sexta-feira, 21 de junho de 2013

6ª-feira da 11ª Semana Tempo Comum


Onde está o seu tesouro?


Mateus 6,19-23

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
19 Não junteis tesouros aqui na terra,
onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam.

20 Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu,
onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam.

21 Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
22 O olho é a lâmpada do corpo.
Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado.

23 Se o teu olho está doente, todo o teu corpo ficará na escuridão.
Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão.



Reflexão

No evangelho de hoje continuamos nossa reflexão sobre o Sermão da Montanha. Anteontem e ontem refletimos sobre a prática das três obras de piedade: esmola (Mt 6,1-4), oração (Mt 6,5-15) e jejum (Mt 6,16-18). O evangelho de hoje e de amanhã trazem quatro recomendações sobre o relacionamento com os bens materiais, explicitando assim como viver a pobreza da primeira bem-aventurança: (1) não acumular (Mt 6,19-21); (2) ter a visão correta dos bens materiais (Mt 6,22-23); (3) não servir a dois senhores (Mt 6,24); (4) abandonar-se à providência divina (Mt 6,25-34). O evangelho de hoje trata das duas primeiras recomendações: não acumular bens (6,19-21) e não olhar o mundo com olhos doentes (6,22-23). 


Mateus 6,19-21: Não acumular tesouros na terra. Se, por exemplo, hoje na TV é dado o aviso de que vai faltar açúcar e café no próximo mês, todos vamos comprar o máximo possível de café e de açúcar. Acumulamos, porque não confiamos. Nos quarenta anos de deserto, o povo foi provado para ver se era capaz de observar a lei de Deus (Ex 16,4). A prova consistia nisto: ver se eles eram capazes de recolher só o necessário de maná para um único dia e de não acumular para o dia seguinte. Jesus diz: "Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde a traça e a ferrugem corroem, e onde os ladrões assaltam e roubam. Ajuntem riquezas no céu, onde nem a traça nem a ferrugem corroem, e onde os ladrões não assaltam nem roubam”. O que significa ajuntar tesouros no céu? Trata-se de saber onde coloco o fundamento da minha existência. Se o coloco nos bens materiais desta terra, sempre corro o perigo de perder o que acumulei. Se coloco o fundamento em Deus, ninguém vai poder destruí-lo e terei a liberdade interior de partilhar com os outros os bens que possuo. Para que isto seja possível e viável, é importante que se crie uma convivência comunitária que favoreça a partilha e a ajuda mútua, e na qual a maior riqueza ou tesouro não é a riqueza material, mas sim a riqueza ou o tesouro da convivência fraterna nascida a partir da certeza trazida por Jesus de que Deus é Pai/Mãe de todos. Onde está o teu tesouro (riqueza), aí está o teu coração.

Mateus 6,22-23: A lâmpada do corpo é o olho. Para entender o que Jesus pede é necessário ter olhos novos. Jesus é exigente e pede muita coisa: não acumular (6,19-21), não servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo (6,24), não se preocupar com comida e bebida (6,25-34). Estas recomendações exigentes tratam daquela parte da vida humana, onde as pessoas tem mais angústias e preocupações. É também a parte do Sermão da Montanha, que é a mais difícil de se entender e de praticar. Por isso Jesus diz: "Se teu olho estiver doente, ....". Alguns traduzem olho doente e olho são. Outros traduzem olho mesquinho e olho generoso. Tanto faz. Na realidade, a pior doença que se possa imaginar é uma pessoa se fechar sobre si mesma e sobre seus bens e confiar só neles. É a doença da mesquinhez! Quem olha a vida com este olhar viverá na tristeza e na escuridão. O remédio para curar esta doença é a conversão, a mudança de mentalidade e de ideologia. Colocando o fundamento da vida em Deus, o olhar se torna generoso e a vida toda se torna luminosa, pois faz nascer a partilha e a fraternidade. 


Jesus quer uma mudança radical. Quer a observância da lei do ano sabático, onde se diz que, na comunidade dos que crêem, não pode haver pobres (Dt 15,4). A convivência humana deve ser organizada de tal maneira que já não seja necessário uma pessoa se preocupar com comida e bebida, roupa e moradia, saúde e educação (Mt 6,25-34). Mas isto só é possível se todos buscarem primeiro o Reino de Deus e a sua justiça (Mt 6,33). O Reino de Deus é permitir que Deus reine e tome conta: é imitar Deus (Mt 5,48). A imitação de Deus leva à partilha justa dos bens e ao amor criativo, que gera fraternidade verdadeira. A Providência Divina deve ser mediada pela organização fraterna, Só assim é possível jogar fora toda a preocupação pelo dia de amanhã (Mt 6,34).


