galileu 2, Pe. Zezinho, scj, COMEP

4. Contemplação(Vida/ Missão)

- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Procurarei ver tudo, hoje, com olhar de fé e disponibilidade a Deus.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

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I. Patrícia Silva, fsp

domingo, 18 de março de 2012

Oração do Dia 18/03/12

Oração deste dia 18 de março de 2012

João 3,14-21

Senhor, que eu tenha fortaleza de ânimo para, a cada momento da vida, trilhar o caminho da Luz, o caminho do amor, bem longe das trevas do egoísmo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, teu Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!

Convite para dançar


Se sentíssemos alegria de estar contigo, Senhor,
Não saberíamos resistir
A essa necessidade de dançar
Que se expande pelo mundo...

Provavelmente, estás cansado
Dessa gente que sempre fala em te servir Com ares de capitão,
Em te conhecer, com poses de professor,
Em te encontrar, com regras de jogo,
Em te amar, com o amor que tu tinha.

O dia em que sonhaste com algo diferente, Inventaste São Francisco
E dele fizeste o teu menestrel.
Nosso jeito de gente alegre
Nos leva a dançar contigo a dança da vida.

Para sermos bons dançarinos,
Não precisamos saber para onde nos leva a dança.
Precisamos apenas seguir o ritmo,
Ser alegres, ligeiros e, sobretudo, flexíveis.
Não precisamos pedir explicações
Dos passos que gostas de fazer,
Mas deixar-nos transformar
Em ágeis e vivos prolongamentos do teu ser.

Não precisamos seguir em frente, a todo custo,
Mas saber rodopiar e andar de lado.
Mais do que caminhar,
Precisamos saber parar e deslizar.
E tudo isso não passaria de desvairada agitação
Se a música não lhe desse uma harmonia.

Vem convidar-nos, Senhor.
Estamos prontos para dançar contigo
A dança do trabalho
A dança do calor
E, mais tarde, a do frio.

Se algumas melodias
Estiverem em tom menor,
Não te diremos que são tristes.
Se outras nos deixarem um pouco ofegantes,
Não te diremos que são cansativas.
E, se alguém pisar nos nossos pés,
Não o levaremos em conta,
Pois sabemos que isso acontece
Quando a gente dança.

Senhor,
Ensina-nos a viver a nossa vida,
Não como um jogo de xadrez,
Onde tudo é calculado,
Nem como uma competição,
Onde tudo é difícil,
Nem como um teorema, ou quebra-cabeça,
Mas como uma festa sem fim,
Na qual se renova o encontro contigo,
Baile e dança,
Nos braços da tua graça,
Na música universal do teu amor.

Senhor,
Convida-nos para dançar!

SANTO DO DIA - 18/03/12

18/03
São Cirilo de Jerusalém
Com alegria neste dia lembramos a vida de santidade de um grande homem proclamado Doutor da Igreja. São Cirilo nasceu em Jerusalém em 315 no início do tempo de graça, em que a Igreja conquistou com a liberdade religiosa dada por Constantino. Ordenado sacerdote São Cirilo cuidou com carinho, zelo e amor da preparação de Catecúmenos para o Batismo, assim como se dedicou no magistério, ou seja, ensinamento da Sã Doutrina. Cirilo muito bem formado pronunciava as famosas Catequeses nas igrejas da ressurreição e do Santo Sepulcro em Jerusalém; tratava com simplicidade, mas com muita profundidade sobre o pecado, penitência, Batismos, Credo e outros pontos essenciais da nossa fé. Mesmo depois de ser eleito bispo e patriarca de Jerusalém continuou sempre ao lado da verdade e isto de modo pacífico, pois mesmo depois da heresia do arianismo ser condenada em 325 as perturbações continuaram. São Cirilo que morreu em 386 de tal maneira foi atacado pelos adversários da Verdade que num total de dezesseis anos ficou exilado, até voltar e assumir com eficácia a conversão de sua diocese.

LITURGIA DIÁRIA -18/03/2012

 

Domingo: 18 de Março de 2012
Primeira Leitura: 2º Crônicas 36, 14-16.19-23


 
IV Domingo da Quaresma
(roxo ou róseo, creio - IV semana do saltério)


Leitura do Segundo Livro das Crônicas:

Naqueles dias, 14todos os chefes dos sacerdotes e o povo multiplicaram suas infidelidades, imitando as práticas abomináveis das nações pagãs, e profanaram o templo que o Senhor tinha santificado em Jerusalém.
15Ora, o Senhor Deus de seus pais dirigia-lhes frequentemente a palavra por meio de seus mensageiros, admoestando-os com solicitude todos os dias, porque tinha compaixão do seu povo e da sua própria casa.
16Mas eles zombavam dos enviados de Deus, desprezavam as suas palavras, até que o furor do Senhor se levantou contra o seu povo e não houve mais remédio.
19Os inimigos incendiaram a casa de Deus e deitaram abaixo os muros de Jerusalém, atearam fogo a todas as construções fortificadas e destruíram tudo o que havia de precioso.
20Nabucodonosor levou cativos para a Babilônia, todos os que escaparam à espada, e eles tornaram-se escravos do rei e de seus filhos, até que o império passou para o rei dos persas.
21Assim se cumpriu a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias: “Até que a terra tenha desfrutado de seus sábados, ela repousará durante todos os dias da desolação, até que se completem setenta anos”.
22No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor moveu o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação:
23“Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do céu, deu-me todos os reinos da terra, e encarregou-me de lhe construir um templo em Jerusalém, que está no país de Judá. Quem dentre vós todos pertence ao seu povo? Que o Senhor, seu Deus, esteja com ele, e que se ponha a caminho”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 136)

