segunda-feira, 22 de abril de 2013

SANTO DO DIA - 22/04/2013

22/04
São Caio
No Livro dos Papas, da Igreja, encontramos registrado que o Papa Caio, nasceu na Dalmácia, atual território da Bósnia, de família cristã da nobreza romana, ligada por parentesco ao imperador Diocleciano, irmão do padre Gabino e tio de Suzana, ambos canonizados.

Caio foi eleito no dia 17 de dezembro de 283. Governou a Igreja durante treze anos, num período de longa trégua nas perseguições anticristãs, que já vinham sendo bem atenuadas. Também, ocorria uma maior abertura na obtenção de concessões para as construções de novas igrejas, bem como para as ampliações dos cemitérios cristãos. Ele contou com a ajuda de seu irmão, padre Gabino e da sobrinha Suzana, que havia se consagrado à Cristo.

Antes de ser escolhido Papa, os dois irmãos sacerdotes tinham transformado em igreja, a casa em que residiam. Lá, ouviam os aflitos, pecadores; auxiliavam os pobres e doentes; celebravam as missas, distribuíam a eucaristia e ministrados os sacramentos do batismo e do casamento. Isto porque, a Igreja não tinha direito à propriedade, pois não era reconhecida pelo Império.

O grande contratempo enfrentado pelo Papa Caio se deu no âmbito interno do próprio clero, devido a crescente multiplicação de heresias, criando uma grande confusão aos devotos cristãos. A última pela ordem cronológica, na época, foi a de "Mitra". Esta heresia era do tipo maniqueísta, de origem asiática, para a qual Deus assumia em si a contraposição celeste da luz e da treva. Esta e outras ele baniu por completo, criando harmonia entre os cristãos.

Através dos antigos escritos da Igreja, apesar do parentesco com o imperador, o Papa se recusou a ajudar Diocleciano, que pretendia receber a sobrinha dele como sua futura nora Segundo se verificou nos antigos escritos, este teria sido o motivo da ira do soberano, para o severo decreto que mandou matar todos os cristãos, começando pelos três parentes.

Papa Caio morreu decapitado em 22 de abril de 296. A Igreja confirmou a sua santificação e o seu martírio, até pelo fato de que Diocleciano encerrou por completo as perseguições somente no ano 303.

As suas relíquias foram depositadas primeiro no cemitério de São Calisto. Depois, em 631 foram trasladadas para a igreja que foi erguida no local da casa onde ele viveu, em Roma. A Igreja o reverencia com o culto litúrgico marcado para o dia de sua morte.
São Sotero
Poucas são as informações biográficas de Sotero. Foi papa entre 166 e 175, período em que ser cristão era muito difícil e perigoso. Ele foi eleito o sucessor do papa Aniceto, que morreu em 165. Nasceu na cidade de Fondi, na Campânia, Itália, e seu pai se chamava Concórdio.

Durante o seu pontificado, a Igreja ampliou-se bastante. Ele mesmo ordenou inúmeros diáconos, sacerdotes e bispos; e seu pontificado foi exemplar. Disciplinou, por meio das leis canônicas, a participação das mulheres na Igreja, que até então não tinham seu caminho muito bem definido. Mas, sobretudo, o papa Sotero combateu com grande valentia e coragem as heresias que pairavam sobre a Igreja dos tempos iniciais do cristianismo.

No seu tempo, foi extinta a heresia de Montano, que propunha um exagerado rigor de costumes. Era uma doutrina de medo e de pessimismo, porque o fim do mundo sempre poderia acontecer a qualquer momento. Supondo isso, todos os cristãos deveriam viver numa santidade irreal, renunciando ao matrimônio e buscando o sofrimento da penitência constante, porque, segundo Montano, a Igreja não tinha faculdades para perdoar os pecados. Essa doutrina, que também era defendida por Tertuliano e, principalmente, Novaciano, foi condenada pela Igreja na época do papa Sotero.

Ele defendeu a doutrina ensinada por Jesus Cristo e que a Igreja sempre continuou praticando, ou seja, que para o pecador verdadeiramente arrependido não existe pecado, por maior que seja, a que não se possa conceder o perdão. Assim, desapareceu o clima de rigor e pessimismo que tanto atormentava os cristãos, tão contrário ao da doutrina do Evangelho, que prega o amor, o perdão, a alegria e a esperança.

Outra característica do papa Sotero foi sua ardente caridade para com os necessitados. Ele desejava que se vivesse como os primeiros cristãos, citados nos textos dos apóstolos, onde "tudo era comum entre eles" e onde "todos eram um só coração e uma só alma..." Papa Sotero pedia esmolas para as dioceses mais ricas, para que fossem distribuídas entre as mais pobres e esforçava-se "por tratar a todos com palavras e obras, como um pai trata os seus filhos".

