quarta-feira, 5 de junho de 2013

4ª-feira da 9ª Semana Tempo Comum



Nosso Deus é o Deus de vivos!

Marcos 12,18-27

Naquele tempo:18 Vieram ter com Jesus alguns saduceus,os quais afirmam que não existe ressurreição e lhe propuseram este caso:19 'Mestre, Moisés deu-nos esta prescrição:'Se morrer o irmão de alguém, e deixar a esposa sem filhos,o irmão desse homem deve casar-se com a viúva,a fim de garantir a descendência de seu irmão.'20 Ora, havia sete irmãos:o mais velho casou-se, e morreu sem deixar descendência.21 O segundo casou-se com a viúva, e morreu sem deixar descendência.E a mesma coisa aconteceu com o terceiro.22 E nenhum dos sete deixou descendência.Por último, morreu também a mulher.23 Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de quem será ela mulher?Por que os sete se casaram com ela!'24 Jesus respondeu: 'Acaso, vós não estais enganados,por não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus?
25 Com efeito, quando os mortos ressuscitarem,os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu.26 Quanto ao fato da ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés,na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou:
'Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó'?
27 Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos! Vós estais muito enganados.'

Reflexão 

No evangelho de hoje continua o confronto entre Jesus e as autoridades. Depois dos sacerdotes, anciãos e escribas (Mc 12,1-12) e os fariseus e herodianos (Mc 12,13-17), agora aparecem os saduceus que fazem uma pergunta sobre a ressurreição. Assunto polêmico, que causava briga entre saduceus e fariseus (Mc 12,18-27; cf. At 23,6-1).

Nas comunidades cristãs dos anos setenta, época em que Macros escreve o seu evangelho, havia alguns cristãos que, para não serem perseguidos, tentavam conciliar o projeto de Jesus com o projeto do império romano. Os outros que resistiam ao império eram perseguidos, acusados e interrogados pelas autoridades ou por vizinhos que se sentiam incomodados pelo testemunho deles. A descrição dos conflitos de Jesus com as autoridades era uma ajuda muito grande para os cristãos não se deixarem manipular pela ideologia do império. Ao lerem estes episódios de conflito de Jesus com as autoridades, os cristãos perseguidos se animavam e criavam coragem para continuar na caminhada.

Marcos 12,18-23. Os Saduceus. Os saduceus eram uma elite aristocrata de latifundiários e comerciantes. Eram conservadores. Não aceitavam a fé na ressurreição. Naquele tempo, esta fé começava a ser valorizada pelos fariseus e pela piedade popular. Ela animava a resistência do povo contra a dominação tanto dos romanos como dos sacerdotes, dos anciãos e dos próprios saduceus. Para os saduceus, o reino messiânico já estava presente na situação de bem-estar que eles estavam vivendo. Eles seguiam a assim chamada “Teologia da Retribuição” que distorcia a realidade. Segundo esta teologia, Deus retribui com riqueza e bem-estar aos que observam a lei de Deus, e castiga com sofrimento e pobreza os que praticam o mal. Assim, se entende por que os saduceus não queriam mudanças. Queriam que a religião permanecesse tal como era, imutável como o próprio Deus. Por isso não aceitavam a fé na ressurreição e na ajuda dos anjos, que sustentava a luta daqueles que buscavam mudanças e libertação.

Marcos 12,19-23. A pergunta dos Saduceus. Eles chegam até Jesus e, para criticar e ridicularizar a fé na ressurreição, contam o caso fictício daquela mulher que casou sete vezes e, no fim, morreu sem filhos. A assim chamada lei do levirato obrigava a viúva sem filhos a casar com o irmão do falecido marido. O filho que nascesse deste novo casamento era considerado filho do falecido marido. Assim, este teria uma descendência. Mas no caso proposto pelos saduceus, a mulher, apesar de ter tido sete maridos, ficou sem marido. Eles perguntam a Jesus: “Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de quem ela será? Todos os sete se casaram com ela!" Era para dizer que crer na ressurreição levaria a pessoa a aceitar o absurdo.

Marcos 12,24-27: A resposta de Jesus. Jesus responde duramente: “Vocês não entendem nada, nem do poder de Deus, nem da Escritura!” Jesus explica que a condição das pessoas depois da morte será totalmente diferente da condição atual. Depois da morte já não haverá mais casamento, mas todas serão como os anjos no céu. Os saduceus imaginavam a vida no céu igual à vida aqui na terra. No fim, Jesus conclui: “Nosso Deus não é um Deus de mortos, mas sim de vivos! Vocês estão muito errados!” Os discípulos e as discípulas devem estar de sobreaviso: quem estiver do lado destes saduceus estará do lado oposto de Deus!

Para um confronto pessoal
1) Qual é hoje o sentido da frase: “Deus não é Deus dos mortos, mas sim dos vivos!”
2) Será que eu creio mesmo na ressurreição? O que significa para mim “creio na ressurreição da carne e na vida eterna”?


Reflexão 2:
Como sempre, mais uma vez os inimigos e perseguidores de Jesus se aproximam de forma irônica, provavelmente para chacotear os fariseus e lhe armam uma cilada. Desta vez são alguns saduceus. Um dos pontos positivos deste grupo é a crença na ressurreição dos mortos. E então chegando à frente de Jesus lhe perguntam: no dia da ressurreição, quando todos os mortos tornarem a viver, de qual dos sete a mulher vai ser esposa? Pois todos eles casaram com ela!

Jesus, entretanto, leva a sério a pergunta. Jesus foi buscar a resposta no Pentateuco, aceito sem discussão por fariseus e saduceus. E a tira da boca de Deus em diálogo com o maior e mais considerado homem da história dos judeus, Moisés, no episódio da sarça ardente, exatamente o momento em que começa toda a história da libertação dos hebreus e o nascimento deles como povo, povo escolhido por Deus: “Eu sou o Deus de Abrãao, de Isaac e de Jacó” (Cf. Ex 3,6). Deus não diz “Eu fui o Deus de Abraão”, mas “eu sou”. O que significa que Abraão, Isaac e Jacó estão vivos e continuam a adorar a Deus.

O alcance do argumento de Jesus era bem mais amplo do que aquele contexto de ressurreição para os fariseus que acreditavam que a ressurreição fosse um prolongamento da vida presente, uma espécie de plenitude dos prazeres terrenos.

Para Jesus, quem morre entra na vida eterna, na contemplação da vida divina. O mundo futuro não consiste na continuação da vida atual do corpo, por isso não precisam de casamento. Jesus, porém, não esclarece que tipo de corpo teremos, mas apenas afirma que seremos iguais aos anjos, e faremos uma comunhão com Deus, ou seja, viveremos a vida do próprio Deus. O mistério da ressurreição foi explicitado por Jesus, sobretudo com sua própria Ressurreição. A partir da Páscoa, os Apóstolos passaram a chamarem-se testemunhas da Ressurreição e dela fizeram o centro de toda a pregação e o fundamento da fé cristã.

