segunda-feira, 29 de abril de 2013

2ª-feira da 5ª Semana da Páscoa



Faremos nele morada
João 14,21-26

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:21 Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama.Ora, quem me ama, será amado por meu Pai,e eu o amarei e me manifestarei a ele.
22 Judas - não o Iscariotes - disse-lhe:'Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?'23 Jesus respondeu-lhe:'Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará,e nós viremos e faremos nele a nossa morada.24 Quem não me ama, não guarda a minha palavra.E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou.25 Isso é o que vos disse enquanto estava convosco.26 Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.
Reflexão

Como dissemos anteriormente, o capítulo 14 do Evangelho de João é um exemplo bonito de como se praticava a catequese nas comunidades da Ásia Menor no fim do primeiro século. Através das perguntas dos discípulos e das respostas de Jesus, os cristãos formavam sua consciência e encontravam uma orientação para os seus problemas. Assim, neste capítulo 14, temos a pergunta de Tomé com a resposta de Jesus (Jo 14,5-7), a pergunta de Filipe com a resposta de Jesus (Jo 14,8-21), e a pergunta de Judas com a resposta de Jesus (Jo 14,22-26). A última frase da resposta de Jesus a Filipe (Jo 14,21) forma o primeiro versículo do evangelho de hoje.

João 14,21: Eu o amarei e me manifestarei a ele. Este versículo traz o resumo da resposta de Jesus a Filipe. Filipe tinha dito: “Mostra-nos o Pai e isso nos basta!” (Jo 14,8). Moisés tinha perguntado a Deus: “Mostra-me a tua glória!” (Ex 33,18). Deus respondeu: “Não poderás ver minha face, porque ninguém pode ver-me e continuar vivendo” (Ex 33,20). O Pai não pode ser mostrado. Deus habita uma luz inacessível (1Tim 6,16). “Ninguém jamais viu a Deus” (1Jo 4,12). Mas a presença do Pai pode ser experimentada através da experiência do amor. Diz a primeira carta de São João: “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. Jesus diz a Filipe: “Quem aceita os meus mandamentos e a eles obedece, esse é que me ama. E quem me ama, será amado por meu Pai. Eu também o amarei e me manifestarei a ele”. Observando o mandamento de Jesus, que é o mandamento do amor ao próximo (Jo 15,17), a pessoa mostra o seu amor por Jesus. E quem ama a Jesus, será amado pelo Pai e pode ter a certeza de que o Pai se manifestará a ele. Na resposta a Judas, Jesus dirá como acontece esta manifestação do Pai na nossa vida.

João 14,22: A pergunta de Judas, pergunta de todos. A pergunta de Judas: “Por que o senhor se manifesta só a nós e não ao mundo?” Esta pergunta de Judas reflete um problema que é real até hoje. Às vezes, sobe em nós cristãos o pensamento de que somos melhores que os outros e que Deus nos ama mais do que os outros. Será que Deus faz distinção de pessoas?

João 14,23-24: Resposta de Jesus. A resposta de Jesus é simples e profunda. Ele repete o que acabou de dizer a Filipe. O problema não é se nós cristãos somos mais amados por Deus do que os outros, ou que os outros são desprezados por Deus. Este não é o critério da preferência do Pai. O critério da preferência do Pai é sempre o mesmo: o amor. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará. Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras”. Independentemente do fato de a pessoa ser ou não ser cristã, o Pai se manifesta a todos aqueles que observam o mandamento de Jesus que é o amor ao próximo (Jo 15,17). Em que consiste a manifestação do Pai? A resposta a esta pergunta está estampada no coração da humanidade, na experiência humana universal. Observe a vida das pessoas que praticam o amor e que fazem da sua vida uma doação aos outros. Examine a sua própria experiência. Independentemente de religião, classe, raça ou cor, a prática do amor traz uma paz profunda e uma alegria que conseguem conviver com dor e sofrimento. Esta experiência é o reflexo da manifestação do Pai na vida das pessoas. É a realização da promessa: Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada.


João 14,25-26: A promessa do Espírito Santo. Jesus termina sua resposta a Judas dizendo: Essas são as coisas que eu tinha para dizer estando com vocês. Jesus comunicou tudo que ouviu do Pai (Jo 15,15). As palavras dele são fonte de vida e devem ser meditadas, aprofundadas e atualizadas constantemente à luz da realidade sempre nova que nos envolve. Para esta meditação constante das suas palavras Jesus nos promete a ajuda do Espírito Santo: “O Advogado, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse.

Para confronto pessoal
1) Jesus disse: Eu e meu Pai viremos e faremos nele a nossa morada. Como eu experimento esta promessa?
2) Temos a promessa do dom do Espírito para nos ajudar a entender as palavra de Jesus. Eu invoco a luz do Espírito quando vou ler e meditar a Escritura?  

SANTO DO DIA - 29/04/2013

29/04
Santa Catarina de Sena
Hoje comemoramos Santa Catarina de Sena, precisamos prestar atenção para não fazermos confusão, pois temos pelo menos três santas com o mesmo nome e que merecem igual atenção, por terem histórias de vida belíssimas e uma legião de devotos por todo mundo.

Santa Catarina de Sena, nasceu em Sena no dia 25 de março do ano 1347, filha de um tintureiro e de mãe muito amorosa. Seus pais eram pobres e toda herança que deixaram para ela era uma educação rígida que valorizassem as virtudes do ser humano e a regesse para uma vida fiel a Deus. Era aplicada nos estudos e sempre preferia se isolar para rezar do que brincar com as outras crianças.

Aos 15 anos de idade, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Viveu um amor apaixonado por Deus e pelo próximo. Encerrou-se em uma cela e durante muitos anos só se dirigiu a Deus e a seu confessor. Orava o dia inteiro e seu quarto se iluminava de uma estranha luz a cada vez que ela se entregava com fervor às suas orações. Abandonou sua cela somente em 1374, quando a peste se alastrou por toda a Europa e ela decidiu cuidar dos enfermos e foi muito admirada e querida principalmente pelos italianos.

No ano 1376, quando grupos antipapas se organizaram nas cidades de Peruggia, Florença, Pisa e Toscânia decidiram se posicionar contra o papa São Gregorio XI, Santa Catarina decidiu seguir até Avinhão, cidade onde o papa se encontrava escondido, e apresenttar-se diante do mesmo para ajudá-lo. Regressou em 1378, indo direto para sua cela e continuar sua vida isolada.

Lutou ardorosamente pela restauração da paz politica. Embora analfabeta, ditava suas cartas endereçadas aos papas, aos reis e líderes, como também ao povo humilde.
Deixou-nos o Diálogo sobre a Divina Providência, uma exposição clara de suas idéias teológicas e de sua mística, o que coloca Santa Catarina de Sena entre os Doutores da Igreja.