Ele foi um eloqüente defensor dos cristãos perseguidos e deixou isso registrado na carta que enviou especialmente para os de Corinto. Os vestígios dela foram encontrados quando Eusébio de Cesaréia entregou a ele a eufórica resposta de Dionísio, em agradecimento pelo conforto que o valoroso papa levou aos corações aflitos pela morte iminente.

Provavelmente, foi este corajoso apoio que levou ao martírio o papa Sotero, que morreu em 20 ou 22 de abril de 175, pela perseguição do imperador Marco Aurélio. Segundo uma antiga tradição, mantida pela Igreja, são Sotero é homenageado no dia 22 de abril.

LITURGIA DIÁRIA - 22/04/2013



Dia: 22/04/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 11, 1-18

IV SEMANA DA PÁSCOA
(branco - ofício do dia)



Leitura dos Atos dos Apóstolos.

Naqueles dias, 1os apóstolos e os irmãos, que viviam na Ju­deia, souberam que também os pagãos haviam acolhido a Palavra de Deus. 
2Quando Pedro subiu a Jerusalém, os fiéis de origem judaica começaram a discutir com ele, dizendo: 3“Tu entraste na casa de pagãos e comeste com eles!” 4Então, Pedro começou a contar-lhes, ponto por ponto, o que havia acontecido: 5“Eu estava na cidade de Jope e, ao fazer oração, entrei em êxtase e tive a seguinte visão: Vi uma coisa parecida com uma grande toalha que, sustentada pelas quatro pontas, descia do céu e chegava até junto de mim. 
6Olhei atentamente e vi dentro dela quadrúpedes da terra, animais selvagens, répteis e aves do céu. 7Depois ouvi uma voz que me dizia: Levanta-te, Pedro, mata e come’. 8Eu respondi: ‘De modo nenhum, Senhor! porque jamais entrou coisa profana e impura na minha boca’. 9A voz me disse pela segunda vez: ‘Não chames impuro o que Deus purificou’. 
10Isso se repetiu por três vezes. Depois a coisa foi novamente levantada para o céu.11Nesse momento, três homens se apresentaram na casa em que nos encontrávamos. Tinham sido enviados de Cesareia à minha procura. 12O Espírito me disse que eu fosse com eles sem hesitar. Os seis irmãos que estão aqui me acompanharam e nós entramos na casa daquele homem. 
13Então ele nos contou que tinha visto um anjo apresentar-se em sua casa e dizer: ‘Manda alguém a Jope para chamar Simão, conhecido como Pedro. 14Ele te falará de acontecimentos que trazem a salvação para ti e para toda a tua família’. 15Logo que comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles, da mesma forma que desceu sobre nós no princípio. 16Então eu me lembrei do que o Senhor havia dito: ‘João batizou com água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo’. 
17Deus concedeu a eles o mesmo dom que deu a nós que acreditamos no Senhor Jesus Cristo. Quem seria eu para me opor à ação de Deus?” 18Ao ouvirem isso, os fiéis de origem judaica se acalmaram e glorificaram a Deus, dizendo: “Também aos pagãos Deus concedeu a conversão que leva para a vida!” 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 41)

— Minha alma suspira por vós, ó meu Deus.
— Minha alma suspira por vós, ó meu Deus.

— Assim como a corça suspira pelas águas correntes, suspira igualmente minh’alma por vós, ó meu Deus!
— A minh’alma tem sede de Deus, e deseja o Deus vivo. Quando terei a alegria de ver a face de Deus? 
— Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao vosso Monte santo, até vossa morada!
— Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus!


Evangelho (João 10,1-10)

O Senhor esteja conosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus: 1“Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz.5Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”. 
6Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer.7Então Jesus continuou: “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas.8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim, será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 22/04/2013

Ano c - DIA 22/04

Jesus é a porta para a vida completa - Jo 10,1-10

“Em verdade, em verdade, vos digo: quem não entra pela porta no redil onde estão as ovelhas, mas sobe por outro lugar, esse é ladrão e assaltante. Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. Para este o porteiro abre, as ovelhas escutam a sua voz, ele chama cada uma pelo nome e as leva para fora. E depois de fazer sair todas as que são suas, ele caminha à sua frente e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. A um estranho, porém, não seguem, mas fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. Jesus disse então: “Em verdade, em verdade, vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; poderá entrar e sair, e encontrará pastagem. O ladrão vem só para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância”.


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante, pedindo,com todos que se encontram na rede da web,luzes do Espírito:
Espírito Santo,
dai-nos o dom do entendimento,
uma compreensão mais
profunda da verdade,
a fim de anunciar a salvação
com maior firmeza e convicção.

 

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 10,1-10, e observo Jesus que se define como “porta por onde as ovelhas passam”.

