quinta-feira, 28 de março de 2013

Quinta-feira da Semana Santa - Ceia do Senhor


Também vós deveis lavar os pés uns dos outros.

João 13,1-15

1 Antes da festa da Páscoa.Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai;tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.2 Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus.3 Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suasmãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava,4 levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura.5 Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos,enxugando-os com a toalha com que estava cingido.6 Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: 'Senhor, tu, me lavas os pés?'7 Respondeu Jesus:  'Agora, não entendes o que estou fazendo;mais tarde compreenderás.'
8 Disse-lhe Pedro: 'Tu nunca me lavarás os pés!'Mas Jesus respondeu: 'Se eu não te lavar, não terás parte comigo'.
9 Simão Pedro disse:'Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.'10 Jesus respondeu: 'Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés,
porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos.'
11 Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: 'Nem todos estais limpos.'12 Depois de ter lavado os pés dos discípulos,Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo.E disse aos discípulos: 'Compreendeis o que acabo de fazer?'
13 Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou.
14 Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés,também vós deveis lavar os pés uns dos outros.
15 Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.
 


Reflexão
 
Por acaso em nossas famílias, celebram-se aniversários de grandes tragédias? Que mãe iria querer celebrar com os familiares e amigos, o dia em que seu filho foi preso, condenado injustamente e passou por uma morte vergonhosa e extremamente humilhante ? Coisas assim, a gente quer esquecer, apagar da memória para sempre…
 
Na última Ceia, Jesus está dizendo aos seus discípulos que Ele quer que o seu sacrifício, a sua paixão e morte na cruz, seja sempre lembrada em um ritual. Atentemos para um detalhe dos sinóticos isto é, são os três evangelistas muito parecidos no que ele escrevem. São eles os Evangelhos segundo Mateus, Marcos e Lucas.  "Jesus partiu o pão e o deu a seus discípulos dizendo, tomai e comei pois este é o meu corpo…” e no escrito paulino, (Leia ICor 11,23-26). Foi o que sobrou de Jesus na cruz do calvário: seu corpo, massacrado, despedaçado, sem nenhuma vida. Comer o corpo de um morto e lembrar sempre do jeito que ele morreu. Pense que escândalo para os Judeus!
 
João toma outro rumo em sua reflexão com as comunidades do seu tempo: Aquele ritual, aquela celebração tem algo de grandioso e belo por trás de tudo. Ser rebaixado no último degrau do ser humano, aniquilar-se e deixar esmagar-se, dar o corpo, a vida e o sangue, até a última gota, esse era o Serviço que Jesus prestava a todos nós. Lavou-nos não só os pés, mas todo o nosso ser, passando por esse banho da regeneração. Aquele que sentou com Jesus à mesa, e continua a sentar-se hoje aquele que ouve a sua palavra e a guarda em seu coração, compreende o Mistério do Cristo em nós.
 
Pois bem, devemos ter força e humildade para também rebaixar-se diante de todos, ser o último, só para poder servir. Quando pensamos em nossa importância, no cargo que ocupamos, nem precisa ser tão grande assim. Por exemplo, a função do pai de família ou a mãe, entre outros cargos que servimos na Igreja, na função que exercemos, é difícil servir o irmão ou a irmã, que precisa de nós. Muitas vezes temos que nos deixa curvar diante do outro, queremos servir, mas do nosso jeito cheio de restrição. E isto não vale… Por isso contemplemos, nesse evangelho de João, o sentido real do servir de Jesus, que não leva em conta o que Ele é: Grandioso, Onipotente, Poderoso, Onipresente e Onisciente, mas que se abaixa diante do ser humano, para lavar-lhes os pés. Muitas vezes como Pedro (leia Jo13,6-8), não aceitamos a idéia de um Deus que se rebaixa para servir, pois observe que este serviço de lavar os pés era o serviço, que o escravo fazia ao seu senhor por isso que Pedro de início não aceitou. Pedro ainda precisava caminhar mais para aceitar tamanho ensinamento do Mestre. Jesus dá a este serviço precisamente uma dimensão maior e primordial: Nós é que devemos nos rebaixar diante Dele e dos irmãos precisamente…Exatamente isso, só que esse Deus manifestado em Jesus está sempre bem escondido, mas real na vida dos irmãos e irmãs a quem devemos servir, e que o Senhor coloca diante de nós.
 
Obrigado, Senhor, por nos sugerir tamanho gesto entre outros de acordo com o tempo e a realidade vivida na comunidade, tendo como luz o seu próprio testemunho: SERVIR O IRMÃO!.
 
 
Jesus se apresenta como servidor do povo. Lavando os pés das pessoas deu-lhes a extrema prova do seu amor. Veio para servir e não para ser servido (João 13,1-17). É necessário abrir os olhos para ver Jesus...
 
O povo repete até hoje: “Quem não vive para servir, não serve para viver!” Este era também o lema de Jesus. Ele dizia: “Não vim para ser servido, mas para servir” (Mc 10,45). Quando os discípulos brigavam pelo primeiro lugar ou quando alguns deles queriam ser mais importantes que os outros, ele chamava a atenção e dizia: “Quem quiser ser o primeiro deve ser o servidor de todos” (Mc 9,35). Não é fácil servir! Judas ia trair Jesus. Mesmo assim, Jesus lavou os pés de Judas. Ele mesmo, quando o povo queria fazer dele um rei, fugiu para a montanha e não quis saber (Jo 6,14). Foi o que São Paulo lembrou quando dizia que Jesus podia gloriar-se do seu título de filho de Deus, mas em vez disso se fez servidor de todos (Fil 2,6-7). Nós temos a festa de Cristo Rei, mas não temos a festa de Cristo servidor. É pena!
 
Vamos refletir sobre isto:
1. Por que é tão difícil servir aos outros? Conta algo da sua experiência.
2. Temos uma festa de Cristo Rei e não temos uma festa de Jesus Servidor. Como entender isso?

No tempo de Jesus, as autoridades religiosas ensinavam ao povo que o Messias devia ser glorioso e vencedor. Elas não se lembravam da profecia de Isaías que falava de um Messias Servidor (Is 42,1-9). Vamos ouvir um texto em que Jesus se apresenta não como glorioso vencedor mas como o servidor de todos. Durante a leitura, vamos ficar com esta pergunta na cabeça: “Em que consiste exatamente o serviço que Jesus quer prestar ao povo?”

Jesus, o Servo de Javé.

