quinta-feira, 11 de julho de 2013

LITURGIA DIÁRIA - 11/07/2013


Dia: 11/07/2013
Primeira Leitura: Gênesis 44, 18-21.23-29; 45, 1-5

SÃO BENTO
ABADE E PAI DOS MONGES
(branco, pref. comum ou dos santos - ofício da memória)


Leitura do Livro do Gênesis.
Naqueles dias, 18 Judá aproximou-se de José e, cheio de ânimo, disse: “Perdão, meu Senhor, permite a teu servo falar com toda a franqueza, sem que se acenda a tua cólera contra mim. Afinal, tu és como um faraó! 19 Foi meu Senhor quem perguntou a seus servos: ‘Ainda tendes pai ou algum outro irmão?’ 20 E nós respondemos ao meu senhor: ‘Temos um pai já velho e um menino nascido em sua velhice, cujo irmão morreu; é o único filho de sua mãe que resta, e seu pai o ama com muita ternura’. 21 E tu disseste a teus servos: ‘Trazei-o a mim, para que eu possa vê-lo. 23b Se não vier convosco o vosso irmão mais novo, não vereis mais a minha face’.
24 Quando, pois, voltamos para junto de teu servo, nosso pai, contamos tudo o que o meu senhor tinha dito. 25 Mais tarde disse-nos nosso pai: ‘Voltai e comprai para nós algum trigo’. 26 E nós lhe respondemos: ‘Não podemos ir, a não ser que o nosso irmão mais novo vá conosco. De outra maneira, sem ele, não nos podemos apresentar àquele homem’. 27 E o teu servo, nosso pai, respondeu: ‘Bem sabeis que minha mulher me deu apenas dois filhos. 28 Um deles saiu de casa e eu disse: um animal feroz o devorou! E até agora não apareceu. 29 Se me levardes também este, e lhe acontecer alguma desgraça no caminho, fareis descer de desgosto meus cabelos brancos à morada dos mortos’”.
45,1 Então José não pode mais conter-se diante de todos os que o rodeavam e gritou: “Mandai sair toda a gente!” E, assim, não ficou mais ninguém com ele, quando se deu a conhecer aos irmãos. José rompeu num choro tão forte, que os egípcios ouviram e toda a casa do Faraó. 3 E José disse a seus irmãos: “Eu sou José! Meu pai ainda vive?” Mas os irmãos não podiam responder-lhe nada, pois foram tomados de um enorme terror. Ele, porém, cheio de clemência, lhes disse: “Aproximai-vos de mim”. Tendo-se eles aproximado, disse: “Eu sou José, vosso irmão, a quem vendestes para o Egito. 5Entretanto, não vos aflijais, nem vos atormenteis, por me terdes vendido a este país. Porque foi para a vossa salvação que Deus me mandou adiante de vós, para o Egito”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 104,16-21)

— Lembrai as maravilhas do Senhor!
— Lembrai as maravilhas do Senhor!

— Mandou vir, então, a fome sobre a terra e os privou de todo pão que os sustentava; um homem enviara à sua frente, José que foi vendido como escravo.
— Apertaram os seus pés entre grilhões e amarraram seu pescoço com correntes, até que se cumprisse o que previra, e a palavra do Senhor lhe deu razão.
— Ordenou, então, o rei que o libertassem, o soberano das nações mandou soltá-lo; fez dele o senhor de sua casa, e de todos os seus bens o des­pen­seiro.


Evangelho (Mt 10,7-15)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!
Não leveis ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos; 10 nem sacola para o caminho, nem duas túnicas nem sandálias nem bastão, porque o operário tem direito a seu sustento. 11 Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes, informai-vos para saber quem ali seja digno. Hos­pedai-vos com ele até a vossa partida.
12 Ao entrardes numa casa, saudai-a. 13 Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. 14 Se alguém não vos receber, nem escutar vossa palavra, saí daquela casa ou daquela cidade, e sacudi a poeira dos vossos pés. 15 Em verdade vos digo, as cidades de Sodoma e Gomorra serão tratadas com menos dureza do que aquela cidade, no dia do juízo.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 11/07/2013

Ano C - DIA 11/07

A missão dos doze apóstolos - Mt 10,7-15

“No vosso caminho, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro à cintura; nem sacola para o caminho, nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão, pois o trabalhador tem direito a seu sustento. Em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, procurai saber quem ali é digno e permanecei com ele até a vossa partida. Ao entrardes na casa, saudai-a: se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não for digna, volte para vós a vossa paz. Se alguém não vos receber, nem escutar vossas palavras, saí daquela casa ou daquela cidade e sacudi a poeira dos vossos pés. Em verdade, vos digo: no dia do juízo, a terra de Sodoma e Gomorra receberá uma sentença menos dura do que aquela cidade.”


Leitura Orante

Oração Inicial


Começamos, rezando:
Deus Pai, Santo e eterno, 
nós te agradecemos por chamar cada um de nós pelo nome. 
Em ti vivemos, agimos e crescemos. 
Rezamos pelos cristãos do mundo inteiro. 
Faze que vivamos sempre mais na fé 
e no amor que tu desejas.


