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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Que o meu coração seja solo bom (Mc 4,1-20)

 

       O evangelista Marcos nos apresenta hoje, Jesus ensinando às margens do mar da Galiléia, e a multidão era tão grande que Jesus precisou entrar em uma barca, e a multidão ficou na praia. E Jesus narra a parábola do semeador. É uma parábola simples, porém os discípulos questionam Jesus sobre as parábolas e Jesus responde: "...para os que estão fora, tudo acontece em parábolas, para que olhem e não enxerguem, escutem, mas não compreendam, para que não se convertam e não sejam perdoados." Acredito que se referindo a seus perseguidores. E Jesus explica aos seus discípulos a parábola do semeador:
        Temos consciência de que o semeador é Jesus, que lança sua semente, a Palavra de Deus, que é ouvida por todos, porém, os solos, nossos corações, são diferentes, e os frutos produzidos nestes solos, dependem de como está seu coração para ouvir, acolher a semente do semeador. E Jesus nos explica como a semente age em diferentes tipos de solos. Ao longo do caminho a palavra é semeada, e existem aqueles que ouvem a palavra, e rapidamente vem o mal e lhes tira a palavra neles semeadas, a palavra perde-se. Da mesma forma, são aqueles que acolhem a palavra, recebem com alegria, mas não são firme em sua escolha, e quando surge a uma dificuldade ou perseguição por causa da palavra, desistem, desanimam. Temos também aqueles que recebem, mas se deixam seduzir, iludir por riquezas que o mundo oferece, e esquecem, sufocam a palavra. Até agora nenhum solo-coração, produziu frutos, rejeitaram a semente. Não podemos perder as esperanças, temos aquele solo-coração, a terra boa, que recebe, ouve e finalmente dá frutos, produz o amor, a generosidade, a partilha, a solidariedade, a justiça, tornando proveitosa a colheita, a missão de Jesus.
        Então, conhecendo o semeador, a semente, e o que deve ser produzido, podemos nos perguntar: Que tipo de solo eu sou? Será que vou permitir que o meu coração produza frutos? Não podemos ouvir a palavra e simplesmente fingir que não ouvimos, ouvir por ouvir, sem se comprometer, desanimar na primeira dificuldade, sufocar a semente não permitindo que ela produza frutos. Sejamos terra boa, aceitando o convite de Jesus para ouvir e acolher a palavra, deixando que ela comece a agir, modificar, ser perseverante e produzir bons frutos em nossas vidas.
        Um carinhoso abraço a todos.
Oração
Pai, que eu jamais me canse de proclamar a tua Palavra, mesmo com o risco de ver meu esforço fracassar. Que eu esteja bem consciente de que o Reino te pertence.

Mª Elian
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domingo, 27 de janeiro de 2013

Jesus, o consagrado ungido (Lc 1,1-4.4,14-21)

       
A introdução do evangelho de hoje, me deixou curiosa a respeito do evangelista Lucas. Então pesquisei sobre a vida dele. Era natural de Antioquia da Síria, de família pagã. Médico. Convertido provavelmente pelos cristãos leigos que fugiram de Jerusalém. Tornou-se discípulo de Paulo, acompanhando-o em suas viagens missionárias. Não abandonou Paulo na prisão dos anos 60 a 62 e de 66 a 67, quando o apóstolo foi decapitado em Roma. Dedicou sua vida inteira à evangelização e morreu em Tebas com 84 anos de idade. É o único escritor não-judeu da Bíblia. Lucas destinou seu Evangelho particularmente aos cristãos convertidos do paganismo. É o Evangelho do universalismo. Jesus veio para ser luz de todas as nações, da misericórdia, dos pobres que são os prediletos de Deus, da mulher valorizada, da oração, do Espírito Santo, da alegria, do louvor. Lucas redigiu seu Evangelho cerca de 75 depois de Cristo.
        E Lucas inicia o evangelho de hoje relatando a primeira experiência da vida pública de Jesus. Ele Estava em Nazaré sua cidade de criação, e como era de costume foi até a sinagoga, num sábado, e se coloca a disposição para fazer uma leitura. Jesus lê uma passagem do profeta Isaías, que explica quem ele era, e qual a sua missão. Sua missão libertadora, de salvação para os excluídos da sociedade: pobres, cativos, cegos e oprimidos. Anunciar a Boa-Notícia aos pobres, que traz alegria, felicidade. A Boa-Nova para o oprimido é má notícia para o opressor. Jesus deixa a todos admirados quando  afirma que "hoje se cumpre essa passagem das Escrituras que acabastes de ouvir". Porque ele era o ungido, o consagrado, e em sua pessoa se realiza o projeto de Deus.
        Cabe a nós continuadores da missão de Jesus, nos dias de hoje, abrir nossos olhos, para não sermos guias cegos. Mudarmos nossa forma de vida, nos libertando da prisão do egoísmo e de qualquer forma de prisão que nos impeça de vivermos nossa vocação e de sermos "instrumentos libertadores dos oprimidos que nos cercam." Entender o significado de "anunciar a Boa-Nova aos pobres", "libertar os presos", "e aos cegos a recuperação da vista", "libertar os oprimidos" e "proclamar o ano da graça do Senhor". Então tenhamos coragem para a missão de colaborar e seguir a Jesus, deixando o Espírito Santo se manifestar através de seus dons. Como Jesus, também somos consagrados e ungidos, no Batismo e na Crisma. Devemos viver bem com Deus, obedecer a seus mandamentos e fazer a sua vontade. Sejamos companheiros de nossos líderes comunitários, independente de escolaridade e classe social. E nos manter firmes quando formos criticados, não desistir, e como Cristo continuar. E na união e dedicação é possível revelar a presença do amor de Deus e comunicar a todos a vida que permanece para sempre.
        Um abraço com carinho a todos.
Prece:
Espírito missionário, conforma minha vida com a de Jesus, colocando-me a serviço da libertação dos mais pobres e sofredores.  

