sábado, 9 de março de 2013

Sábado da 3ª Semana Quaresma



Quem se humilha será elevado.
 Lucas 18,9-14

Naquele tempo:
9 Jesus contou esta parábola para alguns
que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros:
10 'Dois homens subiram ao Templo para rezar:
um era fariseu, o outro cobrador de impostos.
11 O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo:
'Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens,
ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos.
12 Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda'.
13 O cobrador de impostos, porém, ficou à distância,
e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu;
mas batia no peito, dizendo: `Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!'
14 Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não.
Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.'


Reflexão
 
No Evangelho de hoje, Jesus conta a parábola do fariseu e do publicano para ensinar como rezar. Jesus tinha outra maneira de ver as coisas da vida. Ele via algo de positivo no publicano, de quem todo mundo dizia: “Ele nem sabe rezar!” Jesus vivia tão unido ao Pai pela oração, que tudo se tornava expressão de oração para ele.
 
A maneira de apresentar a parábola é muito didática. Lucas dá uma breve introdução que serve como chave de leitura. Em seguida, Jesus conta a parábola e, no fim, o próprio Jesus faz a aplicação da parábola na vida.
 
Lucas 18,9: A introdução. A parábola é apresentada com a seguinte frase: "Jesus contou ainda esta parábola para alguns que, convencidos de serem justos, desprezavam os outros!" A frase é de Lucas. Ela se refere, ao tempo de Jesus. Mas ela também se refere ao tempo do próprio Lucas e ao nosso tempo. Sempre há pessoas e grupos de pessoas que se consideram justos e fiéis e que desprezam os outros como ignorantes e infiéis.
 
Lucas 18,10-13: A parábola. Dois homens sobem ao templo para rezar: um fariseu e um publicano. Na opinião do povo daquela época, os publicanos não prestavam para nada e não podiam dirigir-se a Deus, pois eram pessoas impuras. Na parábola, o fariseu agradece a Deus por ser melhor do que os outros. A sua oração nada mais é do que um elogio de si mesmo, uma auto-exaltação das suas boas qualidades e um desprezo pelos outros e pelo próprio publicano. O publicano nem sequer levanta os olhos, bate no peito e apenas diz: "Meu Deus, tem dó de mim que sou um pecador!" Ele se coloca no seu lugar diante de Deus.
 
Lucas 18,14: A aplicação. Se Jesus tivesse deixado ao povo opinar para dizer quem dos dois voltou justificado para casa, todos teriam respondido: "É o fariseu!" Pois esta era a opinião comum naquela época. Jesus pensa diferente. Para ele, quem voltou justificado para casa, isto é, em boas relações com Deus, não é o fariseu, mas sim o publicano. Jesus virou tudo pelo avesso. As autoridades religiosas da época não devem ter gostado da aplicação que ele fez desta parábola.
 
Jesus Orante. É sobretudo Lucas que nos informa sobre a vida de oração de Jesus. Ele apresenta Jesus em constante oração. Eis uma lista de textos do evangelho de Lucas, nos quais Jesus aparece em oração: Lc 2,46-50; 3,21: 4,1-12; 4,16; 5,16; 6,12; 9,16.18.28; 10,21; 11,1; 22,32; 22,7-14; 22,40-46; 23,34; 23,46; 24,30. Lendo o evangelho de Lucas você poderá encontrar outros textos que falam da oração de Jesus. Jesus vivia em contato permanente com o Pai. A respiração da vida dele era fazer a vontade do Pai (Jo 5,19). Jesus rezava muito e insistia, para que o povo e seus discípulos fizessem o mesmo, pois é no contato com Deus que a verdade aparece e que a pessoa se encontra consigo mesma em toda a sua realidade e humildade. Em Jesus, a oração estava intimamente ligada aos fatos concretos da vida e às decisões que ele devia tomar. Para poder ser fiel ao projeto do Pai, ele buscava estar a sós com Ele para escutá-lo. Jesus rezava os Salmos. Como todo judeu piedoso, conhecia-os de memória. Jesus chegou a fazer o seu próprio salmo. É o Pai Nosso. Sua vida era uma oração permanente: "Eu a cada momento faço o que o Pai me mostra para fazer!" (Jo 5,19.30). A ele se aplica o que diz o Salmo: "Eu sou oração!" (Sl 109,4).
 
 
Para um confronto pessoal
1. Olhando no espelho desta parábola, eu sou como o fariseu ou como o publicano?
2. Tem pessoas que dizem que não sabem rezar, mas elas conversam com Deus o tempo todo. Você conhece pessoas assim? 

SANTO DO DIA - 09/03/2013

09/03
Santa Catarina (Vegri) da Bolonha 

Catarina Vegri nasceu no dia 08 de setembro de 1413, na cidade de Bolonha, Itália. Seu pai era o estimado juiz João de Vegri e trabalhava para a corte local, bem situado socialmente, dispunha de razoável conforto para a família. Quando a menina completou nove anos de idade, a família se transferiu para Ferrara, porque seu pai tinha sido convocado pelo duque Nicolau III, que estava construindo seu ducado, composto pelas cidades de Ferrara, Modena e Reggio. E ela foi nomeada dama de companhia de Margarida, filha de Nicolau.