Santa Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril do ano 1380,com 33 anos de idade.
São Pedro de Verona
Pedro nasceu em Verona no ano de 1205. Seus pais eram hereges maniqueus, adeptos da doutrina religiosa herética do persa Mani, Manes ou Maniqueu, caracterizada pela concepção dualista do mundo, em que espírito e matéria representam respectivamente o bem e o mal.

Entretanto, o único colégio que havia no local era católico e lá o menino não só aprendeu as ciências da vida como os caminhos da alma. Pedro se converteu e se separou da família, indo para Bologna para terminar os estudos. Ali acabava de ser fundada a Ordem dos Dominicanos, onde ele logo foi aceito, recebendo a missão de evangelizar.

Foi o que fez, viajando por toda a Itália espalhando suas palavras fortes e um discurso de fé que convertiam as massas. Todas as suas pregações eram acompanhadas de graças, que impressionavam toda comunidade por onde passava. E isso logo despertou a ira dos hereges.

Primeiro inventaram uma calúnia contra ele. Achando que aquilo era uma prova de Deus, Pedro não tentou provar inocência. Aguardou que Jesus achasse a hora certa de revelar a verdade. Foi afastado da pregação por um bom tempo, até que a mentira se desfez sozinha, e ele foi chamado de volta e aclamado pela comunidade.

Voltando às viagens evangelizadoras, seus inimigos o afrontaram de novo tentando provar que suas graças não passavam de um embuste. Um homem fingiu estar doente, e outro foi buscar Pedro. Este, percebendo logo o que se passava, rezou e pediu a Deus que se o homem estivesse mesmo doente ficasse curado. Mas, se a doença fosse falsa, então que ficasse doente de verdade. O maniqueu foi tomado por uma febre violentíssima, que só passou quando a armadilha foi confessada publicamente. Perdoado por Pedro, o homem se converteu na mesma hora.

Pedro anunciou ainda não só o dia de sua morte, como as circunstâncias em que ela ocorreria. E, mesmo tendo esse conhecimento, não deixou de fazer a viagem que seria fatal.

No dia 29 de abril de 1252, indo da cidade de Como para Milão, foi morto com uma machadada por um maniqueu que o emboscou. O nome do assassino era Carin que, mais tarde, confessou o crime e, cheio de remorso, se internou como penitente no convento dominicano de Forli.

Imediatamente o seu culto se difundiu em meio a comoção e espanto dos fiéis, que passaram a visitar o seu túmulo onde as graças aconteciam em profusão. Apenas onze meses depois o Papa Inocente IV o canonizou, fixando a festa de São Pedro de Verona para o dia de sua morte.

LITURGIA DIÁRIA - 29/04/2013



Dia: 29/04/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 14, 5-18

SANTA CARTARINA DE SENA
VIRGEM E DOUTORA
(branco, pref. pescal ou das virgens - ofício da memória)


Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, em Icônio, 5pagãos e judeus, tendo à frente seus chefes, estavam dispostos a ultrajar e apedrejar Paulo e Barnabé. 6Ao saberem disso, Paulo e Barnabé fugiram e foram para Listra e Derbe, cidades de Licaônia, e seus arredores.
7Aí começaram a anunciar o Evangelho. 8Em Listra, havia um homem paralítico das pernas, que era coxo de nascença e nunca fora capaz de andar. 9Ele escutava o discurso de Paulo. E este, fixando nele o olhar e notando que tinha fé para ser curado, 10disse em alta voz: “Levanta-te direito sobre os teus pés”. O homem deu um salto e começou a caminhar.
11Vendo o que Paulo acabara de fazer, a multidão exclamou em dialeto licaônico: “Os deuses desceram entre nós em forma de gente!” 12Chamavam a Barnabé Júpiter e a Paulo Mercúrio, porque era Paulo quem falava. 13Os sacerdotes de Júpiter, cujo templo ficava defronte à cidade, levaram à porta touros ornados de grinaldas e queriam, com a multidão, oferecer sacrifícios.
14Ao saberem disso, os apóstolos Barnabé e Paulo rasgaram as vestes e foram para o meio da multidão, gritando: 15“Homens, que estais fazendo? Nós também somos homens mortais como vós, e vos estamos anunciando que precisais deixar esses ídolos inúteis para vos converterdes ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles existe.16Nas gerações passadas, Deus permitiu que todas as nações seguissem o próprio caminho. 17No entanto, ele não deixou de dar testemunho de si mesmo através de seus benefícios, mandando do céu chuvas e colheitas, dando alimento e alegrando vossos corações”. 18E assim falando, com muito custo, conseguiram que a multidão desistisse de lhes oferecer um sacrifício.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 113b)

— Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.
— Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória.

— Não a nós, ó Senhor, não a nós, ao vosso nome, porém, seja a glória, porque sois todo amor e verdade! Por que hão de dizer os pagãos: “Onde está o seu Deus, onde está?”
— É nos céus que está o nosso Deus, ele faz tudo aquilo que quer. São os deuses pagãos ouro e prata, todos eles são obras humanas.
— Abençoados sejais do Senhor, do Senhor que criou céu e terra! Os céus são os céus do Senhor, mas a terra ele deu para os homens.


Evangelho (João 14,21-26)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 21“Quem acolheu os meus mandamentos e os observa, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele”. 22Judas – não o Iscariotes – disse-lhe: “Senhor, como se explica que te manifestarás a nós e não ao mundo?” 23Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.





O Evangelho do Dia - 29/04/2013

Ano C - DIA 29/04

Jesus promete o Espírito Santo - Jo 14,21-26

“Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele.” Judas (não o Iscariotes) perguntou-lhe: “Senhor, como se explica que tu te manifestarás a nós e não ao mundo?” Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras. E a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou. Eu vos tenho dito estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito”.


