quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Arvores de Natal são artificiais de matéria morta, sem vida alguma.



Pense nas imensas árvores de natal que ficam em lugares públicos. Com uma decoração atraente, elas cativam o olhar de quem passa perto. Porém, há um grande problema com essas árvores: elas são artificiais. Embora sejam lindas e atrativas, são de matéria morta, sem vida alguma. E quantos se parecem com elas! Tais pessoas têm uma aparência de vida piedosa e religiosa, mas na prática vive o contrário da caridade. Criadas em uma cultura cristã, frequentam lugres cristãos, cultos religiosos e fazem shows de presentes e de esmolas. Sem ter qualquer relacionamento verdadeiro com Cristo, com sua Igreja e com o seu semelhante.
Após o período das festas de ano, essas árvores são jogadas fora, ou guardadas para o próximo ano. Se nossa fé é uma mera fé religiosa, somos como tais árvores. Nossa vida espiritual nada mais é que uma farsa. Podemos até alegar que fomos batizados ou crismados, e que casamos na igreja, comungamos, mais isso continua sendo farsa. Somos apenas cristãos de aparência por causa de convenções sociais (1).
No entanto, se conhecemos de fato o Nosso Senhor Jesus Cristo, nossa fé está enraizada nEle (Cl 2, 6-7). Temos vida, a vida de Deus fluindo em nós. Somos como pessoas descritas no Salmo 1: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quando fizer prosperará”.
O romance do célebre escritor inglês Charles Dickens, “Canção de Natal”, foi lançado em 19 de dezembro de 1843 e nunca mais saiu de circulação. Ela conta a história de Ebenzer Scrooge, um homem rico, mal-humorado e mesquinho que dizia: “Cada idiota que aparece desejando ‘Feliz Natal’, deveria ser cozido junto com seu próprio pudim!” Porém, na véspera de Natal, Scrooge é radicalmente transformado em um homem generoso e feliz: Com muito humor e perspicácia, o livro de Dickens capta o anseio universal por paz interior (2).
Na graça e no amor de Cristo, somos árvores vivas no mundo real convivendo com pessoas que em nós podem encontrar o sentido da vida se libertando do mundo virtual, fantasioso e hipócrita. O verdadeiro NATAL é um progressivo ato festivo de transformação na atitude de paz, amor, família unida, alegria, fé e vida apaixonada por Jesus Cristo.
FELIZ NATAL E UM ABENÇOADO ANO NOVO COM CRISTO!


Pe. Inácio José do Vale
Professor de História da Igreja
Instituto Teológico Bento XVI
Sociólogo em Ciência da Religião
Doutor em História do Cristianismo


Notas:
(1) Calendário Devocional Boa Semente de 2014.
(2) Charles Dickens. A Christmas Carol ("Canção de Natal" ou "Um conto de Natal") (1843).

Nenhum comentário:

Postar um comentário