domingo, 15 de junho de 2014

Evangelho do Dia - 15/06/2014

Ano A - DIA 15/06


A salvação do mundo pelo Filho único de Deus - Jo 3,16-18

De fato, Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem crê nele não será condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus.


Leitura Orante

Oração Inicial


Hoje, Solenidade da Santíssima Trindade, preparo-me para a Leitura, colocando-me na presença de Deus e, com todos os internautas, faço o sinal da cruz:
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
E rezamos o Te Deum 

Deus infinito nós te louvamos
E nos submetemos ao teu poder
As criaturas no seu mistério mostram
A grandeza de quem lhes deu o ser

Todos os povos sonham
E vivem nesta esperança
De encontrar a paz
Suas histórias todas apontam
Para o mesmo rumo, onde Tu estás

Santo, santo, santo
Santo, santo, santoTodo poderoso
É o nosso Deus

Senhor Jesus Cristo, nós te louvamos
E te agradecemos teu imenso amor
Teu nascimento, teu sofrimento
Trouxe vida nova, onde existe a dor
Nós te adoramos e acreditamos
Que és o Filho Santo do nosso Criador
E professamos tua verdade 
Que na humanidade plantou tamanho amor

Deus infinito, teu Santo Espírito
Renova o mundo sem jamais cessar
Nossa esperança, nossos projetos
Só se realizam quando Ele falar
Todo poderoso, somos o teu povo
Que na esperança vive a caminhar
Dá que sejamos teu povo santo
Que fará do mundo teu trono e teu altar
Cd Verdades que eu rezo e canto - Pe. Zezinho, scj (COMEP)


1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 3,16-18, e observo as palavras de Jesus.
Este texto faz parte da conversa de Jesus com Nicodemos, uma autoridade entre os judeus. O nome Nicodemos vem do grego e significa "vitória do povo". O Mestre lhe fala das coisas de Deus. Quando lhe fala que "Deus amou tanto o mundo" não se refere à criação, mas ao "mundo" das pessoas.
Revela que Deus mandou ao mundo seu Filho não para condená-lo, mas para nos salvar.
Jesus fala também daqueles que preferem a escuridão à luz. Mas, os que vivem de acordo com verdade, aproximam-se da luz. Apresentam claramente, sem subterfúgios o que fazem segundo a vontade de Deus. O grande teólogo e doutor da Igreja, Santo Agostinho, tentou compreender o mistério da Trindade. Certa vez, passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse compreender. Encontrou uma criança brincando na areia. Ela corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar. Voltava, enchia o copo e o despejava novamente. Agostinho perguntou à criança o que ela pretendia fazer. A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho. Então, o Santo lhe explicou ser isso impossível. A criança, então, lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que se compreender o mistério da Santíssima Trindade”. A criança, que era um anjo, desapareceu. Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a infinita dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só podemos aderir pela fé este mistério descrito por Jesus no seu Evangelho. 

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Posso fazer sempre minhas ações à luz da Palavra. Sou transparente no que falo e faço? Os bispos, em Aparecida, falaram da Trindade como fonte da Igreja: "Os discípulos de Jesus são chamados a viver em comunhão com o Pai (1 Jo 1,30 e com seu Filho morto e ressuscitado, na “comunhão no Espírito Santo” (1 Cor 13,13). O mistério da Trindade é a fonte, o modelo e a meta do mistério da Igreja: “um povo reunido pela unidade do Pai do Filho e do Espírito”, chamado em Cristo “como sacramento ou sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano”. A comunhão dos fiéis e das Igrejas locais do Povo de Deus se sustenta na comunhão com a Trindade." (DAp 155).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo:
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar será transparente, orientado pela comunhão com a Trindade.


Bênção


Pode-se cantar:
A bênção do Pai,
a bênção do Filho,
a bênção do Espírito Santo. Amém.


Ir. Patrícia silva, fsp
patricia. silva@ paulinas.com.br

sábado, 14 de junho de 2014

NOSSOS AGRADECIMENTOS - 300.000 ACESSOS


É com uma imensa alegria e satisfação que venho por meio deste, agradecer primeiramente a Deus por ter vocês leitores e colaboradores deste meio de comunicação! Que já ultrapassa a margem de 300 mil acessos. 

Hoje estou aqui para agradecer por mais um degrau e dizer que ultrapassamos a casa dos 300 mil acessos e como sempre, volto a dizer: Pode até ser que isso não seja grande coisa para algumas pessoas da minha querida terrinha, mas para nós do Terço dos Homens que representa uma farta colheita dos frutos das boas amizades e o reconhecimento que continuamos no rumo certo. 

O número de acesso a essa página cresce a cada dia, fruto da bondade de centenas de leitores que já se habituaram a ler o nosso blog. Agradeço os  mais de 300.000 acessos a essa página. Saber que milhares de leitores espalhados pelo Brasil inteiro, e tantos outros leitores de todo mundo acompanham nossos noticiários.

SANTO DO DIA - 14/06

14/06
Fernando de Portugal (virgem e márts.)
Chamado também o "infante santo", "o príncipe perfeito" e "o abanderado" (porta-estante), nasceu em Santarém em 29-9-1402, filho do rei de Portugal D. João I e Filipa de Lancaster que educou muito piamente. Muito austero consigo mesmo, teve um delicado senso da justiça social unido ao uma grande compaixão para com os escravos, os navegantes e os doentes, que socorria com abundantes esmolas. Conservou-se sempre casto, recusando casamentos. Foi obrigado pelos irmãos a aceitar o título de Grão-mestre da ordem monástica-militar de Avis, conferido a ele pelo papa Eugênio IV em 1434, mas recusou humildemente o cardinalato que lhe foi oferecido pelo mesmo papa. O fato mais famoso de sua vida deu-se no dia 22 de agosto de 1437. Em estado de febre, partiu juntamente com o irmão Henrique, o navegador, a frente de um exército de 7mil homens para conquistar Tânger, mas no mês de outubro foram obrigados a suspender o cerco da cidade e aceitar as condições impostas pelos mouros, entre as quais a promessa de restituição da cidade de Ceuta. Fernando e 12 homens ficaram como reféns. Fernando foi levado a Tânger para Arzila, onde ficou 7 meses.

Com a recusa das cortes portuguesas de restituir Ceuta em maio de 1438, foi transferido para Fez, onde foi reduzido à condição de escravo e como tal obrigado a trabalhar duramente. As tratativas para a sua libertação foram todas inúteis pelas exigências exorbitantes feitas pelo sultão de Fez. Debilitado pelas privações, foi acometido por violenta desinteria, devido as péssimas condições de higiene em que era obrigado a viver. Foi confortado pelos últimos sacramentos, que permitiram que lhe administrassem e morreu rapidamente no dia 15 de junho de 1443, em êxtase por visões celestes que teve. O seu corpo teve as entranhas extirpadas e foi dependurado nos muros da cidade de cabeça para baixo. Apenas o seu coração foi levado para Portugal. Anos depois permitiram que seu corpo fosse levado para Portugal e foi sepultado no mosteiro da Batalha.
Iolanda da Polonia (Bem-aventurada)
Iolanda, ou Helena, como foi chamada depois pelos súditos poloneses, nasceu no ano de 1235, era filha de Bela IV, rei da Hungria, que era terciário franciscano, e irmã da bem-aventurada Cunegundes. Além disso, era sobrinha de Santa Isabel da Hungria, também da Ordem Terceira. Aliás, a tradição franciscana acompanhou a linhagem desde seus primórdios, pois a família descendia de Santa Edwiges, Santo Estêvão e São Ladislau.

Porém é claro que Iolanda não se tornou Santa só porque vinha de toda esta tradição extremamente católica e repleta de Santos. Não basta ter o caminho da fé apontado para se entrar nele. É preciso que todo o ser o aceite e o corpo se disponha a caminhar por uma trilha de entrega total e muito árdua, como ela o fez.