Para um confronto pessoal
1) Jesus disse: “Onde está tua riqueza, aí estará o teu coração”. Onde está minha riqueza: no dinheiro ou na fraternidade?
2) Qual a luz que está nos meus olhos para olhar a vida, os acontecimentos?

SANTO DO DIA - 21/06/2013

21/06
S. Luís Gonzaga
São Luís Gonzaga, nasceu no dia 09 de março de 1568, em Mântua, Itália. Seu pai, Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione delle Stiviere e irmão do duque de mântua, gostaria que seu primogênito, seguisse seus passos de soldado e comandante no exército imperial. Com apenas 5 anos de idade, ele já vestia uma couraça, com escudo, capacete, cinturão e espada e marchava atrás do exército do pai, aprendendo o uso das armas com os rudes soldados. Recebeu educação esmerada e freqüentou os ambientes mais sofisticados da alta nobreza italiana: Corte dos Médici, em Florença; Corte de Mântua; Corte de Habsburgos, em Madri.

Mas aquele menino daria fama à família Gonzaga com armas totalmente diferentes e quando foi enviado a Florença na qualidade de pajem do grão-duque da Toscana, aos dez anos de idade, Luís imprimiu em sua própria vida uma direção bem definida, voltando-se à perpétua virgindade. Em sua viagem para a Espanha, onde ficou alguns anos como pajem do Infante Dom Diego, serviu-lhe para estudo da filosofia na universidade de Alcalá de Henares e a leitura de livros devotos. Após ter recebido a primeira comunhão das mãos de São Carlos Borromeu, decidiu para surpresa de todos, pela vida religiosa, entrando para a Companhia de Jesus, derrubando por terra os interesses nele depositados pelo seu pai, que o despachou para as cortes de Ferrara, Parma e Turim. Mais tarde, São Luís Gonzaga escreveu: "Também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fedidas".

Renunciou ao título e à herança paternas e aos catorze anos entrou no noviciado romano da Companhia de Jesus, sob a direção de São Roberto Belarmino, esquecendo totalmente sua origem de nobreza, escolheu para si as incumbências mais humildes, dedicando-se ao serviço dos doentes, sobretudo na epidemia que atingiu Roma no ano de 1590.

São Luís Gonzaga, morreu no dia 21 de junho de 1591, tendo apenas 23 anos de idade, provavelmente tendo contraído a terrível doença.

São Luís Gonzaga é considerado "Patrono da Juventude", e seu corpo repousa na Igreja de Santo Inácio, em Roma.

LITURGIA DIÁRIA - 21/06/2013


Dia: 21/06/2013
Primeira Leitura: 2º Coríntios 11, 18.21-30

SÃO LUÍS GONZAGA
RELIGIOSO
(branco, pref. comum ou dos santos - ofício da memória)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios.
Irmãos, 18 já que muitos se gloriam segundo a carne, eu também me gloriarei. 21b O que outros ousam dizer em vantagem própria, eu também o digo a meu respeito, embora fale como insensato.
22 São hebreus? Eu também. São israelitas? Eu também. São da descendência de Abraão? Eu também. 23 São servos de Cristo? Como menos sensato digo: Eu ainda mais. De fato, muito mais do que eles: pelos trabalhos, pelas prisões, pelos açoites sem conta.
Muitas vezes, vi-me em perigo de morte. 24 Cinco vezes recebi dos judeus quarenta açoites menos um. 25 Três vezes, fui batido com varas. Uma vez, fui apedrejado. Três vezes, naufraguei. Passei uma noite e um dia em alto-mar.
26 Fiz inúmeras viagens, com inúmeros perigos: perigos de rios, perigos de ladrões, perigos da parte de meus compatriotas, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos em lugares desertos, perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos.
27 Trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez!28 E, sem falar de outras coisas, a minha preocupação de cada dia, a solicitude por todas as Igrejas! 29 Quem é fraco, que eu também não seja fraco com ele? Quem é escandalizado, que eu não fique ardendo de indignação? 30 Se é preciso gloriar-se, é de minhas fraquezas que me gloriarei!

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 33)

— O Senhor liberta o justo de todas as angústias!
— O Senhor liberta o justo de todas as angústias!

— Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
— Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
— Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.