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante, nesta preparação à solenidade de Pentecostes, rezando ao Espírito Santo, com todas pessoas que se encontram na rede da internet:
Vinde Espírito Santo!
Enchei os corações dos vossos fiéis e
acendei neles o fogo do vosso amor.
Enviai o vosso Espírito,
e tudo será criado.
E renovareis a face da terra.
Oração
Deus, que instruístes os corações dos
vossos fieis com a luz do Espírito Santo,
fazei com que apreciemos retamente
todas as coisas segundo o mesmo Espírito
e gozemos sempre da sua consolação.
Por Cristo, Senhor nosso.
Amém.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia? Leio, na Bíblia, atentamente, o texto: Jo 14,21-26
Observo pessoas, palavras, relações. Neste texto aparecem Jesus e Judas. Conversam sobre os mandamentos. Jesus diz que observá-los é amar a Ele. Amar a Jesus é garantia de ser amado pelo Pai. E mais, fala de um Mestre, um Auxiliador, o Espírito Santo que estará ensinando e recordando o Evangelho. Em síntese: é preciso amar para entender as coisas de Deus. E não existe amor sem observância dos mandamentos.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Sou discípulo/a e missionário/a de Jesus Mestre Verdade, Caminho e Vida. Testemunho este amor na vida concreta, cumprindo os mandamentos que Ele sintetiza em “amar a Deus” e “amar o próximo”. Os bispos, na Conferência de Aparecida, afirmaram: " (...)Como discípulos de Jesus Cristo, sentimo-nos desafiados a discernir os “sinais dos tempos”, à luz do Espírito Santo, para nos colocar a serviço do Reino, anunciado por Jesus, que veio para que todos tenham vida e “para que a tenham em abundância” (Jo 10,10).(DAp 33).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus? Rezo, espontaneamente e concluo:
Ó Espírito Santo,
por intercessão da Rainha de Pentecostes,
cura a minha mente da irreflexão, ignorância, carências,
dureza, prejuízos, erros, perversões,
e concebe em mim a Sabedoria de Jesus- Verdade em tudo.
Cura a minha sensibilidade da indiferença, desconfiança
e más inclinações, paixões, sentimentos, afetos,
e concebe os gostos, sentimentos, inclinações de Jesus-Vida, em tudo.
Cura a minha vontade da inércia, superficialidade,
inconstância, inveja, obstinação, maus costumes,
e concebe Jesus Cristo-Caminho em mim.
Eleva divinamente em mim: a inteligência com o dom do Intelecto,
a sabedoria com o dom da Sabedoria,
a ciência com o a Ciência,
a prudência com o Conselho,
a justiça com a Piedade,
e Fortaleza com o dom da Força Espiritual,
a temperança com Temor de Deus.


4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Somos chamados a encarnar o Evangelho no coração do mundo. Como vou vivê-lo na missão? Meu novo olhar me leva a ver e tratar as pessoas com o amor com que eu gostaria de ser tratada/o.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp

domingo, 28 de abril de 2013

Avisos


Durante os avisos da Missa deste domingo o diácono Manoel Cassiano avisou que amanhã (segunda-feira) haverá reunião com o ensaio para o encontro de fé no Conjunto Samanaú. E o Pároco Pe. Alexandre lembrou mais uma vez que a Festa de Nossa Senhora de Fátima será realizada de 23 de maio a 02 de junho e não dia 16, como está sendo anunciado em alguns sites e blogs. Repasse para os seus familiares e amigos da nossa comunidade. 

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
Em que posso, pois, esperar ou em que devo confiar, senão na grande misericórdia de Deus e na esperança da graça celestial? Porque, ou me assistem homens justos, irmãos devotos e amigos fiéis, ou livros santos e formosos tratados, ou cânticos e hinos suaves, tudo isso de pouco me serve e pouco me agrada, quando estou desamparado da graça e entregue à minha própria pobreza. Não há então melhor remédio que Deus. ( Da privação de toda consolação)  

Fonte: Imitação de Crsito

5º Domingo da Páscoa - Ano C




João 13,31-33a.34-35

31 Depois que Judas saiu, do cenáculo disse Jesus:
'Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele.
32 Se Deus foi glorificado nele,
também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo.
33a Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco.
34 Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros.
Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.
35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos,
se tiverdes amor uns aos outros.'

Reflexão
 
O contexto do Evangelho deste V Domingo da Páscoa é aquele da Última Ceia. Depois que Jesus anuncia a traição de Judas, este deixa o cenáculo, e, daí em diante, seguem-se a prisão, a condenação e a morte de Jesus. Depois disso, Judas se perde numa grande escuridão a ponto de não encontrar saída, e se desespera.
 
Jesus, por sua vez, começa a falar de glorificação, de revelação no esplendor da luz. É da morte, pela qual deveria ser destruído, que ele ressurge como luz para o mundo. Esta luz irradia a hora da despedida, momento difícil para os discípulos. Somente nesta passagem, Jesus se dirige a eles com o diminutivo: “filhinhos”, uma expressão de amor, de cuidado. Até aquele momento, Jesus está com seus discípulos e os protege. Agora, ele terá que morrer. Os discípulos não o seguirão na sua morte nem na sua glória; por isso, Jesus os prepara para este período de separação: “por pouco tempo ainda estou convosco”.
 
Com o mandamento: “amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros”, Jesus mostra aos discípulos o modo como ele continuará a estar presente no meio deles e determina como devem se comportar. Estes devem se orientar pelo amor que receberam de Jesus, e este amor em cada um deve representar para o outro o próprio amor de Jesus, aceitando o outro como ele é, ajudando-o, prestando atenção às suas necessidades, exatamente como fazia Jesus.
 
A palavra que frequentemente aparece nas leituras bíblicas deste domingo e que constitui o ponto determinante do mandamento de Jesus é o adjetivo “novo”. João diz: “vi um novo céu e uma nova terra... a nova Jerusalém”; o próprio Deus diz: “Eis que eu faço novas todas as coisas”; finalmente, Jesus diz: “vos dou um novo mandamento”.
Mas, enfim, em que consiste a novidade deste mandamento, se este era conhecido desde o AT e por que Jesus o declara como “seu”?
 
Porque só agora, com ele, este mandamento torna-se possível. Antes, as pessoas se amavam porque eram parentes, aliadas, amigas, membros de uma mesma tribo, isto é, se amavam por alguma coisa que as unia entre si, separando-as de outras pessoas. Agora, é necessário ir mais além: amar quem nos persegue, amar os inimigos, aqueles que não nos amam. Amar o irmão pelo bem dele mesmo e não por aquilo que ele pode me oferecer. É a palavra “próximo” que muda de conteúdo; esta compreende não somente quem está perto, mas qualquer pessoa, a qual, devemos torná-la próxima.
 
O mandamento de Cristo é novo pelo seu conteúdo, e mais ainda pela sua possibilidade. Jesus viveu o amor até as últimas consequências: até o ponto de nos perdoar e morrer por nós. Amando-nos, Jesus nos redimiu: tornou-nos filhos do mesmo Pai e irmãos, pelo qual devemos e podemos nos amar.
 
Há um motivo pelo qual cada um de nós, qualquer que seja a sua situação, pode e deve ser amado: o motivo é que somos amados por Deus e ele quer nos salvar. O motivo não é o da aparência: beleza, simpatia, juventude, mas a realidade “nova” criada por Cristo. Por essa razão, este amor novo encontra a sua manifestação mais autêntica não no cumprimentar quem nos cumprimenta, nem no convidar quem nos convida, mas no amar quem tem menos motivos para ser amado: o excluído, e principalmente, o inimigo, porque neste caso é claro que não se ama o irmão por aquilo que ele tem ou pode nos dar, mas somente por aquilo que ele é aos olhos da fé.
 