Mª Elian


sábado, 26 de janeiro de 2013

A messe é grande e precisa de operários (Lc 10,1-9)

A messe é grande e precisa de operários (Lc 10,1-9)

        Ontem celebramos a festa de conversão de Paulo. E hoje é a festa de dois discípulos e colaboradores de Paulo ao longo de sua missão: Timóteo de família judaica e Tito, que era grego.
        Jesus no evangelho de hoje envia setenta e dois discípulos em missão como preparadores da chegada de Jesus, as cidades e povoados. E Jesus diz que os enviava "como cordeiros no meio de lobos". Pois sabia que a missão seria difícil e perigosa. Jesus os envia de dois em dois, às casas e não para as sinagogas, formando as igrejas domésticas, comunitárias (são as sementes do Reino). E Tinham como missão curar os doentes e anunciar que o Reino de Deus estava próximo deles. Está é a missão de todos os batizados, não somente dos padres, religiosos e religiosas.
        E como disse Jesus: "A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mandar trabalhadores para a colheita". Seus discípulos são orientados por Ele a não levarem bolsa, sacola, sandálias, nem cumprimentar ninguém pelo caminho, o que nos remete a idéia de cuidado. Porém, a missão e a fé devem ser maiores que o medo. E como mensageiros da paz, ao entrarem em uma casa deverão dizer: "A paz esteja nesta casa!", este era o sinal dos discípulos de Jesus. E eles deverão contar com a boa vontade e acolhida nas casas que entrarem. Comeriam e beberiam o que lhes fosse oferecido. Comer e beber na casa dos gentios era proibido pela Lei do judaísmo. Mas a partir desse convívio nas casas, vão se fortalecendo e se unindo as comunidades missionárias.
        Irmãos. Peçamos em nossas orações que o Pai envie operários para a messe: padres, religiosos e religiosas, leigos e leigas e você. Ele nos chama, nos envia para levarmos aos pobres, oprimidos e excluídos, a sua mensagem de paz, alegria, e de vida. Lembrando que a missão não é fácil, que precisamos ser perseverantes, ter fé, força e coragem. O mundo oferece inúmeras possibilidades de nos afastar do caminho de Deus. Por isso precisamos ser fortes para vencermos o consumismo, a inveja, ganância, egoísmo, desejo pelo poder. A vida do missionário deve ser diferente, contrária a vida dos poderosos, deve ser uma vida de humildade, sem apego às coisas matérias.  
        Não deixemos que o medo nos impeça de anunciar o Reino de Deus no meio de nós. Reino que é de vida nova, de esperança pra quem vive na pobreza, na violência, no vício, na prostituição...
        Com carinho, um abraço a todos.

Mª Elian.
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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Continuemos a missão de Cristo (Mc 16,15-18)


         A Igreja celebra hoje a festa da conversão de Paulo. Paulo tinha o nome de Saulo, significa "pedido a Deus". Ele não conheceu Jesus, mas tornou-se um dos maiores perseguidores dos discípulos de Jesus da história. Após sua conversão, Paulo voltou à sua cidade natal, e durante 8 anos releu o Antigo Testamento à luz da Boa nova de Cristo. E o fim desta história nós sabemos, Paulo é colocado ao lado de Pedro, como um dos pilares da Igreja de Cristo.
        O evangelho de hoje, que é o último texto de Marcos, nos mostra Jesus apresentando aos onze discípulos os sinais que acompanharão todos aqueles que crerem e forem batizados. Os que não acreditarem, já receberam a recompensa que livremente escolheram. E Jesus dá a missão aos discípulos de anunciar o evangelho a toda criatura.  É preciso acreditar e reconhecer Jesus como o único Salvador. Então, para aqueles que acreditaram no evangelho e que foram batizados, Jesus deixou os seguintes sinais: expulsar os demônios, falar novas línguas, pegar em serpentes ou beber veneno mortal não lhe causará mal algum, impor as mãos curando os enfermos.
        Eu creio que Jesus morreu na cruz, ressuscitou, nasceu na Virgem Maria e sou batizada. Então eu tenho todos esses poderes? Muita calma. Precisamos ter muito cuidado. Então, qual importância e o significado de todos esses sinais, hoje, para minha vida e para vida do próximo? Tendo fé e força para afastar todo mal que tenta destruir minha família, minha vida, praticando sempre o bem, entregando-me diariamente a Deus. Falando a linguagem do amor, podemos nos comunicar com todos de uma maneira nova e acessível. Não permitindo que nossa mente seja envenenada por mentiras, fofocas, por pessoas e pensamentos que de alguma forma nos afaste de Deus e dos irmãos. Pois da mesma forma que existem pessoas que nos levam para o caminho do Reino de Deus, infelizmente existe aquelas que desejam nos afastar desse caminho. Quando conhecemos o evangelho e sabendo como Jesus agia, compreendemos que uma pessoa enferma, deprimida, oprimida, precisa de sentir amada, que não está só. Então, podemos dar a essa pessoa, carinho, atenção, fazer com que ela se sinta querida, importante, e que vale a pena viver. Todo bem que fazemos a alguém é a Cristo que fazemos.
        Somos convidados a continuar a missão de Cristo em nossa comunidade, a missão de levar  a boa noticia aos pobres, aos enfermos, aos oprimidos, lutar contra a injustiça e a desigualdade que é um grande mal no mundo nos dias de hoje. Levar a todos, esperança e acreditar que é possível viver em um mundo melhor, sempre em favor da vida. Que sejamos inspirados pelo Apostolo Paulo em nossa missão de revelar Jesus a todos.