Assim, Jesus ressuscitou dos mortos. Jesus distingue entre os dois tempos: o presente, na carne, que é marcado pelo ter, pelo possuir e pelo poder. Neste tempo tudo é transitório, marcado por inúmeras separações, a mais sentida delas que é a morte. O outro tempo vem marcado pelo dar-se e dar a vida: Deus dá a vida, uma vida que não conhecerá mais a morte; Deus dá-se a si mesmo, fazendo com quem se revestiu da eternidade uma só comunhão, embora conservando nós nossa identidade de criaturas, que Jesus chama de filhos de Deus, iguais aos anjos. Iguais aos anjos, porque a vida que recebemos através da geração carnal, como pensavam os fariseus e ensinavam ao povo, mas mediante a graça da ressurreição na Ressurreição do Cristo. É participando da Ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo que participaremos do mistério de sua filiação divina.

Se a ressurreição consiste em estar sempre com o Senhor, o viver neste mundo exclusivamente para o Senhor e com o Senhor já tem o gosto da eternidade. A certeza da Ressurreição não deve ser apenas, uma realidade que esperamos; mas deve ser uma realidade que influência, desde já, a nossa existência terrena. É o horizonte da Ressurreição que deve influenciar as nossas atitudes; é a certeza da ressurreição que nos dá a coragem de enfrentar as forças da morte que dominam o mundo, do ter, do ser, do poder indiscriminado, de forma que o novo céu e a nova terra que nos esperam comecem a desenhar-se desde já.

Viemos de Deus da Vida, e com a morte, voltamos para Ele. A morte é o encontro maravilhoso com os amigos e parentes, na visão beatífica do Pai. Para este encontro queremos nos preparar na companhia do nosso melhor amigo, Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida. Demos graças a Deus pelo dom da vida e a garantia da ressurreição em Cristo Jesus!
Fonte: http://viverminhavocacao.blogspot.com.br/2013_06_05_archive.html

SANTO DO DIA - 05/06/2013

05/06
São Bonifácio
São Bonifácio nasceu por volta do ano 673 ou 680, no Wessex, no Kirton, na Inglaterra. Seu nome de batismo era Winfrid, e parece que pertencia a nobre família inglesa do Devonshire. Professou a regra monástica na abadia de Exeter e de Nurshig. Aos 20 anos de idade, já era mestre de ensino religioso e profano. Sua primeira tentativa de atingir a Frísia foi em vão por causa da hostilidade entre o duque alemão Radbod e Carlos Martelo. Resolveu então fazer uma peregrinação a Roma e rezar nos túmulos dos mártires e obter as bênçãos do papa. São Gregório II concordou com o impulso missionário e Winfrid retornou a Alemanha.Foi em sua parada na Turíngia e em seguida na Frísia que operou as primeiras conversões e em três anos, percorreu grande parte do território germânico.

Chamado a Roma, recebeu do Papa a consagração episcopal e o novo nome de Bonifácio. Em viagem de volta a Alemanha, num bosque de Hessen mandou derrubar um gigantesco carvalho ao qual as populações pagãs atribuíam poderes mágicos porque era considerado morada de um deus. Aquele gesto foi considerado verdadeiro desafio ao deus, e os pagãos se aglomeraram para assistirem à vingança do deus ofendido. São Bonifácio aproveitou para pregar o Evangelho. Aos pés da árvore derrubada edificou a primeira Igreja dedicada a São Pedro.

Restaurou e organizou a Igreja na Alemanha e é o fundador da célebre abadia de Fulda, centro propulsor da espiritualidade e cultura religiosa alemã. Presidiu a vários concílios, promulgou numerosas leis e tinha em Mogúncia a sua sede episcopal.

No dia 05 de junho de 754, havia marcado encontro com um grupo de catecúmenos em Dokkun. Era o dia de Pentecostes. No início da celebração de Missa os missionários foram assaltados por um grupo de frisões armados de espadas e um dos infiéis atingiu seu corpo e cortou-lhe a cabeça. Foi sepultado na abadia de Fulda.

São Bonifácio é chamado o Apóstolo da Alemanha. 

LITURGIA DIÁRIA - 05/06/2013


Dia: 05/06/2013
Primeira Leitura: Tobias 3, 1-11.16-17

SÃO BONIFÁCIO
BISPO E MÁRTIR
(vermelho, pref. comum ou dos mártires - ofício da memória)


Leitura do Livro de Tobias. 
Naqueles dias, 1tomado de grande tristeza, pus-me a suspirar e a chorar. E depois, comecei a rezar, entre gemidos: 2 “Senhor, tu és justo, e justas são todas as tuas obras. Todos os teus caminhos são misericórdia e verdade e és tu quem julga o mundo. Agora, 3 Senhor, lembra-te de mim, olha para mim, e não me castigues por causa de meus pecados, de minhas transgressões ou de meus pais, que pecaram diante de ti. 4 Porque não obedecemos aos teus preceitos, entregaste-nos à pilhagem, ao cativeiro e à morte, e fizeste de nós assunto de provérbios, alvo de zombaria e de injúria cm todas as nações, entre as quais nos dispersaste. 5 Agora, porém, vejo que são verdadeiros os teus numerosos julgamentos, quando me tratas segundo os meus pecados e os pecados de meus pais, pois não cumprimos teus mandamentos nem caminhamos na verdade diante de ti. 6 Trata-me, pois, como te aprouver. Ordena que seja retomado de mim o meu espírito, para que eu desapareça da face da terra e me transforme em terra. Para mim é melhor morrer do que viver, pois tenho ouvido injúrias caluniosas e sinto em mim profunda tristeza. Senhor, ordena que eu seja libertado desta angústia. Deixa-me ir para a morada eterna e não afastes, Senhor, de mim a tua face. Para mim é preferível morrer a ver tão grande angústia em minha vida, ouvindo ainda tais injúrias”. 7 Naquele mesmo dia, Sara, filha de Raguel, que morava em Ecbátana, na Média, teve também de ouvir injúrias de uma das escravas de seu pai. 8 Ela fora dada em casamento a sete homens, mas o perverso demônio Asmodeu havia-os matado, antes de estarem com ela, como esposa. A escrava disse-lhe: “És tu que sufocas teus maridos! Já foste dada a sete homens e de nenhum até agora tiveste proveito. 9 Por que nos espancas por terem morrido os teus maridos? Vai-te embora com eles e jamais vejamos filho ou filha nascidos de ti!” 10 Naquele dia, Sara ficou com a alma cheia de tristeza e pôs-se a chorar. E subiu ao aposento de seu pai, no andar superior, intenção de se enforcar. Mas, pensando melhor, disse consigo mesma: “Não quero que venham injuriar a meu pai e dizer-lhe: “Tinhas uma filha muito querida e ela enforcou-se por causa de suas desgraças”. Assim eu faria baixar à sepultura a velhice amargurada de meu pai. É melhor para mim, em vez de me enforcar, pedir ao Senhor que me faça morrer, mais ouvir injúrias em minha vida”. 11a No mesmo instante, estendendo as mãos em direção à janela, fez esta oração: “Tu és bendito, Deus de misericórdia, e é eternamente o teu nome!” 16 Na hora, a prece dos dois foi ouvida perante a glória de Deus. 17aE Rafael foi enviado para curar a ambos.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (Sl 24)   


— A vós, Senhor, eu elevo a minha alma. 
— A vós, Senhor, eu elevo a minha alma. 