Dessa forma Catarina vivia na florescente corte, cercada pela nata de artistas e intelectuais. Aprendia música, pintura, dança e as tradicionais matérias acadêmicas, com os renomados da época, mas demonstrava vontade e determinação de se tornar religiosa. E foi o que fez quando toda essa opulência terminou, com a morte prematura de seu pai. Catarina tinha então treze anos e teve de voltar para Bolonha, com sua mãe Benvinda Manolini, que se casara outra vez.

Após um ano de luto ela ingressou na Ordem terceira de São Francisco, em Bolonha, onde permaneceu por cinco anos, vividos sob intensos conflitos interiores e angustias pessoais. Amadurecendo a idéia de se tornar uma clarissa, em 1432, retornou para Ferrara para ingressar na Ordem de Santa Clara, onde trabalhou incessantemente fiel às Regras fazendo todos os tipos de serviços. Lavou pratos, cuidou da horta, da portaria, ensinou catecismo, escreveu novas orações e compôs novos cantos, até finalmente ser eleita abadessa, para administrar o convento que se tornou famoso e muito procurado. Tudo indicava que era necessário fundar mais um, e Catarina, como abadessa que era, o construiu em Bolonha, inaugurando-o em 1456. Nele ela viu ingressar sua mãe, que de novo se encontrava viúva.

Contam os registros e a tradição que Catarina possuía vários dons especiais. Enriquecidos pelo trabalho árduo e sofrimento pessoal, traduziram-se através de visões contemplativas e fatos prodigiosos, inclusive por graças, que operou em vida. De suas contemplações, a mais conhecida foi a primeira, que lhe possibilitou presenciar o juízo final e que a marcou por toda a vida. Outra bastante divulgada foi a que ocorreu na noite de Natal de 1456. Catarina ficou orando a noite toda e, no fim da madrugada, lhe apareceu Nossa Senhora com o Menino Jesus no colo, que depois passou para os seus braços.

Quanto aos prodígios, um foi presenciado por todo o convento. Certo dia uma noviça feriu-se trabalhando na horta, decepando um dedo do próprio pé com a pá que manuseava. Então, Catarina apanhou o dedo amputado, colocou no lugar, rezou com a noviça e o dedo voltou a se unir à pele. São célebres também as graças pelas conversões que ela conseguiu.

A fama de sua santidade se propagou ainda em vida entre os fiéis. Mas logo depois de sua morte no dia 09 de março de 1463, passou a ser chamada de santa por todos, pelos prodígios e graças que logo ocorreram no local de sua sepultura. Tanto que dezoito dias depois, seu corpo foi exumado, para ser transladado e aí se constatou que ele estava incorrupto, maleável e exalando um doce perfume.

Desde então, ela não foi mais sepultada, foi colocada sentada numa cadeira, na capela ao lado do altar mor da igreja do convento Corpus Domini, em Bolonha. E assim permanece até hoje, sem se deteriorar, apesar dos vários séculos transcorridos. O culto à Santa Catarina Vegri ou da Bolonha foi autorizado em 1712 pelo papa Clemente XI e o dia de sua morte escolhido para sua veneração litúrgica.

LITURGIA DIÁRIA - 09/03/2013



Dia: 09/03/2013
Primeira Leitura: Oséias 6, 1-6

III SEMANA DA QUARESMA*
(roxo - ofício do dia)


Leitura da Profecia de Oseias.

1“Vinde, voltemos para o Senhor, ele nos feriu e há de tratar-nos, ele nos machucou e há de curar-nos. 2Em dois dias, nos dará vida, e, ao terceiro dia, há de restaurar-nos, e viveremos em sua presença. 3É preciso saber segui-lo para reconhecer o Senhor. Certa como a aurora é a sua vinda, ele virá até nós como as primeiras chuvas, como as chuvas tardias que regam o solo”.
4Como vou tratar-te, Efraim? Como vou tratar-te, Judá? O vosso amor é como nuvem pela manhã, como orvalho que cedo se desfaz. 5Eu os desbastei por meio dos profetas, arrasei-os com as palavras de minha boca, mas, como luz, expandem-se meus juízos;6quero amor, e não sacrifícios, conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 50)

— Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
— Eu quis misericórdia e não o sacrifício!

— Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão de vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!
— Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holo­causto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não despre­zeis um coração arrependido!
— Sede benigno com Sião, por vossa graça, reconstruí Jerusalém e os seus muros! E aceitareis o verdadeiro sacrifício, os holocaustos e oblações em vosso altar!



Evangelho (Lucas 18,9-14)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10“Dois homens subiram ao Templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda’.
13O cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’
14Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.


O Evangelho do Dia - 09/03/2013



Ano C - DIA 09/03

Parábola do fariseu e do publicano - Lc 18,9-14

Para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: "Dois homens subiram ao templo para orar. Um era fariseu, o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim em seu íntimo: 'Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a minha renda'. O publicano, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: 'Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!' Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, mas o outro não. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado".

Leitura Orante

 

Oração Inicial

 
- A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual,paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura,rezando com São Patrício:

VIVO

Vivo pela força de Deus,
pelo poder de Deus a me sustentar,
pela sabedoria de Deus a me orientar,
pelos olhos de Deus iluminando meu caminho!