Evangelho (Mt 6,19-23)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 19 “Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e os ladrões assaltam e roubam. 20 Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. 21 Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração.
22 O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. 23 Se o teu olho está doente, todo o corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 21/06/2013

Ano C - DIA 21/06

Riquezas no céu - Mt 6,19-23

“Não ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Pois onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. A lâmpada do corpo é o olho: se teu olho for límpido, ficarás todo cheio de luz. Mas se teu olho for ruim, ficarás todo em trevas. Se, pois, a luz em ti é trevas, quão grandes serão as trevas!”


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos que circulam pela internet:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. 
O amor e a paz de Deus nosso Pai, 
que em Cristo nos libertou para que permanecêssemos livres, 
estejam com todos nós 
e nos mantenham firmes no Evangelho de Jesus. 
Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 6,19-23, e observo as recomendações de Jesus.
Jesus recomenda não ajuntar riquezas na terra, mas fazer tesouros no céu. Quer dizer, não ser egoísta, acumular enquanto outros sofrem na miséria. Uma pessoa que partilha seus bens, acumula tesouros de amor, de alegria, de bondade, vida. Quando Jesus fala de olho como luz quer dizer: ter um olho simples. Ou seja, olho que vê bem e vê o bem. Este bem ilumina toda a pessoa. A pessoa generosa é luminosa. O avarento, egoísta, mesquinho, vive às escuras.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Somos chamados a abrir caminhos, rompendo as cercas levantadas pelo poder.
Para mim a Lei tem sentido? Que sentido? Como defendo a vida, o bem, o verdadeiro amor?
Em Aparecida, na V Conferência, os bispos disseram: "Os cristãos, como discípulos e missionários, são chamados a contemplar nos rostos sofredores de nossos irmãos, o rosto de Cristo que nos chama a servi-lo neles: "Os rostos sofredores dos pobres são rostos sofredores de Cristo". Eles desafiam o núcleo do trabalho da Igreja, da pastoral e de nossas atitudes cristãs. Tudo o que tenha relação com Cristo, tem relação com os pobres e tudo o que está relacionado com os pobres reivindica a Jesus Cristo: "Quando fizeram a um deste meus irmãos menores, fizeram a mim" (Mt 25,40). João Paulo II destacou que este texto bíblico "ilumina o mistério de Cristo". Porque em Cristo, o maior se fez menor, o forte se fez fraco, o rico se fez pobre." (DAp 393).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Antes que ele volte
Pe. Zezinho, scj
Ele apareceu lá na Galileia
Logo a sua fama se espalhou pela Judeia e região
E a multidão cheia de esperança
Se acotovelava ao seu redor para escutar a pregação
Era diferente, muito diferente
Carinhosamente conquistou a multidão
Quase dois mil anos depois
Ele conquistou também a mim
Dou a minha vida, me desinstalou 
Sem ele nada posso e nada sou
Ele me ensinou
Que este mundo passa
Que não adianta se apoiar nos muitos
Bens que a gente tem
Mas também falou com calor e graça
Que é bem mais feliz, bem mais feliz
Quem faz alguém, ser mais alguém
Era inteligente, muito inteligente
Despertou a mente e o coração da multidão
Quase dois mil anos depois
Vejo tanta gente sem saber
Peço que ele volte, pra nos questionar
Senão eu sei que nada vai mudar
CD Coragem de sonhar, Pe. Zezinho, scj - COMEP

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar é o olhar e a posição da Igreja, que diz: "A Igreja está convocada a ser "advogada da justiça e defensora dos pobres" diante das "intoleráveis desigualdades sociais e econômicas", que "clamam ao céu". (DAp 395).

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


I. Patrícia Silva, fsp 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Relação dos Ministros Extraordinários da Comunhão da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, Praça Vila do Príncipe – Conj. Vila do Príncipe – Caicó/RN.


DIOCESE DE CAICÓ
PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

Relação dos Ministros Extraordinários da Comunhão e das Exéquias da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, Praça Vila do Príncipe – Conj. Vila do Príncipe – Caicó/RN.
Data da Investidura: 24/05/2013 com validade de 02 anos.

Relação da Matriz de Nossa Senhora de Fátima, Conj. Vila do Prícipe


Relação da Igreja de São Joaquim, localizado no Bairo de Boa Passagem


Relação da Igreja de São Sebastião, localizado no Bairo Recreio


Relação da Igreja de São Judas Tadeu, localizado no Cojunto Samanaú



Relação da Igreja de Santa Luzia, localizado no Bairro Alto da Boa Vista

Relação da Igreja de São Francisco de Assis, localizado no Distrito de Laginhas










Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

Senhor, meu Deus, não vos aparteis de mim, meu Deus dignai-vos socorrer-me (Sl 70,13). Pois me invadem vários pensamentos, e grandes temores afligem minha alma. Como escaparei ileso, como poderei vencê-los? ( Das quatro coisas que produzem grande paz) 

Fonte: Imitação de Cristo

5ª-feira da 11ª Semana Tempo Comum



PAI NOSSO

Mateus 6,7-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:7 Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos.
Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras.