— Senhor meu Deus a vós elevo a minha alma, em vós confio: que eu não seja envergonhado triunfem sobre mim os inimigos! Não se envergonha quem em vós põe a esperança, mas sim, quem nega por um nada a sua fé. 
— Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos. Fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação. Em vós espero, ó Senhor, todos os dias! 
— Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão que são eternas! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor! 
— O Senhor é piedade e retidão, reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho.


Evangelho (Mc 12,18-27)   


— O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós. 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos. 
— Glória a vós, Senhor. 

Naquele tempo, 18vieram ter com Jesus alguns saduceus, os quais afirmam que não existe ressurreição e lhe propuseram este caso: 19“Mestre, Moisés deu-nos esta prescrição: Se morrer o irmão de alguém, e deixar a esposa sem filhos, o irmão desse homem deve casar-se com a viúva, a fim de garantir a descendência de seu irmão”. 20Ora, havia sete irmãos: o mais velho casou-se, e morreu sem deixar descendência. 21O segundo casou-se com a viúva, e morreu sem deixar descendência. E a mesma coisa aconteceu com o terceiro. 22E nenhum dos sete deixou descendência. Por último, morreu também a mulher. 23Na ressurreição, quando eles ressuscitarem, de quem será ela mulher? Porque os sete se casaram com ela!” 24Jesus respondeu: “Acaso, vós não estais enganados, por não conhecerdes as Escrituras, nem o poder de Deus? 25Com efeito, quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu. 26Quanto ao fato da ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’? 27Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos! Vós estais muito enganados”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 05/06/2013

Ano C - DIA 05/06

Creio na Ressurreição! - Mc 12,18-27

Uns saduceus, os quais dizem não existir ressurreição, aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se alguém tiver um irmão e este morrer, deixando a mulher sem filhos, ele deve casar-se com a mulher para dar descendência ao irmão’. Havia sete irmãos. O mais velho casou-se com uma mulher e morreu sem deixar descendência. O segundo, então, casou-se com ela e igualmente morreu sem deixar descendência. A mesma coisa aconteceu com o terceiro. E nenhum dos sete irmãos deixou descendência. Depois de todos, morreu também a mulher. Na ressurreição, quando ressuscitarem, ela será a esposa de qual deles? Pois os sete a tiveram por esposa?” Jesus respondeu: “Acaso não estais errados, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus? Quando ressuscitarem dos mortos, os homens e as mulheres não se casarão; serão como anjos no céu. Quanto à ressurreição dos mortos, não lestes, no livro de Moisés, na passagem da sarça ardente, como Deus lhe falou: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó!’ Ele é Deus não de mortos, mas de vivos! Estais muito errados”.


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante, com todos os que navegam pela internet, invocando o Espírito:
Espírito de verdade, 
a ti consagro a mente e meus pensamentos: ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho. 
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mc 12,18-27 e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Jesus responde aos saduceus, afirmando que a ressurreição está baseada no poder e na fidelidade de Deus. Cita o Livro de Moisés, em Êxodo 3,6.15-16. Não fala da imortalidade natural da alma, mas do poder vivificante de Deus. A história dos saduceus sobre o casamento dos sete diferentes homens vale para a existência terrena. Com a ressurreição, não é assim. Pois, a ressurreição não tem estas categorias de espaço e tempo. A resposta de Jesus não concorda com o conceito de ressurreição dos fariseus e dos saduceus. Jesus propõe, assim, uma revisão no seu modo de pensar e não atrelar as coisas de Deus a seus próprios esquemas. “Deus não é Deus dos mortos e sim Deus dos vivos”.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Meu Deus é o Deus dos vivos como propõe Jesus? Ou, fico ainda com conceitos e idéias de um Deus dos mortos? Em Aparecida, na V Conferência, os bispos disseram: “No exercício de nossa liberdade, às vezes recusamos essa vida nova (cf. Jo 5,40) ou não perseveramos no caminho (cf. Hb 3,12-14). Com o pecado, optamos por um caminho de morte. Por isso, o anúncio de Jesus sempre convoca à conversão, que nos faz participar do triunfo do Ressuscitado e inicia um caminho de transformação” (DAp 351).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, renovando minha fé na ressurreição:
Creio
Creio em Deus Pai, Todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
Creio em Jesus Cristo,
Seu único Filho, Nosso Senhor,
Que foi concebido pelo Espírito Santo.
Nasceu da Virgem Maria,
Padeceu sob Pôncio Pilatos,
Foi crucificado, morto e sepultado.
Desceu à mansão dos mortos,
Ressuscitou ao terceiro dia,
Subiu aos céus,
Onde está sentado à direita de Deus Pai
E donde há de vir julgar os vivos e os mortos,
Creio no Espírito Santo,
Na santa Igreja católica,
Na comunhão dos santos,
Na remissão dos pecados,
Na ressurreição da carne,
Na vida eterna. Amém.

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de renovada fé. Sinto que minha fé é pequena, por isso, durante o dia repetindo várias vezes a oração de uma pessoa do Evangelho: "Creio, Senhor, mas aumenta a minha fé!" (Mc 9,24).

Bênção


O Senhor nos abençoe e nos guarde! 
O Senhor nos mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de nós!
O Senhor nos mostre seu rosto e nos conceda a paz!’ (Nm 6,24-27).
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Ir. Patrícia Silva, fsp

terça-feira, 4 de junho de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:

Jesus: Filho, preciosa é a minha graça; não sofre mistura de coisas estranhas, nem de consolações terrenas. Cumpre, pois, remover todos os impedimentos da graça, se desejas que te seja infundida. Busca lugar retirado, gosta de viver só contigo, e não procures conversa com os outros, mas a Deus dirige tua oração fervorosa, para que te conserve na compunção de espírito e pureza da consciência. Avalia em nada o mundo todo; antepõe o serviço de Deus a todas as coisas exteriores. Pois não podes há um tempo tratar comigo e deleitar-te nas coisas transitórias. Cumpre apartares-te dos conhecidos e amigos, e desprenderes teu coração de toda consolação temporal. Assim exorta também instantemente o apóstolo São Pedro que os fiéis cristãos vivam neste mundo como estrangeiros e peregrinos (1 Pdr 2,11). 1. Oh! Quanta confiança terá aquele moribundo que não tem afeição a coisa alguma do mundo. Mas desprender assim o coração de tudo, não o compreende o espírito ainda enfermo, bem como o homem carnal não conhece a liberdade do homem interior. Entretanto, se quiser ser verdadeiramente espiritual, cumpre-lhe renunciar aos estranhos como aos parentes e de ninguém mais se guardar do que de si mesmo. Se te venceres perfeitamente a ti mesmo, tudo o mais sujeitarás com facilidade. Pois a perfeita vitória é triunfar de si mesmo. Porque aquele que se domina a tal ponto, que os sentidos obedeçam à razão e a razão lhe obedeça em todas as coisas, este é realmente vencedor de si mesmo e senhor do mundo. ( Que a graça de Deus não se comunica aos que gostam das coisas terrenas)