1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 10,7-15
O anúncio proposto por Jesus é simples: “O reino do céu está perto”. As ações são claras: curar, ressuscitar, expulsar o mal. As atitudes são de gratuidade e pobreza. A saudação é de paz. Um detalhe: não se preocupar se alguma cidade ou algumas pessoas não os acolherem.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Para compreender a identidade de Jesus Cristo, tenho que ter o coração humilde.
Os Bispos em Aparecida nos ajudaram a compreender melhor o chamado de Jesus: “O chamado que Jesus, o Mestre faz, implica numa grande novidade. Na antiguidade, os mestres convidavam seus discípulos a se vincular com algo transcendente e os mestres da Lei propunham a adesão à Lei de Moisés. Jesus convida a nos encontrar com Ele e a que nos vinculemos estreitamente a Ele porque é a fonte da vida (cf. Jo 15,1-5) e só Ele tem palavra de vida eterna (cf. Jo 6,68). Na convivência cotidiana com Jesus e na confrontação com os seguidores de outros mestres, os discípulos logo descobrem duas coisas originais no relacionamento com Jesus. Por um lado, não foram eles que escolheram seu mestre foi Cristo quem os escolheu. E por outro lado, eles não foram convocados para algo (purificar-se, aprender a Lei...), mas para Alguém, escolhidos para se vincular intimamente a sua pessoa (cf. Mc 1,17; 2,14). Jesus os escolheu para “que estivessem com Ele e para enviá-los a pregar” (Mc 3,14), para que o seguissem com a finalidade de “ser d’Ele” e fazer parte “dos seus” e participar de sua missão. O discípulo experimenta que a vinculação íntima com Jesus no grupo dos seus é participação da Vida saída das entranhas do Pai, é se formar para assumir seu estilo de vida e suas motivações (cf. Lc 6,40b), viver seu destino e assumir sua missão de fazer novas todas as coisas.” (DAp 131).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com a oração:
Senhor,
difunde sobre nós o teu Espírito para que
sigamos sempre mais de perto Jesus Cristo 
e possamos dar testemunho da nossa vida cristã. Que possamos reconhecer e servir Cristo
naqueles que sofrem e passam necessidade. 
Faze de nós tua morada. 
Ó Deus, com a fecundidade do teu Espírito animaste a vida e
a missão dos primeiros discípulos e discípulas de Jesus.
Ilumina com o mesmo Espírito os nossos corações,
e acende neles o fogo do teu amor, 
para que sejamos testemunhas da tua Ressurreição.
Amém! 


4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Procurarei descobrir o meu chamado para “ser d’Ele” – de Jesus - e fazer parte “dos seus”, para que todos sejam um.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Ir. Patrícia Silva, fsp

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

Aquilo que o homem não pode emendar em si mesmo ou nos demais, deve-o tolerar com paciência, até que Deus disponha de outro modo. Considera que talvez seja melhor assim, para provar tua paciência, sem a qual não têm grande valor nossos méritos. Todavia, convém, nesses embaraços, pedir a Deus que te auxilie, para que os possas levar com seriedade. (Do sofrer os defeitos dos outros)

Fonte: Imitação de Cristo 

SANTO DO DIA - 10/07/2013

10/07
Santo Antônio Percierskij
Antônio, que antes se chamava Antipas, nasceu na Ucrânia no ano de 983. Percierskij, na realidade, não é o seu sobrenome, mas sim um apelido e tem um significado: "da gruta". Trata-se de uma referência à cela, escavada por ele mesmo, no vale de Dnjepr, próximo a Kiev, que deu origem à vida monástica russa.

Antônio "da gruta", desde a adolescência, sempre buscou a solidão das cavernas, típicas de sua região, para suas orações contemplativas. Depois viveu, até os quarenta e cinco anos de idade, peregrinando solitário pelos inúmeros mosteiros do monte Athos, na Grécia. Os registros indicam que ele permaneceu alguns anos no mosteiro de Esphigmenon, quando decidiu continuar a vida de penitência e oração na sua pátria. Foi assim que escavou a primeira gruta em Kiev.

Logo surgiram muitos seguidores, e curiosos, que se sentiam atraídos pelos ensinamentos e pela fama de santidade daquele homem de oração e penitência. Todos queriam aprender com o monge sábio e justo, que nunca se mostrava irritado. Era um homem manso e silencioso, pleno de misericórdia com todos. Essa sua personalidade foi muito bem retratada pelo fiel discípulo Nestor, ao escrever "Histórias dos tempos passados".

Contudo Antônio insistia em viver solitário, enquanto os seus seguidores formavam uma comunidade. Com sua permissão, foram construindo várias celas pela região e, depois, uma primeira igreja. Assim, em 1051, surgiu o "Mosteiro das Grutas", cuja arquitetura foi projetada integrando as grutas escavadas por esses monges primitivos.

Esse mosteiro se tornou um dos centros religiosos mais importantes de toda a Rússia. A sua comunidade se tornou famosa pela caridade, instrução, prestígio cultural e pelo esplendor da liturgia ortodoxa cristã. Além das belas igrejas que iam surgindo, consideradas verdadeiras obras de arte da arquitetura eslava. Antônio não desejava dirigir todo esse movimento, mas tinha noção exata do que ocorria. Por isso manteve-se como o exemplo da comunidade e a direção ele confiou ao seu discípulo Teodósio, que sedimentou e estabeleceu as regras da vida monástica.

Por perseguição política, Antônio foi obrigado a abandonar Kiev em 1055. Foi refugiar-se próximo a Cernigov, onde criou um outro mosteiro, conservando a regras de vida do anterior, imprimindo a sua marca pelo exemplo na oração, penitência e caridade. Mas no mosteiro de Kiev, haviam permanecido alguns religiosos, guiados pelo discípulo Teodósio, que é considerado co-fundador do mosteiro. Por isso Antônio conseguiu retornar clandestinamente e lá permaneceu recluso até a sua morte, no dia 10 de julho de 1073.

Do Mosteiro da Gruta de Kiev original restou uma parte não muito grande, pois nos anos de 1299 e 1316 foi quase destruído pelas invasões dos tártaros. Em1926, foi fechado pelo regime comunista. Só em 1988 ele foi reaberto definitivamente. Hoje, ele faz parte do patrimônio da humanidade, como um monumento tombado e conservado pela Unesco.
Santo Olavo
Hoje a Igreja nos convida a contemplarmos a vida de Santo Olavo, o Santo rei da Noruega. Nascido em 995 da família real, Olavo mostra-nos com sua vida que a santidade não escolhe profissão, nem posição social, pois ela não vêm sobre classes, mas sim em corações abertos à Graça de Cristo.
Aconteceu que o jovem Olavo foi para a Inglaterra num expedição vichink e assim pôde conhecer Jesus, o Cristianismo e ser Batizado, isto em 1014. Ao voltar para a casa Olavo que era herdeiro do trono, encontrou o falecimento do pai e usurpadores do Reino, assim teve Olavo de assumir o trono e submeter os inimigos pelo combate.
Quando esteve no poder, Santo Olavo buscou a santidade como rei; sem deixar fazer de tudo para levar Deus os súditos à mesma Graça, por isso procurou acabar com o paganismo, construir Igrejas e trazer sacerdotes da Inglaterra para evangelizar seu povo. Todos os esforços de Olavo para submeter a Noruega ao Rei dos Reis e Senhor dos senhores encontraram êxitos e barreiras, ao ponto do Santo rei ter que ficar por um tempo exilado e ao voltar foi vítima de um conflito armado em 1030.