Vivo

Pela Palavra de Deus pronunciada antes de mim,
Pela mão de Deus a me proteger,
Pelo caminho de Deus aberto à minha frente!
Cristo em meu descanso
Cristo no coração de toda pessoa que pensa em mim,
Cristo nos lábios de toda pessoa que fala em mim,
Cristo em todos os olhos que me vêem,
Cristo em cada ouvido que me escuta.
Fica comigo, Senhor! (São Patricio)

 

1- Leitura (Verdade)

 
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto, na minha Bíblia: Lc 18,9-14, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Nesta parábola, Jesus fala de um fariseu que vive uma falsa religiosidade e de um publicano autêntico. O fariseu, satisfeito de si mesmo, se julga melhor e despreza os demais. Ele dá graças a Deus pela sua própria bondade e observâncias. O publicano era tido como pecador. Diante de Deus ele não rejeita este rótulo. Assume-o no arrependimento. E pede piedade: "tem pena de mim, ó Deus". Nesta parábola, Jesus nos ensina que o arrependimento e a confissão de nossos pecados são atitudes de humildade que nos libertam diante de Deus.

 

2- Meditação (Caminho)

 
O que o texto diz para mim, hoje? Como Jesus, pelo poder do Espírito, tenho algo a agradecer ao Pai.
O que o texto me diz no momento? O texto me fala da autêntica oração que supõe o reconhecimento de nossos limites e da ação de Deus. Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram: "O sacramento da reconciliação é o lugar onde o pecador experimenta de maneira singular o encontro com Jesus Cristo, que se compadece de nós e nos dá o dom de seu perdão misericordioso, faz-nos sentir que o amor é mais forte que o pecado cometido, nos liberta de tudo o que nos impede de permanecer em seu amor, e nos devolve a alegria e o entusiasmo de anunciá-lo aos demais com o coração aberto e generoso." (DAp 254).
 
 

3- Oração (Vida)

 
O que o texto me leva a dizer a Deus? Faço minha oração pessoal, ofereço o meu trabalho do dia:
Rezo com todos os internautas:

Oração oficial da CF 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

 

4- Contemplação (Vida e Missão)

 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou viver meu diz com o coração agradecido ao Pai e na alegria de poder testemunhá-lo.

 

Bênção

 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Sugestões:
- Campanha da Fraternidade 2013 - Veja informações no blog:
http://comunicacatequese.blogspot.com.br/

- Veja a mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma em
http://paulinascomunica.blogspot.com/

- Faça o Retiro de Quaresma e Páscoa seguindo o blog
http://viverecomunicarcristo.blogspot.com

- Se você quiser receber o Evangelho do Dia, acesse o seguinte endereço e preencha o formulário de cadastro - http://www.paulinas.org.br/loja/CentralUsuarioLogin.aspx

Ir. Patrícia Silva, fsp
 

sexta-feira, 8 de março de 2013

João Paulo II ou Bento XVI?



Do Portal Pró-Vida de Anápolis



João
Paulo II morreu aos 84 anos em 2 de abril de 2005. Em 2002, o jornalista Mario Prata escrevia criticando a obstinação do pontífice em governar a Igreja com aquela idade e com seu precário estado de saúde:

Há uma semana vi o nosso papa na televisão. Sem ironia nenhuma, ele estava babando. Lendo um texto, todo curvado, denotando dores, articulando com extrema dificuldade, o papa babava. Será que nenhuma pessoa importante da Igreja Católica Apostólica Romana vai tomar uma providência? Deixar que o homem descanse em paz? João Paulo II está com 82 anos e é o nosso papa há 24 anos.

Comprem uma casinha numa montanha da Polônia e coloquem o homem lá, com todas as mordomias que ele merece. Que ele passe seus últimos dias cuidando de outras ovelhas. Aposentem quem não tem mais condições.


Bento XVI anunciou sua renúncia aos 85 anos em 11 de fevereiro de 2013. Em seu anúncio, disse:

Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado.

A notícia da renúncia de Bento XVI não foi, porém, capaz de agradar à jornalista Barbara Gancia, que escreveu em 15 de fevereiro uma severa crítica ao que ela considera covardia e “frouxidão”:

Sinto muito, mas derrotismo por parte de quem deveria zelar por um rebanho de mais de 1 bilhão de fiéis tem limite.

E o poder simbólico da resiliência? Que mensagem de perseverança Bento 16 nos deixa? Muito conveniente exigir todo tipo de sacrifício do fiel e depois exibir publicamente tamanha frouxidão.

Porém, renunciar ou prosseguir no pontificado até a morte não constituem o cerne da questão. O que há em comum entre Mario Prata e Barbara Gancia é que ambos não concordam com a doutrina de Cristo pregada pelos dois pontífices: a castidade, o respeito à vida intrauterina, tudo isso seriam valores ultrapassados, que a Igreja insiste em anunciar. É isso que eles deploram.

“A quem compararei esta geração?”

João Batista e Jesus tiveram comportamentos diferentes. O primeiro submeteu-se a uma rigorosa ascese, alimentando-se de gafanhotos e mel silvestre (Mt 3,4) em preparação para o Messias. O segundo não exigiu de seus discípulos nenhum jejum extraordinário, uma vez que estavam com ele, o Noivo, festejando as núpcias com a Igreja (Mt 9,15). Mas nem João nem Jesus foram bem aceitos.