3ª-feira da 9ª Semana Tempo Comum



Dêem a Deus o que é de Deus

Marcos 12,13-17

Naquele tempo:13 As autoridades mandaram alguns fariseuse alguns partidários de Herodes, para apanharem Jesus em alguma palavra.14 Quando chegaram, disseram a Jesus:'Mestre, sabemos que tu és verdadeiro, e não dás preferência a ninguém.Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem,mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus.Dize-nos: É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?'15 Jesus percebeu a hipocrisia deles, e respondeu:'Por que me tentais? Trazei-me uma moeda para que eu a veja.'
16 Eles levaram a moeda, e Jesus perguntou:'De quem é a figura e a inscrição que está nessa moeda?'
Eles responderam: 'É de César.'17 Então Jesus disse:'Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.'
E eles ficaram admirados com Jesus.
Reflexão

No evangelho de hoje continua o confronto entre Jesus e as autoridades. Os sacerdotes, anciãos e escribas tinham sido criticados e denunciados por Jesus na parábola da vinha (Mc 12,1-12). Agora, os mesmos pedem aos fariseus e herodianos para armar uma cilada contra Jesus, a fim de poder apanhá-lo e condená-lo. Estes perguntam a Jesus sobre o imposto a ser pago aos romanos. Era um assunto polêmico que dividia a opinião pública. Os adversários de Jesus querem a todo custo acusá-lo e, assim, diminuir a sua influência junto do povo. Grupos, que antes eram inimigos entre si, agora se unem para combater Jesus que pisava no calo de todos eles. Isto acontece também hoje. Muitas vezes, pessoas ou grupos, inimigos entre si, se unem para defender seus privilégios contra aqueles que os incomodam com o anúncio da verdade e da justiça.

Marcos 12,13-14. A pergunta dos fariseus e herodianos. Fariseus e herodianos eram as lideranças locais nos povoados da Galiléia. Bem antes, eles já tinham decidido matar Jesus (Mc 3,6). Agora, a mando dos Sacerdotes e Anciãos, eles querem saber de Jesus se ele é a favor ou contra o pagamento do imposto aos romanos, a César. Pergunta esperta, cheia de malícia! Sob a aparência de fidelidade à lei de Deus, buscam motivos para poder acusá-lo. Se Jesus dissesse: “Deve pagar!”, poderiam acusá-lo junto ao povo como amigo dos romanos. Se ele dissesse: “Não deve pagar!”, poderiam acusá-lo junto às autoridades romanas como subversivo. Parecia uma sinuca sem saída!

Marcos 12, 15-17: A resposta de Jesus. Jesus percebe a hipocrisia. Na sua resposta, ele não perde tempo em discussões inúteis, e vai direto ao centro da questão. Em vez de responder e de discutir o assunto do tributo a César, ele pede que lhe mostrem a moeda, e pergunta: "De quem é esta imagem e inscrição?" Eles respondem: "De César!" Resposta de Jesus: "Então, dêem a César o que é de César, mas a Deus o que é de Deus!”. Na prática, eles já reconheciam a autoridade de César. Já estavam dando a César o que era de César, pois usavam as moedas dele para comprar e vender e até para pagar o imposto ao Templo! O que interessa a Jesus é que “dêem a Deus o que é de Deus!”, isto é, que devolvam a Deus o povo, por eles desviado, pois com os seus ensinamentos bloqueavam a entrada do Reino para o povo (Mt 23,13). Outros explicam esta frase de Jesus de outra maneira: “Dêem a Deus o que é de Deus!”, isto é, pratiquem a justiça e a honestidade conforme o exige a Lei de Deus, pois pela hipocrisia vocês estão negando a Deus o que lhe é devido. Os discípulos e as discípulas devem tomar consciência! Pois era o fermento destes fariseus e herodianos que estava cegando os olhos deles! (Mc 8,15).

Impostos, tributos, taxas e dízimos.
No tempo de Jesus, o povo da Palestina pagava muitos impostos, taxas, tributos e dízimos, tanto aos romanos como ao Templo. O império romano invadiu a Palestina no ano 63 aC e passou a exigir muitos impostos e tributos. Pelos cálculos feitos, metade ou mais do orçamento familiar era para os impostos, tributos, taxas e dízimos. Os impostos exigidos pelos romanos eram de dois tipos: direto e indireto:
1. O imposto Direto era sobre as propriedades e sobre as pessoas. Imposto sobre as propriedades (tributum soli): os fiscais do governo verificavam o tamanho da propriedade, da produção e do número de escravos e fixavam a quantia a ser paga. Periodicamente, havia nova fiscalização através dos censos. Imposto sobre as pessoas (tributum capitis): era para as classes pobres sem terra. Incluía tanto homens como mulheres entre 12 e 65 anos. Era sobre a força do trabalho: 20% da renda de cada pessoa era para o imposto.
2. O imposto Indireto era sobre transações variadas. Coroa de ouro: Originalmente, era um presente ao imperador, mas tornou-se um imposto obrigatório. Era cobrado em ocasiões especiais como festas e visitas do imperador. Imposto sobre o sal: o sal era o monopólio do imperador. Só era tributado o sal para uso comercial. Por exemplo, o sal usado pelos pescadores para comercializar o peixe. Daqui vem a nossa palavra “salário”. Imposto na compra e venda: Em cada transação comercial pagava-se 1%. A cobrança era feita pelos fiscais na feira. Na compra de um escravo exigiam-se 4%. Em cada contrato comercial registrado, exigiam-se 2%. Imposto para exercer a profissão: Para tudo se precisava de licença. Por exemplo, um sapateiro na cidade de Palmira pagava um denário por mês. Um denário era o equivalente ao salário de um dia. Até as prostitutas tinham que pagar. Imposto sobre o uso de coisas de utilidade pública: O imperador Vespasiano introduziu o imposto para se poder usar as privadas públicas em Roma. Ele dizia “Dinheiro não fede!”
3. Outras Taxas e obrigações: Pedágio ou alfândega; Trabalho forçado; Despesa especial para o exército (dar hospedagem aos soldados; fornecer pagar comida para o sustento das tropas); Imposto para o Templo e o Culto.

Para um confronto pessoal
1. Você conhece algum caso de grupos ou de pessoas que eram inimigos entre si, mas que se juntaram para perseguir a pessoa honesta que os incomodava e denunciava? Isto já aconteceu alguma vez com você?
2. Qual é hoje o sentido da frase: “Dai a César o que é do César, e a Deus o que é de Deus”?
Reflexão 2:

Não é fácil ter o sentido verdadeiro das coisas da vida. As opiniões e interpretações, a respeito de cada coisa, são sempre muitas, divergentes tantas vezes. Esta é uma característica deste mundo tão plural. Nesta pluralidade, no entanto, está a garantia de autonomias e liberdades. Contudo, não é uma novidade deste tempo.