Santo Olavo...rogai por nós!

LITURGIA DIÁRIA - 10/07/2013


Dia: 10/07/2013
Primeira Leitura: Gênesis 41, 55-57; 42, 5-7.17-24

XIV SEMANA COMUM*
(verde - ofício do dia)


Leitura do Livro do Gênesis.
41,55 Naqueles dias, todo o Egito começou a sentir fome, e o povo clamou ao Faraó, pedindo alimento. E ele respondeu-lhe: “Dirigi-vos a José e fazei o que ele vos disser”.
56 Quando a fome se estendeu a todo o país, José abriu os celeiros e vendeu trigo aos egípcios, porque a fome também os oprimia. 57 De todas as nações vinham ao Egito comprar alimento, pois a fome era dura em toda a terra.
42,5 Os filhos de Israel entraram na terra do Egito com outros que também iam comprar trigo, pois havia fome em Canaã. José era governador na terra do Egito e, conforme a sua vontade, se vendia trigo à população.
Chegando os irmãos de José, prostraram-se diante dele com o rosto em terra. 7a Ao ver seus irmãos, José os reconheceu. 17 E mandou metê-los na prisão durante três dias. 18 E, no terceiro dia, disse-lhes: “Fazei o que já vos disse e vivereis, pois eu temo a Deus. 19 Se sois sinceros, fique um dos irmãos preso aqui no cárcere, e vós outros ide levar para vossas casas o trigo que com­prastes. 20 Mas trazei-me o vosso irmão mais novo, para que eu possa provar a verdade de vossas palavras, e não morrerdes”.
Eles fizeram como José lhes tinha dito. 21 E diziam uns aos outros: “Sofremos justamente estas coisas, porque pecamos contra o nosso irmão: vimos a sua angústia quando nos pedia compaixão, e não o atendemos. É por isso que nos veio esta tribulação”.
22 Rúben disse-lhes: “Não vos adverti dizendo: ‘Não pequeis contra o menino?’ E vós não me escutastes. E agora nos pedem conta do seu sangue”. 23 Ora, eles não sabiam que José os entendia, pois lhes falava por meio de intérprete. 24aEntão, José afastou-se deles e chorou.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 32)

— Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!
— Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!

— Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o! Cantai para o Senhor um canto novo, com arte sus­tentai a louvação!
— O Senhor desfaz os planos das nações e os projetos que os povos se propõem. Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar.
— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.


Evangelho (Mt 10,1-7)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos maus e de curar todo tipo de doença e enfermidade. Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; Filipe e Bartolo­meu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus.
Jesus enviou estes Doze, com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aonde moram os pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! 6 Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7 Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos Céus está próximo’”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 10/07/2013

Ano C - DIA 10/07

Os doze apóstolos - Mt 10,1-7

Chamando os doze discípulos, Jesus deu-lhes poder para expulsar os espíritos impuros e curar todo tipo de doença e de enfermidade. Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e depois André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus. Jesus enviou esses doze, com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aos territórios dos pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! No vosso caminho, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’”.


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para o encontro com Deus mediante sua Palavra, em comunhão com os demais internautas, rezando:
Vem, Espírito Santo, nos nossos corações,
e concede-nos, por intercessão de Maria,
a graça de ler e reler as Escrituras.
Concede-nos, Espírito Santo,
a graça de reconhecer a obra de Deus atuante na História
e a sua presença de misericórdia.
Amém.


1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 10,1-7, e observo pessoas que Jesus chama e o que lhes recomenda.
Jesus chamou os seus doze discípulos e lhes deu autoridade para expulsar espíritos maus e curar todas as enfermidades e doenças graves. São estes os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e o seu irmão André; Tiago e o seu irmão João, filhos de Zebedeu; Filipe, Bartolomeu, Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu; Tadeu e Simão, o nacionalista; e Judas Iscariotes, que traiu Jesus. Jesus enviou esses doze homens, dando-lhes a seguinte ordem: - Não vão aos lugares onde vivem os não-judeus, nem entrem nas cidades dos samaritanos. Pelo contrário, procurem as ovelhas perdidas do povo de Israel. Vão e anunciem isto: "O Reino do Céu está perto."
Jesus não chamou para seu grupo os mais preparados do seu tempo, mas, os mais disponíveis. Chamou simples pescadores – Pedro, André, Tiago, João. Chamou o cobrador de impostos. Chamou gente simples. Não significa que discriminou. Apenas, significa que o coração mais simples está livre de muitas preocupações. E os chamados recebem o mesmo poder de Jesus: anunciar o Reino, expulsar os espíritos maus e curar todas as doenças, uma missão de libertar as pessoas de todos os males. Rejeitar os chamados, os apóstolos é rejeitar a salvação.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Sou livre para seguir Jesus? Pelo batismo todo cristão é chamado a seguir Jesus de acordo com seu estado de vida. Os bispos, em Aparecida, falam deste chamado:
“A admiração pela pessoa de Jesus, seu chamado e seu olhar de amor despertam uma resposta consciente e livre desde o mais íntimo do coração do discípulo, uma adesão de toda sua pessoa ao saber que Cristo o chama por seu nome (cf. Jo 10,3). É um “sim” que compromete radicalmente a liberdade do discípulo a se entregar a Jesus, Caminho, Verdade e Vida (cf. Jo 14,6). É uma resposta de amor a quem o amou primeiro “até o extremo” (cf. Jo 13,1). A resposta do discípulo amadurece neste amor de Jesus: “Te seguirei por onde quer que vás” (Lc 9,57). (DAp 136).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Senhor Jesus, eu creio que estou na tua presença
e te adoro profundamente.
Ilumina a minha inteligência e fortifica a minha vontade,
de modo que a minha vida seja, aos poucos,
transformada pelo encontro contigo.
Liberta-me de tantas coisas que me oprimem,
ensina-me a evitar a dispersão
em muitos interesses superficiais;
ajuda-me na busca contínua da tua vontade.
Espírito Santo, cria em mim um coração novo,
capaz de amar todas as pessoas.
Que a minha oração seja sustentada
pela intercessão de Maria, Mãe da Igreja
e modelo de disponibilidade à voz de Deus.
Amém.

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de atenção aos vários chamados de Jesus.