Naquele tempo, havia entre os judeus uma grande variedade de expectativas messiânicas. De acordo com as diferentes interpretações das profecias, havia gente que esperava um Messias Rei (Mc 15,9.32), um Messias Santo ou Sumo Sacerdote (Mc 1,24), um Messias Guerrilheiro subversivo (Lc 23,5; Mc 15,6; 13,6-8), um Messias Doutor (Jo 4,25; Mc 1,22.27), um Messias Juiz (Lc 3,5-9; Mc 1,8) ou um Messias Profeta (Mc 6,4; 14,65). Cada um, conforme os seus próprios interesses ou classe social, encaixava o messias nos seus próprios desejos e expectativas. Mas por mais diferentes que fossem aquelas expectativas, todas elas concordavam numa coisa: o messias seria forte, glorioso e vencedor.

Ao que tudo indica, ninguém se lembrava do Messias Servidor tal como tinha sido anunciado pelo profeta Isaías. Somente os pobres souberam valorizar a esperança messiânica como um serviço do povo de Deus à humanidade. Maria, a pobre de Javé, disse ao anjo: “Eis aqui a serva do Senhor!” Foi de Maria, sua mãe, que Jesus aprendeu o caminho do serviço. Nas três vezes em que ele anunciou sua paixão, morte e ressurreição, Jesus se orientou pela profecia do Servo de Javé, tal como transparece nos quatro cânticos do livro de Isaías, e a aplicou a si mesmo (Mc 8,31; 9,31; 10,33).

A origem daqueles quatro cânticos do Servo de Javé (Is 42,1-9; 49,1-6; 50,4-9; 52,13 a 53,12) remonta ao grupo dos discípulos e discípulas de Isaías que viviam no cativeiro da Babilônia em torno de 550 antes de Cristo. No livro de Isaías, a figura do Servo de Javé indica não um indivíduo, mas sim o povo do cativeiro (Is 41,8-9; 42,18-20; 43,10; 44,1-2; 44,21; 45,4; 48,20; 54,17), descrito pelo profeta como um povo “oprimido, sofredor, desfigurado, sem aparência de gente e sem um mínimo de condição humana, povo explorado, maltratado e silenciado, sem graça nem beleza, cheio de sofrimento, evitado pelos outros como se fosse um leproso, condenado como um criminoso, sem julgamento nem defesa” (cf. Is 53,2-8). Retrato perfeito de uma grande parte da humanidade, até hoje!

Deste povo-servo se dizia: “Ele não grita, nem levanta a voz, não solta berros pelas ruas, não quebra a planta machucada, nem apaga o pavio de vela que ainda solta fumaça” (Is 42,2). Ou seja, perseguido, não perseguia; oprimido, não oprimia; machucado, não machucava. Nele o vírus da violência opressora do império da Babilônia não conseguiu penetrar. Pelo contrário, ele promovia o direito e a justiça (Is 42,3.6). Esta atitude resistente do povo-servo é a semente da justiça que Deus quer ver implantada no mundo todo. Por isso, Deus chama esse povo para ser o seu Servo com a missão de irradiar a justiça de Deus e ser a “Luz do Mundo” (Is 42,2.6; 49,6).

Os quatro cânticos do Servo são uma espécie de cartilha para ajudar o povo oprimido, tanto de ontem como de hoje, a descobrir e assumir sua missão. Jesus conhecia estes cânticos e por eles se orientou. O primeiro cântico (Is 42,1-9) descreve como Deus chama o povo a ser o seu Servo e realizar a justiça no mundo inteiro. O segundo cântico (Is 49,1-6) descreve como foi difícil para aquele povo exilado e marginalizado acreditar na sua vocação de Servo. No terceiro cântico (Is 50,4-9), o Servo conta como ele, apesar do sofrimento, está realizando a sua missão. O quarto cântico (Is 52,13 a 53,12) descreve o futuro deste Servo: fiel a sua missão, ele vai entregar sua vida pelos outros e Deus vai confirmá-lo como seu servo. Morte e ressurreição!

Jesus percorreu o caminho dos quatro passos do serviço, indicados por Isaías. Na hora do batismo no rio Jordão, o Pai o apresentou como o seu servo e o enviou para a missão (Mc 1,11). Na sinagoga de Nazaré, ao expor seu programa ao povo da sua terra, Jesus assumiu esta missão publicamente (Lc 4,16-21). A partir daquele momento, ele começou a andar pela Galiléia para ajudar o povo a descobrir e assumir, junto com ele, a missão de Servo de Deus. No fim da sua vida, durante a última ceia, Jesus lavou os pés dos seus discípulos. Até o fim, perseverou na atitude de Servo de Deus. Eis alguns episódios em que transparece mais forte esta atitude de serviço em Jesus:

* Lava-pés
* Cura dos doentes
* Alimenta o povo faminto
* Conversa com o povo e consola os tristes
* Acolhe os excluídos e dá um lugar para eles
* Ensina o povo as coisas do Reino de Deus
* Defende os pequenos quando são criticados
* Faz o povo participar

Através desta sua atitude de serviço, Jesus nos revela a face de Deus que nos atrai e nos indica o caminho de volta para a casa do Pai. A sua vida é o melhor comentário dos quatro cânticos de Isaías.
 
Para um confronto pessoal
1. O que mais chamou a sua atenção no texto ou de que você mais gostou? Por quê?
2. Conforme as palavras do texto, em que consiste exatamente o serviço que Jesus quer prestar ao povo?
3. Como entender a reação de Pedro e a resposta dura de Jesus?
4. O que deve mudar no meu modo de pensar sobre Jesus?
 
Homilia Bento XVI - Santa Missa da Ceia do Senhor - 05/04/2012
Basílica de São João de Latrão

 Amados irmãos e irmãs!

A Quinta-feira Santa não é apenas o dia da instituição da Santíssima Eucaristia, cujo esplendor se estende sem dúvida sobre tudo o mais, tudo atraindo, por assim dizer, para dentro dela. Faz parte da Quinta-feira Santa também a noite escura do Monte das Oliveiras, nela Se embrenhando Jesus com os seus discípulos; faz parte dela a solidão e o abandono vivido por Jesus, que, rezando, vai ao encontro da escuridão da morte; faz parte dela a traição de Judas e a prisão de Jesus, bem como a negação de Pedro; e ainda a acusação diante do Sinédrio e a entrega aos pagãos, a Pilatos. Nesta hora, procuremos compreender mais profundamente alguma coisa destes acontecimentos, porque neles se realiza o mistério da nossa Redenção.

Jesus embrenha-se na noite. A noite significa falta de comunicação, uma situação em que não nos vemos um ao outro. É um símbolo da não compreensão, do obscurecimento da verdade. É o espaço onde o mal, que em presença da luz tem de se esconder, pode desenvolver-se. O próprio Jesus – que é a luz e a verdade, a comunicação, a pureza e a bondade – entra na noite. Esta, em última análise, é símbolo da morte, da perda definitiva de comunhão e de vida. Jesus entra na noite para a superar, inaugurando o novo dia de Deus na história da humanidade.