“A quem compararei esta geração? Ela é como crianças sentadas nas praças, a desafiarem-se mutuamente: ‘Nós tocamos flauta e não dançastes! Entoamos lamentações e não batestes no peito!’ Com efeito, veio João, que não come nem bebe, e dizem: ‘Um demônio está nele’. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: ‘Eis aí um glutão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores. Mas a Sabedoria foi justificada pelas suas obras” (Mt 11,16-19).

Na comparação acima, crianças mal-humoradas recusavam-se a participar de qualquer brincadeira, fosse de um casamento, fosse de um enterro. De modo análogo, os judeus rejeitavam todas as ofertas divinas: tanto a penitência de João quanto a condescendência de Jesus. Mas as boas obras davam testemunho da sabedoria de Jesus e da de seu precursor, João Batista.

-

João Paulo II e Bento XVI, com comportamentos diferentes diante da doença e da idade, mas idênticos quanto ao Evangelho anunciado, não foram capazes de agradar a “esta geração”. No entanto, pelas suas obras identificamos a sabedoria de ambos.


As obras de Bento XVI

Dando prosseguimento ao que fizera seu antecessor, Bento XVI foi um defensor intransigente da cultura da vida. Combateu o relativismo ético e afirmou a existência de princípios não negociáveis, fundados na lei natural universal e imutável. “A adesão a esta lei escrita nos corações – disse o Papa – é o pressuposto de qualquer colaboração social construtiva”. Em nome dessa lei, Bento XVI não fez concessões ao aborto, à eutanásia, à anticoncepção, à manipulação de embriões humanos nem ao reconhecimento das uniões homossexuais. Foi sob o seu pontificado que a Congregação para a Doutrina da Fé escreveu a instrução Dignitas personae (2008), que trata das questões mais recentes de bioética reafirmando a dignidade da pessoa humana e do matrimônio.

Na luta contra o abuso sexual de crianças e adolescentes, o Papa não apenas investigou e puniu com vigor os responsáveis, mas teve o mérito de combater a raiz de tais males: o homossexualismo nos seminários. Em 4 de novembro de 2005, a Congregação para a Educação Católica publicou, com a aprovação do Papa Bento XVI, uma instrução afirmando que a Igreja “não pode admitir ao Seminário e às Ordens sacras aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente radicadas ou apoiam a chamada cultura gay”.

Nós, brasileiros, temos, em particular, duas dívidas para com esse pontífice. A primeira foi sua viagem missionária ao Brasil em 2007, na qual fortaleceu a identidade católica do nosso povo e canonizou o primeiro santo brasileiro: Santo Antônio de Sant’Ana Galvão. A segunda foi sua mensagem aos Bispos do Regional Nordeste V em visita “ad limina apostolorum” em 28 de outubro de 2010, ou seja, pouco antes do segundo turno das eleições presidenciais que teriam por desfecho trágico para a causa da vida a eleição da candidata do PT, Dilma Rousseff. Prevendo a vitória de um partido favorável à “cultura da morte”, Bento XVI advertiu solenemente os Bispos:

Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).

Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, consequência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf.Christifideles laici, 38). Além disso, no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).

Essas palavras de Bento XVI devem estar sempre em nossa mente. Nenhum cristão, lembrando-se delas, poderá votar em partidos como o PT, que defende a descriminalização do aborto e exige dos seus filiados a adesão à causa abortista.

Por tudo o que nos ensinou, por tudo o que fez e sofreu por nós, Deus lhe pague, Santo Padre!


Anápolis, 28 de fevereiro de 2013.

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis


Fonte: http://vozdaigreja.blogspot.com/2013/02/joao-paulo-ii-ou-bento-xvi.html#ixzz2MzOkFkJI

6ª-feira da 3ª Semana Quaresma

Tu não estás longe do Reino de Deus.

Marcos 12,28b-34

Naquele tempo:
28b Um mestre da Lei, aproximou-se de Jesus e perguntou:
'Qual é o primeiro de todos os mandamentos?'
29 Jesus respondeu:
'O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor.
30 Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma,
de todo o teu entendimento e com toda a tua força!
31 O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo!
Não existe outro mandamento maior do que estes'.
32 O mestre da Lei disse a Jesus: 'Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste:
Ele é o único Deus e não existe outro além dele.
33 Amá-lo de todo o coração, de toda a mente, e com toda a força,
e amar o próximo como a si mesmoé melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios'.
34 Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse:
'Tu não estás longe do Reino de Deus'.
E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.
 

Reflexão

No Evangelho de hoje (Mc 12,28b-34), os escribas ou doutores da Lei querem saber de Jesus qual o maior mandamento. Hoje também muita gente quer saber o que é o mais importante na religião. Uns dizem que é ser batizado. Outros, que é rezar. Outros dizem: ir à Missa ou participar do culto no domingo. Outros ainda: amar o próximo e lutar por um mundo mais justo! Outros estão preocupados só com as aparências ou com os cargos na igreja.

