A liturgia da palavra divide-se em:
1. Entronização da Bíblia (facultativa)
2. Primeira Leitura (Na vigília pascal são sete e na vigília de pentecostes são até quatro com seus respectivos salmos)
3. Salmo responsorial.
4. Segunda Leitura
5. Sequência (facultativa no decorrer do ano, exceto Páscoa, Pentecostes e Corpus Christi)
6. Aclamação do Evangelho
7. Evangelho
8. Homilia
9. Profissão da fé (Símbolo – somente aos domingos, festas e solenidades)
10. Oração dos fiéis (ou da comunidade ou universal)
Primeira Leitura
Deve ser proclamada do ambão, a mesa da palavra, no Lecionário, livro próprio da missa. É geralmente uma leitura do Antigo Testamento ou dos Atos dos Apóstolos, no tempo pascal.
Salmo Responsorial
É uma resposta de louvor a primeira leitura, como o nome sugere. Não é preenchimento de espaço, nem lhe é permitido substituí-lo por canto de meditação ou outro canto compatível. O salmo responsorial é aquele do dia que está no Lecionário. De preferência seja cantado em domingos, festas e solenidades.
De preferência, cantar o refrão ou repetir se for rezado, junto com o salmista.
Segunda Leitura
Geralmente são cartas de são Paulo, cartas apostólicas ou o livro do Apocalipse, no tempo pascal. Durante a semana é omitida. A Segunda Leitura nos domingos e solenidades mostra a experiência da Igreja Primitiva, a doutrina cristã e orientações práticas da vida de comunidade, favorecendo a viver na fé.
Sequência
Facultativa na maior parte do ano litúrgico, é um hino cristão cantado antes da Aleluia. Os mais conhecidos e próprios são a Sequência Pascal, a Sequencia de Pentecostes, a Sequência de Corpus Christi e a Sequência de Nossa Senhora das dores.
Aclamação ao Evangelho
É um momento de louvor a Jesus que vai falar. Tal aclamação constitui um rito próprio, geralmente com estrofes da Palavra de Deus encontrados no próprio Lecionário com o refrão de aleluias, exceto na Quaresma. No Advento se canta aleluia. No tempo quaresmal ao invés de cantar aleluia é proposto um versículo no Lecionário com um refrão de louvor a Jesus.
Proclamação do Evangelho
É o momento de ouvirmos o próprio Cristo falar. Em sinal de acolhida fazemos três sinais da cruz: uma na fronte, pois ouviremos a Palavra e guardaremos na mente; outra na boca, para proclamar a mensagem ouvida; e outra no coração, sinal de amor a Palavra que vamos vivê-la. Não se faz o sinal-da-cruz depois disso. Na Missa, ele é proclamado primeiramente pelo diácono e na falta deste o sacerdote. A mensagem de Jesus Salvador é uma só, porém foi escrita por quatro evangelistas: Mateus, Marcos, Lucas e João.
Homilia
É um momento de reflexão, interpretação e atualização da Palavra de Deus. Quem o faz é o sacerdote. É a ocasião de meditarmos e refletirmos a Palavra hoje e ver na pessoa do sacerdote o próprio Cristo que nos ensina. Os leigos e leigas também podem fazer pregação fora da Missa, desde que sejam capacitadas em estudos bíblicos e teológicos, o que é recomendado para os que presidem a Celebração da Palavra. Logo após a homilia é recomendado um momento de silêncio.
Profissão de Fé
Também chamado de Símbolo Apostólico, pois o recebemos dos Apóstolos, é a ocasião mais bela da Liturgia da Palavra. É quando a assembleia cristã levanta e reza ou canta a sua fé. Essa atitude quer expressar a fé na Palavra proclamada e meditada, estando prontificados a pô-la em prática. Existem duas fórmulas: o Símbolo Apostólico, no qual mais usamos e é resumido, e o Niceno-constantinopolitano, mais bem elaborado. O Símbolo é rezado somente em domingos, festas e solenidades, podendo ser cantado ou rezado em dois coros alternando entre um refrão e outro.