O mandamento de Cristo é “novo” porque renova, é capaz de mudar a face da terra, de transformar as relações humanas. Como o mundo tem necessidade deste amor? Nos vários problemas que assolam o mundo em que vivemos é natural ficar se lamentando, apontando o dedo sobre qualquer forma de ódio, violência e maldade. Mas isto não serve para nada, apenas para continuarmos no mesmo lugar onde estamos. Acredito firmemente que cada um de nós pode viver e oferecer a este nosso mundo um pouco de amor, gestos de amor, de justiça, de verdade, de paz: se nos unirmos a tantos outros podemos contribuir para a transformação de tantas coisas. Lembremo-nos que seremos conhecidos como discípulos de Jesus pelo nosso amor para com o próximo e a medida deste amor é o modo como ele amou.


 Reflexão 2:
 
Este texto situa-se no contexto do Último Discurso de Jesus, na Ceia Pascal. Começa logo após a saída de Judas para trair Jesus, depois que Jesus lhe disse “o que você pretende fazer, faça-o logo” (Jo 13, 27). Com a licença oficial dada ao agente de Satanás para iniciar o processo que iria matá-lo, Jesus começa o processo da sua glorificação. A sua fidelidade ao projeto do Pai vai levá-lo à Cruz, que, no Quarto Evangelho, não é um sinal de derrota, mas da vitória última e permanente de Deus. Por isso, a morte de Jesus, aparente vitória do mal, será a glorificação de Jesus, e nele, do Pai.

O anúncio da sua partida, para os judeus uma ameaça (v33), é para a comunidade dos seus discípulos um momento de emoção e carinho. A sua última dádiva a eles é um novo mandamento: “eu dou a vocês um novo mandamento: amem-se uns aos outros. Assim como eu amei vocês, vocês devem se amar uns aos outros.”(v 34).

O que há de novo neste mandamento? O que diferencia a proposta de amor de Jesus e dos seus seguidores de outras propostas já conhecidas? O mundo do tempo de Jesus, tanto na sociedade pagã como judaica, conhecia propostas de amor mútuo. O mandamento de Jesus é novo em primeiro lugar porque ele se impõe como exigência essencial para entrar na comunidade “escatológica”. Essa é a comunidade que já experimenta a presença do Reino de Deus, mesmo que ainda espere a sua plena realização, ou seja, uma comunidade que experimenta a salvação já realizada em Jesus, enquanto ainda experimenta a sua situação permanente de fraqueza. Também é novo, porque não se fundamenta nas leis sobre o amor, da tradição judaica (p. ex. Lv 19, 18, ou os documentos do Qumrã), mas na entrega de si, de Jesus. O modelo deste amor é o exemplo do próprio Jesus “assim como eu vos amei!”. E como ele nos amou? Entregando-se até a morte, para que todos pudessem “ter a vida e a vida plenamente” (Jo 10,10). Este amor não é sinônimo de simpatia ou sentimento de atração. Exige humildade e a disposição para o serviço que leva a morrer pelos outros. Este “morrer” normalmente não se expressa através duma morte literal, mas morrendo diariamente ao egoísmo e à busca do poder dominador, para que sejamos servidores, especialmente dos mais humildes, ao exemplo do Mestre que “não veio para ser servido, mas para servir” (cf. Mc 10,45).

Este amor e tão fundamental para a comunidade dos discípulos de Jesus que deve ser tornar o seu sinal característico: “assim todos reconhecerão que vocês são meus discípulos” (v. 35). Mais do que uma lista de doutrinas, mais do que práticas litúrgicas ou rituais, embora essas tenham o seu lugar e a sua importância, é o amor mútuo e concreto que deve distinguir os discípulos de Jesus. Atos dos Apóstolos nos lembra que “foi em Antioquia que os discípulos receberam, pela primeira vez, o nome de “cristãos”. (At 11,26). Receberam uma nova designação, da parte dos outros, porque a sua maneira de viver era marcadamente diferente das outras comunidades religiosas da cidade – era marcada pelo amor mútuo. O Evangelho de hoje nos convida para que honestamente nos examinemos a nós mesmos, para verificar se este amor-serviço ainda é a marca característica de nós, discípulos/as de Jesus, na nossa vida individual e comunitária!
 

 Reflexão 3:

"Como Eu vos amei”. Exigência deste “como”… porque Jesus não fingiu amar-nos! No caminho desta semana, vou encontrar homens, mulheres, jovens, crianças… Como vou amá-los “como Jesus”? Isto é, sem fingimentos, gratuitamente, sinceramente, dando-me a eles com o melhor de mim mesmo… A nossa vida de batizados deve ser sinal no meio da descrença e da indiferença do mundo. Segundo o amor que teremos uns para com os outros… todos verão que somos discípulos de Cristo!

A proposta cristã resume-se no amor. É o amor que nos distingue, que nos identifica; quem não aceita o amor, não pode ter qualquer pretensão de integrar a comunidade de Jesus. O que é que está no centro da nossa experiência cristã? A nossa religião é a religião do amor, ou é a religião das leis, das exigências, dos ritos externos? Com que força nos impomos no mundo – a força do amor, ou a força da autoridade prepotente e dos privilégios?
 
Falar de amor hoje pode ser equívoco… A palavra “amor” é, tantas vezes, usada para definir comportamentos egoístas, interesseiros, que usam o outro, que fazem mal, que limitam horizontes, que roubam a liberdade… Mas o amor de que Jesus fala é o amor que acolhe, que se faz serviço, que respeita a dignidade e a liberdade do outro, que não discrimina nem marginaliza, que se faz dom total (até à morte) para que o outro tenha mais vida. É este o amor que vivemos e que partilhamos?
 
Por um lado, a comunidade de Jesus tem de testemunhar, com gestos concretos, o amor de Deus; por outro, ela tem de demonstrar que a utopia é possível e que os homens podem ser irmãos. É esse o nosso testemunho de comunidade cristã ou religiosa? Nos nossos comportamentos e atitudes uns para com os outros, os homens descobrem a presença do amor de Deus no mundo? Amamos mais do que os outros e interessamo-nos mais do que eles pelos pobres e pelos que sofrem?
Jesus traçou para nós uma caminhada de CRESCIMENTO: forte por meio da adoração, numérico por meio do evangelização, intenso por meio do discipulado, amplo por meio do ministério e caloroso por meio da comunhão. Nesta ganhamos a paternidade divina e uma nova irmandade – a família da fé – que se expressa numa comunhão que tem como essência o AMOR.