Marcos 12,28: A pergunta do doutor da Lei. Pouco antes da pergunta do escriba, a discussão tinha sido com os saduceus em torno da fé na ressurreição (Mc 12,23-27). O doutor, que tinha assistido ao debate, gostou da resposta de Jesus, percebeu a grande inteligência dele e quis aproveitar da ocasião para fazer uma pergunta de esclarecimento: “Qual é o maior de todos os mandamentos?” Naquele tempo, os judeus tinham uma grande quantidade de normas para regulamentar na prática a observância dos Dez Mandamentos da Lei de Deus. Alguns diziam: “Todas estas normas têm o mesmo valor, pois todas vêm de Deus. Não compete a nós introduzir distinções nas coisas de Deus”. Outros diziam: “Algumas leis são mais importantes que as outras e, por isso, obrigam mais!” O doutor quer saber qual a opinião de Jesus.

Marcos 12,29-31: A resposta de Jesus. Jesus responde citando um trecho da Bíblia para dizer que o mandamento maior é “amar a Deus com todo o coração, com toda a alma, com todo o entendimento e com toda a força!” (Dt 6,4-5). No tempo de Jesus, os judeus piedosos recitavam esta frase três vezes ao dia: de manhã, ao meio dia e à noite. Era tão conhecida entre eles como entre nós, hoje, o Pai-Nosso. E Jesus acrescenta, citando novamente a Bíblia: “O segundo é este: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Lv 19,18). Não existe outro mandamento maior do que estes dois”. Resposta breve e muito profunda! É o resumo de tudo que Jesus ensinou sobre Deus e sobre a vida (Mt 7,12).

Marcos 12,32-33: A resposta do doutor da lei. O doutor concordou com Jesus e concluiu: “Sim, amar a Deus e amar ao próximo é muito mais importante do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios”. Ou seja, o mandamento do amor é mais importante que os mandamentos relacionados com o culto e os sacrifícios do Templo. Esta afirmação já vinha desde os profetas do Antigo Testamento (Os 6,6; Sl 40,6-8; Sl 51,16-17). Hoje diríamos que a prática do amor é mais importante que novenas, promessas, missas, rezas e procissões.

Marcos 12,34: O resumo do Reino. Jesus confirma a conclusão do doutor e diz: “Você não está longe do Reino!” De fato, o Reino de Deus consiste em unir os dois amores: amor a Deus e amor ao próximo. Pois se Deus é Pai/Mãe, nós todos somos irmãos e irmãs, e temos que mostrar isto na prática, vivendo em comunidade. "Destes dois mandamento dependem toda a lei e os profetas!" (Mt 22,40) Os discípulos e as discípulas, que coloquem na memória, na inteligência, no coração, nas mãos e nos pés esta lei maior, pois não se chega a Deus a não ser através da doação total ao próximo!

Jesus tinha dito ao doutor da Lei: "Você não está longe do Reino!" (Mc 12,34). O doutor já estava perto, mas para poder entrar no Reino teria que dar mais um passo. No AT o critério do amor ao próximo era ““Amar o próximo como a sim mesmo”. No NT, Jesus alargou o sentido do amor: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos tenho amado! (Jo 15,12-13). Agora o critério será “Amar o próximo como Jesus nos amou!”. É o caminho certo para se chegar a uma convivência mais justa e mais fraterna.
 
 
Para um confronto pessoal
1. Para você, o que é o mais importante na religião?
2. Nós, hoje, estamos mais perto ou mais longe do Reino de Deus do que o doutor que foi elogiado por Jesus? O que você acha?
 

Conselho do Dia

Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
 
Mas ai! Muitas vezes é em vão e sem proveito, pois essa consolação exterior é muito prejudicial à consolação interior e divina. Cumpre, portanto, vigiar e orar, para que não passe o tempo ociosamente. Se for lícito e oportuno falar, seja de coisas edificantes. O mau costume e o descuido do nosso progresso espiritual concorrem muito para o desenfreamento de nossa língua. Ajudam muito, porém, ao aproveitamento espiritual os devotos colóquios sobre coisas espirituais, mormente quando se associam em Deus pessoas que pensam e sentem do mesmo modo. (Como se devem evitar as conversas supérfluas)
 
Fonte: Imitação de Cristo

SANTO DO DIA - 08/03/2013

08/03
São João de Deus 

(padroeiro:Enfermeiros, Livreiros)

São João de Deus nasceu no dia 08 de março de 1495, em Montemor-o-Novo, Portugal. Fugiu de sua casa aos oito anos de idade e durante sua vida foi pastor, soldado, vaqueiro, pedreiro, mascate, enfermeiro, livreiro e santeiro. Conta-se que sua mãe morreu de tristeza e de saudade do filho desaparecido, e que seu pai se fez monge. Viajou por toda a Europa, e quando retornou, em 1538 montou uma livraria em Granada, Espanha.

Neste mesmo ano, São João d'Ávila também estava em Granada pregando o Evangelho e São João de Deus teve a oportunidade de ouvi-lo pregar. Impressionado com o sermão sobre o mártir São Sebastião começou a gritar pedindo perdão e misericórdia a Deus pelos seus pecados, e decidiu vender tudo o que possuía.

Ficou conhecido como louco, pois andava maltrapilho, e vagava pelas ruas, batendo no peito e confessando seus pecados. Levaram-no à presença de São João d'Avila, que o encaminhou a um hospício da redondeza aconselhando-o a dedicar-se as coisas de Deus. Sua melhora foi logo notada.