Iolanda foi educada desde muito pequena pela irmã, Cunegundes, que se casara então com um dos reis mais virtuosos da Polônia, Boleslau, "o Casto". Por tradição familiar e social da época, Iolanda deveria também se casar com alguém da terra e, anos depois, escolheu outro Boleslau, o Duque de Kalisz, conhecido como "o Pio". Foi uma época de muita alegria para o povo polonês, que viu nas duas estrangeiras, pessoas profundamente bondosas, cristãs, justas e caridosas. Pena que tenha sido uma época não muito longa, pois alguns anos depois o quarteto foi desmanchado pela fatalidade.

Primeiro morreu o rei, ficando Cunegundes viúva. Logo o mesmo aconteceu com Iolanda. Ela já tinha então três filhas, das quais duas se casaram e uma terceira retirou-se para o convento das clarissas de Sandeck, onde já se encontrava Cunegundes. As duas logo seriam seguidas por Iolanda.

Muitos anos se passaram e as três damas cristãs continuavam naquele lugar, fazendo do silêncio do claustro o terreno para um fecundo período de meditação e oração. Quando morreu Cunegundes, em 1292, Iolanda deixou aquele mosteiro e foi mais para o ocidente, ao convento das clarissas de Gniezno, fundado por seu marido. Ali terminou seus dias como superiora, no dia 14 de junho de 1298.

Amada pela população, seu culto ganhou força entre os fiéis do Leste Europeu e se difundiu por todo o mundo católico, ao longo dos tempos. Seu túmulo tornou-se meta de romeiros, pelos milagres e graças atribuídos à sua intercessão. Em 1827, o Papa Urbano VIII autorizou a beatificação e marcou a festa litúrgica para o dia do seu trânsito.

LITURGIA DIÁRIA - 14/06/2014


Sábado: 14/06/2014
Primeira Leitura: (1Rs 19,19-21)

10º SEMANA DO TEMPO COMUM
(branco - ofício do dia)



Leitura do Primeiro Livro dos Reis.

Naqueles dias, 19o profeta Elias partiu dali e encontrou Eliseu, filho de Safat, lavrando a terra com doze juntas de bois; e ele mesmo conduzia a última. Elias, ao passar perto de Eliseu, lançou sobre ele o seu manto. 20Então Eliseu deixou os bois e correu atrás de Elias, dizendo: “Deixa-me primeiro ir beijar meu pai e minha mãe, depois te seguirei”. Elias respondeu: “Vai e volta! Pois que te fiz eu?” 21Ele retirou-se, tomou a junta de bois e os imolou. Com a madeira do arado e da canga assou a carne e deu de comer à sua gente. Depois levantou-se, seguiu Elias e pôs-se a seu serviço.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 15)

— O Senhor é a porção da minha herança.
— O Senhor é a porção da minha herança.

— Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio! Digo ao Senhor: “Somente vós sois meu Senhor. Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, meu destino está seguro em vossas mãos!”
— Eu bendigo o Senhor, que me aconselha, e até de noite me adverte o coração. Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, pois se o tenho a meu lado não vacilo.
— Eis por que meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria, e até meu corpo no repouso está tranquilo; pois não haveis de me deixar entregue à morte, nem vosso amigo conhecer a cor­rupção.


Evangelho (Mt 5,33-37)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 33“Vós ouvis­tes o que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso, mas cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. 34Eu, porém, vos digo: Não jureis de modo algum: nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35nem pela terra, porque é o suporte onde apoia os seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. 36Não jures tampouco pela tua cabeça, porque tu não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. 37Seja o vosso ‘sim’: ‘sim’, e o vosso ‘não’: ‘não’. Tudo o que for além disso vem do Maligno”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Evangelho do Dia - 14/06/2014

Ano A - DIA 14/06


Os juramentos - Mt 5,33-37

“Ouvistes também que foi dito aos antigos: ‘Não jurarás falso’, mas ‘cumprirás os teus juramentos feitos ao Senhor’. Ora, eu vos digo: não jureis de modo algum, nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o apoio dos seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei. Também não jures pela tua cabeça, porque não podes tornar branco ou preto um só fio de cabelo. Seja o vosso sim, sim, e o vosso não, não. O que passa disso vem do Maligno.”


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante,
rezando:
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar (bis) 
- Ao Deus do universo, venham festejar (bis) 
- Seu amor por nós, firme para sempre (bis) 
- Sua fidelidade dura eternamente (bis) 
- Toda a terra aclame, cante ao Senhor (bis) 
- Sirva com alegria, venha com fervor (bis) 
- Nossas mãos orantes para o céu subindo (bis) 
- Cheguem como oferenda ao som deste hino (bis) 
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito (bis) 
- Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito (bis) 
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 5,33-37.
O autêntico discípulo não tem necessidade de jurar para que seja acreditado. O sim do discípulo é sim. O não é não. É coerente, transparente, verdadeiro. 

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Sou uma pessoa autêntica, que diz "sim" quando é sim e, "não" quando é não?
Recordo o que disseram os bispos, em Aparecida: "Nossas comunidades levam o selo dos apóstolos e, além disso, reconhecem o testemunho cristão de tantos homens e mulheres que espalharam em nossa geografia as sementes do Evangelho, vivendo valentemente sua fé, inclusive derramando seu sangue como mártires. Seu exemplo de vida e santidade constitui um presente precioso para o caminho cristão dos latino-americanos e, simultaneamente, um estímulo para imitar suas virtudes nas novas expressões culturais da história. Com a paixão de seu amor a Jesus Cristo, foram membros ativos e missionários em sua comunidade eclesial. Com valentia, perseveraram na promoção dos direitos das pessoas, foram perspicazes no discernimento crítico da realidade à luz do ensino social da Igreja e críveis pelo testemunho coerente de suas vidas. Nós, cristãos de hoje, acolhemos sua herança e nos sentimos chamados a continuar com renovado ardor apostólico e missionário o estilo evangélico de vida que nos transmitiram." (DAp 275).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com todo o povo
Senhor Jesus, tu que és luz que ilumina nossa vida, 
caminho que devemos seguir, 
verdade que devemos acreditar e anunciar e
vida que devemos viver; 
faze que possamos viver o
que os discípulos de Emaús viveram: 
uma experiência pessoal com o teu amor que se revela
e se expressa no nosso anúncio e testemunho. Amém.

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Olho com carinho para o povo em sua fé autêntica e percebo que,“não obstante as debilidades e misérias humanas, a Igreja goza de um alto índice de confiança e de credibilidade por parte do povo.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém

Irmã Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

sexta-feira, 13 de junho de 2014

SANTO DO DIA - 13/06

13/06
Santo Antônio de Pádua
Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, com o nome de Fernando de Bulhões y Taveira de Azevedo em 15 de agosto de 1195. Foi batizado na Sé de Lisboa, uma semana após o seu nascimento. Era de família nobre e rica. O pai, senhor Martinho, ocupava o cargo de Prefeito de Lisboa. A mãe Dona Teresa, pertencia a alta nobreza. O menino cresceu cercado de todos os cuidados: boa instrução moral, científica, religiosa e muito conforto. Aos poucos percebeu que a vida de riqueza não lhe agradava e sentiu o chamado de Deus.

Estudou na Catedral (onde seria também menino do coro), os rudimentos - trivium, cômputo, saltério e música. Reza a lenda que fez lá o seu primeiro milagre, insculpindo na parede uma cruz, afastando assim o demônio que tentava atormentá-lo.

Aos quinze anos entrou, em S. Vicente de Fora, no Mosteiro de Cônegos Regrantes de Santo Agostinho, onde fez o noviciado, mudou o nome para Antônio e de onde transitou - apesar do voto de stabilitas loci- para Coimbra, aos vinte anos. Em Santa Cruz ultimou sua formação e foi ordenado, sendo-lhe destinado o cargo de Porteiro, pelo que tem a oportunidade de conhecer os recém-chegados Frades menores de S. Francisco que habitavam o eremitério de Santo Antão, nos Olivais. É também em Santa Cruz que aprofunda os seus estudos teológico-filosóficos de raíz platônico-agostiniana e aí adquire a preparação necessária à escrita dos seus Sermões. Após a passagem por Coimbra das relíquias dos cinco mártires franciscanos mortos em Marrocos em tarefa missionária, transita dos Cônegos Crúzios para os Olivais, onde ingressou na Ordem Franciscana e obteve permissão para pregar em Marrocos.