Oração da Comunidade
Encerra a Liturgia da Palavra, sendo um momento em que a Assembléia Cristã suplica a Deus pelas suas necessidades de maneira universal.
Geralmente as intenções seguem essa ordem:
a. Pelas necessidades da Igreja Universal;
b. Pelos poderes públicos da nação e pela salvação de todo o mundo;
c. Pelos que sofrem quaisquer dificuldades;
d. Pela comunidade local;
e. Em celebrações rituais tais como: matrimônio, confirmação (crisma), exéquias, as intenções podem referir-se a essas circunstâncias.
Observação: As orações devem estar em sintonia com a liturgia celebrada e com a vida da comunidade.
Liturgia Eucarística
A oração da eucarística ou anáfora é uma oração rezada apenas pelo sacerdote, com três aclamações que são rezadas conjuntamente com a assembleia: o santo, a anamnese ou memorial e o amém. As outras aclamações eucarísticas são próprias do Brasil. Atualmente existem 13 anáforas no rito latino, numeradas em algarismo romano da seguinte forma: I ou cânon romano, II, III, IV, V, VI-A, VI-B, VI-C, VI-D, VII, VIII, IX, X, XI.
A oração eucarística mais antiga é a II da Tradição de São Hipólito (séc. III), restaurada e adaptada pelo Concílio Vaticano II por Paulo VI, fora essa o cânon romano (I) data do século IX.
A Liturgia Eucarística se divide em:
1. Preparação das Oferendas;
2. Oração Eucarística;
3. Rito da Comunhão.
Preparação das Oferendas
a. Procissão dos dons ou oferendas; (pão, vinho, água, símbolos, etc.)
b. Apresentação das oferendas; (quando o padre oferta o pão e o vinho)
c. Purificação; (lava as mãos)
d. Convite a oração; (orai irmãos e irmãs…) o povo aclama: Receba (o) Senhor por tuas mãos…
e. Oração sobre as oferendas; (segunda)
Oração Eucarística
a. Prefácio (geralmente está ligado com a festa que está sendo celebrada)
b. Santo, rezado ou cantado;
c. Epíclese (Invocação do Espírito Santo);
d. Consagração – Narrativa do memorial; sentado, ajoelhado ou em pé, olhando pro mistério), não é momento de dispersão.
e. Anamnese – memorial; (ainda parte da consagração)
f. Oblação; (agradecimentos)
g. Intercessões; (pedidos pela igreja, celebrantes, falecidos, sociedade)
h. Doxologia; ( por Cristo… Só o padre) sem estender as mãos.
Rito da Comunhão
a. Oração do Senhor; ( Pai nosso que estais nos céus; perdoai-nos; sem o amém)
b. Embolismo; (continuação do pai nosso)
c. Doxologia; (conclusão do embolismo)
d. Rito da Paz; (cantado ou não) pode ser omitido também;
e. Fração do Pão; (quando o padre faz a fração)
f. Cordeiro de Deus; (cantado ou rezado) não precisa estender as mãos)
g. Convite ao Banquete; (felizes os convidados…)
h. Comunhão e canto; (interiorização, oração) sentado ou ajoelhado
i. Silêncio; (pós comunhão)
j. Oração pós comunhão; (terceiro oremos)
Ritos Finais
Avisos: são recados paroquiais e da comunidade de forma breve e de importância geral. Pode ser lida nesse momento uma reflexão de maneira geral.
Bênção final: a fórmula dessa bênção pode ser simples ou solene de acordo com a festa celebrada. Ressalta a bênção de Deus pela ação celebrada, que por si só é uma bênção a celebração.
Envio ou despedida: “ITE MISSA EST” (vós estais dispensados) , antiga despedida na missa em latim, que significa “Vos sois enviados” ou “É o envio”. O “Ide em paz e o Senhor vos acompanhe” remete o envio a missão, porque tudo aquilo que ouvimos, meditamos e celebramos devem ser agora vividos. A Missa termina e começa a Missão. Relembramos que desse modo não podemos sair da Igreja antes de sermos enviados.
Dispersão com o canto, sair da igreja depois que a equipe celebrativa se retirou do presbitério.