Esta chamada ao amor deu-se dentro de um CONTEXTO específico:
1. Ceia (Jo 13,1-30)
– foi um tempo de intimidade (Jesus ficou exclusivamente com Seus discípulos),
– sinceridade (Jesus falou abertamente sobre a Sua traição sem contudo citar o nome do traidor – Jo 13,2.10-11.18-19.21-27),
– fragilidade (Jesus estava emocionalmente abalado – 13,21),
– curiosidade (os discípulos queriam saber quem era o traidor – 13,22).
2. A saída de Judas (v. 31 – “ele saiu”): 
– porque apesar de ter acesso à intimidade de Jesus durante a ceia, preferiu desenvolver sua intimidade com satanás (13,2); 
– porque apesar de ter tido uma nova oportunidade de ficar verdadeiramente com Jesus a partir da ceia, preferiu ficar definitivamente com satanás (13,27); 
– porque saiu de onde na verdade nunca tinha entrado (Jo 6,70).
3. A glorificação de Jesus – foi imediata (v. 31.32); 
– significou a glorificação do próprio Deus (v. 31.32) pois Ele fazia a vontade do “Pai” (Jo 17,4); 
– foi um processo que envolveu a Sua morte, ressurreição, ascensão e glorificação.
4. A ausência temporária de Jesus (v. 33). Como deveriam viver os discípulos nesta ausência de Jesus? Em comunhão através do amor.....
MAS O QUE É ESTA CHAMADA AO AMOR?

AMOR É UM MANDAMENTO (v. 34) – ele não é uma opção (sujeita à nossa aprovação ou rejeição), não é um chavão (presente nas conversas mas muitas vezes ausente de suas vidas) e não é um sentimento (preso às oscilações das circunstâncias). Amar é uma ordem que precisa ser cumprida agora!

AMOR É NOVO (v. 34) – ele não é novo no sentido de originalidade pois sua origem é antiga (Dt 6,5; Lv 19,18), mas porque em Cristo assumiu uma nova força, dimensão e perspectiva: Nele quem ama cumpre toda a lei antiga (Rom 13,8-10) e vive numa nova aliança espiritual que se renova permanentemente (I Cor 13,13).

AMOR É RECÍPROCO (v. 34) – não significa amar aqueles que nos amam – um ou outro, um e outro (Mt 5,43-48), mas amar “uns aos outros” , trilhando um caminho de reciprocidade sem preconceitos, sem restrições, sem falsas motivações...

AMOR TEM UM MODELO: JESUS (v. 34) – não é um amor de referenciais humanos como literatura, telenovelas, cinema, artes plásticas...., é o amor que tem Jesus como referencial divino (Jo 13,1-17): um amor que resistiu ao tempo e as fragilidades daqueles que amou, que foi traduzido em gestos concretos como o a ceia e o lava-pés, que não hesitou em sacrificialmente ir até o fim = a morte.

AMOR QUE É SINAL DO DISCÍPULO (v. 35) – o sinal do verdadeiro discípulo de Jesus não é institucional (denominação religiosa), visual (cabelo, pelos, vestuário), verbal (usar expressões) ou local (frequentar o “templo da moda”).
O sinal do discípulo é o “amor concreto” = “se tiverdes amor” (v. 35) que envolve: 
– tempo – “a melhor maneira de soletrar amor é t-e-m-p-o, o maior presente que você pode dar a alguém é o seu tempo” (Rick Warren); 
– reconhecimento – “um bom elogio pode me manter vivo durante dois meses” (Mark Twain); 
– serviço – quem ama concretamente disponibiliza inteligência, conhecimento, sabedoria, habilidades, talentos, dons, enfim, usa sua experiência para ministrar na vida daqueles a quem ama; 
– persistência – por mais difícil que seja, nunca desiste de amar (I Cor 13).

CONCLUINDO, lembro a palavra oportuna dita por madre Teresa de Calcutá: “não é o que você faz, mas quanto amor você dedica no que faz que realmente importa”. Para amar assim precisamos lembrar sempre que a via principal do amor chama-se relacionamento, o qual pressupõe uma aliança com um pequeno grupo de pessoas que, partilhando a vida comunitária em células, vivencia a comunhão obedecendo ao grande chamado do amor! Que Jesus promova cada vez mais este grande amor em nós, usando-o como instrumento de geração de novos discípulos (Jo 17,21), é a minha oração!

SANTO DO DIA - 28/04/2013

28/04
Joana (Gianna) Baretta Molla (Bem-aventurada)
Na família italiana dos Baretta de Milão, os treze filhos foram reduzidos a oito pela epidemia da gripe espanhola e por duas mortes ocorridas na primeira infância. Desses oito, saíram uma pianista, dois engenheiros, quatro médicos e uma farmacêutica. Um dos engenheiros, José, depois se fez sacerdote, e dois médicos se fazem religiosos missionários: madre Virgínia e padre Alberto

Gianna Baretta, para nós Joana, a penúltima dos oito, nasceu no dia 04 de outubro de 1922 na cidade de Magenta, onde cresceu e se formou médica cirurgiã, com especialização em pediatria, concluída 1952. Porém, prefere exercer clínica geral, atendendo especialmente os velhos abandonados e carentes. Para ela, tudo é dever, tudo é sagrado: "Quem toca o corpo de um paciente, toca o corpo de Cristo", dizia.

Em 1955 ela se casa com Pedro Molla. O casal vive na tradição religiosa familiar: missa, oração e eucaristia, inserida com harmonia à modernidade. Joana, ama esquiar na neve, pintar e a música também. Ela freqüenta o teatro e os concertos com o marido, importante diretor industrial, sempre muito ocupado.

Residem em Magenta mesmo, onde Joana participa ativamente também da vida local da Associação Católica Feminina. Os retiros espirituais são momentos de forte interiorização e ela é a verdadeira colaboradora dessas novidades felizes da comunidade católica. Vive essa atribuição como sua missão de médica.

Nascem os filhos: Pedro Luiz , Maria Rita e Laura . No mês de setembro de 1961, no início da quarta gravidez, é hospitalizada e então é descoberto um fibroma no útero. Diante da gravidade, sempre mais evidente do caso, a única perspectiva de sobreviver é renunciar a gravidez , para não deixar órfãos os três filhos. Mas Joana possui valores cristãos firmemente consolidados e coloca em primeiro lugar o direito à vida. E assim decide, com o preço da sua vida, ter o bebê.

Joana Emanuela nasce e sua mãe ainda a segura nos braços antes de morrer, no dia 28 de abril de 1962. Uma morte que é uma mensagem iluminada do amor em Cristo.

Após sua morte, o marido lê as anotações pessoais de Joana que antecediam os retiros espirituais e descobre sua conexão indissolúvel com o amor, o sacrifício e a fé inabalável.