No tempo de Jesus também foi assim. E ele entrou na roda destes confrontos, exercendo sua cidadania e sendo fiel aos princípios insubstituíveis de sua religiosidade. Grande, pois, é o desafio na busca da verdade. As razões são muitas; os interesses são bem diferenciados. Os sentimentos que presidem mentalidades têm suas metas próprias. Nem sempre são transparentes aqueles que perguntam. Há interesses obscuros e até mesquinhos.

Não era outra a intenção dos interlocutores de Jesus quando dele se aproximaram. Eles dialogaram com o intuito de encontrar nele alguma palavra para incriminação. Assim é a pequenez da condição humana, e os estreitamentos comuns do coração de todos. Há sempre algum interesse para justificar a própria condição. Eram assim os herodianos, aliados da força de ocupação da pátria dos seus conterrâneos. Necessitavam justificar sua posição indevida de submissão aos estrangeiros dominantes. Estes interesses geram os comportamentos insidiosos, O bem não é de todos. Vale só o próprio bem.

Por cerca de três anos Jesus exerceu seu ministério na Galiléia e nas regiões gentílicas vizinhas. Agora, em Jerusalém dá-se o confronto fatal com o sistema religioso do Templo. O imposto de César era exigido dos judeus sob o domínio romano. Os Judeus tinham verdadeiro horror de pagar impostos aos Romanos. Tal pergunta era uma armadilha. Mas Jesus conhecendo a sua hipocrisia contornou a dificuldade, dando-lhes um lição de justiça, dizendo que a cada um deve-se dar aquilo a que tem direito.

Agora o assunto é com os fariseus e herodianos. Estes assumem uma atitude cínica diante de Jesus. Querem colocá-lo numa armadilha para acusá-lo de rebelde se rechaçar o imposto pago a Roma, ou de colaboracionista se aceitar pagar o mesmo imposto. Para confundir Jesus, alguns fariseus e herodianos, procurando provocar em Jesus alguma palavra que o condenasse, propuseram-lhe uma pergunta capciosa a respeito da liceidade de pagar o tributo ao imperador romano. Se dissesse que não, incorreria na condenação dos romanos.

Os interlocutores de Jesus dialogaram com ele a respeito de uma moeda. Ela se torna a razão de todos os interesses. Com ela se justifica tudo. Seu poder chega à perversidade. A moeda é capaz de dividir; justifica perseguições; alimenta as submissões e até o comprometimento da própria liberdade.

Há, no entanto, um caminho inverso àquele que perpassa o campo do culto idolátrico. Na verdade, é o resultado da liberdade que se tem pode facilmente se perder, e quem não a tem deve esforçar-se muito para poder conquistá-la. As garras da idolatria são terríveis. Estas alimentam ilusões, criam necessidades e justificam tudo. Até mesmo o injustificável. Ainda, causa o indiferentismo e impede ver para além e conseguir deixar-se seduzir pela liberdade de não defender nada e ninguém por interesses espúrios ou simplesmente egoístas. Assim, ao apresentarem a moeda a Jesus, perguntando-lhe a liceidade de pagar ou não o tributo a césar, o imperador, Jesus remete os seus tentadores ao verdadeiro sentido de sua condição idolátrica.

A idolatria aparece nesta opção de considerar contrária a César a atitude do não pagamento do imposto. Devolvendo aos embusteiros a moeda e dizendo, ‘a césar o que é de césar e a Deus o que é de Deus’, Jesus pontua a diferença da autoridade divina em relação àquela do imperador. O respeito à autoridade divina é insubstituível. Não é possível, como muitos, contemporizações.

O pano de fundo desta questão era complexo. Sob o aspecto político, tratava-se de saber se Jesus era contra ou a favor da dominação estrangeira. Sob o aspecto religioso, a resposta de Jesus revelaria que imagem ele fazia de Deus, que escolhera Israel para ser o povo de sua predileção, e não se contentava em vê-lo oprimido. Afinal, o Deus de Jesus era um Deus libertador? Sob o aspecto econômico, a questão levava Jesus a posicionar-se diante da penúria do povo, do qual se exigia pagamento de tributo. Sob o aspecto social, Jesus deveria dizer se concordava com a situação de opressão a que estava reduzido o povo de Israel.

A resposta do Mestre, aparentemente evasiva, revela sua visão da história, centrada no Reino de Deus. Não existe contraposição entre César e Deus, uma vez que estão situados em níveis diferentes. O pagamento do tributo ao imperador é irrelevante, quando este não cede à tentação de usurpar o lugar de Deus, tiranizando as pessoas. Deus é o Senhor absoluto da História. E César deve submeter-se a ele. Importa que todos, inclusive o imperador, acolham a vontade divina.

Conseqüentemente, a resposta de Jesus revela que ele se opunha a todo tipo de opressão e exploração, pois o Pai é um Deus libertador. É preciso ser perspicaz para compreender o sentido da posição de Jesus.

Jesus, porém, sabe muito bem distinguir entre os projetos do Reino e os projetos humanos, carregados de interesses mesquinhos. Não é que Jesus queira evitar a questão dos impostos que angustiavam os pobres de seu tempo. O que ele não quer é deixar-se manipular por aqueles que buscam legitimar suas práticas pecaminosas a partir dos valores mais profundos do Evangelho.

Se dissesse que sim, ficaria desacreditado perante o povo. Diante da moeda cunhada com a cabeça de César, que se intitulava "Filho Augusto e Divino", Jesus devolve a pergunta: "De quem é esta figura e a inscrição?". E, depois da resposta, conclui: "Devolvei a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus".

Esta máxima, prescreve os direitos de cada um, assim como cada qual deseja que o seu seja respeitado. Estende-se isto ao cumprimento dos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, do mesmo modo que para com os indivíduos.

César é diferente de Deus. César é a ambição do dinheiro e do poder. Deus é misericórdia, amor e vida. Libertar-se do dinheiro e comprometer-se com Deus, é o projeto de Jesus. César não é Deus. A César, a moeda na sua materialidade; a Deus, o seu povo com a sua vitalidade. Quem sinceramente busca a Deus abre mão do dinheiro injusto e coloca-se a serviço da libertação e vivificação do povo de Deus.

Esta passagem pertence ao relato das “tentações” a que os escribas, fariseus e saduceus submetem Jesus, A pergunta é clássica no mundo dos sábios, encarregados de interpretar a Lei: “É permitido...? Deve-se pagar o imposto (considerado pelos judeus como uma obrigação religiosa) a César, príncipe estrangeiro que não era da raça de Davi e não tinha, portanto, nenhum direito divino para reinar sobre o povo?

Jesus responde com um argumento prático: vocês já não aceitam a autoridade e os favores do império romano? Aceitem também agora suas prescrições e submetam-se a suas exigências.

Não se pronuncia, pois, a respeito da legitimidade do poder; limita-se a constatar que é aceito por eles e como tal, exige obediência. Ao agir assim, Jesus dessacraliza o conceito de imposto, que não é já (como o era para os judeus), um ato religioso em benefício do Templo e um reconhecimento da teocracia, mas um ato profano regulado pelo bem comum.