Pelo caminho, Jesus cantou com os seus discípulos os Salmos da libertação e redenção de Israel, que evocavam a primeira Páscoa no Egito, a noite da libertação. Chegado ao destino Ele, como faz habitualmente, vai rezar sozinho e, como Filho, falar com o Pai. Mas, diversamente do que é costume, quer ter perto de Si três discípulos: Pedro, Tiago e João; são os mesmos três que viveram a experiência da sua Transfiguração – viram transparecer, luminosa, a glória de Deus através da sua figura humana – , tendo-O visto no centro da Lei e dos Profetas, entre Moisés e Elias. Ouviram-No falar, com ambos, acerca do seu «êxodo» em Jerusalém. O êxodo de Jesus em Jerusalém: que palavra misteriosa! No êxodo de Israel do Egito, dera-se o acontecimento da fuga e da libertação do povo de Deus. Que aspecto deveria ter o êxodo de Jesus, para que nele se cumprisse, de modo definitivo, o sentido daquele drama histórico? Agora os discípulos tornavam-se testemunhas do primeiro trecho de tal êxodo – a humilhação extrema –, mas que era o passo essencial da saída para a liberdade e a vida nova, que o êxodo tem em vista. Os discípulos, cuja proximidade Jesus pretendeu naquela hora de ânsia extrema como elemento de apoio humano, depressa se adormentaram. Todavia ainda ouviram alguns fragmentos das palavras ditas em oração por Jesus e observaram o seu comportamento. Estas duas coisas gravam-se profundamente no espírito deles, que depois as transmitiram aos cristãos para sempre. Jesus chama a Deus «Abbá»; isto significa – como eles adiantam – «Pai». Não é, porém, a forma usual para dizer «pai», mas uma palavra própria da linguagem das crianças, ou seja, uma palavra meiga que ninguém ousaria aplicar a Deus. É a linguagem d’Aquele que é verdadeiramente «criança», Filho do Pai, d’Aquele que vive em comunhão com Deus, na unidade mais profunda com Ele.

Se nos perguntássemos qual era o elemento mais característico da figura de Jesus nos Evangelhos, temos de dizer: a sua relação com Deus. Ele está sempre em comunhão com Deus; estar com o Pai é o núcleo da sua personalidade. Através de Cristo, conhecemos verdadeiramente Deus. «A Deus jamais alguém O viu»: diz São João. Aquele que «está no seio do Pai (…) O deu a conhecer» (1, 18). Agora conhecemos Deus, como Ele é verdadeiramente: Ele é Pai; e Pai com uma bondade absoluta, à qual nos podemos confiar. O evangelista Marcos, que conservou as recordações de São Pedro, narra que Jesus, depois da invocação «Abbá», acrescentou: Tudo Te é possível; Tu podes tudo (cf. 14, 36). Aquele que é a Bondade, ao mesmo tempo é poder, é omnipotente. O poder é bondade e a bondade é poder. Esta confiança podemos aprendê-la a partir da oração de Jesus no Monte das Oliveiras.

Antes de reflectir sobre o conteúdo da súplica de Jesus, devemos ainda fixar a nossa atenção sobre o que os evangelistas nos referem a propósito do comportamento d’Ele durante a sua oração. Mateus e Marcos dizem-nos que «caiu com a face por terra» (Mt 26, 39; cf. Mc 14, 35), assumindo por conseguinte a posição de submissão total, como se manteve na liturgia romana de Sexta-feira Santa. Lucas, por sua vez, diz-nos que Jesus rezava de joelhos. Nos Atos dos Apóstolos, fala da oração de joelhos feita pelos santos: Estêvão durante a sua lapidação, Pedro no contexto da ressurreição de um morto, Paulo a caminho do martírio. Assim Lucas redigiu uma pequena história da oração feita de joelhos na Igreja nascente. Ajoelhando-se, os cristãos entram na oração de Jesus no Monte das Oliveiras. Ameaçados pelo poder do mal, eles ajoelham: permanecem de pé frente ao mundo, mas, enquanto filhos, estão de joelhos diante do Pai. Diante da glória de Deus, nós, cristãos, ajoelhamo-nos reconhecendo a sua divindade; mas, com tal gesto, exprimimos também a nossa confiança de que Ele vence.

Jesus luta com o Pai: melhor, luta consigo mesmo; e luta por nós. Sente angústia frente ao poder da morte. Este sentimento é, antes de mais nada, a turvação que prova o homem, e mesmo toda a criatura viva, em presença da morte. Mas, em Jesus, trata-se de algo mais. Ele estende o olhar pelas noites do mal; e vê a maré torpe de toda a mentira e infâmia que vem ao seu encontro naquele cálice que deve beber. É a turvação sentida pelo totalmente Puro e Santo frente à torrente do mal que inunda este mundo e que se lança sobre Ele. Vê-me também a mim, e reza por mim. Assim este momento da angústia mortal de Jesus é um elemento essencial no processo da Redenção; de fato, a Carta aos Hebreus qualificou a luta de Jesus no Monte das Oliveiras como um acontecimento sacerdotal. Nesta oração de Jesus, permeada de angústia mortal, o Senhor cumpre a função do sacerdotes: toma sobre Si o pecado da humanidade, toma a todos nós e leva-nos para junto do Pai.

Por último, devemos debruçar-nos sobre o conteúdo da oração de Jesus no Monte das Oliveiras. Jesus diz: «Pai, tudo Te é possível; afasta de Mim este cálice! Mas não se faça o que Eu quero, e sim o que Tu queres» (Mc 14, 36). A vontade natural do Homem Jesus recua, assustada, perante uma realidade tão monstruosa; pede que isso Lhe seja poupado. Todavia, enquanto Filho, depõe esta vontade humana na vontade do Pai: não Eu, mas Tu. E assim Ele transformou a atitude de Adão, o pecado primordial do homem, curando deste modo o homem. A atitude de Adão fora: Não o que quiseste Tu, ó Deus; eu mesmo quero ser deus. Esta soberba é a verdadeira essência do pecado. Pensamos que só poderemos ser livres e verdadeiramente nós mesmos, se seguirmos exclusivamente a nossa vontade. Vemos Deus como contrário à nossa liberdade. Devemos libertar-nos d’Ele – isto é todo o nosso pensar –; só então seremos livres. Tal é a rebelião fundamental, que permeia a história, e a mentira de fundo que desnatura a nossa vida. Quando o homem se põe contra Deus, põe-se contra a sua própria verdade e, por conseguinte, não fica livre mas alienado de si mesmo. Só somos livres, se permanecermos na nossa verdade, se estivermos unidos a Deus. Então tornamo-nos verdadeiramente «como Deus»; mas não opondo-nos a Deus, desfazendo-nos d’Ele ou negando-O. Na luta da oração no Monte das Oliveiras, Jesus desfez a falsa contradição entre obediência e liberdade, e abriu o caminho para a liberdade. Peçamos ao Senhor que nos introduza neste «sim» à vontade de Deus, tornando-nos deste modo verdadeiramente livres. Amém.