Ao proclamar beata Joana Baretta Molla em 1994, o Papa João Paulo II quis exaltar, juntamente com seu heroísmo final, a sua existência inteira, os ensinamentos de toda uma vida no seguimento de Jesus, exemplo para os casais modernos.

Joana Emanuela, a filha nascida do seu sacrifício, em pronunciamento nessa ocasião disse: "Sinto em mim a força e a coragem de viver, sinto que a vida me sorri". Ela ainda disse que rende homenagem à mãe "dedicando a minha vida à cura e assistência aos anciãos".
Santo Agapito I
O bispo eleito para suceder o pontífice João II, na cidade de Roma, foi Agapito I, que se consagrou no dia 13 de maio de 535. O seu pontificado durou apenas onze meses e dezoito dias.
Neste tão curto período do seu governo, o Papa Agapito I elevou as finanças da Igreja; tomou decisões doutrinais importantes para a correta compreensão dos fundamentos do cristianismo e lutou com energia pela defesa da fé e dos bons costumes. Ele mandou queimar as bulas de Bonifácio II, condenatórias das doutrinas de Dióscoro; e negou aos hereges re-convertidos que conservassem seus cargos e benefícios, como pretendia o imperador Justiniano. Enfim, foi um Papa zeloso e defensor da tradição católica.

Também, proibiu que os bispos das Gálias, atuais França e Espanha, vendessem os bens de suas igrejas, inclusive em caso de extrema necessidade. Excomungou Antimo, o patriarca de Constantinopla, que havia alcançado o patriarcado graças as intrigas da imperatriz Teodora, e nomeou em seu lugar Mena, um bispo católico, homem de fé e saber. Como revelou o próprio Papa Agapito I, numa carta a Pedro, bispo de Jerusalém; era a primeira vez desde os tempos apostólicos, que uma igreja oriental recebia como patriarca um bispo consagrado pelo Papa.

Fundou em Roma uma academia de Belas Letras e várias escolas para adultos e crianças pobres, e se distinguiu por sua inesgotável caridade.

Por fim, o Papa Agapito I viajou para Constantinopla, capital do Império Romano do Oriente, na qualidade de embaixador do rei, na esperança, logo tornada desilusão, de fazer cessar a desastrosa guerra greco-gótica da Itália, estourada em 535. Porém, quase foi condenado ao exílio pelo imperador Justiniano, decidindo voltar para Roma.

Ocorreu, entretanto, que o Papa Agapito I foi acometido por uma grave enfermidade, morrendo logo em seguida, no dia 22 de abril de 536. Seu funeral foi tal como nunca tinham sido visto em Constantinopla, tanto para um bispo quanto para um imperador. O corpo de Santo Agapito I, Papa e confessor, foi transladado para o Vaticano e enterrado no dia 17 de setembro do mesmo ano, no pátio da catedral de São Pedro, em Roma.

A santidade do Papa Agapito I sempre foi muito lembrada pelos escritos de São Gregório Magno. Ele que é reverenciado pela Igreja, no dia 28 de abril, como consta do Martirológio Romano.
São Luís Maria Grignion de Montfort
Luís Maria Grignion nasceu em Montfort, França, em 1673. Descendente de uma família cristã bem situada, recebeu uma excelente instrução e educação. Ainda menino decidiu seguir o caminho da fé e vestiu o hábito de sacerdote no ano 1700.

Seu maior desejo era ser um missionário no Canadá, mas acabou sendo enviado a Poitiers, alí mesmo na França. Logo ficou famoso devido à sua preparação doutrinal e o discurso fácil e atraente. Todos queriam ouvir suas palavras, mas sua caridade era outra: cuidar de pacientes com doenças repugnantes.

A idéia de ser missionário não o abandonava. Mesmo contrariando seu superior, foi pedir permissão diretamente ao Papa. Para tanto, fez uma viagem a pé, ida e volta, de Poitiers a Roma. Entretanto, o Papa Clemente XI lhe disse que havia urgência, naquele momento, em pregar aos franceses, que viviam sob o conflito entre Roma e a doutrina jansenista, uma nova heresia.

Luís Maria obedeceu e passou a pregar nas cidades e no meio rural, quando necessário, confrontava os doutores jansenistas com discurso igualmente douto, munido de sua autoridade teológica. Ainda assim, sua linguagem era extremamente acessível aos mais humildes, adaptado ao seu cotidiano, à sensibilidade popular, combinada com o exemplo de uma conduta coerente e cristã. Usava de um discurso fraterno, convidando o povo a adorar e confiar num Jesus amigo, ao invés de temê-lo como um rígido juiz. Outra característica muito importante de sua pregação era a devoção extremada à Maria Santíssima.
Embora a Igreja daquele tempo estivesse questionando certos aspectos do culto mariano, ele pregava a veneração sem excessos, firme e constante à Maria, a Mãe de Deus. Através dela é que Jesus fez o seu primeiro milagre nas Bodas de Caná. Esse argumento, de fato, sempre esteve muito presente em todos os seus escritos e exortações, como o Tratado da "Verdadeira Devoção à Santa Virgem", e todos eles relacionados com a prática do Rosário.

Seus textos foram publicados em 1842, e se tornaram os fundamentos da piedade mariana. Em meados de 1712, Luís Maria de Montfort elaborou as Regras e fundou uma nova Ordem masculina: a dos Missionários da Companhia de Maria.

Estes religiosos, chamados habitualmente de montfortianos, estenderam aos poucos as suas atividades pela Europa, América e África. Contudo, seu fundador acompanhou apenas o seu início, porque morreu no dia 28 de abril de 1716, poucos anos depois de sua aprovação. Em 1947, o Papa Pio XII o proclamou Santo.
São Pedro Chanel
Comemoramos o dia de São Pedro Chanel é o padroeiro da Oceania, este santo nasceu em Cuet, próximo a Belley, França no ano de 1803. Ingressou no seminário de Bourg do ano 1824, foi ordenado sacerdote no ano 1827 é considerado um os primeiros membros da Congregação dos Maristas.

No ano 1837 partiu em companhia de um confrade leigo para Futuna, uma pequena ilha no Oceano Pacífico, no arquipélago de Tonga. Sua pregação logo produziu frutos abundantes entre a geração jovem da ilha.

São Pedro Chanel foi preso por nativos que desaprovavam o governo de Niuliki que havia proibido a pratica de canibalismo e desejavam liberar essa prática. O ponto máximo para que os rebeldes chegassem ao ponto de prender o padre marista foi o batismo do filho de Niuliki realizado por ele.

O grupo o espancou até a morte com golpes de "tacape" no dia 28 de abril de 1841. São Pedro Chanel havia morrido por aquilo que acreditava e por amor em Cristo. As frases ditas pelos padres na hora da morte colaboraram para que muitos dos presentes também se convertessem ao cristianismo. A semente de sua pregação germinou e todos os habitantes acolheram o cristianismo.
Este santo foi canonizado apenas em 1954.