Oração
         Senhor Jesus, contemplando tua ascensão para junto do Pai, assumo a tarefa de levar, ao mundo inteiro e a toda criatura, a mensagem do teu Evangelho.

Maria Elian


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Jesus veio para todos os povos (Mc 3, 7-12)

             
   A multidão que seguia Jesus era grandiosa, tanto que exigiu que Ele tomasse alguns cuidados. E vinham pessoas de todos os lugares da Galiléia e dos lugares vizinhos, que os judeus chamavam de gentios. Todos tentavam tocar Jesus, no desejo de serem curados de suas doenças e de males. Essa mesma multidão que seguia Jesus, era excluída pelo poder imperial romano, pelas elites religiosa e social de Israel. Jesus é rejeitado pelas elites de Israel, enquanto que as multidões o acolheram. Jesus veio para todos os homens e mulheres, para todos os povos em qualquer tempo, e lugar. A sua presença era a certeza de cura e libertação, e Jesus não se cansa de atender a todos que dele necessitavam e que o buscavam, deixando claro a todos que sua missão era resgatar a dignidade e a vida das pessoas oprimidas e excluídas.
        Por ter feito curas aos sábados, por tocar dos leprosos, expulsar espíritos impuros, curar, acolher e fazer refeições com as multidões, contrariando a tradição dos rabinos de Israel, por ir contra a Lei, Jesus foi acusado também de ter um espírito impuro. E para Jesus o espírito impuro, era o espírito da sinagoga, que ostentava o poder e a riqueza, desprezando, excluindo e oprimindo o povo. E a todo aquele que dizia: "Tu és o filho de Deus!" Jesus considerava um espírito impuro, pois rejeitava qualquer manifestação de glória ou poder, relacionado a sua pessoa ou ao Pai. Jesus era humano, simples e humilde.
        Busquemos a Jesus para que ele nos cure de nossas doenças, do nosso egoísmo, de nossos ciúmes, da falta de compreensão, por estarmos ainda com coração endurecido para receber sua Boa Nova, a sua Palavra. Mas, buscar a Jesus somente para receber dele uma graça, não é tudo, isso não nos aproxima dele definitivamente.  Busquemos a Jesus e nos deixemos cativar pelo seu amor que liberta, e nos coloquemos a serviço de todos que estejam necessitando de resgatar sua dignidade humana, e sua vida.
        A todos um abraço com carinho.

Prece:
"Espírito de busca, coloca-me à procura de Jesus, desejoso de ser, profundamente, libertado de tudo quanto me oprime. Pai, conduze-me ao teu filho Jesus, por meio do qual o Reino mostra sua eficácia em mim, fazendo a vida e a esperança renascerem em meu coração."

Mª Elian
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Conselho do Dia

Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
 
Bem-aventurado aquele que compreende o que seja amar a Jesus e desprezar-se a si por amor de Jesus. Por esse amor deves deixar qualquer outro, pois Jesus quer ser amado acima de tudo. O amor da criatura é anganoso e inconstante; o amor de Jesus é fiel e inabalável. Apegado à criatura, cairás com ela, que é instável; abraçado com Jesus, estarás firme para sempre. A Ele ama e guarda como amigo que não te desamparará, quando todos te abandonarem, nem consentirá que pereças na hora suprema. De todos te hás de separar um dia, quer queiras, que não. ( Do amor de Jesus sobre todas as coisas)
 
Fonte: Imitação de Cristo

Jesus promove a vida (Mc 3,1-6)