Bênção


- O Deus da paz vos santifique completamente
- Vos conserve íntegros em espírito, alma e corpo,
e irrepreensíveis para quando vier o Senhor Jesus Cristo.
- A graça do Senhor Jesus Cristo esteja convosco. (1Ts 5,23ss).
Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém


Receba diariamente em seu e-mail, o Evangelho do Dia, assinando RSS no blog
http://leituraorantedapalavra.blogspot.com 

Irmã Patrícia Silva, fsp

terça-feira, 9 de julho de 2013

FORMAÇÃO DO DIA: A EUCARISTIA SEGUNDO A BÍBLIA (os ilogismos da "Sola Scriptura")

A EUCARISTIA SEGUNDO A BÍBLIA (os ilogismos da "Sola Scriptura")

O objetivo secundário - como se verá - é demonstrar que o protestantismo, mesmo quando usa seus métodos da Sola Scriptura e livre exame da Bíblia, escorrega grosseiramente em temas doutrinais vitais que a Escritura apresenta com clareza tropical.

Todos os argumentos aqui aduzidos serão exarados unicamente da Sagrada Escritura.

Como introdução, podemos dizer que alma de nossa santa religião é a Eucaristia, ou seja, que Nosso Senhor Jesus Cristo está presente total e verdadeiramente sob as aparências eucarísticas do pão e vinho. Portanto o Cristo Eucarístico guardado nos santos tabernáculos deve ser por nós adorado, amado e consolado.

Pois bem, os protestantes ensinam que na Eucaristia ("Ceia do Senhor") não se encontra verdadeiramente Jesus Cristo. Mas, segundo eles, a Eucaristia seria apenas um "símbolo", uma "imagem figurada", uma "lembrança" do corpo de Cristo. Portanto Jesus não pode ser adorado na hóstia santa porque ele ali não estaria presente verdadeiramente. Por isso consideram a adoração eucarística tributada pelos católicos uma verdadeira idolatria.

Muitas pessoas, por não conhecerem a Bíblia, são levados a aceitar este tipo de opinião. Para esclarecer dúvidas, neste pequeno trabalho apresentaremos - se Deus nos consentir - de forma simples, os trechos bíblicos e alguns comentários sobre a presença real de Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia, conforme nos ensinaram o próprio Senhor Jesus e seus Apóstolos:

No Evangelho Jesus ensina às multidões: "Quem come minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele" (Jo 6, 56 ). Ensina claramente que para permanecermos Nele (e Ele em nós), devemos nos alimentar literalmente de sua carne e de seu sangue. Como pode, porém, o cristão se alimentar da carne e do sangue de Jesus Cristo? Ele estaria falando de forma simbólica ou literal? "Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue verdadeiramente uma bebida" (Jo 6,55). Aí está. A sua carne é verdadeiramente uma comida, logo, não pode ser "simbolicamente" uma comida. Os Judeus, que naquele momento estavam ouvindo o ensinamento de Jesus entenderam muito bem que Jesus estava falando literalmente de seu corpo e sangue físico, pois exclamaram admirados: "Como pode este homem dar-nos de comer a sua carne?" (Jo 6,52). Os seus próprios Apóstolos também entenderam que Cristo não estava falando em linguagem figurada, pois comentaram entre si: "Essa palavra é dura! Quem pode escutá-la?" (Jo 6,60).

A declaração de que nos daria em alimento seu próprio corpo e sangue causou muita admiração e assustou muito os seguidores de Cristo, por este motivo "muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com ele" (Jo 6,66). Quem afirmar que Jesus nestes trechos do evangelho estava falando apenas de maneira figurada, está indelicadamente afirmando que Jesus não sabia se expressar direito, pois todos os seus ouvintes, pelas suas reações, entenderam que ele estava falando de maneira literal.

Para que ninguém ainda tivesse dúvidas a respeito deste ensinamento, Jesus também declarou: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu hei de dar é a minha carne para a salvação do mundo" (Jo 6,51). Ele é o pão da vida que desceu dos céus, como outrora o maná no deserto (Ex 16,15). Afirma que este pão descido dos céus é a sua carne. Afirma que esta carne, será dada (instituída mais tarde) em alimento para a salvação do mundo (para todos os homens e para todos os tempos).

A respeito da Santa Eucaristia, Jesus Cristo também ensinou: "É necessário que vos empenheis não para obter esse alimento perecível (o pão comum), mas o alimento que permanece para a vida eterna (a Eucaristia), o qual o filho do homem vos dará (instituirá mais tarde)" (Jo 6,27). Ou seja, é importante trabalhar para obter o pão de cada dia. Mas é mais necessário dar importância ao pão eucarístico, porque este produz fruto "para a vida eterna".

Na Quinta Feira Santa, segundo São Mateus, disse o Senhor Jesus: "Tomai e comei isto é o meu corpo (...) isto é o meu sangue" (Mt 26,26-28); Marcos narra em seu evangelho: "Isto é o meu corpo (...) isto é o meu sangue" (Mc 14,22-24); Lucas, não destoa dos outros: "Isto é o meu corpo (...) este cálice é a nova aliança em meu sangue" (Lc 22,19-20); Em nenhum lugar Jesus diz que aquele "pão" e aquele "vinho" são um símbolo, ou uma representação figurada do seu corpo e sangue. Mas afirma repetidamente: "isto é o meu corpo...isto é o meu sangue". O apóstolo São Paulo escrevendo aos católicos de Corínto ensina a mesmíssima coisa. Escreve ele que o Senhor Jesus na última ceia disse: "Isto é o meu corpo (...) este cálice é a nova aliança no meu sangue" (1Cor 11,24-25). Pode-se ler estas palavras em qualquer Bíblia, em qualquer língua, em qualquer lugar. O mesmo apóstolo, na mesma epístola, confirma o que todos os cristãos já naquele tempo acreditavam. Escreve ele: "O cálice que tomamos não é a comunhão com o sangue de Cristo? O pão (...) não é a comunhão com o corpo de Cristo?" (1Cor 10,16). Ele não diz: "O cálice que tomamos não é uma "lembrança" do sangue de Cristo?". Mas sim: o cálice que tomamos "É" a comunhão com o sangue de Cristo. E mais adiante exorta os fiéis que com pouca fé na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia, tomavam-na sem se prepararem adequadamente: "Cada um, portanto, se examine antes de comer desse pão e beber deste cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir (sem reconhecer) o corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação. Eis porque há entre vós tantos doentes e aleijados, e vários morreram" (1Cor 11,28-30). Ensina claramente nestes versículos, que aquele que não discerne (não reconhece) a presença real de Jesus Cristo sob as espécies de pão e vinho, acaba por comer indignamente da Eucaristia. E afirma que, como conseqüência do pecado de não reconhecer (não discernir) o Corpo de Cristo na Eucaristia e comungar indignamente, muitos estão doentes e até mesmo morreram na comunidade de Corinto. Não se entenderia esta veemência e santo temor do apóstolo São Paulo sobre a dignidade da Eucaristia, se a mesma fosse apenas uma "lembrança", um "símbolo", uma "representação figurada" do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Porque, cargas d'àgua, o Senhor Deus fulminaria com doenças e paralisias e mesmo com a morte, um pobre e distraído fiel que despreparadamente consumia um pedaço de pão, se este fosse apenas uma "lembrança" do corpo de Cristo?