SANTO DO DIA - 28/03/2013

28/03
Joana Maria de Maillé
Nasceu em 14-4-1331 no castelo de La Roche, na diocese de Tours (França). Em 1342 Joana teve uma visão da Virgem Maria com o Menino Jesus e desde então se consagrou a honrar a Pixão de Cristo. Recebeu a primeira educação religiosa de um franciscano, confessor da família. Contra a sua vontade teve de se casar com o seu tutor em 1347, que se chamava Roberto de Sillé, mas ele não era um aproveitador vulgar. Os dois esposos decidiram conservar a castidade e empregaram os bens no socorro dos desventurados durante a grande epidemia da peste negra(1346-1355).

Durante a guerra dos 100 anos, Roberto foi capturado pelos ingleses. Teve de se desfazer de sua fortuna para pagar o que lhe fora pedido pelo seu resgate. Morreu em 1362. Então Joana foi expulsa pela família do seu marido e se retirou a Tours para se dedicar à oração e às boas obras. Fez voto de perpétua castidade nas mãos do arcebispo de Tours e entrou num hospital a serviço dos doentes. Mas não teve paz, sendo perseguida pela malevolência dos que a rodeavam. Por isso se retirou para o eremitério de Planche de Varux, dedicando-se à vida contempletiva. Obrigada pelas suas condições de saúde a retornar a Tours em 1386, foi residir junto ao convento dos franciscanos, colocando-se sob a direção espiritual daqueles.

O seu zelo a fez se apresentar várias vezes diante do rei Carlos VI, o rei louco, quer em Tours como em Paris, para tentar uma purificação dos costumes da corte e do povo. Foi favorecida com graças místicas e era consultada em toda parte. Morreu em 28 de março de 1414. Pertencia à ordem terceira da penitência e sua espiritualidade era toda franciscana.
Santo Xisto III
Xisto chegou a adotar uma posição neutra na controvérsia entre pelagianos e semipelagianos do sul da Gália, especialmente contra Cassiano, sendo advertido pelo papa Zózimo. Mas reconheceu o seu erro, com a ajuda de Agostinho, bispo de Hipona, que combatia arduamente aquela heresia, e que lhe escrevia regularmente.

Ao se tornar papa em 432, Xisto III agindo com bastante austeridade e firmeza, nesta ocasião, Agostinho teve de lhe pedir moderação. Foi assim, que este papa conseguiu o fim definitivo da doutrina herege. Esta doutrina pelagiana negava o pecado original e a corrupção da natureza humana. Também defendia a tese de que o homem, por si só, possuía a capacidade de não pecar, dispensando dessa maneira a graça de Deus.

Ele também conduziu com sabedoria uma ação mais conciliadora em relação a Nestório, acabando com a controvérsia entre João de Antioquia e Cirilo, patriarca de Constantinopla, sobre a divindade de Maria. Em seguida, demonstrou a sua firme autoridade papal na disputa com o patriarca Proclo. Xisto III teve de escrever várias epístolas para manter o governo de Roma sobre a lliría, contra o imperador do Oriente que queria torná-la dependente de Constantinopla, com a ajuda deste patriarca.

Depois do Concílio de Éfeso em 431, em que a Mãe de Jesus foi aclamada Mãe de Deus, o papa Xisto III mandou ampliar e enriquecer a basílica dedicada à Santa Mãe das Neves, situada no monte Esquilino, mais tarde chamada Santa Maria Maior. Esta igreja é a mais antiga do Ocidente que foi dedicada a Nossa Senhora.

Desta maneira ele ofereceu aos fiéis um grande monumento ao culto da bem-aventurada Virgem Maria, à qual prestamos um culto de hiperdulia, ou seja, de veneração maior do que o prestado aos outros santos. Xisto III, mandou vir da Palestina as tábuas de uma antiga manjedoura, que segundo a tradição havia acolhido o Menino Jesus na gruta de Belém, dando origem ao presépio. Introduziu no Ocidente a tradição da Missa do Galo celebrada na noite de Natal, que era realizada em Jerusalém desde os primeiros tempos da Igreja.

Durante o seu pontificado, Xisto III promoveu uma intensa atividade edificadora, reformando e construindo muitas igrejas, como a exuberante basílica de São Lourenço em Lucina, na Itália.

Morreu em 19 de agosto de 440, deixando a indicação do sucessor, para aquele que foi um dos maiores papas dos primeiros séculos, Leão Magno. A Igreja indicou sua celebração para o dia 28 de março, após a última reforma oficial do calendário litúrgico.

LITURGIA DIÁRIA - 28/03/2013



Dia: 27/03/2013
Primeira Leitura: Êxodo 12,1-8.11-14

SEMANA SANTA(roxo, prefácio da paixão II - ofício do dia)






Livro do Êxodo:

Naqueles dias: 1O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito: 2”Este mês será para vós o começo dos meses; será o primeiro mês do ano. 3Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel, dizendo: ‘No décimo dia deste mês, cada um tome um cordeiro por família, um cordeiro para cada casa.
4Se a família não for bastante numerosa para comer um cordeiro, convidará também o vizinho mais próximo, de acordo com o número de pessoas. Deveis calcular o número de comensais, conforme o tamanho do cordeiro.
5O cordeiro será sem defeito, macho, de um ano. Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito: 6e devereis guardá-lo preso até ao dia catorze deste mês. Então toda a comunidade de Israel reunida o imolará ao cair da tarde.
7Tomareis um pouco do seu sangue e untareis os marcos e a travessa da porta, nas casas em que o comerem. 8Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães ázimos e ervas amargas.
11Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a ‘Passagem’ do Senhor!
12E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até os animais; e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito, eu, o Senhor.
13O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito. 
14Este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações, como instituição perpétua. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 115)

— O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue de Jesus.
— O Cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue de Jesus.

— Que poderei retribuir ao Senhor Deus,/ por tudo aquilo que Ele fez em meu favor!/ Elevo o cálice da minha salvação/ invocando o nome santo do Senhor.
— É sentida por demais pelo Senhor,/ a morte de seus santos, seus amigos./ Eis que sou o vosso servo, ó Senhor,/ vós me quebrastes os grilhões da escravidão.
— Por isso oferto um sacrifício de louvor, invocando o santo nome do Senhor./ Vou cumprir minhas promessas ao Senhor, na presença de seu povo reunido.