Após uma breve experiência contemplativa em Montepaolo reconhecem-lhe, quando da ordenação conjunta de Frades Menores e de Pregadores de S. Domingos, em Forli, grandes capacidades oratórias e vasto conhecimento exegético. O quarto onde dormia era simples, teciam a própria roupa, faziam os serviços mais humildes. Foi um período de aproximadamente um ano.

Foi nomeado então pregador na região da Romanha e encarregado por S. Francisco de ensinar teologia aos frades. Enviado ao sul da França, numa tentativa de missionação dos cátarosalbigenses, por lá permaneceu dois anos pregrando e ensinando em Toulouse e Montpellier e desempenhando vários cargos na Ordem, como o de Custódio de Limoges e de Guardião em Le Puy. Regressou à Itália como Provincial da Emília Romanha. O navio em que volta para Lisboa se perdeu em uma tempestade e foi parar em Messina, na Sicília, onde foi enviado ao Capítulo Geral dos Frades Menores (Capítulo das Esteiras), aí conhecendo S. Francisco de Assis. . Lá então, onde Deus o esperava, começou sua vida de pregação. Multidões queriam ouvir o santo falar. Sua fala simples comovia a todos.

Já em Pádua, onde ensina Teologia, retoma o trabalho da escrita e reestrutura os seus Sermões material auxiliar a pregadores da Ordem. Ficaram célebres os sermões que proferiu em Forli, Provença, Languedoc e Paris. Em todos esses lugares suas prédicas encontravam forte eco popular, pois lhe eram atribuídos feitos prodigiosos, o que contribuía para o crescimento de sua fama de santidade.

A saúde sempre precária levou-o a recolher-se ao convento de Arcella, perto de Pádua, onde escreveu uma série de sermões para domingos e dias santificados, alguns dos quais seriam reunidos e publicados entre 1895 e 1913. Dentro da Ordem Franciscana, Antônio liderou um grupo que se insurgiu contra os abrandamentos introduzidos na regra pelo superior Elias. Antônio estava muito doente. Tinha hidropisia (Acúmulo patológico de líquido seroso no tecido celular ou em cavidades do corpo). Após as pregações da Quaresma de 1231 sentiu-se cansado e esgotado. Precisava de repouso. Os frades fizeram para ele um quarto em cima de uma árvore, mas mesmo assim o povo o procurava. Decidiram então leva-lo a Pádua. Agasalharam o frei e colocaram em uma carro puxado por bois. A viagem era longa. Antônio foi piorando. Pararam em um povoado que havia um convento franciscano. Antônio piorava, precisava ficar sentado pois sofria de falta de ar. Recebeu os sacramentos e se despediu de todos e ainda cantou o bendito: "Ó Virgem gloriosa que estais acima das estrelas..." Depois ergueu os olhos para o céu e disse. "Estou vendo o Senhor". Pouco depois morreu. Era dia 13 de junho de 1231. Frei Antônio tinha apenas 36 anos de idade.

Após um brevíssimo processo de canonização-o mais rápido da história da Igreja-é elevado aos altares em 13 de maio de 1232 pelo papa Gregório IX. Em 1946 é oficialmente proclamado Doutor da Igreja pelo papa Pio XII, sendo-lhe atribuído o epíteto de Evangélico pelo vasto conhecimento das Sagradas Escrituras patente nos seus Sermões.

Homem de oração, Santo Antônio se tornou santo porque dedicou toda a sua vida para os mais pobres e para o serviço de Deus.

Diversos fatos marcaram a vida deste santo, mas um em especial era a devoção a Maria. Em sua pregação, em sua vida a figura materna de Maria estava presente. Santo Antônio encontrava em Maria além do conforto a inspiração de vida.

O seu culto, que tem sido ao longo dos séculos objeto de grande devoção popular é difundido por todo o mundo através da missionação e miscigenado com outras culturas (nomeadamente Afro-Brasileiras e Indo-Portuguesas).

Santo Antônio torna-se um dos santos de maior devoção de todos os povos e sem dúvida o primeiro português com projeção universal. De Lisboa ou de Pádua, é por excelência o Santo "milagreiro", "casamenteiro", do "responso" e do Menino Jesus. Padroeiro dos pobres é invocado também para o encontro de objetos perdidos. Sobre seu túmulo, em Pádua, foi construída a basílica a ele dedicada.

OS MILAGRES:

Santo Antônio será sem dúvida o "Santo dos Milagres" e, de todos, aquele que mais merece esse epíteto no mundo cristão.

A sua taumaturgia iniciada em vida com uma pluralidade de milagres que lhe valeram a canonização em menos de um ano, é, na história da Igreja, a mais vasta e variada.

De Santo "casadoiro" a "restituidor do desaparecido", passando por "livrador" das tentações demoníacas, a Santo Antônio tudo se pede não como intercessor mas como autoridade celestial. No entanto, cingir-nos-emos a milagres operados em vida como paradigmáticos dessa taumaturgia: Santo António a pregar aos peixes, livrando o pai da forca e a aparição do Menino Jesus em casa do conde Tiso.

Quanto ao primeiro milagre -Santo Antônio prega aos peixes- reza a lenda que estando a pregar aos hereges em Rimini, estes não o quiseram escutar e viraram-lhe as costas. Sem desanimar, Santo António vai até à beira da água, onde o rio conflui com o mar, e insta os peixes a escutá-lo, já que os homens não o querem ouvir. Dá-se então o milagre: multidões de peixes aproximam-se com a cabeça fora de água em atitude de escuta. Os hereges terão ficado tão impressionados que logo se converteram. Este milagre encontra-se citado por diveros autores, tendo sido mesmo objeto de um sermão do Padre Antônio Veira que considerado uma das obras-primas da literatura portuguesa.

No segundo milagre, Santo António livra o pai da forca. Conta a lenda que estando o Santo a pregar em Pádua, sentiu que a sua presença era necessária em Lisboa e recolheu-se, cobrindo a cabeça em silêncio reflexão. Simultaneamente (e mercê do dom de bilocação) encontra-se em Lisboa, onde seu pai tinha sido injustamente condenado pelo homicídio de um jovem. Este, ressuscitado e questionado pelo Santo, afirma a inocência do pai de Santo António e volta a descansar.

Liberta-se assim o inocente que por falso testemunho tinha sido acusado. Santo António põe-se então "a caminho" e, subitamente, "acorda" no púlpito em Pádua recomeçando a sua pregação. Representam-se assim aqui dois fatos miraculosos num só: a bilocação e poder de reanimar os mortos.O terceiro milagre, também reportado na crônica do Santo, ocorre já no fim da sua vida e foi contado pelo conde Tiso aos confrades de Santo António após sua morte. Estando o Santo em casa do conde Tiso, em Camposampiero, recolhido num quarto em oração, o conde, curioso, espreita pelas frinchas de uma porta a atitude de Frei Antônio; depara-se-lhe então uma cena miraculosa: a Virgem Maria entrega o Menino Jesus nos braços de Santo Antônio. O menino tendo os bracinhos enlaçados ao redor do pescoço do frade conversava com ele amigavelmente, arrebatando-o em doce contemplação. Sentindo-se observado, descobre o "espião", fazendo-lhe jurar que só contaria o visto após a sua morte.

São estes os três mais famosos milagres de Santo Antônio, embora muitos mais pudessem ser referidos. Nas "Florinhas de Santo Antônio" ou no "Tratado dos Milagres" é relatado um milagre praticamente para cada dia do ano, o que reafirma o seu carácter taumaturgo.

Inácio Maloyan (Bem-aventurado)
Choukrallah Maloyan nasceu em Mardin, atualmente, Turquia, no dia 19 de abril de 1869, filho de pais cristãos piedosos. Desde criança, dedicava-se a oração, a caridade e a penitência. Recebeu boa formação acadêmica e religiosa, sendo fluente nas línguas: árabe e turca. Descobrindo a sua inegável vocação para o sacerdócio, em 1883 o Arcebispo da Comunidade armênio-católica enviou-o para estudar a religião no Líbano.