Mas, a esta altura, talvez um curioso leitor esteja se perguntando: em meio à tantas declarações claras das Escrituras a respeito da presença real, porque os protestantes que propagandeiam tão ruidosamente o princípio da Sola Scriptura insistem em descrer que Cristo esteja presente literalmente na Sagrada Eucaristia? Mas isto tem uma explicação psicológica interessantíssima: a Eucaristia e o Sacerdócio tem uma interdependência verdadeiramente admirável. Celebra a Eucaristia o Sacerdote legitimamente ungido para isto. O Sacerdócio por sua vez não tem razão de ser, se não se celebra o Sacrifício Eucarístico. Portanto, os protestantes ao se desligarem do sacerdócio católico, inconscientemente sentem que não tem autoridade para celebrar eficazmente a Eucaristia. O sacerdócio católico está diretamente ligado à Eucaristia. Portanto, quem nega a eficácia do sacerdócio, também se vê obrigado a negar a existência da presença real.

Fato admirável: em nenhum versículo de toda a Sagrada Escritura a Eucaristia nos é apresentada como um "símbolo". Fato mais admirável ainda: todos os documentos que nos chegaram da antigüidade cristã, bem como os escritos dos Santos Padres atestam a perenidade da doutrina que afirma a presença real de Cristo na Eucaristia. Esta é a verdadeira doutrina ensinada por Jesus e pelos apóstolos e acolhida pela Igreja Católica há vinte séculos.

A advertência é seríssima: "Se não comerdes a carne do filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós" (Jo 6,53).

Agora finalizando... um convite para todos os católicos: aprendam sobre a sua Igreja, nunca se cansem de conhecê-la. Pois só se ama o que se conhece. E conhecendo-a, verás como teu amor por ela se inflama indefinidamente. Não se deixem levar por qualquer palrador. Pesquisem a fé dos antigos cristãos, e vejam se esta não é a fé da Igreja de hoje.

Descubram admirados, o que descobriu o célebre historiador inglês (não católico) GIBBON: "Foi-me impossível resistir ao peso da evidência histórica que mostra como em todo o período dos quatro primeiros séculos da Igreja, já eram admitidos, em teoria e em prática, os pontos principais das doutrinas do Papado" ( cf.: E. GIBBON, "Memoirs of my life and writings" na "Miscellaneous Works of E. Gibbon", Londres, 1837, pp 28-29).

Contemple também, caro irmão, a babel que se tornou o protestantismo: 20.000 seitas só nas Américas! Todo dia proliferam, qual cogumelos após às chuvas, por todos os lados. Lutero, Calvino & cia., ao advogar o livre exame (ou seja cada crente é suficiente e "iluminado" para interpretar livremente a Bíblia, e daí retirar a doutrina que achar mais plausível) e o princípio da Sola Scriptura (somente a Bíblia é suficiente para ditar normas doutrinárias e morais), desmoronaram toda certeza a respeito da Eucaristia e outras certezas doutrinárias. Vivemos para testemunhar o cumprimento da profecia: "Haverá entre vós falsos doutores, que introduzirão disfarçadamente seitas perniciosas" (2Ped 2,1).

O próprio Lutero, muitos anos após iniciar sua heresia, reconhecia num momento de lucidez: "Devemos confessar a verdade: no papismo encontra-se a palavra de Deus, a missão apostólica, o verdadeiro batismo, o verdadeiro sacramento do altar, as verdadeiras chaves para a remissão dos pecados, o verdadeiro catecismo... E quanto à Sagrada Escritura e ao púlpito, é dos papistas que as tomamos; sem o papismo que saberíamos nós?" (cf.: Tomo IV, p. 227, b.ed. De Wittemb, 1551).


Fonte: Membros do Corpo de Cristo 

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

Lembra-te a miúdo do provérbio: Os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir (Ecle 1,8). Portanto, procura desapegar teu coração do amor às coisas visíveis e afeiçoá-lo às invisíveis: pois aqueles que satisfazem seus apetites sensuais mancham a consciência e perdem a graça de Deus. (Desprezo de todas as vaidades do Mundo). 

Fonte: Imitação de Cristo

SANTO DO DIA - 09/07/2013

09/07
Agostinho Zhao Rong e 119 Companheiros
A Igreja Católica levou a luz do Evangelho ao povo chinês a partir do século V. No seguinte, já existia a primeira igreja católica e a primeira sede episcopal, na cidade de Beijin. A adaptação da liturgia católica foi possível porque o cristianismo era visto, naquele período, como uma realidade que enriquecia e não se opunha aos mais altos valores das tradições do povo chinês. Para o qual, o sentimento de natural religiosidade é uma das características mais profundas da história de sua nação, de todos os séculos.

A Igreja Católica deu um novo impulso na evangelização da China após a divulgação de vários decretos imperiais. Estes concediam liberdade religiosa para todos os súditos e autorizavam os missionários a evangelizar em seus vastos domínios. Mas, a questão dos "rituais católicos chineses" começou a irritar o imperador que, influenciado pela perseguição aos cristãos no Japão, resolveu promover a sua também.

