domingo, 19 de maio de 2013

Domingo de Pentecostes - Missa do Dia



A missão da comunidade
 Reconciliar e construir a paz!

João 20,19-23

19 Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana,estando fechadas, por medo dos judeus,as portas do lugar onde os discípulos se encontravam,Jesus entrou e pondo-se no meio deles,  disse: 'A paz esteja convosco'.
20 Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado.Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.21 Novamente, Jesus disse: 'A paz esteja convosco. 
Como o Pai me enviou, também eu vos envio'.
22 E depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: 'Recebei o Espírito Santo.
23 A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados;
a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos'. 

Reflexão
 
Neste dia a Igreja se reúne para celebrar a festa de Pentecostes. O envio missionário da comunidade reunida. A superação do medo, da escuridão pelo sopro que dá vida. Novas criaturas surgem da experiência da cruz. O sofrimento resignificado surge como força inspiradora para a alegria. A paz, fruto da alegria de Jesus, fundamentará as ações daqueles que levarão o seu projeto adiante. Esse projeto, enviado por Deus ao Filho, se torna nosso. Assim, a comunidade retoma a aliança feita desde o Antigo Testamento e assumirá a missão de Jesus se apoiando na força do Espírito Santo.
 
A) Uma presença que elimina o medo e traz a paz: no versículo 19 percebe-se a presença de Jesus ao anoitecer. Talvez devêssemos recordar de um verso do poema de São João da Cruz: “Sem outra luz nem guia, além da que no coração ardia”. A escuridão nos faz perceber a luz. Jesus é a luz e sua presença no centro dissipa o medo porque traz a paz. O olhar dos discípulos já não fitam as portas, porém o mestre que entra e se põe no meio para anunciar uma boa notícia: a paz.
 
B) Do sofrimento a alegria plena: Jesus não se desvia do caminho proposto pelo Pai. Suas experiências trouxeram à consciência Dele o que era a vontade do Pai em sua vida. No versículo 20 nota-se alguém que fez um profundo mergulho e resignificou todo sofrimento. A atitude de Jesus em mostrar as mãos e o lado não significa afirmar o quanto Ele sofreu ou pediu para que tivessem pena dele. Jesus se mostra maduro diante do sofrimento e simbolicamente, mostrando as mãos e o lado, faz os discípulos perceberem a alegria que uma pessoa pode ter quando, mesmo não esquecendo o sofrimento, resignifica, dando novo sentido a vida. A alegria de Jesus foi fazer a vontade de Deus e a paz gerada dessa alegria contagia os demais e faz a comunidade olhar de maneira diferente as pedras do cotidiano. Isto é fruto do Espírito que comunica a vida.
 
C) O sopro de vida gerador de perdão: Depois de proclamar a paz por duas vezes Jesus sopra. Não pergunta se querem receber ou não o Espírito, simplesmente o faz. Aqui entra a abertura incondicional que todo cristão deve ter. Receber o Espírito é se abrir a ele e ser levado por vezes a lugares que não queiramos afim de anunciar e se comprometer com o Reino de Deus. Aderir a ação do Espírito é ser portador do perdão e construtor da justiça de Deus no mundo. Os pecados retidos, não perdoados pela comunidade, devem ser denunciados. Um olhar novo daquilo que é velho será possível quando as lentes da relação de amor gerada do Pai e do Filho em comunhão com o Espírito, estiverem morando nos nossos corações. Só fundamentando nossas práticas no exemplo deixado por Jesus estaremos colaborando com o projeto de Deus guiados pelo Espírito. O Espírito nos faz presença que dissipa o medo, alegria que resignifica o sofrimento e perdão que recria relações.
 
João 20,19-21: A experiência da ressurreição. Jesus se faz presente na comunidade. As portas fechadas não podem impedir que ele esteja no meio dos que nele acreditam. Até hoje é assim! Quando estamos reunidos, mesmo com todas as portas fechadas, Jesus está no meio de nós. E até hoje, a primeira palavra de Jesus é e será sempre: "A paz esteja com vocês!" Ele mostrou os sinais da paixão nas mãos e no lado. O ressuscitado é o crucificado! O Jesus que está conosco na comunidade não é um Jesus glorioso que não tem mais nada em comum com a vida da gente. Mas é o mesmo Jesus que viveu nesta terra, e traz as marcas da sua paixão. As marcas da paixão estão hoje no sofrimento do povo, na fome, nas marcas de tortura, de injustiça. É nas pessoas que reagem, lutam pela vida e não se deixam abater que Jesus ressuscita e se faz presente no meio de nós.

João 20,21: O envio - "Como o Pai me enviou, eu envio vocês!" É deste Jesus, ao mesmo tempo crucificado e ressuscitado, que recebemos a missão, a mesma que ele recebeu do Pai. E ele repete: "A paz esteja com vocês!" Esta dupla repetição acentua a importância da paz. Construir a paz faz parte da missão. Paz significa muito mais do que só ausência de guerra. Significa construir uma convivência humana harmoniosa, em que as pessoas possam ser elas mesmas, tendo todas o necessário para viver, conviver felizes e em paz. Esta foi a missão de Jesus, e é também a nossa missão. Numa palavra, é criar comunidade a exemplo da comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

João 20,22: Jesus comunica o dom do Espírito. Jesus soprou e disse: "Recebei o Espírito Santo". É só com a ajuda do Espírito de Jesus que seremos capazes de realizar a missão que ele nos dá. Para as comunidades do Discípulo Amado, Páscoa (ressurreição) e Pentecostes (efusão do Espírito) são a mesma coisa. Tudo acontece no mesmo momento.
 

João 20,23: Jesus comunica o poder de perdoar os pecados. O ponto central da missão de paz está na reconciliação, na tentativa de superar as barreiras que nos separam: "Aqueles a quem vocês perdoarem os pecados serão perdoados e aqueles a quem retiverdes serão retidos!" Este poder de reconciliar e de perdoar é dado à comunidade (Jo 20,23; Mt 18,18). No Evangelho de Mateus é dado também a Pedro (Mt 16,19). Aqui se percebe a enorme responsabilidade da comunidade. O texto deixa claro que uma comunidade sem perdão nem reconciliação já não é a comunidade cristã.

Jesus, servo bom e fiel, havia prometido que os discípulos não permaneceriam órfãos (Jo 14,15). Hoje celebramos a festa do Espírito derramado pelo Pai e pelo Filho Ressuscitado. 

Para o evangelista João, o dom do Espírito Santo foi derramado mesmo dia da Páscoa do Senhor Nessa perspectiva, Páscoa e Pentecostes são partes do mesmo acontecimento. Por sua vez, o evangelista Lucas faz coincidir a vinda do Paráclito com a festa judaica do Pentecostes. celebrada 50 dias apos a Páscoa com o objetivo de agradecer a Deus pela colheita. De acordo com o calendário, essa celebração ficava em segundo lugar na ordem de importância das festas.

Para nós, cristãos, Pentecostes é a plenitude da Páscoa e a ocasião do nascimento da Igreja com a missão de dar continuidade à obra do Ressuscitado no curso dos séculos, em meio à diversidade dos povos. É animada pelo dom do Espírito derramado sobre as comunidades dos discípulos pelo Pai e pelo Filho glorificado.