       
 Marcos nos apresenta hoje, mais uma cura de Jesus, num sábado e na sinagoga. Até podemos imaginar o final de tudo isso. Jesus é observado, espionado pelos fariseus, que queriam ver se ele curaria no sábado, infringindo dessa forma, mais uma vez a Lei.  Mas, estando Jesus na sinagoga, um homem com a mão seca lhe chama atenção. E Jesus sabendo o que pensavam os fariseus,  pergunta-lhes: "É permitido, no sábado, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou matar?" Com essa pergunta Jesus provoca os fariseus, porque eles sabiam qual era resposta, mas não responderam, se omitiram, preferiram não violar a lei a se decidir pela vida. A falta de resposta deixou Jesus "cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração". E Jesus cura o homem. Os fariseus e os aliados de Herodes decidiram encontrar uma maneira de destruir Jesus, um conflito que levará Jesus a morte. Os atos de misericórdia, de amor, de Jesus para com os pobres, os excluídos choca com o sistema religioso e legal, porque Jesus veio para "destruir" todo sistema opressor e, agora os fariseus planejam "destruir" Jesus.
        Aquele homem da mão seca, na sinagoga, representa  mais um excluído pela sociedade, pela religião. Não podemos esquecer que no tempo de Jesus, a pessoa que tinha algum tipo de doença era considerado  impuro e pecador. Os fariseus, os líderes religiosos apresentam e representam uma religião desumana, que pune com a pena de morte, quem não observar as Leis. Leis que só eram impostas para os pobres, excluídos, marginalizados. Enquanto que Jesus veio para defender, resgatar,  recuperar e garantir o direito à vida e a liberdade do povo. Realizando mais esta cura, Jesus demonstra seu amor que restaura a dignidade, a esperança, a vida humana.        
        Irmãos, irmãs, através dos evangelhos Jesus no revela seu amor libertador, e somos chamados a participar e a nos comprometer com esse amor que salva, que respeita e promove a vida. A religião não é opressora, ela nos aproxima de Deus  através de seu Filho, nos torna mais humanos, disponíveis para agir e fazer o bem, sem dia ou hora marcada. Que possamos acolher o irmão com o mesmo amor de Jesus e transmitir alegria, e vida a todos que nos rodeiam.
        A todos um abraço com carinho.

Oração: "Espírito que humaniza não me deixes transformar a religião em instrumento de opressão. Fazei, ao invés, que eu me coloque a serviço da vida". Amém.

Mª Elian
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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Jesus abre o caminho da liberdade (Mc 2,23-28)

 

        No evangelho de Marcos podemos observar que Jesus rejeita as tradições antigas de Israel, e as críticas que Jesus faz aos chefes religiosos por suas ideologias opressoras, excludentes e desumanas, que eram impostas pelas elites religiosas das sinagogas e de Jerusalém, que oprimiam o povo. E Jesus veio abrir o caminho da liberdade para o povo oprimido e garantir a vida plena a todos.
        E os discípulos de Jesus, no evangelho de hoje, colhem milho em um dia sábado para se alimentarem, pois estavam com fome. Com essa atitude eles abrem caminho para vida, contrário a Lei e ordem religiosa opressora imposta na época. E ao verem os discípulos colherem  milho no sábado, os fariseus acusavam Jesus e seus discípulos de não observarem o repouso no sábado. E Jesus responde recordando o que aconteceu com Davi e seus companheiros, quando fugiam de Saul, estando eles com fome entraram no templo e comeram os pães  consagrados do santuário, que era permitido somente aos sacerdotes fazerem isso. E Jesus termina dizendo: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado."
        Observando atentamente, está claro que tanto os discípulos de Jesus, como Davi em seus homens, deixaram de observar a lei por necessidade, e não por uma atitude leviana. Lembrando que naquele tempo, o povo oprimido, por necessidade não observava, não cumpria a Lei, então era considerado impuro e pecador. Porém, os sacerdotes, as elites religiosas, não sofriam a imposição da Lei. E Jesus com toda sua liberdade, coloca o homem, a mulher em primeiro lugar, acima de qualquer lei que impeça a vida, e a dignidade.
        Amigo, amiga, Jesus abre caminho para liberdade, nos tirando a culpa e o pecado, mesmo com críticas, difamações e ameaças dos fariseus que queriam permanecer no poder explorando e oprimindo os humildes. Ele nos deu liberdade para segui-Lo com amor, e assim "abrir os caminhos do direito da justiça e assim alcançar a paz no mundo". Jesus nos ensina a prática da religião com bom senso, criticando quando as tradições religiosas e suas práticas se chocam com o direito da vida.
        Um abraço a todos.

Oração:
Espírito de bom senso. Livra-me de praticar um tipo de religião muito fiel às tradições humanas, mas pouco conforme ao  querer do Pai. Amém.

Mª Elian.
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Jejum não é sacrifício (Mc 2,18-22)