Dessa maneira, ficam os inquisidores reduzidos a seu lugar e ao mesmo tempo confirmados em seu zelo pró-romanos. Por isso, Jesus acrescenta: “Dar a Deus o que é de Deus”. Ou seja, proceder de tal modo que sua obediência cívica não esteja em contradição com os deveres para com Deus.

Quantas vezes na vida tentamos misturar as coisas. Pretendemos encaixar o Reino de Deus em nossos esquemas mentais saturados de egoísmo, cobiça e ambições desmedidos. Mas Jesus é contundente: o que é de Deus deve ser dado a Deus e o que dos Césares deste mundo deve ser dado a eles. Não pode haver confusão. Jesus solicita para Deus um coração limpo, transparente, justo e disposto à conversão sincera. É uma bela oportunidade para que revisemos a fundo nossas atitudes tendo como ponto referencial o evangelho do reino.

Todos entendemos que é bom e necessário pagar impostos, desde que justos, e que eles deveriam ser revertidos em serviços públicos adequados e bons, colocados à nossa disposição, já¡ que deles necessitamos, e a noção do justo deve atender ao princípio da legalidade. Entretanto a fome de César é insaciável e ao mesmo tempo legal, mas alguma coisa precisa ser feita, especialmente na reflexão sobre onde e como evitar que haja a evasão financeira de forma indevida (não a sonegação) especialmente sobre o bolso do contribuinte religioso, que presta seu culto em amor a Deus e ao próximo, e sem perceber, vê que César invade a seara indevida.

Como costumeiramente se faz nas Igrejas, campanhas de arrecadação das ofertas, de fidelidade ao dízimo e de atendimento aos necessitados não é simples tradição, mas atos litúrgicos legítimos, mas precisamos pensar no dinheiro pago a César(governo) indevidamente, pela ignorância à matéria, e pelo temor de arriscar-se um pouco junto ao Judiciário, na tentativa de ver retornado o que indevida e injustamente vem sendo recolhido de tributos. Parece-nos uma contradição: o justo pelo injusto.

Quem fizer um levantamento na sua Igreja local e/ou obra social, ficará surpreso, e perceberá¡ que ao longo do tempo, Deus deve ter respondido a muitas orações, mas as respostas: ou não foram compreendidas, ou não foram ouvidas, ou não foram reclamadas ou não foram conquistadas... Outras surpresas: quanto dinheiro abençoado deixou de ser encaminhado às missões... Quanto se deixou de investir em coisas importantes por falta de dinheiro, e quantos apelos foram inoportunos... Quantas vezes faltou dinheiro para honrar compromissos...

Esta passagem, também pode ser vista sob outro aspecto: O político. Isto, nos leva a perguntar e a responder em seguida: A fé tem alguma coisa a ver com a política? Se olhamos o Evangelho, podemos logo dizer que tem tudo a ver!

Muitos de nós cristãos questionamos o papel da Igreja no atual cenário eleitoral brasileiro. Os argumento são vários, mas o que mais me chama a atenção é aquele que faz menção ao Evangelho onde Jesus diz: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Uma análise superficial pode nos conduzir a um equívoco terrível em achar que essa passagem demonstra claramente que a Igreja deve se afastar por completo de seu papel transformador da realidade injusta e perversa da nossa sociedade utilizando alguns instrumentos, como por exemplo, a Política.

"Dai a Deus o que é de Deus" mostra claramente que o mais importante é o Reino de Deus. As palavras de Cristo iluminam e servem de guia para a conduta do Cristão no mundo atual. A fé não pede que se fuja das realidades temporais; muito pelo contrário, torna-se instrumento da transformação do indivíduo e, por conseqüência, da sociedade. Esse é o elemento fundamental da instauração do Reino de Deus: "Dar a Deus o que é de Deus".

A recusa de obediência às autoridades civis, quando suas exigências são contrárias às da reta consciência, tem sua justificação na distinção entre o serviço de Deus e o serviço da comunidade política. “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. “Deve-se obedecer a Deus antes que obedecer aos homens”.

Quando analisamos o objetivo fundamental da mensagem Cristã, percebemos claramente a sua finalidade: Deus. E, como chegar até Ele? Diversos caminhos são exemplificados. E, num Continente profundamente mergulhado na exclusão social como o nosso, a Política é a que mais carece de ação pastoral. Porém, vale destacar que ela é Meio. E como tal, se demonstra como ferramenta da ação transformadora para a vinda do Reino. Porém, jamais será Fim. Ela não se basta em si mesma. Ela conduz a uma nova realidade necessária para que o homem chegue até Deus e conseqüentemente ao seu Reino de paz e justiça!

Tão equivocado quanto se alienar dos processos políticos de nossa sociedade achando que a busca pelo Reino de Deus passa apenas pela oração e pelo espírito, é acreditar que a Política é, por si só, o mecanismo de estabelecimento da verdade plena do Evangelho. Ela é meio de chegar à justiça, mas não é Fim. A meta principal e alimentadora da Verdade plena é o próprio Cristo.

Outro equívoco freqüentemente cometido pelos nossos irmãos e membros de nossa sociedade é a busca incessante pela Paz sem se preocupar com a sua causa. Não. Não estou pregando que buscar a Paz é um equívoco ou fazendo qualquer alusão pela Violência. Apenas questionando as formas de lutar pela Paz, convidando o leitor amigo a refletir sobre os caminhos que conduzem até ela. O principal deles é a justiça. Não existe paz sem justiça. Ela sempre será a via principal para se chegar a Paz. Da mesma forma como a Política é uma das vias para se chegar ao Reino de Deus.

O segredo de uma política eficiente não está na forma de governo (monarquia, democracia, etc) e nem no regime político (parlamentarismo, presidencialismo), mas na aplicação prática dos princípios morais e civis da lei de Deus.

Em suma a Bíblia valoriza a Política e os políticos. A primeira porque faz parte da própria essência administrativa de Deus. Os segundos porque são agentes de Deus (quer estejam conscientes ou não disso; quer acreditem ou não nisso) a fim de governarem com seriedade para que Deus seja glorificado e o povo respeitado.

Pois bem, aí todos concordam que existe um vínculo indissociável entre Deus e o próximo. Também entre César e Deus é preciso operacionalizar a correta relação, que o Evangelho decreta e também ensina a fazer.

Advertido do perigo que representava Herodes, o mesmo que já tinha decepado a cabeça de João Batista, Jesus não teve receio de mandar o recado conveniente: “Digam a esta raposa... que eu prossigo o meu caminho hoje e amanhã e também depois de amanhã”. Se todo bispo, todo padre, todo pastor tivesse a mesma lucidez, coragem e altivez de Cristo, muitas raposas que ainda estão empoleiradas em cargos públicos já teriam sido banidas da política.

Se os cristãos tivessem a clarividência da pequena Maria, que cedo enxergou como Deus “derruba do trono os poderosos, e eleva os humildes”, muitos corruptos que andam comprando o voto dos humildes já teriam sido derrubados dos seus tronos, feitos da prepotência do dinheiro e das trapaças do poder.