Estudos estes interrompidos por cinco anos, quando voltou para cuidar da saúde na sua cidade natal. No ano de 1901 já curado retomou os estudos de filosofia e teologia no Líbano. Tornou-se membro do Instituto do Clero Patriarcal de Bzommar e, em 1896, recebeu a ordenação sacerdotal, tomando o nome de Inácio, a exemplo do seu Santo de devoção.

Logo foi nomeado pregador dos sacerdotes e seminaristas do convento de Bzommar e depois foi enviado para o apostolado no Egito. Em seguida, em Istambul, Turquia foi eleito secretário-geral do Patriarca, e agraciado com o título de arciprete. Depois de alguns anos no Egito, regressou a Mardin, onde continuou o seu abnegado trabalho e, por isso, foi nomeado administrador dos assuntos temporais e espirituais dessa Eparquia, uma vez que o Bispo tinha renunciado ao posto.

Em 1911 viajou para Roma como secretário-geral do Sínodo dos Bispos armênio-católicos. No mesmo ano, foi nomeado Bispo de Mardin, uma das Eparquias armênio-católicas mais importantes.

Nesta Sede desempenhou um ministério exemplar, melhorando o nível educativo, cultural e religioso das escolas da comunidade armênia e difundiu um espírito de grande piedade. Propagou em todas as paróquias de sua diocese o amor e devoção ao Santíssimo Sacramento, ao Sagrado Coração e à Santíssima Virgem Maria.

O seu patriotismo não passou despercebido ao sultão do Império otomano, que o condecorou com a Legião de Honra. Durante a guerra, os soldados turcos invadiram as igrejas, semearam o terror, aprisionaram e torturam pessoas inocentes, provocando o vigoroso protesto do bispo Maloyan, que exortava os seus sacerdotes à rezar pedindo a proteção de Deus.

Preso de maneira arbitrária quando o governo decidiu acabar com os cristãos na Turquia, foi induzido a professar a fé no Islã, mas respondeu energicamente: "Nunca renegarei Cristo, nem os ensinamentos da Igreja católica, à sombra da qual cresci e da qual, sem ser digno, fui um dos seus ardorosos discípulos", provocando a fúria dos presentes.

Torturado cruelmente na prisão, foi morto no dia 13 de junho de 1915. Porém, antes de partir para a casa do Pai, tomou algumas migalhas de pão, consagrou-as e deu-as aos seus companheiros como Corpo de Cristo. O Papa João Paulo II beatificou Inácio Maloyan em 2001, e indicou o dia de sua morte para a sua veneração litúrgica.

Santo Ávito (Aventino)
O eremita Ávito, ou Aventino como também é conhecido, chegou a ser chamado de "o idiota" pelos seus detratores, por causa de sua humildade e simplicidade. Tinha o espírito tão serviçal e ingênuo que suas atitudes eram, muitas vezes, consideradas tolas. Ávito nasceu no final do século V. Era filho de lavradores da região de Órleans, na França. Cresceu cristão e tornou-se monge eremita do mosteiro localizado nos montes Pirineus, na região do vale de Larboust, que mais tarde recebeu o seu nome.

Ao contrário do que julgavam seus colegas, companheiros e parentes, foi considerado modelo de religioso e nomeado "Ecônomo da Comunidade". Mas, Ávito desejava a solidão para meditar e rezar. E por isso, certo dia, fugiu para o interior misterioso e desconhecido de uma floresta, para viver na mais íntima união com Deus.

Quando o abade Maximino morreu, Ávito foi eleito seu sucessor. Os outros monges, entretanto, tiveram dificuldade e demoraram algum tempo para encontrá-lo. Ávito, a princípio, recusou o posto, por não se achar suficientemente capacitado. Só aceitou porque recebeu ordem direta do Bispo e por exclusivo senso de disciplina.

Governou o mosteiro por muitos anos e, mesmo assim, a cada oportunidade surgida refugiava-se em sua floresta, ficando ali por dias e noites seguidos, no mais rigoroso retiro. Nesta oportunidade aproveitava para ensinar o evangelho aos montanheses que ainda eram pagãos. Ávito morreu assassinado pelos bárbaros pagãos, em 530, os quais esconderam o seu corpo. Porém, alguns séculos depois suas relíquias foram milagrosamente recuperadas e colocadas numa igreja construída especialmente para acolhe-las.

O mais antigo documento que testemunha o culto litúrgico dedicado à São Ávito, no dia 13 de junho, foi encontrado no Breviário de Comminges. Ele é invocado especialmente pelas gestantes na hora do parto, porque segundo a tradição seu nascimento ocorreu durante um parto repleto de dificuldades. A Igreja autorizou a sua celebração e manteve a data da festa.

LITURGIA DIÁRIA - 13/06/2014


Terça-feira: 13/06/2014
Primeira Leitura: (1Rs 19,9a.11-16)

SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA  
(branco - ofício do dia)


Leitura do Primeiro Livro dos Reis.

Naqueles dias, ao chegar a Horeb, o monte de Deus, 9ao profeta Elias entrou numa gruta, onde passou a noite. E eis que a palavra do Senhor lhe foi dirigida nestes termos: 11“Sai e permanece sobre o monte diante do Senhor, porque o Senhor vai passar”. Antes do Senhor, porém, veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto.
12Passado o terremoto, veio um fogo. Mas o Senhor não estava no fogo. E depois do fogo ouviu-se um murmúrio de uma leve brisa. 13Ouvindo isto, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta. Ouviu, então, uma voz que dizia: “Que fazes aqui, Elias?” 14Ele respondeu: “Estou ardendo de zelo pelo Senhor, Deus todo-poderoso, porque os filhos de Israel abandonaram tua aliança, demoliram teus altares e mataram à espada teus profetas. Só eu escapei. Mas, agora, também querem matar-me”.
15O Senhor disse-lhe: “Vai e toma o teu caminho de volta, na direção do deserto de Damasco. Chegando lá, ungirás Hazael como rei da Síria. 16Unge também a Jeú, filho de Namsi, como rei de Israel, e a Eliseu, filho de Safat, de Abel-Meula, como profeta em teu lugar.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 26)

— Senhor, é vossa face que eu procuro!
— Senhor, é vossa face que eu procuro!

— Senhor, ouvi a voz do meu apelo, atendei por compaixão! Meu coração fala convosco confiante, é vossa face que eu procuro.
— Não afasteis em vossa ira o vosso servo, sois vós o meu auxílio! Não me esqueçais nem me deixeis abandonado, meu Deus e Salvador!
— Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes. Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!


Evangelho (Mt 5,27-32)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 27“Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. 28Eu, porém, vos digo: Todo aquele que olhar para uma mulher, com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela no seu coração. 29Se o teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno.
30Se tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e joga-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno. 31Foi dito também: ‘Quem se divorciar de sua mulher, dê-lhe uma certidão de divórcio’. 32Eu, porém, vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher divorciada comete adultério”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Evangelho do Dia - 13/06/2014

Ano A - DIA 13/06


O adultério - Mt 5,27-32

“Ouvistes que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. Ora, eu vos digo: todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela em seu coração. Se teu olho direito é para ti ocasião de pecado, arranca-o e joga-o para longe de ti! De fato, é melhor perder um de teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. Se tua mão direita é para ti ocasião de pecado, corta-a e jogue-a para longe de ti! De fato, é melhor perder um dos teus membros, do que todo o teu corpo ser jogado no inferno. Foi dito também: ‘Quem despedir sua mulher dê-lhe um atestado de divórcio’. Ora, eu vos digo: todo aquele que despedir sua mulher – fora o caso de união ilícita – faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com a mulher que foi despedida comete adultério.”