No início a perseguição ocorreu disfarçada e veladamente. Os massacres sangrentos dos cristãos só começaram em 1648. Na época todos os decretos foram cancelados e as execuções autorizadas, apenas os que renegassem a fé seriam poupados. Do século XVII até a metade do século XIX muitos missionários e fiéis leigos foram mortos, inclusive Monsenhor João Gabriel Taurin Defresse, das Missões Exteriores de Paris, e que depois também foi beatificado.

Agostinho Zhao Rong era um soldado chinês que escoltou Monsenhor Dufresse até a cidade de Beijin e o acompanhou até sua execução por decapitação. Ele ficou muito impressionado com a serenidade e a força espiritual de Defresse que, apesar de torturado, não renegou a fé em Cristo. Foi assim que Agostinho se viu tocado pela luz da fé e rogou para que Defresse o convertesse. Depois, foi batizado e enviado ao Seminário de onde saiu ordenado sacerdote diocesano. Quando foi reconhecido como cristão, ele também sofreu terríveis suplícios carnais antes de morrer decapitado, em 1815. Entretanto, jamais renegou sua fé em Cristo.

No início de 1900 ocorreu a revolução comunista chinesa, provocada por motivos políticos reprimidos há anos, com novas ondas de perseguições aos cristãos. Porém, o motivo foi exclusivamente religioso, como comprovaram os documentos históricos. Desde então uma sangrenta exterminação aconteceu matando um número infindável de catequistas leigos, chineses convertidos, sacerdotes chineses e igrejas. Todos os nomes não puderam ser localizados, porque a destruição e os incêndios continuaram ao longo do novo regime político chinês. A última execução em massa de cristãos na China, que se tem notícia, foi em 25 de fevereiro de 1930.

No ano do Jubileu de 2000, Papa João Paulo II proclamou Beatos, Agostinho Zhao Rong e 119 Companheiros Mártires da China. Eles passarão a ser venerados e homenageados no dia 09 de julho, pois constituem um exemplo de coragem e de coerência para todos cristãos do mundo.
Santa Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus
Amábile Lúcia Visintainer, nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, em Vigolo Vattaro, província de Trento, no norte da Itália. Era a segunda filha do casal Napoleão e Anna, que eram ótimos cristãos, mas muito pobres. Nessa época começava a emigração dos italianos, movida pela doença e carestia que assolava a região. Foi o caso da família de Amábile que em setembro de 1875 escolheram o Brasil e o local onde muitos outros trentinos já haviam se estabelecido no Estado de Santa Catarina, em Nova Trento, na pequena localidade de Vígolo.

Assim que chegou Amábile conheceu Virgínia Rosa Nicolodi e se tornam grandes amigas. As duas se confessam apaixonadas pelo Senhor Jesus e não era raro encontrá-las, juntas, rezando fervorosamente. Fizeram a Primeira Comunhão no mesmo dia, quando Amábile já tinha completado doze anos de idade.

Logo em seguida o padre Servanzi a iniciou no apostolado paroquial, encarregando-a da catequese das crianças, da assistência aos doentes e da limpeza da capela de seu vilarejo, Vigolo, dedicada a São Jorge. Mas mal sabia o padre que estaria confirmando a vocação da jovem Amábile para o serviço do Senhor. Amábile, incluía sempre Virgínia, nas atividades para ampliar o campo de ação. Dedicava-se de corpo e alma à caridade, servia consolando e ajudando os necessitados, os idosos, os abandonados, os doentes e as crianças. As obras já eram reconhecidas e notadas por todos e embora não soubesse que já se consagrava a Deus.

Com a permissão de seu pai, Amábile construiu um pequeno casebre, num terreno doado por um barão, próximo à capela, para aí rezar, cuidar dos doentes, instruir as crianças. A primeira paciente foi uma mulher portadora de câncer terminal, a qual não tinha quem lhe cuidasse. Era o dia 12 de julho de 1890, data considerada como o dia da fundação da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que iniciou com Amábile e Virgínia, atuando como enfermeiras.

Esta também foi a primeira congregação religiosa feminina fundada em solo brasileiro e foi aprovada pelo Bispo de Curitiba, em agosto 1895. Quatro meses depois Amábile, Virgínia e Teresa Anna Maule outra jovem que se juntou à elas, fizeram os votos religiosos; e Amábile recebeu o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Também foi nomeada Superiora, passando a ser chamada de Madre Paulina.

A santidade e a vida apostólica de Madre Paulina e de suas Irmãzinhas atraíram muitas vocações, apesar da pobreza e das dificuldades em que viviam. Além do cuidado dos doentes, das crianças órfãs, dos trabalhos da paróquia, trabalhavam também na pequena indústria da seda para poder sobreviverem.

Em 1903, com o reconhecimento de sua obra Madre Paulina foi convidada a se transferir para São Paulo. Fixando-se junto à uma capela no Bairro do Ipiranga, iniciou a obra da "Sagrada Família" para abrigar os ex-escravos e seus filhos depois da abolição da escravidão em 1888. Em 1918, Madre Paulina foi chamada à Casa Geral em São Paulo, com o reconhecimento de suas virtudes, para servir de exemplo às jovens vocações da sua congregação. Neste período destacou-se pela oração constante e pela caridosa e contínua assistência às Irmãzinhas doentes.

Em 1938, acometida pelo diabetes, iniciava um período de grande sofrimento, iniciando com a amputação do braço direito, até a cegueira total. Madre Paulina morreu serenamente no dia 09 de julho de 1942, na Casa Geral de sua congregação, em São Paulo.

Ela foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 1991, quando visitou oficialmente o Brasil. Depois o mesmo pontífice a canonizou em 2002, assim, Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus se tornou a primeira Santa do Brasil. 