Segunda leitura (1º Coríntios 11,23-26)

Primeira Carta de São Paulo apóstolo aos Coríntios:

Irmãos: 23O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos transmiti: Na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão 24e, depois de dar graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”.
25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória”.
26Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele venha. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.


Evangelho (João 13,1-15)

— O Senhor esteja conosco. 
— Ele está no meio de nós. 
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + escrito por João. 
— Glória a vós, Senhor! 

1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.
2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”.
8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”.
11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.
12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.


O Evangelho do dia - 28/03/2013



Ano C - DIA 28/03

Jesus lava os pés dos discípulos - Jo 13,1-15

Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Foi durante a ceia. O diabo já tinha seduzido Judas Iscariotes para entregar Jesus. [...] Ele levantou-se da ceia, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a à cintura. Derramou água numa bacia, pôs-se a lavar os pés dos discípulos e enxugava-os com a toalha que trazia à cintura. Chegou a Simão Pedro. Este disse: “Senhor, tu vais lavar-me os pés?” Jesus respondeu: “Agora não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. Pedro disse: “Tu não me lavarás os pés nunca!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. Simão Pedro disse: “Senhor, então lava-me não só os pés, mas também as mãos e a cabeça”. [...] Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e voltou ao seu lugar. Disse aos discípulos: “Entendeis o que eu vos fiz? Vós me chamais de Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque sou. Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós”.

Leitura Orante

Oração Inicial

 
Preparo-me para a Leitura Orante,
rezando com todos os que encontram este momento com a Palavra:
Espírito de verdade,
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós

 

1- Leitura (Verdade)

 
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 13,1-15, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora de deixar este mundo e ir para o Pai. Ele sempre havia amado os seus que estavam neste mundo e os amou até o fim.
Jesus e os seus discípulos estavam jantando. O Diabo já havia posto na cabeça de Judas, filho de Simão Iscariotes, a idéia de trair Jesus. Jesus sabia que o Pai lhe tinha dado todo o poder. E sabia também que tinha vindo de Deus e ia para Deus. Então se levantou, tirou a sua capa, pegou uma toalha e amarrou na cintura. Em seguida pôs água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha. Quando chegou perto de Simão Pedro, este lhe perguntou:
- Vai lavar os meus pés, Senhor?
Jesus respondeu:
- Agora você não entende o que estou fazendo, porém mais tarde vai entender!
- O senhor nunca lavará os meus pés! - disse Pedro.
- Se eu não lavar, você não será mais meu discípulo! - respondeu Jesus.
- Então, Senhor, não lave somente os meus pés; lave também as minhas mãos e a minha cabeça! - pediu Simão Pedro.
Aí Jesus disse:
- Quem já tomou banho está completamente limpo e precisa lavar somente os pés. Vocês todos estão limpos, isto é, todos menos um.
Jesus sabia quem era o traidor. Foi por isso que disse: "Todos menos um."
Depois de lavar os pés dos seus discípulos, Jesus vestiu de novo a capa, sentou-se outra vez à mesa e perguntou:
- Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de "Mestre" e de "Senhor" e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros. Pois eu dei o exemplo para que vocês façam o que eu fiz.Jesus lava os pés dos discípulos para dizer uma só coisa: amar é servir. Jesus tira o manto, no meio da refeição, e começa a lavar os pés dos discípulos. Tirar o manto significa abrir mão de todo privilégio ou status. Ele faz o que faziam os escravos. Num gesto de infinito amor. No final, diz: "Vocês entenderam o que eu fiz? Vocês me chamam de "Mestre" e de "Senhor" e têm razão, pois eu sou mesmo. Se eu, o Senhor e o Mestre, lavei os pés de vocês, então vocês devem lavar os pés uns dos outros."

 

2- Meditação (Caminho)

 
O que o texto diz para mim, hoje?
Hoje é o dia da instituição do ministério sacerdotal e da Eucaristia, dia de ação de graças, como diz a própria palavra Eucaristia. E me pergunto: sou capaz de fazer como Jesus fez? Sou capaz de deixar o manto de meus privilégios mesmo quando tenho uma posição de chefia? Sou capaz de viver meu cargo, minha posição social como oportunidade para servir sem esperar retorno ou vantagens? Só por amor? Os bispos, na Conferência de Aparecida disseram: “A Eucaristia é o lugar privilegiado do encontro do discípulo com Jesus Cristo. Com este Sacramento, Jesus nos atrai para si e nos faz entrar em seu dinamismo em relação a Deus e ao próximo. Há um estreito vínculo entre as três dimensões da vocação cristã: crer, celebrar e viver o mistério de Jesus Cristo, de tal modo, que a existência cristã adquira verdadeiramente uma forma eucarística. Em cada Eucaristia, os cristãos celebram e assumem o mistério pascal, participando n’Ele. Portanto, os fiéis devem viver sua fé na centralidade do mistério pascal de Cristo através da Eucaristia, de maneira que toda sua vida seja cada vez mais vida eucarística. A Eucaristia, fonte inesgotável da vocação cristã é, ao mesmo tempo, fonte inextinguível do impulso missionário. Ali, o Espírito Santo fortalece a identidade do discípulo e desperta nele a decidida vontade de anunciar com audácia aos demais o que tem escutado e vivido.” (DAp 251).
 

3- Oração (Vida)

 
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Hoje farei o possível de estar na comunidade em adoração a Jesus na Eucaristia. E, agora, faço esta oração, sugerida pelo bem-aventurado Alberione:
Jesus, divino Mestre,
Eu te louvo e agradeço
pelo grande dom da Eucaristia.
Teu amor te leva a morar conosco,
E a renovar teu mistério pascal na missa,
Onde te fazes nosso alimento.
Que eu possa tomar dessa água viva
que jorra do teu coração!
Concede-me a graça de conhecer-te sempre mais,
de encontrar-me contigo,
todos os dias, neste Sacramento,
de compreender e viver a missa,
de me alimentar com o teu Corpo com
devoção e fé. Amém.
Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

 

4- Contemplação (Vida e Missão)

 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é do amor que serve a todos, sem distinção.