O Evangelho cria todo um cenário: a tarde do primeiro dia da semana, a comunidade dos discípulos estava reunida com as portas trancadas. Para os judeus, é um novo dia da semana; no entanto, para o evangelista, é o dia da Ressurreição, que, pela vitória de Jesus, inaugura uma nova história. De portas fechadas, a comunidade está bloqueada na fé e na missão de testemunhar o Ressuscitado. Subitamente ele se põe no meio daquele grupo de pessoas, saudando a todos: "A paz esteja com vocês!". "Shalom, vida plena para vocês!". A aceitação do Ressuscitado transforma a comunidade. O medo cede lugar à alegria, que se traduz na confiança na inauguração de um mundo novo. A vida venceu a morte.


E Jesus prossegue: "Como o Pai me enviou, assim também eu os envio". Fortalecida pela presença do Ressuscitado, a comunidade está pronta para a missão, sustentada pelo dom do Espírito Santo. "Recebam o Espírito Santo!". O mesmo Espírito que acompanhou a jornada missionária de Jesus, agora dará assistência à ação evangelizadora de sua Igreja. Do sopro de Cristo e do Espírito, nasce a comunidade, com a missão de dar continuidade a este projeto reconciliador do Pai: criar uma nova humanidade, tendo como base a paz, a alegria, a aceitação mútua e o perdão.

A nova comunidade, por palavras e ações, tem a missão de criar as condições para que o Espírito seja acolhido pelos corações humanos. Pelo Espírito, revela o dinamismo da vida, em contrapartida aos mecanismos da morte. Assim, geradas do sopro do Espírito do Ressuscitado, aquelas pessoas se transformarão em uma comunidade reconciliadora e testemunha do amor gratuito e generoso do Pai. Animados pelo dom de Cristo Ressuscitado no batismo e fortalecidos pelo Espírito Santo recebido na Crisma, nós também somos enviados ao mundo como mensageiros da paz e da reconciliação!

Com a saudação de Jesus, três fenômenos acontecem na vida dos discípulos:
1º) Todos ficaram cheios do Espírito Santo.
2º) Batizados num só Espírito, formam um só corpo, que é a Igreja.
 3º) São enviados ao mundo como mensageiros da Boa Nova da salvação.

Assim – em harmonia com a promessa de Jesus – o Espírito Santo manifesta a Sua presença sob os sinais sensíveis do vento e do fogo, descendo sobre os apóstolos e transformando-os totalmente, consagrando-os para a missão que Ele lhes havia confiado.

Com este batismo no Espírito Santo nascia assim, oficialmente, a Igreja. Nesse dia, homens separados por línguas, culturas, raças e nações começavam a reunir-se no grande Povo de Deus num movimento que só terminará com a segunda vinda gloriosa de Jesus Cristo.

A presença do Espírito Santo é o sinal da unidade da Igreja. Todos n’Ele formamos um só Corpo, que tem como cabeça o próprio Cristo. Todos nós fomos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo. O Espírito Santo é «a alma da Igreja». É Ele quem nos dá a perfeita compreensão do mistério pascal e nos leva a anunciar a ressurreição a todos os homens, sem exceção. É por Ele que nós acreditamos que Jesus é Deus e essa nossa fé se mantém. É Ele que enriquece o Corpo Místico com dons e carismas, numa grande variedade de vocações, ministérios e atividades. É Ele que, ao mesmo tempo em que nos distingue, dando-nos uma personalidade própria dentro da Igreja, nos põe em comunhão uns com os outros, de tal modo que a diversidade não destrói a unidade.


"O Espírito Santo, com o qual o Pai nos presenteia, identifica-nos com Jesus-Caminho, abrindo-nos a seu mistério de salvação para que sejamos seus filhos e irmãos uns dos outros; identifica-nos com Jesus-Verdade, ensinando-nos a renunciar a nossas mentiras e ambições pessoais, e nos identifica com Jesus-Vida, permitindo-nos abraçar seu plano de amor e nos entregar para que outros "tenham vida n'Ele"." (DAp 137).


Oração ao Espírito Santo

Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande,
Aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora,
Fechado a todas as ambições mesquinhas,
Alheio a qualquer desprezível competição humana,
Compenetrado do sentido da santa Igreja!
Um coração grande,
Desejoso de tornar-se semelhante ao Coração do Senhor Jesus!
Um coração grande e forte
Para amar todos, para servir a todos, para sofrer por todos!
Um coração grande e forte
Para superar todas as provações,
Todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa!
Um coração grande e forte,
Constante até o sacrifício, quando for necessário!
Um coração cuja felicidade
É palpitar com o Coração de Cristo e cumprir humilde, fiel e virilmente
A vontade do Pai. Amém

SANTO DO DIA - 19/05/2013

19/05
Agostinho Novello (Bem-aventurado)
Mateus nasceu na cidade de Termini Imerese, antiga Terano, na Sicília, Itália, próximo do ano 1240. Era filho de um alto funcionário daquela corte, e foi enviado pelos pais à universidade de Bolonha para estudar Direito civil e eclesiástico. Um dos seus companheiros de estudos foi o futuro rei Manfredi do reino da Sicília. Este quando seu pai morreu e assumiu o trono, mandou chamar o amigo para ser seu chanceler. Nessa corte, Mateus se distinguiu pela notável cultura e humildade.

Em 1266, o rei Manfredi morreu num combate, e Mateus teve de fugir, mesmo ferido como estava. Sentindo o chamado de Deus, decidiu mudar de vida, mas ocultando sua origem e cultura. Foi procurar acolhida no convento dos agostinianos de Siena, no qual vestiu o hábito como um simples irmão leigo tomando o nome de Agostinho.

Frei Agostinho viveu algum tempo muito feliz no convento como um pobre analfabeto e um frade sem grande inteligência. Mas sua identidade foi descoberta quando houve necessidade de defender os direitos do convento numa demanda jurídica. O fato chegou ao conhecimento do Geral da Ordem, então Clemente de Osimo, que pediu sua transferência para a Cúria da Ordem em Roma. Alí ordenou-se sacerdote, e logo em seguida ganhou o apelido de Novello, porque à exemplo do grande Santo Agostinho na sua época, ele se distinguia pela apurada e precisa compreensão da doutrina cristã. Pouco depois foi nomeado pelo Papa Nicolau IV para o cargo de Penitente Apostólico e seu confessor particular. Cargo e função que exerceu junto aos pontífices que se seguiram: Celestino V e Bonifácio VIII.

Nesse meio tempo auxiliou a Cúria Romana na elaboração das Constituições de 1290. Eleito Geral da Ordem em 1298 permaneceu no cargo dois anos, quando pediu sua renuncia. Esse notável Superior dos agostinianos se retirou para o Ermo de São Leonardo, em Siena, continuando sua vida totalmente dedicada à serviço de Deus. No Ermo, Agostinho Novello auxiliou na fundação da Ordem dos Clérigos Hospitaleiros destinados ao serviço dos doentes terminais. Morreu com fama de santidade no dia 19 de maio de 1309, no Ermo de São Leonardo onde foi sepultado, em Siena.