Conseguiu sair do hospício em 1539, passando então a ajudar aos outros doentes do hospício dedicando totalmente sua vida aos desvalidos como enfermeiro. Fundou vários hospitais, onde os doentes eram tratados como seres humanos e como filhos de Deus. Juntaram-se a ele, colaboradores que deram origem aos irmãos dos Enfermos.

Em 1549 contraiu uma grave doença que escondeu dos médicos com medo que não o deixassem mais trabalhar até que foi descoberto quando já não conseguia mais esconder, mesmo assim só conseguia pensar em ajudar os outros. Morreu em 1550 no dia 08 de março, de joelhos a rezar. Leão XII e declarou "Patrono dos Hospitais".

LITURGIA DIÁRIA - 08/03/2013




Dia: 08/03/2013
Primeira Leitura: Oséias 14, 2-10

III SEMANA DA QUARESMA*
(roxo - ofício do dia)



Leitura da Profecia de Oseias.

Assim fala o Senhor Deus: 2“Volta, Israel, para o Senhor, teu Deus, porque estavas caído em teu pecado. 3Vós todos, encontrai palavras e voltai para o Senhor; dizei-lhe: ‘Livra-nos de todo o mal e aceita este bem que oferecemos; o fruto de nossos lábios. 4A Assíria não nos salvará; não queremos montar nossos cavalos, não chamaremos mais ‘Deuses nossos’ a produtos de nossas mãos; em ti encontrará o órfão misericórdia”. 5Hei de curar sua perversidade e me será fácil amá-los, deles afastou-se a minha cólera. 6Serei como orvalho para Israel; ele florescerá como o lírio e lançará raízes como plantas do Líbano.7Seus ramos hão de estender-se; será seu esplendor como o da oliveira, e seu perfume como o do Líbano.
8Voltarão a sentar-se à minha sombra e a cultivar o trigo, e florescerão como a videira, cuja fama se iguala à do vinho do Líbano. 9Que tem ainda Efraim a ver com ídolos? Sou eu que o atendo e que olho por ele. Sou como o cipreste sempre verde: de mim procede o teu fruto. 10Compreenda estas palavras o homem sábio, reflita sobre elas o bom entendedor! São retos os caminhos do Senhor e, por eles, andarão os justos, enquanto os maus ali tropeçam e caem”.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 80,6-17)

— Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!
— Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!

— Eis que ouço uma voz que não conheço: “Aliviei as tuas costas de seu fardo, cestos pesados eu tirei de tuas mãos. Na angústia a mim clamaste, e te salvei.
— De uma nuvem trovejante te falei, e junto às águas de Meriba te provei. Ouve, meu povo, porque vou te advertir! Israel, ah! se quisesses me escutar. 
— Em teu meio não exista um deus estranho, nem adores a um deus desconhecido! Porque eu sou o teu Deus e teu Senhor, que da terra do Egito te arranquei. 
— Quem me dera que meu povo me escutasse! Que Israel andasse sempre em meus caminhos. Eu lhe daria de comer a flor do trigo, e com mel que sai da rocha o fartaria”.



Evangelho (Marcos 12,28b-34)

— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 28bum escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: 
“Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma , de todo o teu entendimento e com toda a tua força!31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”.
32O mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”. 
34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 08/03/2013



Ano C - DIA 08/03

O mandamento maior - Mc 12,28b-34

Então um escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: "Qual é o primeiro de todos os mandamentos?" Jesus respondeu: "O primeiro é este: 'Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é um só. Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força!' E o segundo mandamento é: 'Amarás teu próximo como a ti mesmo!' Não existe outro mandamento maior do que estes". O escriba disse a Jesus: "Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: 'Ele é o único, e não existe outro além dele'. Amar a Deus de todo o coração, com toda a mente e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo, isto supera todos os holocaustos e sacrifícios". Percebendo Jesus que o escriba tinha respondido com inteligência, disse-lhe: "Tu não estás longe do Reino de Deus". E ninguém mais tinha coragem de fazer-lhe perguntas.

Leitura Orante

 

Oração Inicial

 
Preparo-me para a Leitura Orante,
rezando com todos os que, nesta rede da internet,
se reúnem em torno da Palavra:
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos nossas portas e
janelas para que tu possas
entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor,
definas os contornos de
nossos caminhos,
as cores de nossas palavras e gestos,
a dimensão de nossos projetos,
o calor de nossos relacionamentos e o
rumo de nossa vida.

 

1- Leitura (Verdade)

 
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto, na Bíblia: Mc 12,28b-34 e observo a síntese que Jesus faz dos mandamentos.
O mestre da Lei que por Jesus à prova. No Antigo Testamento há decálogos w leis que regulavam a conduta do israelita. A tradição rabínica possuía até 613 preceitos, 248 mandatos e 365 proibições. O mestre pergunta a Jesus qual é o mandamento mais importante. Jesus resume todos os mandamentos em dois, igualmente importantes e inseparáveis: o amor a Deus e ao próximo. Quem ama a Deus deve amar o filho de Deus, ou seja, o próximo. Tudo o mais é consequência. E diz mais: o amor ao próximo deve ser igual ao amor a si mesmo.