É de particular importância, hoje em dia, que os esposos e pais conheçam o ensinamento da Igreja sobre o matrimônio e a família a fim de dar sua legítima contribuição à vida política da sociedade na qual vivem. Faz parte da família cristã contribuir efetivamente para a criação de uma sociedade com leis justas.

Na criação do mundo e do ser humano, Deus ofereceu o primeiro e universal testemunho de seu amor todo poderoso e de sua sabedoria, o primeiro anúncio de seu desígnio benevolente que encontra seu fim na nova criação em Cristo. Assim a família, como realidade criada, encontra seu pleno significado somente como família cristã, como comunidade para a qual Jesus Cristo é o único salvador. Jesus faz desta comunidade um instrumento de sua obra salvífica em favor da humanidade.

Apesar das evidências desta intrincada vinculação do Evangelho com a política, muitos cristãos têm dificuldade de perceber a relação do seu voto com sua fé. Na verdade, é um desafio estabelecer a adequada correlação entre fé e política. Votar bem é um compromisso de todo cidadão. Para o cristão é, além disto, um desafio de coerência com sua fé.

A propósito, esta reflexão nos faz lembrar o discurso de Paulo Freire, quando recebeu em 1986 o Prêmio Educação para a Paz, da UNESCO. Disse ele: "De anônimas gentes, sofridas gentes, exploradas gentes aprendi sobretudo que a paz é fundamental, indispensável, mas que a paz implica lutar por ela. A paz se cria, se constrói na e pela superação de realidades sociais perversas. A paz se cria, se constrói na construção incessante da justiça social. Por isso, não creio em nenhum esforço chamado de educação para a paz que, em lugar de desvelar o mundo das injustiças, o torna opaco e tenta miopisar as suas vítimas".

Assim, buscar a Paz através da justiça é, sobretudo, um dos grandes e belos caminhos para se chegar ao Reino, ou melhor, para se trazer o Reino até nós. Assim, tanto a fé quanto a política serão agentes transformadores da nossa sociedade. Porém, isso será uma etapa. Uma etapa da implantação do Reino de Deus. Que Deus nos abençoe neste difícil caminho: Trazer o Seu Reino até nós!

A vida desafia porque é construída sobre as opções feitas a cada momento. Há opções que são geradoras dos caminhos falsos, nos seus interesses e no seu sentido último. Ao mostrar a moeda a Jesus, seus conterrâneos revelam a sua real opção. Uma opção que chega ao desatino de substituir o insubstituível, sob o risco de perdas irreparáveis, de rumos não encontrados. O risco é a opção audaciosa de substituir Deus. As conseqüências são trágicas. O tempero é a indiferença com a incapacidade de escutar as indicações do coração de Deus que sempre são favoráveis aos que precisam mais e sofrem o peso da discriminação e de toda exclusão.

O risco de substituir Deus é aquele de perder a direção certa para a misericórdia e para luta em favor dos outros. Jamais se compreenderá que a verdadeira vida é oferta. Impossível será compreender-se na condição de ofertar a própria vida pelos outros. O absurdo chega ao fato de considerar loucura a decisão de entregar a própria vida pela vida dos outros. Esta condição é longe de Deus e longe dos princípios norteadores do caminho verdadeiro da vida. Os caminhos serão sempre falsos quando se preferir a outros no lugar de Deus.

Não é fácil admitir esta verdade, Deus está acima de tudo. A dificuldade não é teórica. Ela expressa o coração humano soberbo e interesseiro. Jesus sinaliza aos seus discípulos o quanto é perigoso usurpar o lugar único de Deus. É arriscado e não é justa esta usurpação. As conseqüências são terríveis quando ela acontece. Nasce com força toda pretensão. As pretensões são perigosas demais. De modo especial é perigosa a pretensão de querer para si aquilo que pertence aos outros. A condição do discípulo é o exercício permanente para não admitir o escândalo de querer para si o que é próprio dos outros.

Particularmente, é escandaloso quando escolhas e dinâmicas de vida se tornam substitutivas de Deus. Eis a fonte de onde nascem os abusos. Deus não abusa. A terra e o povo a ele pertencem. Não se pode abrir mão destas significações ético-religiosas. Aí está a explicação para este caos vivido no mundo, encontrando apenas na capacidade de oferta a chance de uma reversão do quadro horrendo que vai dizimando grupos e pessoas.

Aqueles, pois, que não reconhecem este lugar, primeiro e insubstituível, de Deus se tornam agentes de rapinagens e se põem longe da lógica do coração de Deus. Sua paternidade empenha a vida do próprio Filho que se faz oferta, tornando-se o grande sacramento da reconciliação. Não há reconciliação sem oferta. Não se é capaz de ofertas significativas sem reconhecer que Deus está acima de tudo.

Este não reconhecimento é a porta aberta para a idolatria que alimenta o gosto pelos próprios interesses, a incapacidade para a solidariedade e não assimilação do hábito de ofertar. Só o que é de Deus é capaz de gerar vida pela oferta. Uma oferta que inclui a audácia corajosa de dispor da própria vida para o bem de todos. Este o mistério! O segredo!

SANTO DO DIA - 04/06/2013

04/06
São Crispim
Neste dia especial lembramos a pessoa que foi o primeiro Santo Canonizado pelo Papa João Paulo II. São Crispim nasceu em Viterbo na Itália em 1668 , filho de pais que perdeu muito cedo.

Ao ir morar com famíliares teve a oportunidade de estudar com os Jesuítas, porém entrou para o nociado Franciscano depois que foi despertado pela piedade dos jovens noviços. Na sua família Relegiosa serviu na cozinha, horta, enfermaria e principalmente pediando esmolas e dando Jesus pois tinha se feito pobre para enriquecer com Deus as Almas.

João Paulo II enfocou a santidade da alegria, deste Santo que falava o que vivia: "Quem ama a Deus com pureza de coração, vive feliz e depois morre contente". Disponível , irmão dos pobres e inimigo do pecado, São Crispim que entrou no Céu em 1748 era um irmão franciscano que amou de todo coração a Virgem Maria, confiou-se inteiramente aos cuidados da Divina Providência, por isto alcançou esta graça que Deus têm para todos nós, seus filhos: SANTIDADE.
São Francisco Caracciolo
São Francisco Caracciolo, nasceu no dia 13 de outubro de 1563, em Vila Santa Maria de Chieti. Seu nome de batismo era Ascânio Caracciolo e morava junto a Congregação dos Brancos da Justiça, que se dedicavam à assistência aos condenados à morte, exercendo a mesma obra humanitária, outro sacerdote com idêntico nome, Ascânio Caracciolo. Uma carta escrita pelo genovês Agostinho Adorno, venerável, e por Fabrício Caracciolo, abade de Santa Maria Maior de Nápoles. Ambos se dirigiram a Ascânio Caraciollo para pedir colaboração para a fundação de uma nova Ordem, a dos Clérigos Regulares Menores. Mas a qual dos dois Caracciolos seria?