A fama de sua intercessão em muitos milagres deu início ao seu culto no dia de sua morte. De tal modo que suas relíquias foram transferidas para a igreja de Santo Agostinho, na cidade de Siena. Em 1759, o Papa Clemente XIII o beatificou e manteve o dia do culto ao Beato Agostinho Novello. Em 1977 as suas relíquias foram trasladadas para a igreja construída e dedicada à ele, pelos habitantes de Termini Imerese, sua cidade natal. Beato Agostinho Neovello também foi escolhido por eles para ser o seu padroeiro celestial.
Santo Ivo
Hoje comemoramos, Santo Ivo, que nasceu nas proximidades de Treguier, Na Baixa Bretanha, no dia 13 de outubro de 1253. Foi para Paris, cursar filosofia e teologia quando tinha apenas 14 anos, e Orléans, cursar direito civil e direito canônico. Foi ordenado sacerdote e convidado a ser o conselheiro jurídico e juíz eclesiástico na diocese de Rennes por quatro anos. Era chamado o Advogado dos Pobres.

Em uma de suas defesas, livrou uma mulher inocente da prisão, quando lhe faltava apenas o veredicto final. Ela teria sido vítima de dois ladrões que haviam entregue a ela uma mala cheia de dinheiro pedindo para que ela guardasse e somente entregasse na presença dos dois. Para colocá-la na prisão, um dos ladrões conseguiu que a mulher lhe entregasse a mala e o segundo a levou ao tribunal acusando-a de roubo. Santo Ivo foi ao tribunal e conseguiu salvá-la da prisão.

Ele mesmo ia buscar nos castelos o cavalo, o carneiro roubado dos pobres sob o pretexto de impostos não pagos. Depois desse período, Santo Ivo foi nomeado sacerdote e lhe foi confiada a paróquia de Treguier, foi mais tarde reitor de Louannec, desenvolvendo intensa atividade pastoral. Mais tarde, instalou-se no solar de Kermartin dedicando-se a oração e penitência.

Santo Ivo morreu no dia 19 de maio de 1303 e inúmeros milagres são operados sobre o seu túmulo na Catedral de Treguier.
São Pedro Celestino
Pedro nasceu em 1215 na província de Isernia, Itália de pais camponeses com muitos filhos. Segundo os escritos, decidiu que seria religioso aos seis anos de idade, quando revelou esse desejo à mãe. Cresceu estudando com os beneditinos de Faifoli, assim que terminou os estudos, retirou-se para um local ermo, onde viveu por alguns anos. Depois foi para Roma recebendo o sacerdócio em 1239. Entrou para a Ordem Beneditina e, com licença do abade, voltou para a vida de eremita. Assumiu então o nome de Pedro de Morrone, pois foi viver no sopé do morro do mesmo nome, onde levantou uma cela vivendo de penitências e orações contemplativas.

Em 1251 fundou, com a colaboração de dois companheiros, um convento. Rapidamente, sob a direção de Pedro, o convento abrigava cada vez mais seguidores. Assim, ele fundou uma nova Ordem, mais tarde chamada "dos Celestinos", conseguindo pessoalmente a aprovação do Papa Leão IX, em 1273.

Em 1292 morreu o Papa Nicolau V e, após um conclave que durou dois anos, ainda não se tinha chegado a um consenso para sua sucessão. Nessa ocasião receberam uma carta contendo uma dura reprovação por esse comportamento, pois a Igreja precisava logo de um chefe. A carta era de Pedro de Morrone e os cardeais decidiram que ele seria o novo Papa, sendo eleito em 1294 com o nome de Celestino V. Entretanto, a sua escolha foi política e por pressão de Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a vida contemplativa e não para a de governança, o erro de estratégia logo foi percebido pelos cardeais.

Pedro Celestino exerceu o papado durante um período cheio de intrigas, crises e momentos difíceis. Reconhecendo-se deslocado, renunciou em favor do Papa Bonifácio VIII, seu sucessor. Isso gerou nova crise, com o poder civil ameaçando não reconhecer nem a renúncia nem o novo Sumo Pontífice. Para não gerar um cisma na Igreja, Pedro Celestino aceitou humildemente ficar prisioneiro no Castelo Fumone. Ali permaneceu até sua morte.

Dez meses depois de seu confinamento, Pedro Celestino teve uma visão e ficou sabendo o dia de sua morte. Assim, recebeu os Santos Sacramentos e aguardou por ela, que chegou exatamente no dia e momento previstos: 19 de maio de 1296. Logo, talvez pelo desejo de uma reparação, a Igreja declarou Santo Papa Pedro Celestino, já em 1313.

A Ordem dos Celestinos continuou se espalhando e crescendo, chegando a atingir, além da Itália, a França, a Alemanha e a Holanda. Mas, depois da Revolução Francesa, sobraram poucos conventos da Ordem, na Europa.
São Crispim de Viterbo
Pedro nasceu em Viterbo aos 13 de novembro de 1668, na Itália. Era filho de Ubaldo Fioretti e Márcia, que viúva, já tinha uma filha. Porém, Ubaldo também faleceu logo depois, deixando Pedro órfão ainda muito pequeno. Assim, Márcia novamente viúva casou-se com o irmão de Ubaldo, o sapateiro Francisco, do qual as crianças eram muito afeiçoadas. Francisco assumindo o lugar paterno, encaminhou o menino para estudar na escola dos padres jesuítas e o fez seu aprendiz na sapataria.

Entretanto, Pedro demonstrava uma vocação religiosa muito forte, sendo fervoroso devoto de Jesus Cristo e de Maria. Em 1693, vestiu o hábito dos capuchinhos, tomando o nome de Frei Crispim de Viterbo, em homenagem ao Santo padroeiro dos sapateiros.

Até 1710, serviu em vários mosteiros de Tolfa, Roma e Albano, quando foi definitivamente para Orvietto. Versátil exerceu várias funções, como cozinheiro, enfermeiro, encarregado da horta e além disso passou a esmolar de porta em porta. Foram quarenta anos de vida de humildade, penitência e alegria, contagiando todos que tiveram a felicidade de sua convivência e conselho.

Era um homem amante da pobreza, contemplativo, gentil e caridoso, sabia encontrar as palavras e atitudes justas quando era preciso advertir quem quer que fosse, agindo como um sábio e mestre. Suas atenções eram para os pequeninos, pecadores, pobres, encarcerados, doentes, velhos e crianças abandonadas.

Sua longa vida foi conduzida para o caminho do otimismo, alegria e amor a Deus e à Nossa Senhora, louvados e cantados de dia e de noite, em todas as circunstancias sempre. Era todo repleto do Espírito Santo. São tão vastos seus ditos, poemas e orações que se perpetuaram entre os devotos. Como este que ensinava aos jovens: "Filhinhos, trabalhai quando ainda são jovens, e sofrei com boa vontade, porque quando alguém é velho, não lhe resta senão a boa vontade". E ainda o que exortava a todos : "Ama a Deus e não fracassarás, fazei por bem e deixa que falem".

Aos oitenta e dois anos de idade, muito doente, sofrendo de artrite nas mãos e pés, além de um grave mal que lhe atingiu o estômago foi enviado para Roma, onde morreu no dia 19 de maio de 1750, pedindo perdão aos irmãos caso os tivessem ofendido. Uma de suas frases resume bem o seu carisma de vida: "Quem ama Deus com pureza de coração, vive feliz e, depois, contente morre!"