       
 O evangelho de hoje nos apresenta os discípulos de João e os fariseus, que faziam jejum, e perguntaram a Jesus porque seus discípulos não jejuavam. E Jesus responde que os seus discípulos não estavam em jejum porque Ele ainda estava presente no meio deles, e isso era motivo de festa e de alegria. Quando chegasse o dia em que Ele não estivesse mais com eles, é que deveriam jejuar, em preparação para sua nova vinda, porém um jejum diferente legalismo religioso antigo. Seus amigos, seus discípulos sofreriam perseguições e dificuldades, tristezas e desolação, seria essa a nova forma de jejum e penitência que Jesus apresentava.
        Na época de Jesus o jejum era uma prática que fazia parte do dever religioso entre os judeus. Os fariseus como os discípulos de João Batista jejuavam regularmente. O jejum judaico era uma espera do Messias, um sinal de dor, de penitência, para implorar a misericórdia de Deus, ou mostrar arrependimento dos pecados. Mas agora Cristo estava no meio deles, não era necessário jejum, penitência corporal, principalmente quando a intenção atrair os louvores. Ninguém precisa ficar sabendo que estamos fazendo jejum, somente Deus, é para Ele o nosso jejum. E muito menos demonstrar tristeza e abatimento por estar jejuando. Fazer algo de bom por interesse próprio é sinal de hipocrisia, de falsidade. E era essa prática que Jesus não concordava. Os fariseus praticavam o jejum e continuavam oprimindo o próximo, e isso Jesus rejeitava.
        Jejum não é sacrifício, muito menos uma troca de favores entre o cristão e Deus, para conseguirmos de Deus o que queremos. Jejuar é deixarmos de lado ou deixar de fazer aquilo gostamos, fazer um sacrifício, por uma boa intenção e para entender a vontade de Deus em nossa vida. Se não jejuarmos para Deus, de nada adianta. Devemos estar concentrados em Deus. Pois o jejum nos mudará, fazendo-nos reconhecer tudo o que prejudica nossa vida no dia a dia, como nossas atitudes egoístas, de falta de amor, de palavras que magoam, a falta de gentileza, os nossos medos, nossa falta de piedade de caridade. Quem sabe não precisamos fazer um jejum por todas as nossas atitudes mesquinhas e até nós mesmos? Deus quer que tenhamos um coração puro, sincero e humilde. Façamos um jejum que nos deixe em maior sintonia com Deus, para que sejamos sempre por ele orientados.
        E Jesus nos apresenta duas comparações do "remendo novo que repuxa o pano velho e do vinho novo em odres velhos" que esclarecem sua resposta sobre o jejum. Ele é pano novo e vinho novo que se mostra em sua pessoa, no novo ensinamento e nova doutrina religiosa. Jesus nos apresenta uma nova Igreja, rompendo assim com velho estilo religioso dos judeus. Jesus que libertar a todos que ainda estão presos no passado. "Temos que deixar que atue em nós e na nossa comunidade o vinho novo do Espírito de Cristo, fermento de novas relações com Deus e os irmãos".

Mª Elian.
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domingo, 20 de janeiro de 2013

“Eles não tem mais vinho” (Jo 2,1-11)

 

        A festa das Bodas de Cana é uma das passagens bíblicas mais fascinantes do Evangelho. Maria está na festa, Jesus e seus discípulos também. Maria percebe que o vinho está acabando, e para evitar o constrangimento dos noivos, pois faltará o principal para festa, o vinho, que simbolizava a alegria. Então, Maria se dirige a Jesus, fazendo-lhe um pedido: "Eles não tem mais vinho". Maria ao faz esse pedido a Jesus, porque em seu coração sabia que seu filho podia ajudar. Jesus está ali, junto com seus amigos festejando o casamento, e provavelmente, também tomavam vinho. A resposta de Jesus parece desrespeitosa: "Mulher, porque dizes isso a mim? Minha hora ainda não chegou". Ao dar essa resposta a sua mãe, Jesus quer dizer que ainda não era o momento oportuno para começar sua missão. E Maria não discute com Jesus, e diz aos serventes: "Fazei o que ele vos disser". Só eles ficaram sabendo da origem daquele vinho delicioso, servido por último aos convidados. O bom vinho alegra as pessoas e a festa fica melhor. Com o milagre da Bodas de Caná, Jesus começa a manifestar sua glória e a despertar a fé em seus discípulos.
        Podemos observar a perfeita sintonia entre Maria e seu Filho, Jesus Cristo. Essa sintonia é tamanha, que basta uma palavra de intercessão da Mãe para que o pedido seja prontamente atendido pelo Filho. Jesus não resiste ao pedido da mãe e, faz de sua Maria a suprema intercessora de quantos a Ela recorrem em busca de socorro nas ocasiões de dificuldades e necessidades. Maria, a maior intercessora de todos os cristãos, foi sem dúvida a responsável pelo primeiro milagre operado por Cristo. Não foi preciso que alguém da família fizesse algum pedido a Maria, por usa vontade ela o fez. Maria não só realiza a vontade de Deus, mas nos orienta a fazer o que seu filho mandar. Ele é o vinho novo de nossa vida, assim com transformou água e vinho, ele transforma as situações difíceis em que nos encontramos, situações que muitas vezes pensamos não encontrar a solução. E Jesus no final, nos dá muita alegria, ao ouvirmos o que ele tem a nos dizer.
        Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, está atenta ao que acontece com seus filhos, ela está ao nosso lado caminhando conosco, sabe de nossas necessidades, de nossos sofrimentos e agonias.  O que precisamos saber, é que devemos esperar nossa hora chegar, para recebermos a resposta de Cristo, que realizará as graças pedidas por Maria. Ela está atuante, acolhendo nossos pedidos e apresentando a Jesus.
        Um forte abraço a todos.
   