Jesus é a porta que dá acesso às ovelhas. É preciso “passar” por Jesus para viver a verdadeira vida. Posso considerar alguns detalhes:
1º A figura do porteiro – o recepcionista que responde pela segurança e não deixa entrar quem não deve: o ladrão e o bandido.
2º O texto fala de entrar e sair pela porta. Sugere liberdade, ausência de dominação ou escravidão.
3º A relação pessoal do pastor com cada ovelha – ele chama a cada uma pelo nome e elas conhecem a sua voz, ele as guia, elas o seguem e fogem dos estranhos. Ele oferece e preserva a vida das ovelhas.

 

2- Meditação (Caminho)


O que o texto diz para mim, hoje?
Na minha relação com Cristo vivo esta experiência de liberdade? Busco a verdadeira vida em Jesus? E o mundo de hoje para onde vai? Passa por esta porta ou prefere desvios? Os bispos disseram, em Aparecida: “A Igreja, que participa dos gozos e esperanças, das tristezas e alegrias de seus filhos, quer caminhar ao seu lado neste período de tantos desafios, para infundir-lhes sempre esperança e consolo”. (DAp 16).

 

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Vou imprimir o Salmo 23 e colocar sobre a minha mesa para rezá-lo diversas vezes hoje.
Salmo 23
O Senhor é o meu pastor; nada me falta.
Em verdes pastagens me faz descansar
e conduz-me a águas tranquilas.
Conforta a minha alma e leva-me por caminhos retos,
por amor do seu nome.
Ainda que eu atravesse o mais escuro vale,
não terei receio de nada, porque tu, Senhor, estás comigo.
A tua vara e o teu cajado dão-me segurança.
Preparaste-me um banquete à frente dos meus inimigos.
Recebeste-me com todas honras e encheste a minha taça até transbordar.
De fato, a tua bondade e o teu amor acompanham-me
ao longo da minha vida.
E na tua casa, Senhor, morarei para sempre.

 

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é o mesmo de toda a Igreja no Continente Americano: um olhar fraterno para todos os que sofrem e se alegram.

 

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp

domingo, 21 de abril de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
É muitas vezes pela fraqueza do espírito que este miserável corpo se queixa tão facilmente. Pede, pois, humildemente ao Senhor que te dê o espírito de compunção, e dize, com o profeta: Sustenta-me, Senhor, com o pão das lágrimas e a bebida copiosa do pranto (Sl 79,6). (Da compunção do coração) 

Fonte: Imitação de Cristo

4º Domingo da Páscoa - Ano C



João 10,27-30

Naquele tempo, disse Jesus:
27 As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem.
28 Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão.
E ninguém vai arrancá-las de minha mão.
29 Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos,
e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai.
30 Eu e o Pai somos um.'

 
Reflexão
 

O texto sobre o qual vamos refletir hoje faz parte do conhecido complexo que trata da relação entre o pastor e o seu rebanho (Jo 10). Busca-se, nesse capítulo, responder à questão: quais são os fundamentos da relação entre Jesus e sua comunidade. O trecho em foco, João 10,27-30, nasce, como tantos outros, do confronto entre Jesus e um grupo de judeus. Discute-se, aqui, como se pode estabelecer uma relação autêntica e duradoura com Deus. Para alguns judeus, o templo é a base desse relacionamento.
O confronto se deu quando Jesus estava no templo por ocasião da Festa da Dedicação ou da Purificação. Essa festa lembrava a purificação do Templo de Jerusalém, na época dos macabeus, três anos após o altar do templo ter sido profanado, ou seja, ter sido usado para oferecer sacrifícios ao Deus maior dos gregos, Zeus. A festa representava, portanto, a expulsão dos elementos estrangeiros do centro religioso da comunidade e a recuperação da identidade judaica baseada na pureza ritual e no exclusivismo étnico e religioso.
O templo era, sem dúvida, um dos mais importantes elementos de agregação da comunidade judaica e, por isso, da preservação da sua identidade. Mas essa identidade estava sendo ameaçada com as afirmações que Jesus fazia sobre si, sobre Deus e sobre a natureza da relação com Deus. Jesus propunha uma relação com Deus, na qual a fé e a confiança são determinantes. Fé e confiança como base de uma relação de amizade sustentável com Deus e entre as pessoas costumam dispensar normas de pureza e ritos estipulados pela Lei. As pessoas que aderiam a essa proposta de Jesus passaram a desconsiderar as tradicionais normas de vida estabelecidas pela centralidade do templo. Isso podia ser entendido como ameaça à identidade de diversos grupos no judaísmo.
Nessa controvérsia acerca dessas duas propostas de viver a fé, o evangelho de João vai insistir que identidade e coesão da comunidade somente são possíveis em torno do projeto e da pessoa de Jesus. A pessoa de Jesus representa, no evangelho, essa nova maneira de construir a relação com Deus baseada na confiança e na amizade e, assim, de criar uma nova identidade que não mais depende das exigências de pureza do templo nem de restrições étnicas e religiosas do judaísmo.
 