LITURGIA DIÁRIA - 09/07/2013


Dia: 09/07/2013
Primeira Leitura: Gênesis 32, 23-33

SANTA PAULINA DE JESUS
RELIGIOSA E VIRGEM
(branco, pref. comum ou das virgens - ofício da memória)


Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias, 23 Jacó levantou-se ainda de noite, tomou suas duas mulheres, as duas escravas e os onze filhos e passou o vau do Jaboc. 24 Depois de tê-los ajudado a passar a lutar com ele até o raiar da aurora.
26 Vendo que não podia vencê-lo, este tocou-lhe o nervo da coxa e logo o tendão da coxa de Jacó se deslocou, enquanto lutava com ele. 27 O homem disse a Jacó: “Larga-me, pois já surge a aurora”. Mas Jacó respondeu: “Não te largarei, se não me abençoares”. 28 O homem perguntou-lhe: “Qual é o teu nome?” Respondeu: “Jacó”. 29Ele lhe disse: “De modo algum te chamarás Jacó, mas Israel; porque lutaste com Deus e com os homens, e venceste”. 30 Perguntou-lhe Jacó: “Dize-me, por favor, o teu nome”. Ele respondeu: “Por que perguntas-me o meu nome?” E ali mesmo o abençoou. 31 Jacó deu a esse lugar o nome de Fanuel, dizendo: “Vi Deus face a face e tive poupada a minha vida”.
32 Surgiu o sol quando ele atravessava Fanuel; e ia mancando por causa da coxa. 33Por isso os filhos de Israel não comem até hoje o nervo da articulação da coxa, pois Jacó foi ferido nesse nervo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 16)

— Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!
— Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!

— Ó Senhor, ouvi a minha justa causa, escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o vosso ouvido à minha prece, pois não existe falsidade nos meus lábios.
— De vossa face é que me venha o julgamento, pois vossos olhos sabem ver o que é justo. Provai meu coração durante a noite, visitai-o, examinai-o pelo fogo, mas em mim não achareis iniquidade.
— Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me ouvis, inclinai-me o vosso ouvido e escutai-me! Mostrai-me vosso amor maravilhoso, vós que salvais e libertais do inimigo quem procura a proteção junto de vós.
— Protegei-me qual dos olhos a pupila e guardai-me, à proteção de vossas asas. Mas eu verei, justificado, a vossa face e ao despertar me saciará vossa presença.


Evangelho (Mt 9,32-38)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 32 apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. 33 Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. 34 Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”.
35 Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo o tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37 “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38 Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!”

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


O Evangelho do Dia - 09/07/2013

Ano C - DIA 09/07

A cura de um mudo - Mt 9,32-38

Enquanto os cegos estavam saindo, as pessoas trouxeram a Jesus um possesso mudo. Expulso o demônio, o mudo começou a falar. As multidões ficaram admiradas e diziam: “Nunca se viu coisa igual em Israel”. Os fariseus, porém, diziam: “É pelo chefe dos demônios que ele expulsa os demônios”. Jesus começou a percorrer todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, proclamando a Boa-Nova do Reino e curando todo tipo de doença e de enfermidade. Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!”


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante 
saudando a Santíssima Trindade, rezando, com todos os internautas:
Em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Trindade Santíssima - Pai, Filho, Espírito Santo -
presente e agindo na Igreja
e na profundidade do meu ser.
Eu vos adoro, amo e agradeço.

1- Leitura (Verdade)


Leio atentamente, na Bíblia, o texto Mt 9,32-38 e observo reações das pessoas próximas a Jesus.
A ação libertadora de Jesus provocava reações e interpretações contraditórias nas pessoas. Uns admiravam. Outros, os fariseus, diziam que era pelo chefe dos demônios que Jesus libertava as pessoas. Os primeiros eram livres, coração aberto para acolher a salvação. Os que se consideravam entendidos, de certa forma eram blindados. Não deixavam a Palavra entrar no seu coração e, para se justificar, acusavam Jesus. O texto diz ainda um sentimento de Jesus: ele "ficou com muita pena daquela gente porque eles estavam aflitos e abandonados" E recomenda que se peçam mais pastores.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje? Com qual categoria me identifico? Identifico-me com os simples, desarmados, que acolhiam com reconhecimento e gratidão a ação de Deus, ou nos blindamos para não acolher nem a graça, nem a Pessoa de Jesus?
Comentaram os Bispos da América Latina: "a vida no Espírito não nos fecha em uma intimidade cômoda e fechada, mas sim nos torna pessoas generosas e criativas, felizes no anúncio e no serviço. Torna-nos comprometidos com os sinais da realidade e capazes de encontrar um profundo significado a tudo o que nos toca fazer pela Igreja e pelo mundo." (DAp 85).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, pedindo ao Espírito Santo, um coração bom 
e também, mais pastores para o rebanho de Jesus: 
Espírito Santo,
necessito de ti para conhecer a estrada sobre a qual caminhar.
Necessito de ti para que o meu coração seja aberto,
acolhedor da tua graça.
E então, para além das palavras e conceitos que ouço,
poderei perceber a tua presença.
Ó Espírito Santo, que vives na Igreja,
que vives dentro de nós,
modela em nós a figura e a forma de Jesus.
Ó Jesus, Pastor Eterno,
envia operários para a tua messe!

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de abertura ao Espírito de Deus.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Irmã Patrícia Silva, fsp


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Papa Francisco: "me sinto mal quando vejo um padre com um carro chique"


O Santo Padre encontrou-se na tarde deste sábado, 6 de junho, na Sala Paulo VI, no Vaticano, com os seminaristas, noviços, noviças, e os jovens que estão no caminho vocacional. Em sua reflexão, o Papa Francisco chamou a atenção para um perigo constante, ou seja, a cultura do provisório:

"Eu não culpo vocês. Reprovo esta cultura do provisório que não nos faz bem, pois uma escolha definitiva hoje é muito difícil. Na minha época era mais fácil, porque a cultura favorecia uma escolha definitiva tanto para a vida matrimonial, quanto para a vida consagrada ou sacerdotal, mas nesta época não é fácil uma escolha definitiva. Nós somos vítimas desta cultura do provisório".

O Papa frisou que o chamado é primeiramente uma alegria que não nasce do possuir o último modelo de smartphone, de moto ou carro: 

"Digo realmente a vocês que me sinto mal quando vejo um sacerdote ou uma religiosa com um carro chique. Não pode ser assim! Reconheço que o carro seja necessário, pois nos ajuda a nos mover com facilidade. Comprem um carro mais simples. E se você gostou do carro bonito, pense nas muitas crianças que morrem de fome. Somente isso".

O Santo Padre destacou que a "alegria nasce do sentir-se dizer: Você é importante para mim. É isso que Deus nos faz entender. Ao nos chamar, Deus nos diz: Você é importante para mim, eu te quero bem, conto contigo. Entender isso é o segredo de nossa alegria. Sentir-se amados por Deus, sentir que para Ele não somos números, mas pessoas. Sentir que é Ele quem nos chama. Tornar-se sacerdote, religioso e religiosa não é antes de tudo uma escolha nossa, mas a resposta a um chamado e um chamado de amor".