Mª Elian

Oração:
Maria, mulher atenta em Cana, faze de nós pessoas com olhos abertos e mãos disponíveis. Maria, dá-nos o vinho de Jesus. Que ele multiplique o nosso amor, mesmo que as nossas talhas sejam imperfeitas e de pedra.
"Foi essa caridade preventiva da Virgem Maria que levou Dante – sublime poeta a tantos títulos censurável – a escrever estes esplêndidos versos a respeito da bondade de Nossa Senhora":
Mulher, és tão grande e tanto vales
que, quem graça e a ti não recorre,
seu desejo é o de voar sem ter asas.
A tua benignidade não só socorre
a quem pede, mas muitas vezes,
generosamente, ao pedir, precede.
Em ti, misericórdia, em ti, piedade,
em ti, magnificência, em ti se reúne
tudo quanto na criatura há de bondade!

sábado, 19 de janeiro de 2013

“SEGUE-ME!” (Mc 2,13-17)

       
Como diz a música: "Sou humano demais para compreender, humano demais para entender, esse jeito que escolheste de amar quem não merece. Que aqueles que escolheste e tomaste pela mão, geralmente eu não os quero ao meu lado".
        Este é o reino de que Jesus vem inaugurar e comunicar com sua vida, morte e ressurreição. E Levi seguiu Jesus, quando foi por Ele chamado para ser seu discípulo. Levi, filho de Alfeu era um publicano, ou seja, um cobrador de impostos odiado, sua profissão o tornava desprezível, pois colaborava com opressores romanos do povo judeu, e sem dúvida, sofria a exclusão. Levi levanta-se, abandonando sua atividade rendosa, era muito rico, mudando de vida, de nome. Levi troca seu nome para Mateus, e será um dos maiores seguidores e apóstolos de Cristo. Mateus escreveu um livro contando a história da vida e morte de Jesus, e ele deu o nome de evangelho.
        E Jesus vai sentar-se à mesa com Levi e com seus amigos, também cobradores de impostos e pecadores. Os fariseus não perdem a chance de atacar e criticar Jesus. E responde Jesus aos fariseus: "Eu não vim para chamar os justos, e sim pecadores para ao arrependimento." Jesus senta-se à mesa com aquela gente considerada impura pelas das autoridades religiosas. Deixando clara a sua opção pelo banquete da vida com os humilhados e excluídos, os chamados "pecadores."
        Nós somos convidados pessoais de Cristo, para romper qualquer norma ou preconceito que deixe alguém fora deste Reino.  Jesus não julga nem condena o cobrador de impostos, convida-o para uma vida diferente, e ele aceita. Jesus olha para Mateus com a ternura e misericórdia de Deus Pai, que cura as feridas e perdoa os pecados. Deixemos que Jesus passe e nos olhe como olhou para Mateus, e que tenhamos a coragem de acolher seu olhar e sua proposta. Sem dúvida, nossa vida será transformada e passará a ser diferente e poderemos ser discípulos de Jesus, que lutam pela sua mesma paixão: o ser humano e a casa que ele habita! E que nada nos detenha quando ouvirmos a voz do Senhor nos chamar para segui-lo.

Oração:  Pai coloca-me sempre junto àqueles que mais carecem de tua salvação, e liberta-me de toda espécie de preconceitos que contaminam o meu coração.

Mª Elian


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Jesus perdoa, e o paralítico é curado (Mc 2,1-12)

       
 O evangelho de hoje, nos leva novamente a Cafarnaum, e quando souberam que Jesus estava em casa, formou-se uma grande multidão dificultando o acesso a Ele. E trouxeram a Jesus um paralítico. Como era impossível passar pela porta, por causa da multidão, subiram no telhado, fizeram um buraco, e por ele passaram a cama na qual estava o paralítico.
        Ao ver aquela cena, e a fé que movia aqueles homens, Jesus diz: "Filho, os teus pecados estão perdoados". Os escribas e alguns fariseus, que ali se encontravam, murmuravam em seus corações, que Jesus estaria blasfemando ao perdoar os pecados do paralítico, pois somente Deus perdoa os pecados.
        Percebemos até então, uma fé inabalável, capaz de transpor qualquer obstáculo para chegar até Jesus. Para nós, resta-nos imaginar a cena, de alguém sendo carregado em uma cama, no meio de uma multidão, e as pessoas que o carregam, subirem no telhado e através de um buraco chegar a Jesus. E Jesus recompensa o paralítico e seus amigos, pela sua fé, perdoando seus pecados e dando-lhe saúde. No evangelho de ontem Jesus purifica o leproso e ele fica curado, hoje Jesus perdoa os pecados do paralítico e ele fica curado. "A cura é um simples sinal para o principal que é a revelação do amor de Jesus que vem libertar da exclusão que causa doença". Do outro lado temos a falta de fé, a incredulidade dos escribas e dos fariseus que acusam Jesus de blasfêmia. Jesus percebe o que se passa em seus corações. Mesmo assim não deixa de fazer o que tem que ser feito, perdoar os pecados do paralítico, e ordena que se levante do leito e vá para casa. O paralítico levanta e vai. E Jesus incomoda os poderosos, os mestres da Lei.
        A misericórdia, o perdão dos pecados, é a revelação do amor de Jesus que vem libertar da exclusão religiosa e social de uma maioria, vencendo assim uma minoria privilegiada. Era difícil para os chefes da Lei presenciar e conviver com tanto amor e misericórdia que Jesus demonstrava pelos humilhados e oprimidos.
        E que exemplo, nós temos nos amigos do paralítico, não é verdade? Quantas vezes desistimos, nos deixamos abalar quando surge um obstáculo em nosso caminho? Quantas vezes abandonamos projetos de vida, não concluímos o que começamos? Que nossos medos não nos paralisem, nos impedindo de alcançarmos nossos objetivos, e de recebermos também nossa recompensa. Que sejamos também fieis aos nossos amigos, nos colocando a disposição quando necessitarem de nossa ajuda, de nosso socorro.
        O discípulo de Jesus, também encontra obstáculos em sua missão. Por isso devemos ser perseverantes na fé, ter uma fé inabalável como o paralítico e seus amigos tiveram. E que não permitamos ser contaminados pela hipocrisia dos mestres de Lei, que nos impede de reconhecer, "na ação de Jesus, a manifestação do amor do Pai."