 

2- Meditação (Caminho)

 
O que o texto diz para mim, hoje?
Como vivo estes dois mandamentos? Começo ao contrário, pelo segundo mandamento. Amo as outras pessoas como a mim mesmo? O papa Bento XVI , em 2006, a sua primeira encíclica intitulada "Deus caritas est", Deus é amor. No parágrafo 16, diz que há um "nexo indivisível entre o amor a Deus e o amor ao próximo: um exige tão estreitamente o outro que a afirmação do amor a Deus se torna uma mentira, se o homem se fechar ao próximo ou, inclusive, o odiar."

O papa diz mais: "Só a minha disponibilidade para ir ao encontro do próximo e demonstrar-lhe amor é que me torna sensível também diante de Deus. Só o serviço ao próximo é que abre os meus olhos para aquilo que Deus faz por mim e para o modo como Ele me ama. Os Santos - pensemos, por exemplo, na Beata Teresa de Calcutá - hauriram a sua capacidade de amar o próximo, de modo sempre renovado, do seu encontro com o Senhor eucarístico e, vice-versa, este encontro ganhou o seu realismo e profundidade precisamente no serviço deles aos outros. Amor a Deus e amor ao próximo são inseparáveis, constituem um único mandamento" (Deus caritas est, 18).

É assim que amo meu irmão? É assim que amo a Deus?
 
 

 

3- Oração (Vida)

 
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com a
Oração oficial da CF 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

 

4- Contemplação (Vida e Missão)

 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de renovada relação de amor com Deus e, em conseqüência, com o próximo.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

 

Bênção

 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



Sugestões:
- Campanha da Fraternidade 2013 - Veja informações no blog:
http://comunicacatequese.blogspot.com.br/

- Veja a mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma em
http://paulinascomunica.blogspot.com/

- Faça o Retiro de Quaresma e Páscoa seguindo o blog
http://viverecomunicarcristo.blogspot.com

- Se você quiser receber o Evangelho do Dia, acesse o seguinte endereço e preencha o formulário de cadastro - http://www.paulinas.org.br/loja/CentralUsuarioLogin.aspx

Ir. Patrícia Silva, fsp

quinta-feira, 7 de março de 2013

Conselho do Dia

Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
 
Bom é passarmos algumas vezes por aflições e contrariedades, porque freqüentemente fazem o homem refletir, lembrando-lhe que vive no desterro e, portanto, não deve pôr sua esperança em coisas alguma do mundo. Bom é econtrarmos às vezes contradições, e que de nós façam conceito mau ou pouco favorável, ainda quando nossas obras e intenções sejam boas. Isto ordinariamente nos conduz à humildade e nos preserva da vanglória. Porque, então, mais depressa recorremos ao testemunho interior de Deus, quando de fora somos vilipendiados e desacreditados pelos homens. (Da utilidade das adversidades)
 
Fonte: Imitação de Cristo

5ª-feira da 3ª Semana Quaresma

Quem não está comigo, está contra mim.

Lucas 11,14-23

Naquele tempo:14 Jesus estava expulsando um demônio que era mudo.Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas.15 Mas alguns disseram:'É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios.'16 Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu.17 Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes:'Todo reino dividido contra si mesmo será destruído;e cairá uma casa por cima da outra.18 Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo,como poderá sobreviver o seu reino?Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios.
19 Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios,vossos filhos os expulsam por meio de quem?Por isso, eles mesmos serão vossos juízes.
20 Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios,então chegou para vós o Reino de Deus.21Quando um homem forte e bem armadoguarda a própria casa, seus bens estão seguros.
22 Mas, quando chega um homem mais forte do que ele,vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou.
23 Quem não está comigo, está contra mim.E quem não recolhe comigo, dispersa.


Reflexão

O evangelho de hoje é de Lucas (Lc 11,14-23). O texto paralelo de Marcos (Mc 3,22-27) já foi meditado no dia 28 de janeiro deste ano.

Lucas 11,14-16: As diferentes reações diante da expulsão de um demônio. Jesus tinha expulsado um demônio que era mudo. A expulsão provocou duas reações diferentes. De um lado, a multidão do povo que ficou admirado e maravilhado. O povo aceita Jesus e acredita nele. Do outro lado, os que não aceitam Jesus e não acreditam nele. Destes últimos, alguns diziam que Jesus expulsava os demônios em nome de Beelzebu, o príncipe dos demônios, e outros queriam dele um sinal do céu. Marcos informa que se tratava de escribas vindos de Jerusalém (Mc 3,22), que não concordavam com a liberdade de Jesus. Queriam defender a Tradição contra as novidades de Jesus.

Lucas 11,17-22: A resposta de Jesus tem três partes:

1ª parte: comparação do reino dividido (vv. 17-18ª). Jesus denuncia o absurdo da calúnia escribas. Dizer que ele expulsa os demônios com a ajuda do príncipe dos demônios é negar a evidência. É o mesmo que dizer que a água é seca, e que o sol é escuridão. Os doutores de Jerusalém o caluniavam, porque não sabiam explicar os benefícios que Jesus realizava para o povo. Estavam com medo de perder a liderança. Sentiam-se ameaçados na sua autoridade junto ao povo.

2ª parte: por quem expulsam vossos filhos? (vv.18b-20)  Jesus provoca os acusadores e pergunta: “Se eu expulso em nome de Belzebu, em nome de quem os discípulos de vocês expulsam os demônios? Que eles respondam e se expliquem! Se eu expulso o demônio pelo dedo de Deus, é porque chegou o Reino de Deus!”.