Os milagres por sua intercessão foram muitos e a devoção popular se propagou por todo o mundo católico onde as famílias franciscanas estão instaladas. Foi beatificado em 1806, pelo papa Pio VII, que marcou sua festa para o dia de sua morte. Depois, em 1982, São Crispim de Viterbo foi canonizado pelo Papa João Paulo II e se tornou o primeiro Santo que este Papa alçou à veneração dos altares da Igreja. 

LITURGIA DIÁRIA - 19/05/2013



Dia: 19/05/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 2, 1-11

PENTECOSTES
(vermelho, glória, sequência [na missa do dia], creio, prefácio próprio - ofício da solenidade)


Leitura dos Atos dos Apóstolos:

1Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar.
2De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam.
3Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles.
4Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava.
5Moravam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo.
6Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua.
7Cheios de espanto e admiração, diziam: “Esses homens que estão falando não são todos galileus? 8Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? 9Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; 11judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua!”

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 103)

— Enviai o vosso Espírito, Senhor,/ e da terra toda a face renovai!
— Enviai o vosso Espírito, Senhor,/ e da terra toda a face renovai!

— Bendize, ó minha alma, ao Senhor!/ Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!/ Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras!/ Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
— Se tirais o seu respiro, elas perecem/ e voltam para o pó de onde vieram./ Enviais o vosso espírito e renascem/ e da terra toda a face renovais.
— Que a glória do Senhor perdure sempre,/ e alegre-se o Senhor em suas obras!/ Hoje seja-lhe agradável o meu canto,/ pois o Senhor é a minha grande alegria!


Segunda leitura (1º Coríntios 12,3b-7.12-13)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:

Irmãos: 3bNinguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo.
4Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito.
5Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor.
6Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos.
7A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum.
12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo.
13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (João 20,19-23)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.





O Evangelho do Dia - 19/05/2013


Ano C - DIA 19/05

A vinda do Espírito Santo - Jo 20,19-23

Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, os discípulos estavam reunidos, com as portas fechadas por medo dos judeus. Jesus entrou e pôs-se no meio deles. Disse: “A paz esteja convosco”. Dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos, então, se alegraram por verem o Senhor. Jesus disse, de novo: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou também eu vos envio”. Então, soprou sobre eles e falou: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados; a quem os retiverdes, lhes serão retidos”.


Leitura Orante

Oração Inicial


Solenidade de Pentecostes.
Preparo-me para a Leitura Orante, invocando o Espírito Santo:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.


1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 20,19-23, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Jesus atravessa as barreiras internas e externas das pessoas. Com a vinda do Espírito Santo, o medo é vencido pela paz, a dúvida e o desânimo com a identificação e o encontro com Jesus Ressuscitado.


2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Jesus oferece a paz aos discípulos. E com a paz, oferece-lhes o Espírito Santo.
“Jesus nos transmitiu as palavras de seu Pai e é o Espírito que recorda à Igreja as palavras de Cristo (cf. Jo 14,26). Desde o princípio, os discípulos haviam sido formados por Jesus no Espírito Santo (cf. At 1,2) que é, na Igreja, o Mestre interior que conduz ao conhecimento da verdade total formando discípulos e missionários. Esta é a razão pela qual os seguidores de Jesus devem se deixar guiar constantemente pelo Espírito (cf. Gl 5,25), e tornar a paixão pelo Pai e pelo Reino sua própria paixão: anunciar a Boa Nova aos pobres, curar os enfermos, consolar os tristes, libertar os cativos e anunciar a todos o ano da graça do Senhor (cf. Lc 4,18-19)." (DAp 152).


3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com o papa Paulo VI:
Oração ao Espírito Santo
Ó Espírito Santo, dai-me um coração grande, 
Aberto à vossa silenciosa
E forte palavra inspiradora, 
Fechado a todas as ambições mesquinhas, 
Alheio a qualquer desprezível competição humana, 
Compenetrado do sentido da santa Igreja! 
Um coração grande, 
Desejoso de tornar-se semelhante
Ao Coração do Senhor Jesus! 
Um coração grande e forte
Para amar todos, 
Para servir a todos, 
Para sofrer por todos! 
Um coração grande e forte
Para superar todas as provações, 
Todo tédio, todo cansaço, 
Toda desilusão, toda ofensa! 
Um coração grande e forte, 
Constante até o sacrifício, 
Quando for necessário! 
Um coração cuja felicidade
É palpitar com o Coração de Cristo
E cumprir humilde, fiel e virilmente
A vontade do Pai. 
Amém.


4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar, iluminado pela luz do Espírito Santo,
Leva-me a pensar e desejar com os bispos da América Latina:
“ O Espírito Santo, com o qual o Pai nos presenteia, identifica-nos com Jesus-Caminho, abrindo-nos a seu mistério de salvação para que sejamos seus filhos e irmãos uns dos outros; identifica-nos com Jesus-Verdade, ensinando-nos a renunciar a nossas mentiras e ambições pessoais, e nos identifica com Jesus-Vida, permitindo-nos abraçar seu plano de amor e nos entregar para que outros “tenham vida n’Ele”.” (DAp 137).


Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Informação
Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos (SOUC)
de 12 a 19 de maio. O tema será “O que Deus exige de nós?”, inspirado em Miquéias 6,6-8.
Saiba mais:
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil - CONIC
SCS Quadra 1, Bloco E, Edifício Ceará, Sala 713
70303-900, Brasília - DF
Telefone/Fax: (61) 3321-4034
http://semanadeoracaopelaunidade.blogspot.com.br/
http://paulinascomunica.blogspot.com.br/


Irmã Patrícia Silva, fsp 

sábado, 18 de maio de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
Jesus: Em te ofereceres de todo o teu coração à divina vontade, sem buscares o teu próprio interesse em coisa alguma, nem eterna; de sorte que com igualdade de ânimo dês graças a Deus na ventura e na desgraça, pesando tudo na mesma balança. Se fores tão forte e constante na esperança que, privado de toda consolação interior, disponhas teu coração para maiores provações, sem te justificares, como se não deveras sofrer tanto, e antes louvares a santidade e a justiça em todas as minhas disposições, então andarás no verdadeiro e reto caminho da paz e poderás ter certíssima esperança de contemplar novamente minha face com júbilo. E, se chegares ao perfeito desprezo de ti mesmo, fica sabendo que então gozarás da abundância da paz, no grau possível nesta peregrinação terrestre. ( Em que consiste a firme paz do coração e o verdadeiro aproveitamento) 

Fonte: Imitação de Cristo

Sábado da 7ª Semana da Páscoa



O testemunho continua sempre

João 21,20-25

Naquele tempo:20 Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: 'Senhor, quem é que te vai entregar?' 21 Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: 'Senhor, o que vai ser deste?' 22 Jesus respondeu: 'Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, 
o que te importa isso? Tu, segue-me!' 
23 Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas:'Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?' 24 Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu;e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.25 Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos.


Reflexão
 
O evangelho de hoje começa com a pergunta de Pedro sobre o destino do discípulo amado Senhor, o que vai acontecer a ele? Jesus acabava de conversar com Pedro, anunciando o destino ou tipo de morte com que Pedro iria glorificar a Deus. E no fim Jesus acrescentou: Siga-me. (Jo 21,19).