"Essa alegria é contagiosa. Não pode haver santidade na tristeza", disse o Santo Padre que deu uma forte indicação aos jovens sobre o voto de castidade, "um caminho que amadurece na paternidade e maternidade pastoral":

"Vocês, seminaristas e religiosas consagrem o seu amor a Jesus, um grande amor; o coração é para Jesus e isso nos leva a fazer o voto de castidade, o voto de celibato. Mas os votos de castidade e do celibato não terminam no momento do voto, continua. Quando um sacerdote não é pai de sua comunidade, quando uma religiosa não é mãe de todos aqueles com os quais trabalha, se tornam tristes. Este é o problema. A raiz da tristeza na vida pastoral é a falta de paternidade e maternidade que vem da maneira de viver mal esta consagração, que nos deve levar à fertilidade. Não se pode pensar num sacerdote ou numa religiosa que não são fecundos: isso não é católico! Isso não é católico! Esta é a beleza da consagração: é a alegria, a alegria".

Enfim, o Papa convidou os presentes a saírem de si mesmos para encontrar Jesus na oração e sair para encontrar os outros, e acrescentou: "Eu desejo uma Igreja missionária":

"Deem sua contribuição em favor de uma Igreja assim: fiel ao caminho que Jesus quer. Não aprendem conosco, que não somos mais jovens; não aprendam conosco aquele esporte que nós, os velhos, muitas vezes fazemos: o esporte da reclamação. Não aprendam conosco o culto da reclamação. É uma deusa que se lamenta sempre. Sejam positivos, cultivem a vida espiritual e, ao mesmo tempo, sejam capazes de encontrar as pessoas, especialmente as desprezadas e desfavorecidas. Não tenham medo de sair e caminhar contracorrente. Sejam contemplativos e missionários. Tenham sempre Nossa Senhora com vocês. Rezem o Terço, por favor. Não o abandonem. Tenham sempre Maria em sua casa e rezem por mim, porque eu também preciso de orações, pois sou um pobre pecador".

Fonte: Rádio Vaticano


Da redação do Portal Ecclesia

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

Mas ai! Muitas vezes é em vão e sem proveito, pois essa consolação exterior é muito prejudicial à consolação interior e divina. Cumpre, portanto, vigiar e orar, para que não passe o tempo ociosamente. Se for lícito e oportuno falar, seja de coisas edificantes. O mau costume e o descuido do nosso progresso espiritual concorrem muito para o desenfreamento de nossa língua. Ajudam muito, porém, ao aproveitamento espiritual os devotos colóquios sobre coisas espirituais, mormente quando se associam em Deus pessoas que pensam e sentem do mesmo modo. (Como se devem evitar as conversas supérfluas) 

Fonte: Imitação de Cristo

SANTO DO DIA - 08/07/2013

08/07
Beato Eugênio III
O papa Eugênio III nasceu em Montemagno, numa família cristã, rica e da nobreza italiana. Foi batizado com o nome de Píer Bernardo Paganelli, estudou e recebeu a ordenação sacerdotal na diocese de Pisa, centro cultural próximo da sua cidade natal.

Possuía um temperamento reservado, era inteligente, muito ponderado e calmo. Segundo os registros da época, em 1130 ele teve um encontro com o religioso Bernardo de Claraval, fundador da Ordem dos Monges Cistercienses e hoje um santo da Igreja. A afinidade entre ambos foi tão grande que, cinco anos depois, Píer Bernardo ingressou no mosteiro dirigido pelo amigo e vestiu o hábito cisterciense.

Através da convivência com Bernardo de Claraval, ele se tornou conhecido, pois foi escolhido para abrir um outro mosteiro da Ordem em Farfa, diocese de Viterbo, sendo consagrado o abade pelo papa Inocêncio II. Quando esse papa morreu, o abade Píer Bernardo foi eleito sucessor.

Isto ocorreu não por acaso, ele era o homem adequado para enfrentar a difícil e delicada situação que persistia na época. Roma estava agitada e às voltas com graves transtornos provocados, especialmente, pelo líder político Arnaldo de Bréscia e outros republicanos que exigiam que fosse eleito um papa que forçasse a entrega do poder político ao seu partido. Muitas casas de bispos e cardeais já tinham sido saqueadas. Por isso os cardeais resolveram escolher o abade Píer Bernardo, justamente porque ele estava fora do colégio cardinalício, portanto isento das pressões dos republicanos.

Ele assumiu o pontificado com o nome de papa Eugênio III. Mas teve de fugir de Roma à noite, horas após sua eleição, para ser coroado no mosteiro de Farfa, em Viterbo. Era o dia 18 de fevereiro de 1145. Como a situação da cidade não era segura, o novo papa e seus cardeais decidiram mudar para Viterbo. Quando a população romana foi informada, correu para pedir sua volta. Foi assim, apoiado pelo povo, que o papa Eugênio III retornou para Roma e assumiu o controle da cidade, impondo a paz. Infelizmente, durou pouco.

Em 1146, Arnaldo passou a exigir a destruição total de Trívoli. Novamente o papa Eugênio III teve de fugir. Como se recusou a comandar o massacre, ele corria risco de morte. Teve de atravessar os Alpes para ingressar na França, onde permaneceu exilado por três anos.

Os conflitos não paravam, o povo estava sempre nas ruas, liderado por Arnaldo, e o papa teve de ser duro com os insubordinados da Igreja que se aproveitavam da situação. Nesse período, convocou quatro concílios para impor disciplina. Também depôs os arcebispos de York e Mainz; promoveu uma séria reforma na Igreja e na Cúria Romana em defesa da ortodoxia nos estudos eclesiásticos. Enviou o cardeal Breakspear, o futuro papa Adriano IV, para divulgá-la na Escandinávia, enquanto ele próprio ainda o fazia percorrendo o norte da Itália.

Só retornou a Roma depois de receber ajuda do imperador alemão Frederico Barba-Roxa, contra os republicanos de Arnaldo. Ainda pôde defender a Igreja contra os invasores turcos e iniciar a construção do palácio pontifício. Morreu no dia 8 de julho de 1153, depois de governar a Igreja por oito anos e cinco meses, num período tão complicado e violento da história. O papa Eugênio III foi beatificado em 1872.