Leitura Orante

Oração Inicial


Inicio a Leitura Orante, rezando:
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 5,27-32 , e observo o que Jesus fala sobre o adultério.
Jesus, neste discurso, condena a atitude que transforma a mulher em objeto de cobiça. Só um coração não corrompido pela maldade pode olhar para uma mulher com respeito, sem malícia e más intenções.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
O texto me diz que meu encontro com a Palavra de Jesus me leva à conversão: de um coração impuro para um coração puro e livre.
Os bispos na Conferência de Aparecida, disseram:
“ Lamentamos que inumeráveis mulheres de toda condição não sejam valorizadas em sua dignidade, fiquem com freqüência sozinhas e abandonadas, não se reconheçam nelas suficientemente seu abnegado sacrifício e inclusive heróica generosidade no cuidado e educação dos filhos nem na transmissão da fé na família. Muito menos se valoriza nem se promove adequadamente sua indispensável e peculiar participação na construção de uma vida social mais humana e na edificação da Igreja. Ao mesmo tempo, sua urgente dignificação e participação pretende ser distorcida por correntes ideológicas, mascadas pela marca cultural das sociedades de consumo e do espetáculo, que são capazes de submeter as mulheres a novas formas de escravidão. Na América Latina e no Caribe é necessário superar uma mentalidade machista que ignora a novidade do cristianismo, onde se reconhece e proclama a “igual dignidade e responsabilidade da mulher em relação ao homem” (DAp 453)

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo:
Espírito vivificador,
a ti consagro o meu coração:
aumenta em mim o amor a Jesus, Vida da minha vida.
Faze-me sentir filho amado do Pai. Amém.

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar com o discipulado do Mestre, amadurece minha maneira de pensar, de sentir e de agir. Sendo assim, torno-me capaz de acolher cada ser humano, em especial, cada mulher como pessoa digna , templo vivo do Espírito Santo, que merece todo·respeito.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Irmã Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

quinta-feira, 12 de junho de 2014

SANTO DO DIA - 12/06

12/06
S. Gaspar de Búfalo
São Gaspar de Búfalo, nasceu em Roma no dia 06 de janeiro de 1786, filho de Antonio e Anunciata Quartieroni. Começou às ocultas sua obra de evangelização do povo da periferia, dedicando-se aos carroceiros e aos camponeses da lavoura romana. São estas as personagens retratadas por Pinelli, que dão uma imagem sugestiva da Roma das primeiras décadas do século XIX; os carroceiros tinham transformado o Foro Romano, aos pés do Palatino, em depósito e mercado de feno.

Vicente Strambi, que foi seu companheiro nas missões que havia nas regiões rurais do Lácio, o definiu como "terremoto espiritual". O povo que escutava suas prédicas chamava-o "anjo da paz". Com as armas pacíficas da palavra e da caridade conseguiu de fato conter o impressionante fenômeno do banditismo que proliferava nas periferias de Roma. Peregrinos e mercadores caíam nas emboscadas dos marginais. Nada adiantavam as expulsões, sanções e execuções capitais. O papa Leão XII recorreu então a Gaspar de Búfalo, que conseguiu amansar os bandidos mais temíveis. Porém, muitos outros méritos teve este santo, que o papa João XXIII definiu "glória toda resplandecente do clero romano, verdadeiro e maior apóstolo da devoção ao Preciosíssimo Sangue de Jesus no mundo". São Gaspar de Búfalo recebeu de Pio VII a incumbência de se dedicar às missões populares pela restauração religiosa e moral do Estado Pontifício. Empreendeu essa nova cruzada em nome do Precioso Sangue de Jesus, tornando-se o ardoroso apóstolo desta devoção, fundando em 1815 a Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue e em 1834 ajudado pela B. Maria de Matias, o Instituto das Irmãs Adoradoras do Preciosíssimo Sangue.

São Gaspar de Búfalo morreu no dia 28 de Dezembro de 1837, e São Vicente Palloti, seu contemporâneo, teve a visão de sua alma que subia ao encontro de Cristo, como estrela luminosa. A fama de sua santidade logo atingiu o mundo todo. Foi beatificado em 1904 e canonizado por Pio XII em 1954.
Santo Bernardo de Menton (de Aosta)
Bernardo viveu no século IX, pouco se sabe sobre sua origem, não é certo, mas parece que pertencia à família dos barões de Menton, da corte francesa. Entretanto, documentos da época, confirmam que na Itália, Bernardo era o arcedecano da Catedral de Aosta, conhecido pela oratória nas pregações.

Ele será sempre lembrado como reconstrutor de um dos pontos mais destruídos da Europa: a passagem de Monte Giove, atualmente chamada de Grande São Bernardo, onde também havia um mosteiro. Essa região de vales era uma rota importante que ligava Londres, na Inglaterra e Perúgia, na Itália, permitindo o trânsito de mercadorias, pessoas e idéias.

Desde o final do século IX, esses vales e colinas passaram a viver um inferno. Os exércitos árabes dominaram a região achacando a população, provocando seqüestros, matanças, incendiando mosteiros, igrejas e aldeias inteiras.

Até que Guilherme da Provença colocou um ponto final nessa situação. Destruiu a base armada dos árabes, provocando a retirada de todos, mas, em conseqüência, a região ficou completamente destruída.

Foi nesse contexto que apareceu Bernardo. Ele recuperou o mosteiro alí existente, criando uma nova comunidade religiosa, que sob a sua direção, com determinação e competência, reorganizou a população e reconstruiu as aldeias e vales. Assim, o paraíso voltou a reinar, pouco a pouco, com os habitantes fixando-se na região.

Depois, os novos religiosos com o tempo se converteram em cônegos regulares e chegaram a formar uma congregação, a qual, se dedicou a evangelizar as regiões montanhosas da Ásia Central. Eles se tornaram também famosos por utilizarem cães auxiliadores, conhecidos pelo nome de "São Bernardo", pois se originaram neste mosteiro, e que tanto serviços prestaram para resgatar os alpinistas perdidos.

Este foi o outro Bernardo atuando, aquele evangelizador. Talvez a parte menos comentada de sua vida. Em sintonia com a reforma interna da Igreja, Bernardo era contra a ignorância religiosa, os maus costumes do clero, o abandono dos fiéis e o comércio das coisas espirituais.

Pois foi trabalhando nessa causa que a morte o levou, em 12 de junho de 1081, no Convento de Novara. A Europa conseguiu se reerguer, após mil anos de invasões de árabes, normandos, eslavos e húngaros, graças à homens como Bernardo de Aosta. Seu corpo foi sepultado na Catedral Novarra, na Itália.

Inscrito no Martirológio Romano em 1681, São Bernardo de Aosta foi proclamado pelo Papa Pio XI, em 1923, padroeiro dos povos dos Alpes, dos alpinistas e dos esquiadores.
Santo Onofre
Onofre era um eremita que viveu no Egito no final do século IV e início do século V. Ele foi encontrado por um abade chamado Pafúncio. Acostumado a fazer visitas à alguns eremitas na região de Tebaida, este abade empreendeu sua peregrinação a fim de descobrir se também seria chamado à vivê-la.

Pafúncio perambulou no deserto durante vinte e um dias, quando totalmente exausto e sem forças caiu ao chão. Neste instante viu aparecer uma figura que o fez estremecer: era um homem idoso, de cabelos e barbas que desciam até o chão, recoberto de pêlos tal qual um animal, usando uma tanga de folhas.

Era comum os eremitas serem encontrados com este aspecto, pois viviam sozinhos no isolamento do deserto e eram vistos apenas pelos anjos. No final ficavam despidos porque qualquer vestimenta era difícil de ser encontrada e reposta.

Ao primeiro instante Pafúncio se pôs a correr, assustado com aquela figura. Porém minutos depois, essa figura o chamou dizendo que nada temesse, pois também era um ser humano e servo de Deus.

O abade retornou ao local e os dois passaram a conversar. Onofre disse a Pafúncio o seu nome e lhe explicou a sua verdadeira história. Era um monge de um mosteiro, mas se sentira chamado à vida solitária. Resolveu seguir para o deserto e levar a vida de eremita a exemplo de São João Batista e do profeta Elias, vivendo apenas de ervas e do pouco alimento que encontrasse.