LITURGIA DIÁRIA - 28/04/2013



Dia: 28/04/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 14, 21-27

V DA PÁSCOA
(branco, glória, creio - I semana do saltério)

Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias, Paulo e Barnabé 21bvoltaram para as cidades de Listra, Icônio e Antioquia.22Encorajando os discípulos, eles os exortavam a permanecerem firmes na fé, dizendo-lhes: “É preciso que passemos por muitos sofrimentos para entrar no Reino de Deus”.
23Os apóstolos designaram presbíteros para cada comunidade. Com orações e jejuns, eles os confiavam ao Senhor, em quem haviam acreditado.
24Em seguida, atravessando a Pisídia, chegaram à Panfília. 25Anunciaram a palavra em Perge, e depois desceram para Atália. 26Dali embarcaram para Antioquia, de onde tinham saído, entregues à graça de Deus, para o trabalho que haviam realizado.
27Chegando ali, reuniram a comunidade. Contaram-lhe tudo o que Deus fizera por meio deles e como havia aberto a porta da fé para os pagãos.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 144)

— Bendirei o vosso nome, ó meu Deus,/ meu Senhor e meu Rei para sempre.
— Bendirei o vosso nome, ó meu Deus,/ meu Senhor e meu Rei para sempre.

— Misericórdia e piedade é o Senhor,/ ele é amor, é paciência, é compaixão./ O Senhor é muito bom para com todos,/ sua ternura abraça toda criatura.
— Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem,/ e os vossos santos com louvores vos bendigam!/ Narrem a glória e o esplendor do vosso reino/ e saibam proclamar vosso poder!
— Para espalhar vossos prodígios entre os homens/ e o fulgor de vosso reino esplendoroso./ O vosso reino é um reino para sempre,/ vosso poder, de geração em geração.


Segunda leitura (Apocalipse 21,1-5a)

Leitura do Livro do Apocalipse de São João:

Eu, João, 1vi um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido.
3Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: “Esta é a morada de Deus entre os homens. Deus vai morar no meio deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles. 4Deus enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem choro, nem dor, porque passou o que havia antes”.
5aAquele que está sentado no trono disse: “Eis que faço novas todas as coisas”. Depois, ele me disse: “Escreve, porque estas palavras são dignas de fé e verdadeiras”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (João 13,31-33a.34-35)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós. 
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

31Depois que Judas saiu do cenáculo, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo.
33aFilhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. 34Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. 35Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.



O Evangelho do Dia - 28/04/2013

Ano C - DIA 28/04

Um mandamento novo - Jo 13,31-33a.34-35

Depois que Judas saiu, Jesus disse: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, Deus também o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. Filhinhos, por pouco tempo eu ainda estou convosco. Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”.


Leitura Orante

Oração Inicial


Começo pedindo luzes para todos que nos encontramos neste espaço virtual, para bem rezarmos a Palavra:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 13,31-33a.34-35, e observo as palavras de Jesus sobre o amor.
O preceito do amor é novo. Não pelo conteúdo. É novo pelo motivo, pelo exemplo, pelo alcance. Deverá ser o distintivo de quem segue o Mestre: os discípulos


2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Como vivo este amor anunciado por Jesus? Mais que isto: este preceito do amor? É meu distintivo? Os bispos, na Conferência de Aparecida falaram da comunidade de amor que nasce da Eucaristia e constrói a unidade. “A Igreja, como “comunidade de amor” é chamada a refletir a glória do amor de Deus que, é comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. No exercício da unidade desejada por Jesus, os homens e mulheres de nosso tempo se sentem convocados e recorrem à formosa aventura da fé. “Que também eles vivam unidos a nós para que o mundo creia” (Jo 17,21). A Igreja cresce, não por proselitismo mas “por ‘atração’: como Cristo ‘atrai tudo a si’ com a força de seu amor”. A Igreja “atrai” quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34).” (DAp 159).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com toda a Igreja no Brasil, a oração:
Senhor Jesus, Tu és o Caminho!
Em meio a sombras e luzes,
alegrias e esperanças, tristezas e angústias,
Tu nos levas ao Pai.
Não nos deixes caminhar sozinhos.
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Verdade!
Desperta nossas mentes
e faze arder nossos corações com a tua Palavra.
Que ela ilumine e aqueça os corações sedentos de justiça e santidade.
Ajuda-nos a sentir a beleza de crer em Ti!
Fica conosco, Senhor!
Tu és a Vida!
Abre nossos olhos para te reconhecermos
no “partir o Pão”, sublime Sacramento da Eucaristia!
Alimenta-nos com o Pão da Unidade.
Sustenta-nos em nossa fragilidade.
Consola-nos em nossos sofrimentos,
Faze-nos solidários com os pobres, os oprimidos e excluídos.
Fica conosco, Senhor!
Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida,
No vigor do Espírito Santo,
Faze-nos teus discípulos missionários!
Com a humilde serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser:
Alegres no Caminho para a Terra Prometida!
corajosas testemunhas da Verdade libertadora!
promotores da Vida em plenitude!
Fica conosco, Senhor! Amém!
(Oração do XVI Congresso Eucarístico Nacional )

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de acolhimento a Jesus na pessoa dos irmãos. Preciso deixar mais vivo o meu distintivo de cristão.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Bênção


O Senhor nos abençoe e nos guarde!
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós!
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!' (Nm 6,24-27)
Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
Ir. Patrícia Silva, fsp

sábado, 27 de abril de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
A medida da nossa resolução será nosso progresso, e grande solicitude exige o sério aproveitamento. Se aquele que toma enérgicas resoluções tantas vezes cai, que será daquele que as toma raramente ou menos firmemente propõe? Sucede, porém, de vários modos deixarmos o nosso propósito; e raras vezes passa sem dano qualquer leve omissão de nossos exercícios. O propósito dos justos mais se firma na graça de Deus, que em sua própria sabedoria; nela confiam sempre, em qualquer empreendimento. Porque o homem propõe, mas Deus dispõe, e não está na mão do homem o seu caminho (Jer 10,23). ( Dos exercícios do bom religioso) 

Fonte: Imitação de Cristo

Sábado da 4ª Semana da Páscoa



AINDA NÃO ME CONHECES?
João 14,7-14

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:7 Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai.E desde agora o conheceis e o vistes.'
8 Disse Filipe: 'Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!'9 Jesus respondeu: 'Ha tanto tempo estou convosco, e não me conheces, Filipe?Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: 'Mostra-nos o Pai'?
10 Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim?As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo,mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras.
11 Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim.Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras.
12 Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mimfará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas.Pois eu vou para o Pai,
13 e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei,a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.
14 Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei.