8 Não sejais como eles,
pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais.

9 Vós deveis rezar assim: 
Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome;10 venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus.11 O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.12 Perdoa as nossas ofensas, 
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.13 E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.14 De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram,
vosso Pai que está nos céus também vos perdoará.
15 Mas, se vós não perdoardes aos homens,vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes. 


Reflexão 

O evangelho de hoje traz a oração do Pai Nosso, o Salmo que Jesus nos deixou. Há duas redações do Pai Nosso: de Lucas (Lc 11,1-4) e de Mateus (Mt 6,7-13). A redação de Lucas é mais curta. Lucas escreve para comunidades que vieram do paganismo. Ele busca ajudar pessoas que estão se iniciando no caminho da oração. No Evangelho de Mateus, o Pai Nosso está situado naquela parte do Sermão da Montanha, onde Jesus orienta os discípulos e as discípulas na prática das três obras de piedade: esmola (Mt 6,1-4), oração (Mt 6,5-15) e jejum (Mt 6,16-18). O Pai Nosso faz parte de uma catequese para judeus convertidos. Eles já estavam habituados a rezar, mas tinham certos vícios que Mateus tenta corrigir. No Pai Nosso Jesus resume todo o seu ensinamento em sete preces dirigidas ao Pai. Nestes sete pedidos, ele retoma as promessas do Antigo Testamento e mandar pedir ao Pai que Ele nos ajude a realizá-las. Os primeiros três dizem respeito ao relacionamento nosso com Deus. Os outros quatro dizem respeito ao nosso relacionamento comunitário com os outros. 


Mateus 6,7-8: A introdução ao Pai-nosso. Jesus critica as pessoas para as quais a oração era uma repetição de fórmulas mágicas, de palavras fortes, dirigidas a Deus para obrigá-lo a atender a seus pedidos e necessidades. Quem reza deve buscar em primeiro lugar o Reino, muito mais que os interesses pessoais. A acolhida da oração por parte de Deus não depende da repetição das palavras, mas sim da bondade de Deus que é Amor e Misericórdia. Ele quer o nosso bem e conhece as nossas necessidades, antes mesmo das nossas preces. 

Mateus 6,9a: As primeiras palavras: “Pai Nosso que estás no céu!”  Abba, Pai, é o nome que Jesus usa para dirigir-se a Deus. Expressa a intimidade que ele tinha com Deus e manifesta a nova relação com Deus que deve caracterizar a vida do povo nas comunidades cristãs (Gl 4,6; Rm 8,15). Mateus acrescenta ao nome do Pai o adjetivo nosso e a expressão que estais no Céu. A oração verdadeira é uma relação que nos une ao Pai, aos irmãos e irmãs e à natureza. A familiaridade com Deus não é intimista, mas expressa a consciência de pertencermos à grande família humana, da qual participam todas as pessoas, de todas as raças e credos: Pai Nosso. Rezar ao Pai e entrar em intimidade com ele, é também colocar-se em sintonia com os gritos de todos os irmãos e irmãs. É buscar o Reino de Deus em primeiro lugar. A experiência de Deus como Pai é o fundamento da fraternidade universal. 


Mateus 6,9b-10: Os três pedidos pela causa de Deus: o Nome, o Reino, a Vontade. Na primeira parte do Pai-nosso, pedimos para que seja restaurado o nosso relacionamento com Deus. Para restaurar o relacionamento com Deus, Jesus pede (1) a santificação do Nome revelado no Êxodo por ocasião da libertação do Egito; (2) pede a vinda do Reino, esperado pelo povo depois do fracasso da monarquia; (3) pede o cumprimento da Vontade de Deus, revelada na Lei que estava no centro da Aliança. O Nome, o Reino, a Lei: são os três eixos tirados do Antigo Testamento que expressam como deve ser o novo relacionamento com Deus. Os três pedidos mostram que é preciso viver na intimidade com o Pai, fazendo com que o seu Nome seja conhecido e amado, que o seu Reino de amor e de comunhão se torne uma realidade, e que a sua Vontade seja feita assim na terra como no céu. No céu, o sol e as estrelas obedecem à lei de Deus e criam a ordem do universo. A observância da lei Deus"assim na terra como no céu" deve ser a fonte e o espelho de harmonia e de bem-estar para toda a criação. Este relacionamento renovado com Deus, porém, só se torna visível no relacionamento renovado entra nós que, por sua vez, é objeto de mais quatro pedidos: o pão de cada dia, o perdão das dívidas, o não cair em tentação e a libertação do Mal. 