Mª Elian


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Tocando o intocável, Jesus cura um leproso (Mc 1,40-45)

        Na lei que Deus deu aos israelitas, uma pessoa leprosa foi considerada imunda (Lv 13,2-3). A doença foi vista como uma praga. "Às vezes, a praga foi enviada por Deus para repreender o povo desobediente" (Lv 14,34). Pessoas leprosas eram publicamente identificadas e afastadas da congregação para não contaminar outros. Eram excluídos do meio familiar e social. Rejeitados pela sociedade, passavam a viver sozinhos ou em grupos, longe das pessoas sadias, condenados à morte em isolamento. Os judeus pensavam até que seriam contaminados se a sombra de um leproso incidisse sobre eles. O sacerdote no templo era o responsável para identificar quem era leproso excluindo-o da comunidade com conseqüências sociais, religiosas e pessoais. Compete a ele também comprovar a cura. O leproso curado deveria celebrar a purificação com um ato religioso de sacrifício.
        Um leproso que se aproxima de Jesus de joelhos pede: "Se queres, tens o poder de curar-me". Jesus cheio de compaixão humana transgride a Lei, toca o leproso e o cura, como um sinal  do poder e da presença do Reino de Deus na história humana, para beneficiar a todos que necessitavam de ajuda.  Pela Lei judaica quem tocasse um leproso, também se tornava impuro, mas essa tradição não era importante para Jesus.  O que importava era o bem estar daquele homem, e vê-lo incluído novamente na sociedade.  Jesus envia o homem já curado, ao sacerdote e fazer sua oferenda conforme a Lei, e pede para que ele não comentasse nada com ninguém. E ao partir o homem começa a proclamar, testemunhando o que Jesus fizera por ele. Com a cura do leproso, Jesus é Aquele para quem nada é impossível: Ele pode expulsar os demônios (Mar. 1:21-28), Ele tocou e curou a sogra de Pedro(Mar. 1:29-31), Ele tocou e curou um leproso (Mar. 1:40-45). Todos que Jesus tocava eram curados, e mudavam para melhor.
        Queridos irmão e irmãs, que sejamos também tocados por Jesus, que possamos abrir o coração e pedir ajuda, socorro para que sejamos libertos nossos pecados, de nossos preconceitos (de raça, cor, religião, formação, contra a mulher...) e possamos compreender melhor o mal da exclusão que existe no mundo, para que tenhamos  sentimentos de misericórdia, a sensibilidade e o carisma de Cristo com todos os excluídos e marginalizados.

Mª Elian


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Sejamos gratos pelos benefícios que recebemos de Jesus (Mc 1,29-39)

        Ao sair da sinagoga, Jesus vai à casa de Pedro e André, local onde se reúne a família, local de vida em comunhão, o qual chamamos de "igreja doméstica" das primeiras comunidades. Lá, Jesus encontra a sogra de Pedro, na cama e com febre. Ao ser tocada por Jesus, ela se liberta da febre, e também da exclusão da mulher, se levanta e agradecida põe-se a servi-los.
        A sogra de Pedro manifesta sua gratidão, por ter recebido um beneficio de Cristo, servindo a Ele e também aos discípulos que o acompanhavam, alimentando-os e dando-lhes repouso, pois eles precisavam continuar sua missão, de anunciar a Boa Nova a outros lugares da Galiléia. Com esse gesto a sogra de Pedro nos mostra uma lição de vida que aprendeu com Jesus.
        Jesus curou muitos doentes e expulsou muitos demônios. Multidões o procuraram na casa de Pedro. E Jesus com toda sua disponibilidade, atendia a todos que o procuravam, não despedia ninguém, sem curá-los de suas doenças e libertá-los de seus males.
        Sejamos gratos, a Jesus por todos os benefícios que dele recebemos, pelo dom da vida, por nossa saúde, pelo emprego, pelos amigos, pela família. Uma das formas de agradecimento é nos colocando a serviço do próximo, como fez a sogra de Pedro. Não podemos continuar vivendo no egoísmo depois de recebemos tanta atenção e graças de Jesus, manifestadas através de sua misericórdia para conosco.
        Colocar-se a serviço do próximo é o que nos ensina e o que Jesus espera de nós, com seus gestos sempre voltados para as necessidades de quem quer que fosse, com sua prática amorosa e libertadora. E como Jesus, é necessário nos retirarmos, ter um encontro pessoal com o Pai, para rever e refletirmos se estamos agindo e dando nosso testemunho de vida, se estamos dando continuidade aos planos de Deus. Reservemos um momento para, em nossas orações, agradecer sempre ao Pai, pedir forças, coragem para perseverarmos sempre nos caminhos do Senhor.