Onofre falou sobre a fome e sede que sentira e também sobre o conforto que Deus lhe dera alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima a gruta que era sua moradia. Em seguida, conduziu Pafúncio à esta gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr-do-sol, quando apareceu repentinamente diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou.

Pafúncio falou à ele sobre seu desejo de se tornar um eremita. Mas, Onofre disse que não era essa a vontade de Deus, que o tinha enviado para assistir a sua morte. Depois deveria retornar e contar a todos sua vida e o que presenciara. Pafúncio ficou, e assistiu quando um anjo deu a Eucaristia à Onofre antes da morte, no dia 12 de junho.

Retornando à cidade escreveu a história de Santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia. A devoção à este Santo era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das Cruzadas. O dia 12 de junho foi mantido pela Igreja, tendo em vista a época em que Pafúncio viveu e escreveu o livro da vida de Santo Onofre, que buscou de todas as maneiras os ensinamentos de Deus.
São Gaspar Bertoni
Fundador da Congregação dos Sagrados Estigmas

Nascido em Verona, cidade do norte da Itália, em 9 de outubro de 1777, viveu em uma época em que a cidade era palco de constantes conflitos entre os franceses e austríacos, que disputavam a sua posse.
Como conseqüência, a cidade curtia as amarguras da fome e dos desmandos da libertinagem; os feridos lotavam os hospitais, as crianças pobres não tinham escola, a juventude estava desorientada e esquecida, e até o próprio clero sofria as influências daquele ambiente nada salutar.
Nesse contexto o jovem Gaspar cresceu, enfrentando ainda alguns dramas familiares, como a morte de sua única irmã, mais nova, a incapacidade do pai de administrar os bens da família, e por fim a separação dos pais, decidida de comum acordo entre eles.
Por sugestão de seu pároco, da Paróquia de San Paolo, entrou para o Seminário e, em 20 de setembro de 1800, quando estava com quase 23 anos de idade, era ordenado sacerdote, ao som de tiros de canhão.
Ainda como seminarista ele já se dedicava aos doentes, e cedo também começou o seu trabalho com a juventude, resgatando-a daquele ambiente hostil da cidade. Esse trabalho foi tão frutuoso que ele chegou a ser reconhecido como "Apóstolo dos Jovens".
Convocado por seu bispo para resgatar a dignidade do clero, aí também realizou um excelente trabalho, a ponto de o Seminário passar a ser notado como exemplo de ordem e disciplina, e os padres e seminaristas como modelos de dedicação e serviço.
Pe. Gaspar revelou-se, também, notável conselheiro. Pessoas dos lugares mais distantes, governantes e até seu próprio bispo procuravam-no para um aconselhamento.
Chamado a colaborar nas missões populares na Paróquia de San Fermo, ele também foi excelente pregador, tanto que chegou a receber da Santa Sé o título de "Missionário Apostólico".
Mas havia ainda uma grande obra para a qual Deus iria chamá-lo a realizar, e que, aos poucos, foi se delineando para ele: a fundação de uma congregação religiosa.
Naquela época, as ordens religiosas eram perseguidas e até suprimidas. Eram proibidas reuniões ou quaisquer agrupamentos, tidos como possíveis indícios de rebeldia e oposição aos "patrões" da cidade, que se revezavam entre franceses e austríacos.
Mas Pe. Gaspar, inspirado por uma visão diante do altar de Santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas, ordem cuja supressão vigorava naquela época, passou a perceber, aos poucos, a vontade de Deus para a realização deste corajoso projeto.
Em 4 de novembro de 1.816 ele entrou com alguns companheiros em um prédio que lhe fora destinado inicialmente a servir de escola. Esse prédio era anexo à Igreja dos Estigmas, que tinha esse nome por ser dedicada às chagas, ou estigmas, de São Francisco de Assis.
Assim, além da escola, naquele ambiente de pobreza e penitência nascia, também, uma ordem religiosa que, após a morte de São Gaspar, recebeu o nome de "Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo", popularmente conhecida como "Estigmatinos".
Inspirado no título com que fora agraciado pela Santa Sé e no reconhecimento que tinha para com a autoridade dos bispos, que são os sucessores dos apóstolos, a quem Jesus deu a missão: "Ide e ensinai" (Cf. Mt 28,19), ele assim definiu a finalidade de sua congregação: "Missionários Apostólicos em auxílio aos Bispos".
Pe. Gaspar dedicou toda a sua vida a fazer sempre a vontade de Deus. Apoiado na oração, ele sempre conseguia perceber e tudo realizar segundo a vontade de Deus.
Desde os seus 35 anos de idade enfrentou sérios problemas de saúde, que antes o levaram à beira da morte, e depois o mantiveram preso ao leito durante grande parte de sua vida, suportando terríveis dores e sofrimentos, mas sem que uma queixa saísse de seus lábios.
Fez de suas enfermidades instrumentos de redenção e louvor a Deus. Chamava-as de “Escola de Deus”: são ocasiões que nos dá a misericórdia de Deus para perdoar muitas faltas que cometemos e não fazemos penitência. Devemos vivê-las na perspectiva da fé, como uma luz religiosa, pois Deus quer a nossa salvação também através da doença e, como conseqüência, do sofrimento.
De seu leito de dor continuou suas atividades como mestre, pregador de exercícios espirituais e sobretudo como conselheiro dos que a ele acorriam. Todos os que o consultaram (bispos, magistrados, sacerdotes e fiéis) admiravam-se pela sua sabedoria, e de comum acordo o consideraram como "Anjo do Conselho".
Muitos doentes que ele abençoou foram curados, e depois de sua morte ainda outros milagres já foram registrados por sua intercessão ou pelo contato com suas relíquias.
Pe. Gaspar morreu santamente no dia 12 de junho de 1.853, aos 76 anos incompletos, e foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 1 de novembro de 1.989, no dia da festa de "Todos os Santos". Os milagres para o seu processo de beatificação e canonização foram realizados no Brasil, nas cidades de Rio Claro e Rio de Janeiro.
Sua festa litúrgica é celebrada em 12 de junho.
São João de Sahagun
João Gonzáles de Castrillo, filho de nobres e cristãos, nasceu em 1430 na cidade de Sahagun, reino de León, Espanha. Estudou na sua cidade natal com os monges beneditinos da Abadia de São Facundo, recebendo a ordenação sacerdotal em 1453.

O Arcebispo de Burgos, o nomeou seu pajem e depois cônego e capelão da diocese. Depois da morte do bispo, João doou todos os seus bens, menos uma residência, onde construiu a capela de Santa Agnes, em Burgos. Devoto da Santíssima Eucaristia, celebrava a Missa diariamente, ministrando o Sacramento, pregando para a população pobre e ignorante. Esta era sua maneira de catequizar. Mas depois João afastou-se para cursar teologia na faculdade de Salamanca. Porém, antes de retornar à sua diocese deixou sua marca nesta cidade.

Consta dos registros oficiais que, certa vez, a comunidade se dividiu em dois partidos antagônicos e a disputa saiu do campo das idéias para chegar a uma luta de vida e morte. Entretanto, antes que a batalha iniciasse, João colocou-se entre os dois, pregou, orientou, aconselhou e um pacto de paz foi assinado entre eles para nunca mais haver derramamento de sangue. Desde então ganhou o apelido de "O Pacificador".

O seu fervor ao celebrar o Santo Sacrifício emocionava os fiéis, que em número cada vez maior acorria para ouvir seus ensinamentos. Um fato foi relatado sobre ele e que todos aqueles que estavam dentro da igreja também presenciaram: a forma do corpo de Jesus em uma de suas consagrações. Com isto passou a ser o conselheiro espiritual de todos na cidade e todos seguiam seus conselhos.

Em 1463 ele foi acometido de uma doença muito grave. Nesta ocasião decidiu que depois de curado entraria para uma ordem religiosa. No ano seguinte, ingressou na Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho em Salamanca. Conhecido como João de Sahagun, logo foi o noviço sênior enquanto continuava a pregar em público, tornado seus sermões cada vez mais eloqüentes e destemidos.

Consta que durante uma de suas pregações condenava com veemência os poderosos e, ao perceber a presença de um duque que se sentiu atingido pelo discurso, disse diretamente à ele que não temia a morte, como se adivinhasse seus pensamentos.