A São Francisco Caracciolo se deve a introdução de mais um voto, além dos comuns de pobreza, castidade e obediência: o de não aceitar dignidade alguma eclesiástica. A pequena congregação estava numa pequena moradia perto da Igreja da Misericórdia. Depois de ter que aceitar por obediência o cargo de prepósito geral a jovem congregação se estabelecia em Roma, na Igreja de Santa Inês, na prática Navona. Quando términou seu mandato, retornou para Espanha, onde havia estado em 1593 e lá fundara uma casa religiosa em Valladolid e um colégio em Alcalá. Foi mestre de noviços em Madri e novamente Prepósito da casa de Santa Maria Maior de Napóles.

Morreu aos 45 anos de idade, no dia 4 de junho de 1608, tendo sido sepultado na Igreja de Santa Maria Maior. Entre seus numerosos milagres, temos a cura de um aleijado precisamente durante seus funerais, acendendo totalmente a devoção dos napolitanos para com este grande santo.

Foi canonizado em 24 de maio de 1807 pelo Papa Pio VII e eleito co-padroeiro da cidade de Nápoles no ano de 1840. 

LITURGIA DIÁRIA - 04/06/2013


Dia: 04/06/2013
Primeira Leitura: Tobias 2, 9-14


IX SEMANA COMUM(verde - ofício do dia)


Leitura do Livro de Tobias. 
Eu, Tobias, na noite de Pentecostes, depois de ter sepultado um morto, 9tomei banho, entrei no pátio de minha casa e deitei-me, junto à parede do pátio, deixando o rosto descoberto por causa do calor. 10Não sabia que, na parede, por cima de mim, havia pardais aninhados. Seu excremento quente caiu nos meus olhos e provocou manchas brancas. Fui procurar os médicos para me tratarem. Quanto mais remédios me aplicavam, mais meus olhos se obscureciam com as manchas, até que fiquei completamente cego. Durante quatro anos estive privado da vista. Todos os meus irmãos se afligiram por minha causa. Aicar cuidou do meu sustento, durante dois anos, até que partiu para Elimaida. 11Naquela ocasião, Ana, minha mulher, dedicou-se a trabalhos femininos, tecendo lã. 12 Entregava o produto aos patrões e estes lhe pagavam o salário. No sétimo dia do mês de Distros, ela separou a peça de tecido que estava pronta, e mandou-a aos patrões. Estes pagaram-lhe todo o salário e ainda lhe deram um cabrito para a mesa. 13Quando entrou em minha casa, o cabrito começo a balir. Chamei minha mulher e perguntei-lhe: “De onde vem este cabrito? Não terá sido roubado? Devolve-o a seus donos, pois não temos o direito de comer coisa alguma roubada”. 14Ela respondeu-me: “É um presente que me foi dado além do salário”. Mas não acreditei nela e insisti que o devolvesse aos patrões, ficando bastante contrariado por causa disso. Ela então replicou: “Onde estão as tuas esmolas? Onde estão as tuas obras de justiça? Vê-se bem em ti o que elas são!”
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Responsório (SI 111)  


 — O coração do justo é firme e confiante no Senhor.
 — O coração do justo é firme e confiante no Senhor. 
— Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos! 
— Ele não teme receber notícias más: confiando em Deus, seu coração está seguro. Seu coração está tranquilo e nada teme, e confusos há de ver seus inimigos. 
— Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder.  


Evangelho (Mc 12,13-17)   


— O Senhor esteja convosco. 
— Ele está no meio de nós. 
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos. 
— Glória a vós, Senhor.   

Naquele tempo, 13as autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de Herodes, para apanharem Jesus em alguma palavra. 14Quando chegaram, disseram a Jesus: “Mestre, sabemos que tu és verdadeiro, e não dás preferência a ninguém. Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem, mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus. Dize-nos: É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?” 15Jesus percebeu a hipocrisia deles, e respondeu: “Por que me tentais? Trazei-me uma moeda para que eu a veja”. 16Eles levaram a moeda, e Jesus perguntou: “De quem é a figura e a inscrição que estão nessa moeda?” Eles responderam: “De César”. 17Então Jesus disse: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. E eles ficaram admirados com Jesus.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 04/06/2013

Ano C - DIA 04/06

Deus em primeiro lugar! - Mc 12,13-17

Então, mandaram alguns fariseus e partidários de Herodes, para apanhar Jesus em alguma palavra. Logo que chegaram, disseram-lhe: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e não te deixas influenciar por ninguém. Tu não olhas a aparência das pessoas, mas ensinas segundo a verdade o caminho de Deus. Dize-nos: é permitido ou não pagar imposto a César? Devemos dá-lo ou não?” Ele percebeu-lhes o fingimento e respondeu: “Por que me armais uma armadilha? Trazei-me a moeda do imposto para eu ver”. Trouxeram-lhe uma moeda. Ele perguntou: “De quem é esta figura e a inscrição?”. Responderam: “De César”. Então, Jesus disse: “Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”. E estavam extremamente admirados a respeito dele.


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura rezando com todos os que se encontram neste espaço vitual:
Oração para antes de ler a Bíblia
Jesus Mestre, que dissestes:
“Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles”, ficai conosco, aqui reunidos para melhor meditar e comungar com vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. 
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa, onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e de apostolado.
Amém.

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia? Leio na Bíblia, atentamente, o texto Mc 12,13-17.
Jesus não se deixou enganar. Quem coloca Deus e o imperador no mesmo nível, engana-se.
A resposta de Jesus "Deem ao Imperador o que é do Imperador e deem a Deus o que é de Deus" colocou os pingos nos "is". Não era mal pagar o tributo ou os impostos, mas a Deus também se deve a adoração e o reconhecimento de seu lugar, Senhor de todas as criaturas.

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Qual lugar Deus ocupa na minha vida? Faço uma lista a partir das prioridades da minha vida. Assim,
1º lugar: ................................;
2º lugar: ...............................;
3º lugar: .................................
Onde está Deus? Se não estiver no 1º lugar, e presente em todos os outros momentos, alguma coisa está errada e deve ser revista.
Os bispos, em Aparecida, recordaram:
"A importância única e insubstituível de Cristo para nós, para a humanidade, consiste em que Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. “Se não conhecemos a Deus em Cristo e com Cristo, toda a realidade se torna um enigma indecifrável; não há caminho e, ao não haver caminho, não há vida nem verdade”, disse Bento XVI. No clima cultural relativista que nos circunda, onde é aceita só uma religião natural, faz-se sempre mais importante e urgente estabelecer e fazer amadurecer em todo o corpo eclesial a certeza de que Cristo, o Deus de rosto humano, é nosso verdadeiro e único salvador." (DAp 22).

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo:
Oração para depois de ler a Bíblia
Jesus Mestre, 
vós dissestes que a vida eterna consiste em conhecer a vós e ao Pai.
Derramai sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no vosso seguimento,
porque sois o caminho para o Pai.
Fazei-nos crescer no vosso amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo testemunhas vivas do vosso Evangelho.
Com Maria, Mãe, Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos a vossa Palavra, meditando-a em nosso coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, 
tem piedade de nós.

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é para reconhecer o lugar de Deus acima de tudo na minha vida.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.


Ir. Patrícia Silva, fsp