Mateus 6,11-13: Os quatro pedidos pela causa dos irmãos: Pão, Perdão, Vitória, Liberdade. Na segunda parte do Pai-nosso pedimos que seja restaurado e renovado o relacionamento entre as pessoas. Os quatro pedidos mostram como devem ser transformadas as estruturas da comunidade e da sociedade para que todos os filhos e filhas de Deus vivam com igual dignidade. Pão de cada dia: O pedida do "Pão de cada dia" (Mt 6,11) lembra o maná de cada dia no deserto (Ex 16,1-36), O maná era uma “prova" para ver se o povo era capaz de andar na Lei do Senhor (Ex 16,4), isto é, se era capaz de acumular comida apenas para um único dia como sinal da fé de que a providência divina passa pela organização fraterna. Jesus convida para realizar um novo êxodo, uma nova convivência fraterna que garante o pão para todos. Perdão das dívidas: O pedido, do "perdão das dívidas" (6,12) lembra o ano sabático que obrigava os credores a perdoar todas as dívidas aos irmãos (Dt 15,1-2). O objetivo do ano sabático e do ano jubilar (Lev 25,1-22) era desfazer as desigualdades e recomeçar tudo de novo. Como rezar hoje: “Perdoai as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores”? E' pela dívida externa dos países pobres que os países ricos, todos cristãos, se enriquecem. Não cair na Tentação: O pedido de "não cair em tentação" (6,13) lembra os erros cometidos no deserto, onde o povo caiu na tentação (Ex 18,1-7; Núm 20,1-13; Dt 9,7-29). É para imitar Jesus que foi tentado e venceu (Mt 4,1-17). No deserto, a tentação levava o povo a seguir por outros caminhos, a voltar atrás, a não assumir a caminhada da libertação e reclamar de Moisés que o conduzia. Libertação do Mal: O mal é o Maligno, o Satanás, que tenta desviar e que, de muitas maneiras, procura levar as pessoas a não seguir o rumo do Reino, indicado por Jesus. Tentou Jesus para abandonar o Projeto do Pai e ser o Messias conforme as idéias dos fariseus, escribas ou de outros grupos. O Maligno afasta de Deus e é motivo de escândalo. Chegou a entrar em Pedro (Mt 16,23) e tentou Jesus no deserto. Jesus o venceu (Mt 4,1-11).


Para um confronto pessoal
1) Jesus falou "perdoai as nossas dívidas", mas hoje nós rezamos "perdoai as nossas ofensas" O que é mais fácil: perdoar ofensas ou perdoar dívidas?
2) Como você costuma rezar o Pai Nosso: mecanicamente ou colocando toda a sua vida e o seu compromisso?

SANTO DO DIA - 20/06/2013

20/06
Margarida Ebner
Margarida pertencia à família Ebner, muito rica e respeitada, da aristocracia alemã. Ela entrou no Mosteiro de Maria Santíssima em Medingen, da diocese de Augusta, e tinha apenas quinze anos de idade quando vestiu o hábito dominicano.

Depois, de 1314 até 1326, sofreu diversas e graves enfermidades, as quais quase a levaram ao fim da vida. Mais tarde, por causa da guerra, a comunidade monástica dispersou-se e Margarida voltou para a casa paterna, na qual continuou a viver totalmente reclusa, dedicada à oração e à penitência.

Quando tudo retornou ao normal, ela voltou para a clausura daquele mesmo mosteiro. Em 1332, conheceu o sacerdote Henrique Susso, hoje também santo, que logo se tornou o seu diretor espiritual. As duras provações físicas por que passou lhe proporcionaram adquirir os dons das revelações, das visões e das profecias. Tanto assim que ela escreveu em seu diário que no dia 1o de novembro de 1347 foi recebida em matrimonio espiritual por Jesus.
Margarida Ebner foi, sem dúvida, a figura central do movimento espiritual alemão dos "amigos de Deus". A sua espiritualidade segue o ano litúrgico e concentra-se na pessoa de Jesus Cristo.