Chamado de Apóstolo de Salamanca, foi eleito Prior da comunidade em 1478. Ele mesmo previu a sua morte. Que ocorreu como uma conseqüência dos dons que possuía de enxergar o coração das pessoas e de aconselhá-las, para conseguir a conversão e a remissão da vida pecadora destes cristãos. Ele foi envenenado, por vingança de uma ex-amante, cujo companheiro, convertido por ele, a abandonou para voltar à vida familiar cristã.

João de Sahagun morreu em 11 de junho de 1479. Venerado ainda em vida por sua santidade, depois da morte, as graças e milagres por sua intercessão continuaram a ocorrer. O seu culto foi autorizado para o dia 12 de junho, quando foi declarado Santo pela Igreja em 1690. A cidade de Salamanca considera São João de Sahagun um dos seus padroeiros.

LITURGIA DIÁRIA - 12/06/2014


Quinta-feira: 12/06/2014
Primeira Leitura: 1Rs 17,1-6

10º SEMANA DO TEMPO COMUM  
(VERDE - ofício do dia)


Leitura do Primeiro Livro dos Reis.

Naqueles dias, 41Elias disse a Acab: “Sobe, come e bebe, porque já ouço o ruído de muita chuva”. 42Enquanto Acab subia para comer e beber, Elias subiu ao cume do Carmelo, prostrou-se por terra e pôs o rosto entre os joelhos. 43E disse ao seu servo: “Sobe e observa na direção do mar”. Ele subiu, observou e disse: “Não há nada”. Elias disse-lhe de novo: “Volta sete vezes”.
44À sétima vez o servo disse: “Eis que sobe do mar uma nuvem, pequena como a mão de um homem”. Então Elias disse-lhe: “Vai dizer a Acab que prepare o carro e desça, para que a chuva não o detenha”. 45Nesse meio tempo, o céu cobriu-se de nuvens escuras, soprou o vento e a chuva caiu torrencialmente. Acab subiu para o seu carro e partiu para Jezrael. 46A mão do Senhor esteve sobre Elias; e ele, cingindo os rins, correu adiante de Acab até a entrada de Jezrael.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 64)

— Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!
— Ó Senhor, que o povo vos louve em Sião!

— Visitais a nossa terra com as chuvas, e transborda de fartura. Rios de Deus que vêm do céu derramam águas, e preparais o nosso trigo.
— É assim que preparais a nossa terra: vós a regais e aplainais, os seus sulcos com a chuva amoleceis e abençoais as sementeiras.
— O ano todo coroais com vossos dons, os vossos passos são fecundos; transborda a fartura onde passais. Brotam pastos no deserto, as colinas se enfeitam de alegria.


Evangelho (Mt 5,20-26)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. 21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’.
22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.
23Portanto, quando tu estiver­es levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.
25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

Evangelho do Dia - 12/06/2014

Ano A - DIA 12/06


A justiça maior - Mt 5,20-26

“Eu vos digo: Se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: 'Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal'. Eu porém vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão:'patife!' será condenado pelo tribunal; quem chamar seu irmão de 'tolo' será condenado ao fogo do inferno. Portanto, quando estiveres levando a tua oferenda ao altar e ali te lembrares que teu irmão tem algo contra ti, deixa a tua oferenda diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. Só então, vai apresentar a tua oferenda. Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo."


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me, com todos os que se

encontram nesta rede virtual,

para a leitura orante da Palavra.

Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Senhor, deste-me teu Espírito Santo.
Ele está em mim, como uma fonte.
Mas, muitas vezes, não o sinto.
Concede-me entrar em contato com esta fonte interior
que nunca seca, para que a vida possa fluir, e eu seja
uma fonte de bênçãos para os outros.

1- Leitura (Verdade)


- O que a Palavra diz?
Leio com calma, na Bíblia, o texto Mt 5,20-26. 
Faço um momento de silêncio. Releio o texto.
A proposta de amor de Jesus é exigente.Vai mais longe do que a proposta dos fariseus. Eles, fiéis à Lei, ensinavam não matar, não chamar o irmão de idiota. Para evitar o pecado e não ir para o fogo do inferno. É preciso muito mais que isto para um cristão. Jesus diz claro que sentir raiva do irmão é motivo de julgamento. Diz que é preciso buscar reconciliação. Numa palavra: é preciso AMAR.

2- Meditação (Caminho)


- O que a Palavra diz para mim?
Graças a Deus não matamos ninguém, tirando-lhe a vida. Posso no entanto, ter julgado, ter diminuído alguém na sua fama, na sua honra, na sua dignidade. E, talvez, nem me dei conta que ofendendo alguém, ofendia a mim, e ofendia ao próprio Cristo que disse: "O que fazes ao menor dos meus irmãos é a mim que o fazes". (Mt 25,46). Lembram-nos os bispos, em Aparecida: “Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se uns aos outros, como eu os amei” (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, “todos reconhecerão que sois meus discípulos” (Jo 13,35).” (DAp 138).

3- Oração (Vida)


- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Faço o Hino ao amor
(1Cor 13,1-13)
Se eu falasse a língua dos homens e as dos anjos,
mas não tivesse amor, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine.
Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência,
se tivesse toda a fé, a ponto de remover montanhas, mas não tivesse amor, eu nada seria.
Se eu gastasse todos os meus bens no sustento dos pobres
e até me entregasse como escravo, para me gloriar,
mas não tivesse o amor, de nada me aproveitaria.
O amor é paciente, é benfazejo; não é invejoso,
não é presunçoso, nem se incha de orgulho;
não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro,
não se encoleriza, não leva em conta o mal sofrido;
não se alegra com a injustiça, mas fica alegre com a verdade.
Ele desculpa tudo, crê tudo, espera tudo, suporta tudo.
O amor jamais se acabará.
As profecias desaparecerão,
as línguas cessarão, a ciência desaparecerá.
Com efeito, o nosso conhecimento é limitado,
como também é limitado o nosso profetizar.
Mas quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito.
Quando eu era criança, falava como criança,

pensava como criança, raciocinava como criança.
Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança.
Agora nós vemos num espelho, confusamente;
mas, então, veremos face a face.
Agora conheço apenas em parte, mas, então,
conhecerei completamente, como soou conhecido.
Atualmente permanecem estas três: a fé, a esperança, o amor.
Mas a maior delas é o amor.

4- Contemplação (Vida e Missão)


- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Hoje, quero viver a espiritualidade da visão. Ou seja, terei diante dos meus olhos as lentes de Deus, um olhar de amor para todas as pessoas.


Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Irmã Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Comunhão Reparadora nos Primeiros Sábados