João 21,20-21: A pergunta de Pedro sobre o destino de João. Neste momento, Pedro virou-se e viu o discípulo a quem Jesus amava e pergunta: Senhor, o que vai acontecer a ele? Jesus acabava de indicar o destino de Pedro e agora Pedro quer saber de Jesus qual o destino deste outro discípulo. Curiosidade que não mereceu resposta adequada da parte de Jesus.

João 21,22: A resposta misteriosa de Jesus. Jesus disse: Se eu quero que ele viva até que eu venha, o que é que você tem com isso? Quanto a você, siga-me. Frase misteriosa que termina novamente com a mesma afirmação de antes: Siga-me! Jesus parece querer barrar a curiosidade de Pedro. Assim como cada um de nós tem uma história própria, assim cada um tem o seu modo de seguir Jesus. Ninguém repete ninguém. Cada um deve ser criativo no seguimento de Jesus.

João 21,23: O evangelista esclarece o sentido da resposta de Jesus. A tradição antiga identifica o Discípulo Amado com o Apóstolo João e informa que ele ficou muito velho, em torno de 100 anos. Ligando a idade avançada de João com a resposta misteriosa de Jesus, o evangelista esclarece: “Por isso correu a notícia entre os irmãos de que aquele discípulo não iria morrer. Porém Jesus não disse que ele não ia morrer, mas disse: "Se eu quero que ele viva até que eu venha, o que é que você tem com isso?" Talvez seja uma alerta para estar muito atento na interpretação das palavras de Jesus e não se basear em qualquer boato.

João 21,24: Testemunho sobre o valor do evangelho. O Capítulo 21 é um apêndice que foi acrescentado quando se fez a redação definitiva do Evangelho. O capítulo 20 tem este final que encerrava tudo: “Jesus realizou diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes sinais foram escritos para que vocês acreditem que Jesus é o Messias, o Filho de Deus. E para que, acreditando, vocês tenham a vida em seu nome” (Jo 20,30-31). O livro estava pronto. Mas havia muitos outros fatos sobre Jesus. Por isso, por ocasião da edição definitiva do evangelho, alguns destes "muitos outros fatos" sobre Jesus foram selecionados e acrescentados, muito provavelmente, para clarear melhor os novos problemas do fim do primeiro século. Não sabemos quem fez a redação definitiva com o apêndice, mas sabemos que é alguém de confiança da comunidade, pois escreve: “Este é o discípulo que deu testemunho dessas coisas e que as escreveu. E nós sabemos que o seu testemunho é verdadeiro”

João 21,25: O mistério de Jesus é inesgotável. Frase bonita para encerrar o Evangelho de João: “Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que não caberiam no mundo os livros que seriam escritos”. Parece exagero, mas é a pura verdade. Ninguém jamais seria capaz de escrever todas as coisas que Jesus realizou e continua realizando na vida das pessoas que seguem Jesus até hoje!

Para confronto pessoal
1) Na sua vida existe alguma coisa que Jesus realizou que poderia ser acrescentado a este livro que nunca será escrito?
2) Pedro se preocupou demais com o outro e esqueceu de realizar o próprio “Segue-me”. Isto já aconteceu com você?
Fonte: http://viverminhavocacao.blogspot.com.br/2013_05_18_archive.html

SANTO DO DIA - 18/05/2013

18/05
São Félix de Cantalice
São Félix de Cantalice nasceu no ano de 1513, em Catalice, era filho de humildes camponeses, tendo sido sua infância de trabalho árduo no campo. Foi muito admirado pela sua humildade e simplicidade de vida por seus amigos São Felipe Neri, e São Carlos Borromeu.

Voltado à oração, e com sua inclinação religiosa, aos 27 anos, entrou em um convento de capuchinhos, na qualidade de irmão converso. Foi mais tarde enviada a Roma, onde passou 40 anos fazendo parte de um convento, pedindo esmolas para distribui-las aos pobres e doentes para confortá-los a noite.

São Félix de Cantalice morreu com 74 anos, no dia 18 de maio de 1587 e foi canonizado no ano de 1709.
São João I
João nasceu em Túsculo, uma província da Itália. Foi eleito sucessor do Papa Hormisda, em 523, e costuma ser identificado como João Diácono, autor da epístola "Ad Senartun", importante para a história da liturgia batismal. É reconhecido também pela autoria de "A Fé Católica", transmitida pelos antigos, entre as obras do filósofo e mártir São Severino Boécio, cujo trabalho exerceu grande influencia sobre São Tomás dÁquino. Vejamos qual foi a situação herdada pelo Papa João I.

O Papa Hormisda e o imperador Justino, tinham feito cessar o cisma entre Roma e Constantinopla, que iniciara em 484, com o então imperador Zenão, através do que parecia impossível: um acordo entre católicos e arianos. Com esse esquema obtivera bons resultados político, pois os godos eram arianos.

Porém, no final de 524, o imperador Justino publicou um decreto ordenando o fechamento das igrejas arianas de Constantinopla e a exclusão dos arianos de toda a função civil e militar.
Roma era então governada pelo imperador Teodorico, o grande, o rei dos bárbaros arianos que tinha invadido a Itália. Ele obrigou o Papa João I a viajar à Constantinopla para solicitar ao imperador Justino a revogação daquele decreto.

Apesar de o imperador Justino ter-se ajoelhado perante o primeiro Sumo Pontífice a pisar em Constantinopla, ele não conseguiu demovê-lo da perseguição aos arianos. A solicitação foi atendida apenas em parte, o imperador concordou em devolver as igrejas confiscadas aos arianos, mas manteve o impedimento dos arianos convertidos ao catolicismo, poderem retornar ao arianismo.

Com o fracasso de sua missão, o Papa João I despertou a ira do imperador Teodorico. Assim, quando colocou os pés em Roma foi detido e aprisionado em Ravena, onde morreu no dia 18 de maio de 526. Foi então declarado mártir da Igreja.
São Leonardo Murialdo
Leonardo Murialdo nasceu na Itália no dia 26 de outubro de 1828 e, aos cinco anos já era órfão de pai. A família era abastada, numerosa, profundamente cristã e muito tradicional em Turim, sua cidade natal. Isso lhe garantiu uma boa formação acadêmica e religiosa. A mãe, sua primeira educadora, o enviou para Savona para estudar no colégio dos padres Scolapi.

Na adolescência, atravessou uma séria crise de identidade, ficando indeciso entre ser um oficial do rei Carlos Alberto ou engenheiro. Mas a vida dos jovens pobres e órfãos, sem oportunidades e perspectivas lhe trazia grandes angústias e desejava fazer algo por eles. Por isso Leonardo escolheu o caminho do sacerdócio e da caridade, para aplacar essa grande inquietação de sua alma. Com muito estudo tornou-se doutor em teologia em 1850 e depois foi ordenado sacerdote, em 1851.

Seus primeiros anos de ministério se distinguiram pela dedicação à catequese das crianças e à criação de vários orfanatos dedicados aos jovens pobres da periferia, aos órfãos e abandonados. A sua mentalidade aberta e o trabalho voltado à juventude lhe trouxeram o convite para ser reitor do Colégio de Jovens Artesãos, o qual aceitou com amor.

Na direção do colégio, Leonardo instaurou um clima de moralidade, harmonia, formação religiosa e disciplina familiar, apoiado por competentes colaboradores, leigos e religiosos. Com essa política, assegurou a muitos jovens o acesso a uma adequada formação cristã, cultural e profissional. Ali os jovens, assistidos de perto por Leonardo, ingressavam com a idade de oito anos e recebiam formação até os vinte quatro anos, quando conseguiam um trabalho qualificado.