 

Bênção

 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Sugestões:
- Veja a mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma em http://paulinascomunica.blogspot.com/
- Faça o Retiro de Páscoa seguindo o blog http://viverecomunicarcristo.blogspot.com
Ir. Patrícia Silva, fsp
 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Programação desta quarta-feira na Paróquia de Nossa Senhora de Fátima



27/03 – QUARTA-FEIRA SANTA

6h15min – Missa na Capela de São Joaquim

QUARTA-FEIRA DE TREVAS ( CONFISSÃO COMUNITÁRIA)

18h – Samanaú
19h – Matriz de Nossa Senhora de Fátima

OFÍCIO DE TREVAS

19h – Alto da Boa Vista
18h30min – Samanaú
18h30min – Matriz de Nossa Senhora de Fátima

Conselho do Dia

Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
 
Muitos há que se deixam levar pela impaciência e pelo desalento, logo que as coisas não correm como desejam. Pois nem sempre está nas mãos do homem o seu caminho (Jer 10,23), mas a Deus pertence consolar e dar a graça quando quiser, e quanto quiser, a quem quiser, tudo como lhe apraz, nem mais nem menos. Perderam-se alguns imprudentes por causa da graça da devoção, porque quiseram fazer mais do que podiam, não ponderando a fraqueza das suas forças e seguindo mais o impulso do coração que os ditames da razão. E porque presumiram de si coisas bem depressa perderam a graça. Caíram maiores do que Deus havia determinado, na pobreza e no abatimento os que pretendiam pôr seu ninho no céu, para assim, humilhados e empobrecidos, aprenderem a não voar com suas próprias asas, mas a esperar à sombra das minhas. Os novos e principiantes no caminho do Senhor facilmente se podem enganar e perder, se não se aconselharem com homens experientes. ( Como se há de ocultar a graça sob a guarda da humildade)
 
Fonte: Imitação de Cristo

4ª-feira da Semana Santa



Um de vós vai me trair.

Mateus 26,14-25

Naquele tempo:14 Um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes15 e disse: 'O que me dareis se vos entregar Jesus?'Combinaram, então, trinta moedas de prata.16 E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.17 No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesuse perguntaram: 'Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?'18 Jesus respondeu: 'Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe:'O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo,vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos'.'
19 Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa.20 Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos.21 Enquanto comiam, Jesus disse: 'Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair.'22 Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar:'Senhor, será que sou eu?'23 Jesus respondeu: 'Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato.24 O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele.Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!'25 Então Judas, o traidor, perguntou: 'Mestre, serei eu?'Jesus lhe respondeu: 'Tu o dizes.'
 


Reflexão

Ontem o evangelho falou da traição de Judas e da negação de Pedro. Hoje, fala novamente da traição de Judas. Na descrição da paixão de Jesus do evangelhos de Mateus acentua-se fortemente o fracasso dos discípulos. Apesar da convivência de três anos, nenhum deles ficou para tomar a defesa de Jesus. Judas traiu, Pedro negou, todos fugiram. Mateus conta isto, não para criticar ou condenar, nem para provocar desânimo nos leitores, mas para ressaltar que o acolhimento e o amor de Jesus superam a derrota e o fracasso dos discípulos! Esta maneira de descrever a atitude de Jesus era uma ajuda para as Comunidades na época de Mateus. Por causa das freqüentes perseguições, muitos tinham desanimado e abandonado a comunidade e se perguntavam: "Será que é possível voltar? Será que Deus nos acolhe e perdoa?" Mateus responde sugerindo que nós podemos romper com Jesus, mas Jesus nunca rompe conosco. O seu amor é maior do que a nossa infidelidade. Esta é uma mensagem muito importante que colhemos do evangelho durante a Semana Santa.

Mateus 26,14-16: A Decisão de Judas de trair Jesus. Judas tomou a decisão, depois que Jesus não aceitou a crítica dos discípulos a respeito da mulher que gastou um perfume caríssima só para ungir Jesus (Mt 26,6-13). Ele foi até os sacerdotes e perguntou: “Quanto vocês me pagam se eu o entregar?” Combinaram trinta moedas de prata. Mateus evoca as palavras do profeta Zacarias para descrever o preço combinado (Zc 11,12). Ao mesmo tempo, a traição de Jesus por trinta moedas evoca a venda de José pelos seus próprios irmãos, avaliado pelos compradores em vinte moedas (Gn 37,28). Evoca ainda o preço de trinta moedas a ser pago pelo ferimento a um escravo (Ex 21,32).

Mateus 26,17-19: A Preparação da Páscoa. Jesus era da Galiléia. Não tinha casa em Jerusalém. Ele passava as noites no Horto das Oliveiras (cf. Jo 8,1). Nos dias da festa de páscoa a população de Jerusalém triplicava por causa da quantidade enorme de peregrinos que vinham de toda a parte. Não era fácil para Jesus encontrar uma sala ampla para poder celebrar a páscoa junto com os peregrinos que tinham vindo com ele desde a Galiléia. Ele manda os discípulos encontrar uma pessoa em cuja casa decidiu celebrar a Páscoa. O evangelho não oferece ulteriores informações e deixa que a imaginação complete o que falta nas informações. Era um conhecido de Jesus? Um parente? Um discípulo? Ao longo dos séculos, a imaginação dos apócrifos soube completar a falta de informação, mas com pouca credibilidade.

Mateus 26,20-25: Anúncio da traição de Judas. Jesus sabe que vai ser traído. Apesar de Judas fazer as coisas em segredo, Jesus está sabendo. Mesmo assim, ele faz questão de se confraternizar com o círculo dos amigos, do qual Judas faz parte. Estando todos reunidos pela última vez, Jesus anuncia quem é o traidor. É "aquele que põe a mão no prato comigo". Esta maneira de anunciar a traição acentua o contraste. Para os judeus a comunhão de mesa, colocar juntos a mão no mesmo prato, era a expressão máxima da amizade, da intimidade e da confiança. Mateus sugere assim que, apesar da traição ser feita por alguém muito amigo, o amor de Jesus é maior que a traição!

O que chama a atenção é a maneira de Mateus descrever estes fatos. Entre a traição e a negação ele colocou a instituição da Eucaristia (Mt 26,26-29): a traição de Judas, antes (Mt 25,20-25); a negação de Pedro e a fuga dos discípulos, depois (Mt 25,30-35). Deste modo, ele destaca para todos nós a inacreditável gratuidade do amor de Jesus, que supera a traição, a negação e a fuga dos amigos. O seu amor não depende do que os outros fazem por ele.
 
 
Para um confronto pessoal
1) Será que eu seria capaz de ser como Judas e de negar e trair a Deus, a Jesus, aos amigos e amigas?
2) Na semana santa é importante eu reservar algum momento para compenetrar-me da inacreditável gratuidade do amor de Deus por mim.

SANTO DO DIA - 27/03/2013

27/03
São Ruperto
(bispo)
Primeiro bispo de Salisburgo (Áustria), pertencia à família dos condes francorenanos dos Robertini, aparentada com os carolíngios e residentes nos arredores de Worms, mas pela sua educação e formação deve ser elencado entre os monges irlandeses. Depois da consolidação política dos francos e do desenvolvimento do trabalho missionário, pelo ano de 700 Ruperto se dirigiu à Baviera, onde a população, mesmo já tendo abraçado o cristianismo, tinha necessidade de aprofundar a sua fé e a vida cristã. Com o apoio do conde Teeldo da Baviera, fundou nas margens do Wallersee a primeira sede episcopal, construindo uma igreja em honra de S. Pedro (a atual Seerkinchen, na Áustria).