 Cinco Primeiros Sábados
I – A DEVOÇÃO DOS PRIMEIROS SÁBADOS
 Na Aparição do dia 13 de Julho anunciou Nossa Senhora em Fátima: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.
Esta última devoção veio pedi-la, aparecendo à Irmã Lúcia a 10-12-1925, em Pontevedra, Espanha. Disse então: 
“Olha, minha filha, o meu coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos me cravam com blasfémias e ingratidões. Tu, ao menos, procura consolar-me e diz que prometo assistir na hora da morte, com todas as graças necessárias para a salvação, a todos os que, no Primeiro Sábado de cinco meses seguidos, se confessarem, receberem a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e me fizerem companhia durante quinze minutos, meditando nos 15 mistérios do Rosário com o fim de me desagravar”.
Nª Senhora mostrou o seu Coração rodeado de espinhos, que significam os nossos pecados. Pediu que fizéssemos actos de desagravo para Lhos tirar, com a devoção reparadora dos cinco Primeiros Sábados. Em recompensa, promete-nos "todas as graças necessárias para a salvação”.
Jesus nos dois anos seguintes, 15 de Fevereiro de 1926 e 17 de Dezembro de 1927, insiste para que se propague esta devoção. Lúcia escreveu: “Da prática da devoção dos Primeiros Sábados, unida à consagração ao Imaculado Coração de Maria, depende a guerra ou a paz do mundo”.
 II – CINCO, POR QUÊ?
 São cinco os Primeiros Sábados por, segundo revelou Jesus, serem “cinco as espécies de ofensas e blasfémias proferidas contra o Imaculado Coração de Maria.
 1. – As blasfémias contra a Imaculada Conceição,
2. – Contra a sua Virgindade;
3. – Contra a Maternidade Divina, recusando ao mesmo tempo recebê-la como Mãe dos homens;
4. – Os que procuram infundir nos corações das crianças a indiferença, o desprezo e até o ódio contra esta Imaculada Mãe;
5. – Os que A ultrajem directamente nas suas sagradas imagens”.
III – CONDIÇÕES
As condições para ganhar o privilégio dos Primeiros Sábados são quatro:
1. Confissão. Para cada Primeiro Sábado é precisa uma confissão com intenção reparadora. Pode fazer-se em qualquer dia, antes ou depois do Primeiro Sábado, contanto que se receba a Comunhão em estado de graça.
A vidente perguntou: – “Meu Jesus, as (pessoas) que se esquecerem de formar essa intenção (reparadora)? Jesus respondeu – Podem formá-la na confissão seguinte, aproveitando a primeira ocasião que tiverem para se confessar”.
As outras três condições devem cumprir-se no próprio Primeiro Sábado, a não ser que algum sacerdote, por justos motivos, conceda que se possam fazer no domingo a seguir.
2. A Comunhão Reparadora.
3. O Terço.
4. A meditação, durante 15 minutos, de um só mistério, de vários ou de todos. Também vale uma meditação ou explicação de 3 minutos antes de cada um dos 5 mistérios do terço que se está a rezar.
Em todas estas quatro práticas deve-se ter a intenção de desagravar o Imaculado Coração de Maria.
A devoção dos 5 Primeiros Sábados foi aprovada pelo Bispo de Leiria a 13-9-1939, em Fátima.

ACTO DE CONSAGRAÇÃO E DESAGRAVO

Virgem Santíssima e Mãe nossa querida, ao mostrardes o vosso Coração cercado de espinhos, símbolo das blasfémias e ingratidões com que os homens ingratos pagam as finezas do vosso amor, pedistes que Vos consolássemos e desagravássemos.
Ao ouvir as vossas amargas queixas, desejamos desagravar o vosso doloroso e Imaculado Coração que a maldade dos homens fere com os duros espinhos dos seus pecados.
Dum modo especial Vos queremos desagravar das injúrias sacrilegamente proferidas contra a vossa Conceição Imaculada e Santa Virgindade. Muitos, Senhora, negam que sejais Mãe de Deus e nem Vos querem aceitar como terna Mãe dos homens. Outros, não Vos podendo ultrajar directamente, descarregam nas vossas sagradas imagens a sua cólera satânica. Nem faltam também aqueles que procuram infundir nos corações das crianças inocentes, indiferença, desprezo e até ódio contra Vós.
Virgem Santíssima, aqui prostrados aos vossos pés, nós Vos mostramos a pena que sentimos por todas estas ofensas e prome¬temos reparar com os nossos sacrifícios, comunhões e orações tantas ofensas destes vossos filhos ingratos.
Reconhecendo que também nós, nem sempre correspondemos às vossas predilecções, nem Vos honrámos e amámos como Mãe, suplicamos para os nossos pecados misericordioso perdão.
Para todos quantos são vossos filhos e particularmente para nós, que nos consagramos inteiramente ao vosso Coração Imaculado, seja-nos ele o refúgio durante a vida e o caminho que nos conduza até Deus. Assim seja.
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Cinco, porquê?
O Padre José Bernardo Gonçalves (1894-1966) propôs em Maio de 1930 à Irmã Lúcia, de quem foi confessor, seis perguntas para as quais pedia esclarecimento.
Eis o que se refere à quarta, com a respectiva resposta dada por escrito:
«Porque hão-de ser ‘5 sábados’ e não 9 ou 7 em honra das dores de Nossa Senhora?
Ficando na capela com Nosso Senhor parte da noite do dia 29 para 30 deste mês de Maio de 1930, e falando a Nosso Senhor das duas perguntas 4.ª e 5.ª, senti-me de repente possuída intimamente da divina presença; e, se não me engano, foi-me revelado o seguinte:
‘Minha filha, o motivo é simples: são 5 as espécies de ofensas e blasfémias contra o Imaculado Coração de Maria:
1.ª – As blasfémias contra a Imaculada Conceição.
2.ª – Contra a Sua virgindade.
3.ª – Contra a Maternidade Divina, recusando, ao mesmo tempo, recebê-La como Mãe dos homens;
4.ª – Os que procuram publicamente infundir, nos corações das crianças, a indiferença, o desprezo, e até o ódio para com esta Imaculada Mãe;
5.ª – Os que A ultrajam directamente nas suas sagradas Imagens.
Eis, Minha filha, o motivo pelo qual o Imaculado Coração de Maria Me levou a pedir esta pequena reparação; e, em atenção a ela, mover a minha misericórdia ao perdão para com essas almas que tiveram a desgraça de A ofender».
Primeira ofensa: negação da Imaculada Conceição.
A 8 de Dezembro de 1854, definiu o Papa Pio IX: «Declaramos, pronunciamos e definimos, que a doutrina que sustenta que a bem-aventurada Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, foi por graça e privilégio singular de Deus Todo-Poderoso... preservada e imune de toda a mancha do pecado original, foi revelada por Deus e como tal deve ser firme e constantemente acreditada por todos os fiéis».
Recusam este privilégio várias confissões protestantes, os racionalistas, e implicitamente aqueles que negam o pecado original, pois que a Imaculada Conceição é precisamente a isenção dessa mancha, que em tal hipótese não exisitria.
Segunda ofensa: negação da Virgindade perpétua de Maria.
A 6 de Novembro de 1982 disse João Paulo II no Santuário do Pilar em Saragoça, Espanha: «De modo virginal ‘sem intervenção de varão, e por obra do Espírito Santo, Maria deu a natureza humana ao Filho Eterno do Pai. De modo virginal nasceu de Maria um corpo santo. É a fé que...o Papa Paulo IV articulava na forma ternária de Virgem ‘antes do parto, no parto e perpetuamente depois do parto’. É a mesma que ensina Paulo VI: ‘Cremos que Maria é Mãe sempre Virgem do Verbo encarnado».
Opõem-se a esta verdade os que negam que a Conceição e o parto de Jesus não foram virginais, e que Maria não conservou no parto a sua integridade, assim como aqueles que afirmam que Ela teve mais filhos além de Jesus.
Terceira ofensa: negação da maternidade divina e espiritual de Maria.
Declarou o III Concílio de Constantinopla no ano de 680: «Nosso Senhor Jesus Cristo – nasceu do Espírito Santo e de Maria Virgem, que é, segundo a humanidade, própria e verdadeiramente Mãe de Deus».
É também Mãe espiritual dos homens, pela sua participação no Mistério da Encarnação e Co-redenção.
Quarta ofensa: ódio para com a Imaculada Mãe de Deus.
A ideologia Marxista-comunista procurou eliminar todos os vestígios de religião, a começar pelas crianças. O Ministério da Educação soviética declarou nesses tempos: «A educação comunista tem como fim principal eliminar todos os vestígios da religião». Ensinava-se às crianças o racionalismo puro e, além disso, em certa nação, os pequeninos aprendiam «ladaínhas» de injúrias contra a Mãe de Deus.
Quinta ofensa: ultrajes às sagradas imagens.
Chegou-se ao descaramento de destruir e ultrajar as imagens de Nossa Senhora, sobretudo quando expostas em público. Certamente também desgostam a Maria Santíssima aqueles que tiram dos templos as suas imagens ou as reduzem ao mínimo, contrariando o Concílio Vaticano II. «Observem religiosamente aquelas coisas que nos tempos passados foram decretadas acerca do culto das imagens de Cristo, da Bem-aventura Virgem e dos Santos».
São estas cinco ofensas a Maria que devemos reparar nos cinco primeiros sábados.
Textos P. Fernando Leite, sj