O seu diário espiritual, escrito de 1312 até 1348, que chegou até os nossos dias, revela a vida humilde, devotada, caritativa e confiante em Deus de uma religiosa provada por muitas penas e doenças. Ela que viveu e morreu no amor de Deus, fiel na certeza de encontrar-se em plena comunhão com seu Filho Jesus, como sempre dizia: "Eu não posso separar-me de ti em coisa alguma". A beleza dessa alma inocente foi toda interior.

A santa humanidade de Jesus foi o divino objeto da sua constante e amorosa contemplação e nela reviveu os vários mistérios no exercício da virtude, no holocausto ininterrupto dela mesma, no sofrimento interno e externo, todo aceito e ofertado com Jesus, para Jesus e em Jesus. Margarida Ebner morreu no dia 20 de junho de 1351, no Mosteiro de Medingen, onde foi sepultada.

Sem dúvida, entre os grandes místicos dominicanos do século XIV, brilha a suave figura desta religiosa de clausura que conquistou o apelido de "Imitadora Fiel da Humanidade de Jesus". Em 1979, o papa João Paulo II ratificou o seu culto com sua beatificação, cuja festa "ad imemorabili" o mundo católico reverencia no dia do seu trânsito.

LITURGIA DIÁRIA - 20/06/2013


Dia: 20/06/2013
Primeira Leitura: 2º Coríntios 11, 1-11

XI SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)


Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios.
Irmãos, oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez, da minha parte. Na verdade, vós me suportais. Sinto por vós um amor ciumento semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cris­to como virgem pura. Porém, receio que, como Eva foi enganada pela esperteza da serpente, também vossos pensamentos se corrompam, afastando-se da simplicidade e purezas devidas a Cristo: De fato, se aparece alguém pregando outro Jesus, que nós não pregamos, ou prometendo um outro Espírito, que não recebestes, ou anunciando um outro evangelho, que não acolhestes, vós o suportais de bom grado. No entanto, entendo que em nada sou inferior a esses “super-apósto­los”! Mesmo que eu seja inábil na arte de falar, não o sou quanto à ciência: eu vo-lo tenho demonstrado em tudo e de todas as maneiras. Acaso cometi algum pecado, pelo fato de vos ter anunciado o evangelho de Deus gratuitamente, humilhando-me a mim mesmo para vos exaltar? 8Para vos servir, despojei outras Igrejas, delas recebendo o meu sustento. E quando, estando entre vós, tive alguma necessidade, não fui pesado a ninguém, pois os irmãos vindos da Macedônia supriram as minhas necessidades. Em todas as circunstâncias, cuidei - e cuidarei ainda - de não ser pesado a vós. 10 Tão certo como a verdade de Cristo está em mim, essa minha glória não me será arrebatada nas regiões da Acaia. 11E por quê? Será porque eu não vos amo? Deus o sabe!

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 110)


— Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.
— Vossas obras; ó Senhor, são verdade e são justiça.

— Eu agradeço a Deus de todo o coração junto com todos os seus justos reunidos!
Que grandiosas são as obras do Senhor, elas merecem todo o amor e admiração!
— Que beleza e esplendor são os seus feitos! Sua justiça permanece eternamente!
O Senhor bom e clemente nos deixou a lembrança de suas grandes maravilhas.
— Suas obras são verdade e são justiça, seus preceitos, todos eles, são estáveis,
confirmados para sempre e pelos séculos, realizados na verdade e retidão.


Evangelho (Mt 6,7-15)


— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: ”Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10 venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11 O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12 Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. 13 E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.
14 De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15 Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 20/06/2013

Ano C - DIA 20/06

Oração do Pai nosso - Mt 6,7-15

“Quando orardes, não useis de muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. Não sejais como eles, pois o vosso Pai sabe do que precisais, antes de vós o pedirdes. Vós, portanto, orai assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, como no céu, assim também na terra. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos que nos devem. E não nos introduzas em tentação, mas livra-nos do Maligno. De fato, se vós perdoardes aos outros as suas faltas, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. Mas, se vós não perdoardes aos outros, vosso Pai também não perdoará as vossas faltas.”


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante invocando, com todos os internautas, o Espírito Santo:
Vem Santo Espírito, amor do Pai.
Toca a minha mente,
a minha vontade,
o meu coração.
Abre-me à coragem da verdade.
Dá-me a força para deixar-me tocar
e renovar profundamente por Jesus,
Palavra do Pai.
Amém.