O êxito da sua pedagogia do amor fez com que o pequeno colégio crescesse em tamanho e em expressão. Surgiram de várias partes da Itália solicitações para a criação desses colégios de apoio à juventude. Nesse momento, Leonardo criou a Pia Sociedade Turinense de São José, mais conhecida como Congregação de São José, que se espalhou pela Europa, África e Américas.

A entrega total à essa missão e as extenuantes horas de trabalho lhe custaram graves danos à saúde. Em 30 de março de 1900, depois de várias crises de pneumonia, Leonardo morreu. Em 1970 foi canonizado pelo Papa Paulo VI. A festa de São Leonardo Murialdo foi designada para o dia 18 de maio.

LITURGIA DIÁRIA - 18/05/2013



Dia: 18/05/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 28, 16-20.30-31

VII SEMANA DA PÁSCOA*
(branco, prefácio da Ascensão - ofício do dia)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

16Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa particular, com um soldado que o vigiava. 17Três dias depois, Paulo convocou os líderes dos judeus. Quando estavam reunidos, falou-lhes: “Irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra as tradições de nossos antepassados. No entanto, vim de Jerusalém como prisioneiro e assim fui entregue às mãos dos romanos.
18Interrogado por eles no tribunal e não havendo nada em mim que merecesse a morte, eles queriam me soltar. 19Mas os judeus se opuseram e eu fui obrigado a apelar para César, sem nenhuma intenção de acusar minha nação. 20É por isso que eu pedi para ver-vos e falar-vos, pois estou carregando estas algemas exatamente por causa da esperança de Israel”.
30Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia todos os que o procuravam,31pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos, ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 10)

— Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.
— Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

— Deus está no templo santo, e no céu tem o seu trono; volta os olhos para o mundo, seu olhar penetra os homens.
— Examina o justo e o ímpio, e detesta o que ama o mal. Porque justo é nosso Deus, o Senhor ama a justiça. Quem tem reto coração há de ver a sua face.


Evangelho (João 21,20-25)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar?” 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste?”
22Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa isso? Tu, segue-me!” 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?”
24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.





O Evangelho do Dia - 18/05/2013

Ano C - DIA 18/05


Jesus e o outro discípulo - Jo 21,20-25

Voltando-se, Pedro viu que também o seguia o discípulo que Jesus mais amava, aquele que na ceia se tinha inclinado sobre seu peito e perguntado: “Senhor, quem é que vai te entregar?” Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “E este, Senhor?” Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Tu, segue-me”. Por isso, divulgou-se entre os irmãos que aquele discípulo não morreria. Ora, Jesus não tinha dito que ele não morreria, mas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” Este é o discípulo que dá testemunho destas coisas e as pôs por escrito. Nós sabemos que seu testemunho é verdadeiro. Ora, Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se todas elas fossem escritas uma por uma, creio que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que seria preciso escrever.


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me, com todos os internautas, para a Leitura Orante, recordando o que disse Bento XVI: “A oração é o caminho silencioso que nos conduz diretamente ao coração de Deus; é o respiro da alma que nos doa paz nas tempestades da vida”. Assim invoco o Espírito:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.

 

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 21,20-25, e observo pessoas, palavras, relações.
Neste texto que é o final do Evangelho de João, é recordado o discípulo amado – João – como modelo dos seguidores de Jesus. O discípulo amado é aquele que também ama e, por amar, conduz as pessoas a Jesus.

 

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Posso me comparar a João? Amo a Jesus e levo outras pessoas por este mesmo caminho?
Disseram os bispos em Aparecida: "O Espírito Santo, que o Pai nos presenteia, identificanos com Jesus-Caminho, abrindo-nos a seu mistério de salvação para que sejamos filhos seus e irmãos uns dos outros; identifica-nos com Jesus-Verdade, ensinando-nos a renunciar a nossas mentiras e ambições pessoais; e nos identifica com Jesus-Vida, permitindo-nos abraçar seu plano de amor e nos entregar para que outros “tenham vida nEle”.(DAp 137. )

 

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, e concluo com a Oração da Unidade:
Pai Nosso que estais nos céus.... e ao Espírito Santo:
Ao Espírito Santo ( pedindo-lhe os dons)
Ó Espírito Santo,
por intercessão da Rainha de Pentecostes,
cura a minha mente da irreflexão, ignorância, carências,
dureza, prejuízos, erros, perversões,
e concebe em mim a Sabedoria de Jesus- Verdade em tudo.
Cura a minha sensibilidade da indiferença, desconfiança
e más inclinações, paixões, sentimentos, afetos,
e concebe os gostos, sentimentos, inclinações de Jesus-Vida, em tudo.
Cura a minha vontade da inércia, superficialidade,
inconstância, inveja, obstinação, maus costumes,
e concebe Jesus Cristo-Caminho em mim.
Eleva divinamente em mim: a inteligência com o dom do Intelecto,
a sabedoria com o dom da Sabedoria,
a ciência com o a Ciência,
a prudência com o Conselho,
a justiça com a Piedade,
e Fortaleza com o dom da Força Espiritual,
a temperança com Temor de Deus.

 

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é aquele sugerido pelos Bispos da América Latina: “O compromisso missionário de toda a comunidade. Ela sai ao encontro dos afastados, interessa-se por sua situação, a fim de reencantá-los com a Igreja e convidá-los a novamente se envolverem com ela.” (DAp 226,d).

 

Bênção


Que Deus todo poderoso repouse sobre teus ombros
e proteja todos os teus passos.
Que o Filho de Maria habite em teu coração
e que o Espírito Santo se derrame sobre ti.


Informação
Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos (SOUC)
de 12 a 19 de maio. O tema será “O que Deus exige de nós?”, inspirado em Miquéias 6,6-8.
Saiba mais:
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil - CONIC
SCS Quadra 1, Bloco E, Edifício Ceará, Sala 713
70303-900, Brasília - DF
Telefone/Fax: (61) 3321-4034
http://semanadeoracaopelaunidade.blogspot.com.br/
http://paulinascomunica.blogspot.com.br/
Irmã Patrícia Silva, fsp

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
Não quero consolação que me tire a compunção, nem desejo contemplação que me seduz ao desvanecimento; porque nem tudo que é sublime é santo, nem tudo que é agradável é bom, nem todo desejo é puro, nem tudo que nos deleita agrada a Deus. De boa mente aceito a graça, que me faz humilde e timorato e me dispõe melhor para renunciar a mim mesmo. O homem instruído pela graça e experimentado com sua subtração não ousará atribuir-se bem algum, antes reconhecerá sua pobreza e nudez. Dá a Deus o que é de Deus, e atribui a ti o que é teu; isto é, dá graças a Deus pela graça, e só a ti atribui a culpa e a pena que a culpa merece. (Do agradecimento pela graça de Deus)  

Fonte: Imitação de Cristo

6ª-feira da 7ª Semana da Páscoa



O cuidado do rebanho - Amor incondicional

João 21,15-19

Jesus manifestou-se aos seus discípulos e,15 depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: 'Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?'
Pedro respondeu: 'Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo'. Jesus disse: 'Apascenta os meus cordeiros'. 16 E disse de novo a Pedro: 'Simão, filho de João, tu me amas?' 
Pedro disse: 'Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo'. Jesus disse-lhe: 'Apascenta as minhas ovelhas'.
17 Pela terceira vez, perguntou a Pedro: 'Simão, filho de João, tu me amas?' 
Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: 'Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo'.Jesus disse-lhe: 'Apascenta as minhas ovelhas. 
18 Em verdade, em verdade te digo: 
quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. 
Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá 
e te levará para onde não queres ir.' 19 Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou : 'Segue-me'.