3ª parte: chegando o mais forte ele vence o forte (vv.21-22). Jesus compara o demônio com um homem forte. Ninguém, a não ser uma pessoa mais forte, poderá roubar a casa de um homem forte. Jesus é este mais forte que chegou. Por isso, ele consegue entrar na casa e amarrar o homem forte. Consegue expulsar os demônios. Jesus amarrou o homem forte e agora rouba a casa dele, isto é, liberta as pessoas que estavam no poder do mal. O profeta Isaías já tinha usado a mesma comparação para descrever a vinda do messias (Is 49,24-25). Por isso Lucas diz que a expulsão do demônio é um sinal evidente de que chegou o Reino de Deus.

Lucas 11,23: Quem não está comigo é contra mim. Jesus termina sua resposta com esta frase: “Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa”. Em outra ocasião, também a propósito de uma expulsão de demônio, os discípulos impediram um homem de usar o nome de Jesus para expulsar um demônio, pois ele não era do grupo dele. Jesus respondeu: “Não impeçam! Quem não é contra vocês é a vosso favor!” (Lc 9,50). Parecem duas frases contraditórias, mas não são. A frase do evangelho de hoje é dita contra os inimigos que tem preconceito contra Jesus: “Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa”. Preconceito e não aceitação tornam o diálogo impossível e rompe a união. A outra frase é dita para os discípulos que pensavam ter o monopólio de Jesus: “Quem não é contra vocês é a vosso favor!” Muita gente que não é cristão pratica o amor, a bondade, a justiça, muitas vezes até melhor do que os cristãos. Não podemos excluí-los. São irmãos e parceiros na construção do Reino. Nós cristãos não ´somos donos de Jesus. É o contrário: Jesus é o nosso dono!
 
 
Para um confronto pessoal
1) “Quem não está comigo, está contra mim. E quem não recolhe comigo, dispersa” Como isto acontece na minha vida?
2) “Não impeçam! Quem não é contra vocês é a vosso favor!” Como isto acontece na minha vida?

SANTO DO DIA - 07/03/2013

07/03
Santa Perpétua e Santa Felicidade 

Neste dia a Igreja entra em comunhão com os Santos do Céu rezando: "Ó Deus , pelo vosso amor, as mártires Perpétua e Felicidade resistiram aos perseguidores e superaram as torturas do martírio..." Este é o testemunho das Santas que só comemoramos por que em 202 imperador Severo publicou um decreto que atingia os cristão, como os catecúmenos( pessoas a caminho do Cristianismo). Dentre tantos presos, estavam Perpétua com filho no colo e Felicidade grávida, juntas foram levadas no meio de outros que se preparavam para o Batismo à Cartago, para aí serem julgadas. Sobre a prisão escreveu Perpétua: "Fiquei horrorizada, nunca tinha experimentado tal sensação de escuridão". Felicidade grávida alcançou a graça que pedia, já que seu filho nasceu antes do martírio, e ao gemer com as dores do parto, respondeu ao guarda que a perturbava: " O que sofro agora é fruto da natureza, mas quando for atacada pelas feras, não estarei sofrendo sozinha, Cristo sofrerá por mim!". Batizadas na prisão com os outros, incompreendidas pelos parentes, Santas Perpétua e Felicidade , condenadas pela firmeza da fé, foram lançadas na arena, onde uma vaca judiou delas, até serem em 203 degoladas.

LITURGIA DIÁRIA - 07/03/2013




Dia: 07/03/2013
Primeira Leitura: Jeremias 7, 23-28

III SEMANA DA QUARESMA
(roxo - ofício do dia)



Leitura do Livro do Profeta Jeremias.

Assim fala o Senhor: 23“Dei esta ordem ao povo dizendo: Ouvi a minha voz, assim serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e segui adiante por todo o caminho que eu vos indicar para serdes felizes.
24Mas eles não ouviram e não prestaram atenção; ao contrário, seguindo as más inclinações do coração, andaram para trás e não para frente, 25desde o dia em que seus pais saíram do Egito até o dia de hoje. A todos enviei meus servos, os profetas, e enviei-os cada dia, começando bem cedo; 26mas não ouviram e não prestaram atenção; ao contrário, obstinaram-se no erro, procedendo ainda pior que seus pais.
27Se falares todas essas coisas, eles não te escutarão, e, se os chamares, não te darão resposta. 28Dirás, então: Esta é a nação que não escutou a voz do Senhor, seu Deus, e não aceitou correção. Sua fé morreu, foi arrancada de sua boca”. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 94)

— Oxalá ouvísseis hoje a voz do Senhor: Não fecheis os vossos corações.
— Oxalá ouvísseis hoje a voz do Senhor: Não fecheis os vossos corações.

— Vinde, exultemos de alegria no Senhor, aclamemos o Rochedo que nos salva! A seu encontro caminhemos com louvores, e com cantos de alegria o celebremos! 
— Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão.
— Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: “Não fecheis os corações como em Meriba, como em Massa, no deserto, aquele dia, em que outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto as minhas obras”.


Evangelho (Lucas 11,14-23)


— O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 14Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas. 15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”.
16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra.
18Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes.
20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. 23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.