1- Leitura (Verdade)


- O que a Palavra diz?
Leio atentamente, na Bíblia, Mt 6,7-15.
- Nas suas orações, não fiquem repetindo o que vocês já disseram, como fazem os pagãos. Eles pensam que Deus os ouvirá porque fazem orações compridas. Não sejam como eles, pois, antes de vocês pedirem, o Pai de vocês já sabe o que vocês precisam. Portanto, orem assim:
"Pai nosso, que estás no céu, que todos reconheçam que o teu nome é santo.
Venha o teu Reino.
Que a tua vontade seja feita aqui na terra como é feita no céu!
Dá-nos hoje o alimento que precisamos.
Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos as pessoas que nos ofenderam.
E não deixes que sejamos tentados, mas livra-nos do mal. [Pois teu é o Reino, o poder e a glória,
para sempre. Amém!]"
- Porque, se vocês perdoarem as pessoas que ofenderem vocês, o Pai de vocês, que está no céu, também perdoará vocês. Mas, se não perdoarem essas pessoas, o Pai de vocês também não perdoará as ofensas de vocês.
Neste texto Jesus nos ensina a orar. Primeiro, indica a atitude que devemos assumir ao orar: não ficar repetindo fórmulas, muito menos longas orações. E ainda, ter atitude de confiança no Pai que já sabe tudo de que necessitamos.
Thomas Merton diz que, assim como somos, rezamos. E diz mais: "O homem que não reza, é alguém que tentou fugir de si mesmo, porque fugiu de Deus".

2- Meditação (Caminho)


- O que a Palavra diz para mim?
Às vezes, apenas "dizemos orações" com os lábios.
Nosso coração, nossos sentimentos e pensamentos estão distantes.
Jesus nos ensina, de maneira muito simples, a orar:
1º Assumir a atitude de filhos e irmãos: Pai nosso.
2º Reconhecer o nome de Deus como "santo".
3º Pedir que o Reino de Deus aconteça entre nós.
4º Dispor-nos a fazer a vontade de Deus.
5º Fazer os pedidos para o dia-a-dia: o pão, o perdão, a libertação de toda tentação e mal.
Os bispos, na V Conferência, em Aparecida, disseram: "Nos diferentes momentos da luta cotidiana, muitos recorrem a algum pequeno sinal do amor de Deus: um crucifixo, um rosário, uma vela que se acende para acompanhar um filho em sua enfermidade, um Pai Nosso recitado entre lágrimas, um olhar entranhável a uma imagem querida de Maria, um sorriso dirigido ao Céu em meio a uma simples alegria." (DAp 261).

3- Oração (Vida)


- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo agora com muita consciência e fé a
Oração do Pai Nosso
Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome.
Venha a nós o vosso Reino.
Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
Perdoai-nos as nossas ofensas 
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
E não nos deixei cair em tentação,
mas livrai-nos do mal. Amém.

4- Contemplação (Vida e Missão)


- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar para o dia de hoje vem carregado de uma certeza:
tenho um Pai e uma multidão de irmãos.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


I. Patrícia Silva, fsp

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo lhe dá para hoje:

Ó louco, que pensas viver muito tempo, quando não tens seguro nem um só dia! Quantos têm sido logrados e, de improviso, arrancados ao corpo! Quantas vezes ouviste contar: morreu este a espada; afogou-se aquele; este outro, caindo do alto, quebrou a cabeça; um morreu comendo, outro expirou jogando. Estes se terminaram pelo fogo, aqueles pelo ferro, uns pela peste, outros pelas mãos dos ladrões, e de todos é o fim a morte, e, depressa, qual sombra, acaba a vida do homem (Sl 143,4). ( Da meditação a morte) 

Fonte: Imitação de Cristo

4ª-feira da 11ª Semana Tempo Comum



O Pai vê o que está escondido

Mateus 6,1-6.16-18

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:1 'Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens,
só para serdes vistos por eles.
Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.

2 Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti,
como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas,
para serem elogiados pelos homens.
Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa.

3 Ao contrário, quando deres esmola, 
que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4 de modo que, a tua esmola fique oculta.
E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.

5 Quando orardes, não sejais como os hipócritas,
que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças,
para serem vistos pelos homens.
Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa.

6 Ao contrário, quando tu orares, 
entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto.
E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.

16 Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas.Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando.
Em verdade vos digo: Eles já receberam a sua recompensa.
17 Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto,18 para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto.E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. 