— Que se prenda a minha língua ao céu da boca,/ se de ti, Jerusalém, eu me esquecer!
— Que se prenda a minha língua ao céu da boca,/ se de ti, Jerusalém, eu me esquecer!

— Junto aos rios da Babilônia/ nos sentávamos chorando,/ com saudades de Sião./ Nos salgueiros por ali/ penduramos nossas harpas.
— Pois foi lá que os opressores/ nos pediram nossos cânticos;/ nossos guardas exigiam/ alegria na tristeza:/ “Cantai hoje para nós/ algum canto de Sião!”
— Como havemos de cantar/ os cantares do Senhor/ numa terra estrangeira?/ Se de ti, Jerusalém,/ algum dia eu me esquecer,/ que resseque a minha mão!
— Que se cole a minha língua/ e se prenda ao céu da boca,/ se de ti não me lembrar!/ Se não for Jerusalém/ minha grande alegria!

Segunda leitura (Efésios 2,4-10)

Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios:

Irmãos: 4Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, 5quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos!
6Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus, em virtude de nossa união com Jesus Cristo. 7Assim, pela bondade que nos demonstrou em Jesus Cristo, Deus quis mostrar, através dos séculos futuros, a incomparável riqueza de sua graça.
8Com efeito, é pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus! 9Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. 10Pois é ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão, para que nós as praticássemos.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Evangelho (João 3,14-21)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 14“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. 16Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna.
17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele.
18Quem nele crê, não é condenado, mas, quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
19Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más.
20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas, quem age conforme a verdade, aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Comentário do Evangelho

O objeto do amor de Deus é o mundo

Estas palavras de Jesus fazem parte da sua fala no diálogo com Nicodemos, na primeira visita de Jesus a Jerusalém, no evangelho de João. Temos aqui o anúncio fundamental que pervaga o evangelho de João. Deus, no seu grande amor, enviou seu Filho ao mundo, no qual a humanidade é elevada em dignidade e a vida eterna é comunicada a todos que nele crerem.
. O termo "mundo" (kósmos, no grego) é um conceito da cultura helênica, não tendo correspondente na cultura semita. No Novo Testamento tem sentidos diversos. Pode indicar toda a criação, ou a Terra apenas, mas com a centralidade na humanidade. Na criação, Deus viu que tudo era bom. Agora, com imenso amor doa seu Filho, portador da vida eterna, ao mundo. Está em questão a condenação ou a salvação. A salvação, na tradição de Israel, diz respeito ao resgate do castigo e da condenação dos infiéis pecadores (primeira leitura). Com Jesus esta ideia de salvação vai sendo didaticamente substituída pelo anúncio da libertação e do dom da vida eterna. O estar condenado ou não estar condenado é substituído pelas atitudes de não crer ou crer em Jesus, Filho único de Deus. Quem crer em Jesus recebe o dom da vida eterna. Quem não crer, exclui-se deste dom.
O Pai que "entrega" seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo, foi entendido dentro das categorias do judaísmo como oferta sacrifical. Jesus seria sacrificado na cruz nos moldes dos cordeiros no altar do Templo de Jerusalém, ou como Isaac que é levado ao sacrifício por seu pai Abraão. Terrível compreensão! Deus é amor! Seu Filho Jesus não vem para condenar, mas, com seu amor divino, vem, no Espírito Santo, para comunicar a vida aos homens e mulheres. É um renascer para a eternidade, é a ressurreição.
Ao dom de Deus ao mundo seguem-se o crer e o não crer. No evangelho de João o mundo está submisso ao príncipe das trevas. Não é necessário pensar em entidades demoníacas. Trata-se do poder da morte. São os poderosos deste mundo que semeiam a morte em vista de garantir e consolidar suas riquezas, seu poder econômico, militar e ideológico, apelando para contravalores seculares ou religiosos. Os discípulos eram do mundo, mas foram libertados de seu poder e de sua ideologia pela adesão ao projeto de Jesus. Eles são a semente da libertação do mundo. Na solidariedade e na fraternidade promovem a vida, que é dom gratuito de Deus em seu imenso amor (segunda leitura). O crer é a porta para a vida eterna. Crer no nome do Filho é seguir Jesus. É ser portador da misericórdia e da vida ao mundo. Viver o amor no convívio familiar, comunitário e social, desvelando a presença de Deus no mundo.


José Raimundo Oliva

Oração
Senhor Jesus, livra-me do poder das trevas e da morte, e faze-me voltar sempre mais para ti, que és penhor de vida e salvação.