Reflexão

João 14,7: Conhecer Jesus é conhecer o Pai O texto do evangelho de hoje é a continuação do de ontem. Tomé tinha perguntado: "Senhor, não sabemos para onde vai. Como podemos conhecer o caminho?" Jesus respondeu: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida! Ninguém vai ao Pai senão por mim”. E acrescentou: “Se vocês me conhecem, conhecerão também o meu Pai. Desde agora vocês o conhecem e já o viram". Esta é a primeira frase do evangelho de hoje. Jesus sempre fala do Pai, pois era a vida dele que transparecia em tudo que falava e fazia. Esta referência constante ao Pai provoca a pergunta de Filipe.

 
João 14,8-11: Filipe pergunta: "Mostra-nos o Pai, e basta!" Era o desejo dos discípulos e das discípulas, o desejo de muita gente nas comunidades do Discípulo Amado e é o desejo de muita de nós hoje: como é que a gente faz para ver o Pai de que Jesus fala tanto? A resposta de Jesus é muito bonita e vale até hoje: "Filipe, tanto tempo estou no meio de vocês, e você ainda não me conhece! Quem me vê, vê o Pai!" A gente não deve pensar que Deus está longe de nós, como alguém distante e desconhecido. Quem quiser saber como é e quem é Deus Pai, basta olhar para Jesus. Ele o revelou nas palavras e gestos da sua vida! "O Pai está em mim e eu estou no Pai!" Através da sua obediência, Jesus está totalmente identificado com o Pai. Ele a cada momento fazia o que o Pai mostrava que era para fazer (Jo 5,30; 8,28-29.38). Por isso, em Jesus tudo é revelação do Pai! E os sinais ou as obras de Jesus são as obras do Pai! Como diz o povo: "O filho é a cara do pai!" Por isso, em Jesus e por Jesus, Deus está no meio de nós.
 
João 14,12-14: Promessa de Jesus. Jesus faz uma promessa para dizer que a intimidade dele com o Pai não é privilégio só dele, mas é possível para todos que crêem nele. Nós também, através de Jesus, podemos chegar a fazer coisas bonitas para os outros do jeito que Jesus fazia para o povo do seu tempo. Ele vai interceder por nós. Tudo que a gente pedir a ele, ele vai pedir ao Pai e vai conseguir, contanto que seja para servir. Jesus é o nosso defensor. Ele vai embora, mas não nos deixa sem defesa. Ele promete que vai pedir ao Pai para Ele mandar um outro defensor ou consolador, o Espírito Santo. Jesus chegou a dizer que ele precisa ir embora, pois, do contrário, o Espírito Santo não poderá vira (Jo 16,7). É o Espírito Santo que realizará as coisas de Jesus em nós, desde que peçamos em nome de Jesus e observemos o grande mandamento da prática do amor.
 
Para um confronto pessoal
1) Conhecer Jesus é conhecer o Pai. Na Bíblia a palavra “conhecer uma pessoa” não é apenas uma compreensão intelectual, mas implica também uma profunda experiência da presença dessa pessoa na vida. Será que eu conheço Jesus?
2) Conheço o Pai?

Podemos ficar imaginando o quanto Jesus deve ter insistido com os seus discípulos sobre a questão da fé. Jesus tenta traduzir esta questão de maneira mais palpável e simples, para que eles, de fato, entendam. Acreditar era o primeiro passo para conhecer a Deus nas ações de Jesus, no acolhimento de Jesus e na pregação de Jesus. Ele aponta aos discípulos que tudo aquilo que Ele fazia, eles também podiam fazer, se acreditassem em Deus e neles mesmos. Será que nós também podemos conseguir dar esse passo? Será que entendemos essa força transformadora que Deus deposita em cada um de nós? Vale a pena pensar nisto.
 
Ao sermos conviadados a escutar a palavra de Jesus neste texto, o Pai se dá aconhecer, assim como quer revelar no seu Filho a sua vontade. Portanto, não nos bastará ouvir, escutar. Será necessário fazer uma mudança radical. Uma experiência viva das obras do amor de Jesus, que são as obras do Pai. Pois, o Pai, que está em mim, é quem faz o seu trabalho. Creiam no que lhes digo: eu estou no Pai e o Pai está em mim.
 
Ao acreditarmos em Jesus, somos movido a assumir as suas obras em vista da promoção da vida plena para todos. Procuremos ver o rosto de Deus nos rostos das pessoas por Ele amadas: Talvez me perguntes como aquele jovem do evangelho de Lc 10,25-35, ‘mas quem é o meu próximo’? A resposta é simples. São os pecadores, os pobres, os simples, os humildes, os marginalizados, os andarílios, os doentes, os encarcerados, as prostitutas, os alcólatras e tantas outras. Alías « quanto pior for a pessoa com quem convives melhor será para ti»!
 
Por quê? Assim com fé, confiança e esperança na conversão desta pessoa te convertes num verdadeiro orante e melhor exercitarás a caridade, a paciência, a misericórdia, o perdão, o amor de Deus que se Deus no Filho para o perdão dos nossos pecados e salvação das nossas almas. Esta é a glória do Pai, que é a glória de Jesus, à qual os discípulos são chamados a participar.
 
Como discípulos eu e tu somos interpelados. Peças ao Senhor que nos dê esta graça de sermos um em Jesus seu Filho, para que o mundo reconheça em nós Jesus Cristo, o enviado do Pai ao mundo cuja missão é a libertação da opressão e a construção do mundo novo de fraternidade e justiça.
Comentário ao Evangelho feito por Santo Ireneu de Lyon «Quem Me vê, vê o Pai.»

O esplendor de Deus dá vida: portanto, quem vê a Deus tomará parte na vida. Eis por que razão Aquele que é intangível, incompreensível e invisível Se oferece para ser visto, compreendido e tocado pelos homens; para poder dar a vida aos que Lhe tocam e O vêem. Porque, se a Sua grandeza é insondável, a Sua bondade também é inexprimível e é graças a ela que Ele se deixa ver e dá vida aos que O vêem.

É impossível viver sem a Vida; não há vida sem a participação em Deus; e essa participação em Deus consiste em ver a Deus e em gozar da Sua bondade. Assim, portanto, os homens verão a Deus para que vivam [...], segundo o que Moisés disse no Deuteronômio: «Hoje mesmo damo-nos conta de que Deus pode falar ao homem e este continuar vivo!» (Dt 5, 24). Deus é invisível e inexprimível [...], mas todos os seres aprendem pelo seu Verbo que há um só Deus Pai, que contém todas as coisas e dá existência a todas as coisas, como diz o Senhor: «A Deus jamais alguém O viu. O Filho Unigênito, que é Deus e está no seio do Pai, foi Ele quem O deu a conhecer» (Jo 1, 18).