Mª Elian


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Jesus veio nos libertar e nos renovar (Mc 1,21b-28)

        Após chamar os primeiros discípulos, Jesus está em Cafarnaum, num sábado, na sinagoga, ensinando e expulsa de um homem um espírito impuro.
        Todos ficavam espantados e admirados, com a autoridade com que Jesus ensinava, e pela expulsão do espírito impuro. "Quem é este que até os espíritos obedecem?". Diferente da doutrina dos escribas e fariseus que era dominadora, alienante e excludente. Jesus apresentava um ensinamento novo, que convida a praticar o amor, a misericórdia, e a todos libertar de uma doutrina, de uma religião elitista que excluía os pobres, e os humildes. A autoridade com que ensinava Jesus era o poder do Pai agindo pelo Filho, e Jesus dizia que agia por iniciativa divina e não por conta própria, Jesus recebia o poder do Pai, que se revelava a todos através do Filho. E quem via e ouvia os ensinamentos de Cristo, ficava admirado porque percebiam e sentiam que algo diferente e especial existia em Jesus, em suas palavras.
        Ao expulsar um espírito impuro da sinagoga, Jesus liberta o povo da doutrina da própria sinagoga, que discriminava e oprimia o povo, e assim aproxima a todos de seus ensinamentos de sua prática. "E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galileia", o que levará Jesus a se confrontar com autoridades, levando Jesus a morte de cruz.
        Irmãos e irmãs. Deixemo-nos transformar pela palavra libertadora de Cristo, que o nosso coração seja tocado por sua prática do amor misericordioso e acolhedor, expulsando qualquer espírito opressor, egoísta, que nos impede de nos apaixonarmos por Jesus, e mudarmos de vida, acolhendo em nosso coração a fonte de amor renovadora em nossas vidas. Essa é a liberdade que devemos buscar.

Mª Elian


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Jesus convida a partilhar seu ministério (Mc 1,14-20)

       
 O evangelho nos convida a acompanhar e seguir Jesus ao longo do seu ministério. Após ser batizado e João Batista ser preso, Jesus inicia seu ministério, proclamando a Boa Nova de Deus. E nos chama a conversão e ao acolhimento da Boa Nova. "O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos, e crede no evangelho!" Converte-se e crer no evangelho são atitudes de quem deseja seguir e ser discípulo de Jesus.
        Jesus não chamou para serem seus discípulos: sacerdotes, rabinos, doutores ou letrados. Jesus chama e escolhe para discípulos, homens de origem humilde, assim como era Jesus. Ele chama os irmãos Simão e André, que jogavam rede ao mar da Galiléia. E eles largam tudo para se tornarem pescadores de homens. Em seguida, Jesus vê e chama: Tiago e João, filhos de Zebedeu, que consertavam redes, e eles deixaram o pai e seguiram Jesus. São escolhidos os primeiros discípulos de Jesus, para juntos proclamar e levar a todos, a palavra de libertação. Libertação de todo tipo de opressão e restaurar a dignidade humana, comunicando a vida eterna, a prática do amor nas relações humanas e acolhedoras.
        E eles estão na Galiléia, região com tendência a revoltas contra o domínio do poder religioso e do poder civil, o que fazia aquela região ser desprezada e rejeitada por Jerusalém e seu Templo. E Jesus escolhe a Galiléia para anunciar o Reino de solidariedade, partilha, fraternidade e comunidade, junto com seus discípulos. E assim também prepara seus discípulos, como prepara qualquer um de nós, que muitas vezes nos sentimos despreparados para as coisas de Deus, o que nos deixa temerosos. E usamos esse argumento como desculpa para não nos comprometermos e assumir a missão de evangelizadores do Reino. Mas Jesus diz: "Não tenhas medo!" Ops! acho que não tem desculpas.
        E Jesus escolhe uma região desprezada e pessoas "despreparadas" para iniciar seu ministério. Porém, exatamente os excluídos, os humildes, os despreparados são os que acolhem e recebem os ensinamentos, a palavra de Jesus. Pois estão com seus corações aberto para Deus, não deixando espaço para o egoísmo e não permitem que a hipocrisia atrapalhe sua conversão.
        O discípulo ao aceitar o chamado de Cristo, passa a ser seu imitador, em conseqüência terá que viver para o Pai, e fazer somente o bem, viver o amor. Viver para o Pai, não quer dizer largar tudo, mas escolher Jesus e se colocar a serviço do Reino de Deus, mudar de vida, dar continuidade ao plano de salvação do Pai, anunciando com alegria a palavra que nos traz a liberdade, a luz, a reconciliação e a vida.

Mª Elian