Tendo aquele lugar, porém, se mostrado inadequado para a fundação de um mosteiro episcopal, como o queria Ruperto e o conde, este lhe doou uma propriedade perto de Salzach (Salisburgo). Ruperto fundou, assim, no lugar da antiga cidade romana de Juvávun, o mosteiro de S. Pedro, o mais antigo de toda a Áustria. Juntamente com os companheiros, entre os quais sobressaem Cunialdo e Gislar, Ruperto consagrou todas as suas energias à evangelização e à civilização desse amplo território. Escolheu, entretanto, a sua sobrinha Eremtrudes como abadessa da abandia beneditina de Nonnberg. Estas duas abadias tornaram-se, assim, fonte de irradiação de vida religiosa para um vasto território.

Ruperto dedicou-se sem descanso à fundação de igrejas e ao estabelecimento de sacerdotes para delas cuidar. Comumente a data de sua morte é lembrada em 27-3-718. A grandeza de Ruperto está em ter fundado o centro missionário de Salisburgo, que mais tarde tornou-se arquidiocese. Ruperto foi um bispo-abade à maneira irlandesa, sem um território bem-determinado. 

LITURGIA DIÁRIA - 27/03/2013



Dia: 27/03/2013
Primeira Leitura: Isaías 50, 4-9

SEMANA SANTA(roxo, prefácio da paixão II - ofício do dia)



Leitura do Livro do Profeta Isaías.

4O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. 
5O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. 6Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba: não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. 7Mas o Senhor Deus é o meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. 8A meu lado está quem me justifica; alguém me fará objeções? Vejamos. Quem é meu adversário? Aproxime-se. 9aSim, o Senhor Deus é meu Auxiliador; quem é que me vai condenar? 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 68)

— Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.
— Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus.

— Por vossa causa é que sofri tantos insultos, e o meu rosto se cobriu de confusão; eu me tornei como um estranho a meus irmãos, como estrangeiro para os filhos de minha mãe. Pois meu zelo e meu amor por vossa casa me devoram com fogo abrasador: e os insultos de infiéis que vos ultrajam recaíram todos eles sobre mim!
— O insulto me partiu o coração; Eu esperei que alguém, de mim tivesse pena; procurei quem me aliviasse e não achei! Deram-me fel como se fosse um alimento, em minha sede ofereceram-me vinagre!
— Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria! Humildes, vede isto e alegrai-vos: o vosso coração reviverá, se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres, e não despreza o clamor de seus cativos.


Evangelho (Mateus 26,14-25)


— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Isca­riotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”.
19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?”
23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


O Evangelho do Dia - 27/03/2013

Ano C - DIA 27/03


Judas trai Jesus - Mt 26,14-25

Um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: “Que me dareis se eu vos entregar Jesus?” Combinaram trinta moedas de prata. E daí em diante, ele procurava uma oportunidade para entregá-lo. No primeiro dia dos Pães sem Fermento, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a páscoa?” Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a ceia pascal em tua casa, junto com meus discípulos’”. Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a ceia pascal. Ao anoitecer, Jesus se pôs à mesa com os Doze. Enquanto comiam, ele disse: “Em verdade vos digo, um de vós me vai entregar”. Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a perguntar-lhe: “Acaso sou eu, Senhor?” Ele respondeu: “Aquele que se serviu comigo do prato é que vai me entregar. O Filho do Homem se vai, conforme está escrito a seu respeito. Ai, porém, daquele por quem o Filho do Homem é entregue! Melhor seria que tal homem nunca tivesse nascido!” Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”.

Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para orar a Palavra,
nesta quarta-feira santa,
com todos que estão na rede da internet,rezando o
Hino
O fel lhe dão por bebida
sobre o madeiro sagrado.
Espinhos, cravos e lança
ferem seu corpo e seu lado.
No sangue e água que jorram,
mar, terra e céu são lavados.

Ó cruz fiel sois a árvore
mais nobre em meio às demais,
que selva alguma produz
com flor e frutos iguais.
Ó lenho e cravos tão doces,
um doce peso levais.

Árvore, inclina os teus ramos,
abranda as fibras mais duras.
A quem te fez germinar
minora tantas torturas.
Leito mais brando oferece
ao Santo Rei das alturas.

Só tu, ó Cruz, mereceste
suster o preço do mundo
e preparar para o náufrago
um porto, em mar tão profundo.
Quis o cordeiro imolado
banhar-te em sangue fecundo.

Glória e poder à Trindade.
Ao Pai e ao Filho Louvor.
Honra ao Espírito Santo.
Eterna glória ao Senhor,
que nos salvou pela graça
e nos remiu pelo amor.

A vós, Trindade clemente,
com toda a terra adoramos,
e no perdão renovados
um canto novo cantamos.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 26,14-25 e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
De novo o Evangelho lembra que o traidor é um discípulo que acompanhou Jesus o tempo todo. Na verdade, ele pode ser qualquer um de nós que não tenha se decidido pelo Projeto de Deus, mas pelo projeto da riqueza, que gera exploração, miséria, doença, não vida, morte.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Qual é o meu Projeto? Pergunto-me: Quais são meus valores?Identifico-me com Jesus e seu Projeto? Dizem os bispos: “Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: “Onde eu estiver, aí estará também o meu servo” (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga” (Mc 8,34). Estimula-nos o testemunho de tantos missionários e mártires de ontem e de hoje em nossos povos que tem chegado a compartilhar a cruz de Cristo até a entrega de sua vida.” (DAp 140).


3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações, como as Preces da Igreja:
Imploremos a Cristo Salvador, que nos remiu por sua morte e ressurreição, e digamos:
R. Senhor, tende piedade de nós!
Vós, que subistes a Jerusalém para sofrer a Paixão, e assim entrar na glória,
– conduzi vossa Igreja à Páscoa da eternidade. R.
Vós, que, elevado na cruz, deixastes a lança do soldado vos traspassar,
– curai as nossas feridas. R.
Vós, que transformastes o madeiro da cruz em árvore da vida,
– concedei de seus frutos aos que renasceram pelo batismo. R.
Vós, que, pregado na cruz, perdoastes o ladrão arrependido,
– perdoai-nos também a nós pecadores. R.
(intenções livres)
Pai nosso...