Reflexão
 
Estamos nos últimos dias antes de Pentecostes. Durante a quaresma, a seleção dos evangelhos diários segue a tradição antiga da Igreja. Entre Páscoa e Pentecostes, a preferência é para o evangelho de João. Assim, nestes últimos dois dias antes de Pentecostes, os evangelhos diários trazem os últimos versículos do Evangelho de João. Na próxima segunda feira, quando retomamos o Tempo Comum, retomamos o evangelho de Marcos. Nas semanas do Tempo Comum, a liturgia diária faz leitura contínua do evangelho de Marcos (da 1ª até à 9ª semana comum), de Mateus (da 10º até 21ª semana comum) e de Lucas (da 22ª até 34ª semana comum). 
 
Os evangelhos de hoje e de amanhã trazem o último encontro de Jesus com os discípulos. Foi um reencontro celebrativo, marcado pela ternura e pelo carinho. No fim, Jesus chama Pedro e pergunta três vezes: "Você me ama?" Só depois de ter recebido, por três vezes, a mesma resposta afirmativa, é que Jesus dá a Pedro a missão de tomar conta das ovelhas. Para podermos trabalhar na comunidade Jesus não pergunta se sabemos muita coisa. O que ele pede é que tenhamos muito amor!

João 21,15-17: O amor no centro da missão. Depois de uma noite de pescaria no lago sem pegar nenhum peixe, chegando na praia, os discípulos descobrem que Jesus já tinha preparado uma refeição com pão e peixe assado nas brasas. Todos juntos fizeram uma ceia de confraternização, em cujo centro estava o próprio Senhor Jesus, preparando a Ceia. Terminada a refeição, Jesus chama Pedro e pergunta três vezes: "Você me ama?" Três vezes, porque foi por três vezes que Pedro negou Jesus (Jo 18,17.25-27). Depois de três respostas afirmativas, também Pedro se torna "Discípulo Amado" e recebe a ordem de tomar conta das ovelhas. Jesus não perguntou se Pedro tinha estudado exegese, teologia, moral ou direito canônico. Só perguntou: "Você me ama?" O amor em primeiro lugar. Para as comunidades do Discípulo Amado a força que as sustenta e mantém unidas não é a doutrina, mas sim o amor.

João 21,18-19: A previsão da morte. Jesus diz a Pedro: Eu garanto a você: quando você era mais moço, você colocava o cinto e ia para onde queria. Quando você ficar mais velho, estenderá as suas mãos, e outro colocará o cinto em você e o levará para onde você não quer ir. Ao longo da vida, Pedro e todos nós vamos amadurecendo. A prática do amor irá tomando conta da vida e a pessoa já não será mais dono da própria vida. O serviço de amor aos irmãos e às irmãs tomará conta de tudo e nos conduzirá. Um outro colocará o cinto em você e o levará para onde você não quer ir. Este é o sentido do seguimento. E o evangelista comenta: “Jesus falou isso aludindo ao tipo de morte com que Pedro iria glorificar a Deus”. E Jesus acrescentou: "Siga-me."

O amor em João – Pedro, você me ama? - O Discípulo Amado. A palavra amor é umas das palavras mais usadas por nós, hoje em dia. Por isso mesmo, é uma palavra muito desgastada. Mas era com esta palavra que as comunidades do Discípulo Amado manifestavam a sua identidade e o seu projeto. Amar é antes de tudo uma experiência profunda de relacionamento entre pessoas onde existe uma mistura de sentimentos e valores como alegria, tristeza, sofrimento, crescimento, renúncia, entrega, realização, doação, compromisso, vida, morte etc. Este conjunto todo na Bíblia é resumido por uma única palavra na língua hebraica. Esta palavra é hesed. É uma palavra de difícil tradução para a nossa língua. Nas nossas Bíblias geralmente é traduzida por caridade, misericórdia, fidelidade ou amor. As comunidades do Discípulo Amado procuravam viver esta prática do amor em toda a sua radicalidade. Jesus a revelou em seus encontros com as pessoas com sentimentos de amizade e de ternura, como, por exemplo, no seu relacionamento com a família de Marta em Betânia: “Jesus amava Marta e sua irmã e Lázaro”. Ele chora diante do túmulo de Lázaro (Jo 11,5.33-36). Jesus encarou sempre sua missão como uma manifestação de amor: “tendo amado os seus, amou-os até o fim” (Jo 13,1). Neste amor Jesus manifesta sua profunda identidade com o Pai (Jo 15,9). Para as comunidades não havia outro mandamento a não ser este: “agir como Jesus agia” (1Jo 2,6). Isto implica em “amar os irmãos”(1Jo 2,7-11; 3,11-24; 2Jo 4-6). Sendo um mandamento tão central na vida da comunidade, os escritos joaninos definem assim o amor: “Nisto conhecemos o Amor: que ele deu a sua vida por nós. Nos também devemos dar as nossas vidas por nossos irmãos e irmãs”. Por isso não devemos “amar só por palavras, mas por ações e verdade”.(1Jo 3,16-17). Quem vive o amor e o manifesta em suas palavras e atitudes torna-se também Discípula Amada, Discípulo Amado.

Para confronto pessoal
1. Olhe para dentro de você e diga qual o motivo mais profundo que leva você a trabalhar na comunidade? É o amor ou é a preocupação com as idéias?
2. A partir das relações que temos entre nós, com Deus e com a natureza, que tipo de comunidade estamos construído?


O que mais atrai sobre nós a benevolência do Alto é a nossa solicitude para com o próximo. Assim, é justamente esta a disposição que Cristo exige de Pedro: Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu bem sabes que eu te amo. E Jesus lhe diz: Apascenta as minhas ovelhas.

Por que, deixando os outros apóstolos de lado, Jesus se dirige Pedro, a respeito deles? É que Pedro era o primeiro entre os apóstolos, o que falava em nome deles, o chefe do seu grupo, tanto que o próprio Paulo vem consultá-lo um dia, e não aos outros. Para demonstrar a Pedro que podia confiar plenamente em que sua negação fora anulada, Jesus lhe dá agora a primazia entre os seus irmãos. Não menciona que o negou, nem o envergonha com o seu passado. “Se tu me amas, diz ele, permanece à frente de teus irmãos; e dá provas, agora, daquele amor apaixonado que sempre demonstraste por mim, com tanta alegria! A vida, que dizias estar pronto a dar em meu favor, eu quero que a dês pelas minhas ovelhas”.