Reflexão 

O evangelho de hoje dá continuidade à meditação sobre o Sermão da Montanha. Nos dias anteriores, de 9 até 17 de junho, refletimos longamente sobre a mensagem do capítulo 5 do evangelho de Mateus. No evangelho de hoje e dos dias seguintes, de 18 a 21 de junho, vamos meditar a mensagem do capítulo 6 do mesmo evangelho. A seqüência dos capítulos 5 e 6 pode ajudar na sua compreensão. Os trechos em itálico indicam o texto do evangelho de hoje. Eis o esquema:

Mateus 5,1-12: ===> As Bem-aventuranças: solene abertura da nova Lei
Mateus 5,13-16: ==> A nova presença no mundo: Sal da terra e Luz do mundo
Mateus 5,17-19: ==> A nova prática da justiça: relacionamento com a antiga lei
Mateus 5,20-48: ==> A nova prática da justiça: observando a nova Lei.
Mateus 6,1-4: ==> A nova prática das obras de piedade: a esmola
Mateus 6,5-15: ==> A nova prática das obras de piedade: a oração
Mateus 6,16-18: ==> A nova prática das obras de piedade: o jejum
Mateus 6,19-21: ==> Novo relacionamento com os bens materiais: não acumular
Mateus 6,22-23: ==> Novo relacionamento com os bens materiais: visão correta
Mateus 6,24: ===> Novo relacionamento com os bens materiais: Deus ou dinheiro
Mateus 6,25-34: ==> Novo relacionamento com os bens materiais: abandono à Providência


O evangelho de hoje trata de três assuntos: da esmola (6,1-4), da oração (6,5-6) e do jejum (6,16-18). São as três obras de piedade dos judeus. 

Mateus 6,1: Não praticar o bem para ser visto pelos outros. Jesus critica os que praticam as boas obras só para serem vistos pelos homens (Mt 6,1). Jesus pede para construir a segurança interior não naquilo que nós fazemos por Deus, mas sim naquilo que Deus faz por nós. Nos conselhos que ele dá transparece um novo tipo de relacionamento com Deus: “O teu Pai que vê no segredo te recompensará" (Mt 6,4). "Vosso Pai sabe do que tendes necessidade antes de o pedirdes a Ele” (Mt 6,8). "Se Perdoardes aos homens seus delitos, também vosso Pai celeste vos perdoará" (Mt 6,14). É um novo caminho que aqui se abre de acesso ao coração de Deus Pai. Jesus não permite que a prática da justiça e da piedade seja usada como meio de auto-promoção diante de Deus e diante da comunidade (Mt 6,2.5.16). 


Mateus 6,2-4: Como praticar a esmola. Dar esmola é uma maneira de realizar a partilha tão recomendada pelos primeiros cristãos (At 2,44-45; 4,32-35). A pessoa que pratica a esmola e a partilha para se promover a si mesmo diante dos outros merece a exclusão da comunidade, como foi o caso de Ananias e Safira (At 5,1-11). Hoje, tanto na sociedade como na igreja, há pessoas que fazem grande publicidade do bem que fazem aos outros. Jesus pede o contrário: fazer o bem de tal maneira que a mão esquerda não fique sabendo o que a mão direita está fazendo. É o total desapego e a total entrega na gratuidade do amor que crê em Deus Pai e o imita em tudo que faz. 

Mateus 6,5-6: Como praticar a oração. A oração coloca a pessoa em relação direta com Deus. Alguns fariseus transformavam a oração numa ocasião para aparecer e se exibir diante dos outros. Naquele tempo, quando tocava a trombeta nos três momentos de oração, manhã, meio dia e entardecer, eles deviam parar no lugar onde estavam para fazer as suas orações. Havia gente que procurava estar nas esquinas em lugares públicos, para que todos pudessem ver como rezavam. Ora, uma atitude assim perverte nossa relação com Deus. É falsa e sem sentido. Por isso, Jesus diz que é melhor fechar-se no quarto e rezar em segredo, preservando a autenticidade da relação. Deus te vê mesmo no segredo e ele sempre te escuta.Trata-se da oração pessoal, não da oração comunitária. 


Mateus 6,16-18: Como praticar o jejum. Naquele tempo a prática do jejum era acompanhada de alguns gestos exteriores bem visíveis: não lavar o rosto nem alinhar os cabelos, usar roupa sombria. Era o sinal visível de jejum. Jesus critica este jeito de jejuar e manda fazer o contrário, para que ninguém consiga perceber que você está jejuando: tome banho, use perfume, arrume bem o cabelo. Aí, só o Pai que vê no segredo sabe que você está jejuando e ele saberá recompensa-lo.

Para um confronto pessoal
1) Quando você reza, como você vive a sua relação com Deus?
2) Como vive o seu relacionamento com os outros em família e na comunidade?