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de amor para Jesus e de pedido de perdão por todas as traições que hoje ele sofre no mundo quando as pessoas se deixam vender.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Sugestão
- Veja a mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma em
http://paulinascomunica.blogspot.com/

- Faça o Retiro de Páscoa seguindo o blog
http://viverecomunicarcristo.blogspot.com

Irmã Patrícia Silva,fsp

terça-feira, 26 de março de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
Muitas vezes te disse e agora te torno a dizer: deixa-te, renuncia a ti mesmo, e gozarás grande paz interior. Dá tudo por tudo, não busques, não reclames coisa alguma, persevera, pura e simplesmente, em mim, e me possuirás. Terás livre o coração e as trevas não te poderão oprimir. A isto te aplica, isto pede, isto deseja: ser despojado de todo amor próprio, para que possas seguir nu a Jesus desnudado, morrer a ti mesmo e viver eternamente. Então se dissiparão todas as vãs imaginações, penosas pertubações e supérfluos cuidados. Logo também desaparecerá o temor demasiado, e morrerá o amor desordenado. ( Da pura completa renúncia de si mesmo para obter liberdade de coração) 

Fonte: Imitação de Cristo

3ª-feira da Semana Santa



Senhor, para onde vais?

João 13,21-33.36-38

Naquele tempo: Estando à mesa com seus discípulos,21 Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou:'Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará.'22 Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros,pois não sabiam de quem Jesus estava falando.23 Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus.24 Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando.25 Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe:'Senhor, quem é?'26 Jesus respondeu: 'É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho.'Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes.27 Depois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas.Então Jesus lhe disse: 'O que tens a fazer, executa-o depressa.'28 Nenhum dos presentes compreendeu por que Jesus lhe disse isso.29 Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe queria dizer:'Compra o que precisamos para a festa', ou que desse alguma coisa aos pobres.30 Depois de receber o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite.31 Depois que Judas saiu, disse Jesus:'Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele.32 Se Deus foi glorificado nele,
também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo.
33 Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco.Vós me procurareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus:'Para onde eu vou, vós não podeis ir'.

36 Simão Pedro perguntou: 'Senhor, para onde vais?'Jesus respondeu-lhe: 'Para onde eu vou,tu não me podes seguir agora, mas me seguirás mais tarde.'
37 Pedro disse: 'Senhor, por que não posso seguir-te agora?Eu darei a minha vida por ti!'38 Respondeu Jesus: 'Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo:
o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes.' 


 Reflexão

Estamos na terça feira da Semana Santa. Os textos do evangelho destes dias nos confrontam com os fatos terríveis que levaram à prisão e à condenação de Jesus. Os textos não trazem só as decisões das autoridades religiosas e civis contra Jesus, mas também relatam as traições e negações dos próprios discípulos que possibilitaram a prisão de Jesus pelas autoridades e contribuíram enormemente para aumentar o sofrimento de Jesus.

João 13,21: O anúncio da traição. Depois de ter lavado os pés dos discípulos (Jo 13,2-11) e de ter falado da obrigação que temos de lavar os pés uns dos outros (Jo 13,12-16), Jesus se comoveu profundamente. E não era para menos. Enquanto ele estava fazendo aquele gesto de serviço e de total entrega de si mesmo, ao lado dele um discípulo estava tramando a maneira de como traí-lo naquela mesma noite. Jesus expressa a sua comoção e diz: “Em verdade lhes digo: um de vocês vai me trair!” Não diz: “Judas vai me trair”, mas “um de vocês”. É alguém do círculo da amizade dele que vai ser o traidor”.

João 13,22-25: A reação dos discípulos. Os discípulos levam susto. Não esperavam por esta declaração tão séria de que um deles seria o traidor. Pedro faz um sinal a João para ele perguntar a Jesus qual dos doze iria cometer a traição. Sinal de que eles nem sequer desconfiavam quem pudesse ser o traidor. Ou seja, sinal de que a amizade entre eles ainda não tinha chegado à mesma transparência de Jesus para com eles (cf. Jo 15,15). João se inclinou para perto de Jesus e perguntou: “Quem é?”

João 13,26-30: Jesus indica Judas. Jesus disse: é aquele a quem vou dar um pedaço de pão umedecido no molho. Ele pegou um pedaço de pão, molhou e deu a Judas. Era um gesto comum e normal que os participantes de uma ceia costumavam fazer entre si. E Jesus disse a Judas: “O que você tem que fazer, faça logo!” Judas tinha a bolsa comum. Era o encarregado de comprar as coisas e de dar esmolas para os pobres. Por isso, ninguém percebeu nada de especial no gesto e na palavra de Jesus. Nesta descrição do anúncio da traição está uma evocação do salmo em que o salmista se queixa do amigo que o traiu: “Até o meu amigo, em quem eu confiava e que comia do meu pão, é o primeiro a me trair” (Sl 41,10; cf. Sl 55,13-15). Judas percebeu que Jesus estava sabendo de tudo (Cf. Jo 13,18). Mesmo assim, não voltou atrás, e manteve a decisão de trair Jesus. É neste momento que se opera a separação entre Judas e Jesus. João diz que o satanás entrou nele. Judas levantou e saiu. Ele entrou para o lado do adversário (satanás). João comenta: “Era noite”. Era a escuridão.

João 13,31-33: Começa a glorificação de Jesus. É como se a história tivesse esperado por este momento da separação entre a luz e as trevas. Satanás (o adversário) e as trevas entraram em Judas quando ele decidiu de executar o que estava tramando. Neste mesmo momento se fez luz em Jesus que declara: “Agora o Filho do Homem foi glorificado, e também Deus foi glorificado nele. Deus o glorificará em si mesmo e o glorificará logo!” O que vai acontecer daqui para frente é contagem regressiva. As grandes decisões foram tomadas, tanto da parte de Jesus (Jo 12,27-28) e agora também da parte de Judas. Os fatos se precipitam. E Jesus já dá o aviso: “Filhinhos, é só mais um pouco que vou ficar com vocês”. Falta pouco para que se realize a passagem, a Páscoa.

João 13,34-35: O novo mandamento. O evangelho de hoje omite estes dois versículos sobre o novo mandamento do amor e passa a falar do anúncio da negação de Pedro.

João 13,36-38: Anúncio da negação de Pedro. Junto com a traição de Judas, o evangelho traz também a negação de Pedro. São os dos dois fatos que mais contribuíram para o sofrimento de Jesus. Pedro diz que está disposto a dar a vida por Jesus. Jesus o chama à realidade: “Você dar a vida por mim? O galo não cantará sem que me renegues três vezes”. Marcos tinha escrito: “O galo não cantará duas vezes e você já me terá negado três vezes” (Mc 14,30). Todo mundo sabe que o canto do galo é rápido. Quando de manhã cedo o primeiro galo começa a cantar, quase ao mesmo tempo todos os galos estão cantando. Pedro é mais rápido na negação do que o galo no canto.
 
 
Para um confronto pessoal
1) Judas, amigo, torna-se traidor. Pedro, amigo, torna-se negador. E eu?
2) Colocando-me na situação de Jesus: como enfrenta negação e traição, o desprezo e a exclusão?