Interrogado uma primeira vez e depois uma segunda, Pedro apela para o testemunho daquele que conhece o segredo dos corações. Interrogado uma terceira vez, ele se perturba, e o temor o domina. Lembra-se de que outrora fizera afirmações solenes, que os acontecimentos haviam desmentido. E é por isso que procura, agora, apoiar-se em Jesus: Tu conheces tudo, diz ele, tanto o presente quanto o futuro. Vede como se tornou melhor e mais humilde, como perdeu sua arrogância e seu espírito de contradição! Perturbou-se ao pensamento de que podia ter a impressão de amar, sem amar realmente. “Tanto estava seguro de mim mesmo no passado, pensa ele, como agora me sinto confuso”. Jesus o interroga três vezes, e três vezes lhe dá a mesma ordem: Apascenta as minhas ovelhas. Demonstra assim o apreço que tem pelo cuidado de suas ovelhas, pois faz, de tal cuidado, a maior prova de amor para com ele.

Depois de ter falado a Pedro deste amor, Jesus prediz o martírio que lhe está destinado. Manifesta desse modo toda a confiança que deposita nele. Para nos dar um exemplo de amor e mostrar a melhor forma de amar, diz ele: Quando eras jovem, tu mesmo amarravas teu cinto e andavas por onde querias; quando, porém, fores velho, outros te cingirão e te levarão para onde não queres ir . Era, aliás, o que Pedro tinha querido e desejado outrora; por isso é que Jesus lhe fala assim. Pedro dissera, com efeito: Eu darei a minha vida por ti! E também: Ainda que eu tenha de morrer contigo, não te negarei!

Seguir Jesus significa renunciar ao desejo de poder e comprometer-se com ele no serviço humilde aos pobres e excluídos. Isto é solicitude para com Jesus na pessoa do próximo. E é isso que Jesus espera de mim e de ti. Entrega-te! Como Pedro responda sim, ao seu chamado.


SANTO DO DIA - 17/05/2013

17/05
Júlia Salzano (Bem-aventurada)
Júlia era italiana, nasceu em Santa Maria Capua Vetere, na província de Caserta, dia 13 de outubro de 1846, tendo como pai Diego Salzano, capitão dos lanceiros de Fernando I, rei de Nápolis, e como mãe Adelaide Valentino. Órfã de pai aos quatro anos, foi confiada para a sua formação às Irmãs da Caridade no Orfanato real de São Nicolau "La Strada", onde permaneceu até aos quinze anos de idade. Diplomada professora, recebeu o encargo de ensinar na Escola Municipal de Casória, em Nápolis, onde se transferiu com a família em 1865.
Junto ao ensino, manifestou um notável interesse pelo catecismo para educar na fé as crianças, os jovens e os adultos, cultivando, ao mesmo tempo, a devoção à Virgem Maria.

Propagou, o amor e o culto ao Sagrado Coração. Pela sua constante preocupação de fazer passar através do ensino e do testemunho a doutrina e a vida de Jesus Cristo, em 1905, fundou a Congregação das Irmãs Catequistas do Sagrado Coração, ocasião em que vestiu o hábito e se consagrou definitivamente à Cristo.

Eleita a Superiora, dedicou sua vida no carisma da catequese e, por isso, afirmava: "Ensinarei sempre o Catecismo, até o meu último sopro de vida. E vos asseguro que morreria contentíssima lecionando o Catecismo". Exortava também às suas filhas: "Em qualquer hora, a irmã catequista deve-se sentir disposta a instruir os pequeninos e os ignorantes; não deve medir os sacrifícios requeridos por este ministério, antes, deveria desejar morrer no cumprimento do próprio dever, se assim fosse do agrado de Deus".

Um outro Beato, Ludovico de Casória, lhe predisse quase profeticamente: "Cuida de não cair na tentação de abandonar as crianças da nossa querida Casória, porque a vontade de Deus é que vivas e morras entre elas". E assim foi. "Dona Julieta", como era chamada pelos cidadãos de Casória, morreu com fama de santidade, no dia 17 de maio de 1929, nessa cidade napolitana, aos oitenta e três anos de idade. A sua Congregação se expandiu não somente pelas cidades italianas como também em outras na Europa, Canadá, Brasil, Filipinas, Peru e Índia, para difundir a evangelização e a promoção humana.

Em 2002, o Papa João Paulo II a beatificou, designando a festa da Beata Júlia Salzano para o dia de seu transito. Além disto, pelo seu carisma ele a designou como "Mulher Profeta da Nova Evangelização".
São Pascoal Baylon
Neste dia, comemoramos São Pascoal Baylon, nascido na cidade de Torre Hermosa no reino espanhol de Aragona, no dia 16 de maio de 1540, dia de Pentecostes.

Depois de ter tentado ser admitido sem muito êxito no convento de Santa Maria de Loreto, no dia 2 de fevereiro de 1564, conseguiu ingressar no convento dos franciscanos descalços, em Valença. Como era chamado "irmão leigo" , foi porteiro, cozinheiro, responsável pelos bens da comunidade e pela distribuição de esmolas. Foi enviado a Franá para tratar de assuntos da Ordem, e fez a viagem descalço e com hábito de franciscano e sob a ameaça dos calvinistas. Sendo iletrado e tendo recebido a sabedoria e os dons do Espírito Santo, é considerado um dos primeiros teólogos da Eucaristia.

São Pascal Baylon, teve outro centro de atenção, foi a eucatistia e por isto foi proclamado pelo Papa Leão XIII, patrono das obras e congressos eucarísticos internacionais.

Morreu em Villareal no dia 17 de maio de 1592, aos 52 anos de idade. Vinte seis anos após a sua morte, no dia 29 de outubro de 1618 foi proclamado bem-aventurado e no ano de 1690, Santo. 

LITURGIA DIÁRIA - 17/05/2013



Dia: 17/05/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 25, 13-21

VII SEMANA DA PÁSCOA(branco, prefácio da Ascensão - ofício do dia)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 13bo rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia e foram cumprimentar Festo. 14Como ficassem alguns dias aí, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo: “Está aqui um homem que Félix deixou como prisioneiro. 15Quando eu estive em Jerusalém, os sumos sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram acusações contra ele e pediram-me que o condenasse. 16Mas eu lhes respondi que os romanos não costumam entregar um homem antes que o acusado tenha sido confrontado com os acusadores e possa defender-se da acusação.
17Eles vieram para cá e, no dia seguinte, sem demora, sentei-me no tribunal e mandei trazer o homem. 18Seus acusadores compareceram diante dele, mas não trouxeram nenhuma acusação de crimes de que eu pudesse suspeitar. 19Tinham somente certas questões sobre a sua própria religião e a respeito de um certo Jesus que já morreu, mas que Paulo afirma estar vivo. 20Eu não sabia o que fazer para averiguar o assunto. Perguntei então a Paulo se ele preferia ir a Jerusalém, para ser julgado lá. 21Mas Paulo fez uma apelação para que a sua causa fosse reservada ao juízo do Augusto Imperador. Então ordenei que ficasse preso até que eu pudesse enviá-lo a César.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 102)

— O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.
— O Senhor pôs o seu trono lá nos céus.

— Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
— Quanto os céus por sobre a terra se elevam, tanto é grande o seu amor aos que o temem; quanto dista o nascente do poente, tanto afasta para longe nossos crimes.
— O Senhor pôs o seu trono lá nos céus, e abrange o mundo inteiro seu reinado. Bendizei ao Senhor Deus, seus anjos todos, valorosos que cumpris as suas ordens.


Evangelho (João 21,15-19)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo … segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Jesus manifestou-se aos seus discípulos 15e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”.
16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.