V.27 As minhas ovelhas conhecem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem. Conhecer e seguir: esses dois verbos indicam a profundidade da relação entre Jesus e as pessoas que em torno dele se congregam. Conhecer não é apenas algo racional e teórico, mas expressa uma relação existencial, profunda, quase íntima. Conhecer Jesus significa ter experimentado a presença do Deus que liberta e dá vida plena. Conhecimento baseado na experiência: é isso que dá segurança às pessoas e as impulsiona ao seguimento. Seguir a Jesus significa aderir a seus ensinamentos e suas propostas e ser cúmplice de seu projeto. Aderir a essa proposta de relação de confiança com Deus implica vivê-la. É, portanto, uma decisão pelo discipulado. 
 
V. 28 Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão e ninguém as arrebatará da minha mão. Em meio a um ambiente hostil, onde diversas vozes se levantavam para destruir a comunidade que começa a se formar, a pessoa de Jesus oferece segurança. As “ovelhas” ameaçadas pelos que querem dispersá-las podem ter a certeza de que não irão ao “matadouro”, pois Jesus já as conquistou com a sua vida para a eternidade. Sua promessa para quem ouvir sua voz e seguir sua proposta é de vida eterna. Num ambiente hostil, a confiança e a fé tornam-se os elementos aglutinadores para os seguidores de Jesus. Fé, confiança e vida solidária dão as forças necessárias para a comunidade continuar resistindo.
V. 29 Meu Pai, que me deu tudo, é maior que todos; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Todas as pessoas que estão coesas e comprometidas em torno de Jesus podem ficar tranquilas e seguras, pois é Ele quem nos protege contra a ameaça de cair em mãos inescrupulosas e escravizadoras. A verdadeira comunidade que segue os princípios de Cristo não poderá ser arrebatada ou destruída, porque Deus é mais forte do que tudo e todos. Outra versão também é possível: Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo. Nesse caso, pensa-se normalmente na autoridade concedida pelo Pai ao filho. Mas talvez seja possível pensar também na comunidade como o maior bem que Jesus recebeu de Deus. Esse bem precioso ficará bem guardado sob a proteção de Deus.
V. 30 Eu e o Pai somos um. Esta é a afirmação que causa grande escândalo entre os judeus e que faz do cristianismo uma fé singular: é na humanidade de Jesus de Nazaré que encontramos Deus em sua concretude e humildade. É na vida, nos ensinamentos, nas ações, no comportamento, na paixão, na morte e na ressurreição de Jesus que Deus se revela aos seres humanos. Em e através de Jesus, Deus se fez presente e se revelou a toda humanidade. Na comunhão dos que buscam uma vida que se assenta na confiança em Deus e na solidariedade entre as pessoas, ele continua a manifestar-se ainda hoje.
Ouvir, conhecer, confiar e seguir são atitudes fundamentais para o discipulado. Jesus não é um senhor de escravos, que domina, coloca o cabresto ou prende suas “ovelhas” dentro do curral. Em sua vida mostrou-se como quem está a serviço dos que o seguem, que se interessa pelo bem estar de suas ovelhas, que caminha junto com elas e as conduz em e para a liberdade. A sua relação com as pessoas está baseada na confiança e não na troca de favores ou na manipulação de pessoas em benefício próprio. Em Jesus, o Deus da vida, da misericórdia e da justiça se manifesta e nos convida a segui-lo.
A metáfora das ovelhas representa a vivência coletiva, já que elas não andam sozinhas, mas em grupo. A imagem nos desperta para olharmos para o outro e para a outra. Ela nos convida a romper com o individualismo que nos escraviza. Ela nos chama para a atuação em comunidade, estabelecendo relações de familiaridade, solidariedade e serviço.
Crer é aderir à proposta de Cristo. Isso implica seguimento e compromisso. Talvez a nossa decisão pelo projeto de Jesus possa redundar em conflitos com mentes prontas e tradições estruturadas. Mas para essas pessoas existe a promessa de que não serão afastadas da comunhão com Deus porque estão guardadas em suas mãos.
Reflexão 2:
O Evangelho deste domingo nos propõe uma imagem que Jesus utilizava frequentemente para definir a relação entre ele e quem o segue, quem o conhece profundamente. A imagem é a do pastor e das ovelhas, onde ele é o pastor e nós todos que O ENCONTRAMOS e O SEGUIMOS somos o rebanho que ele guia.
Mas por que Jesus usa exatamente esta imagem e não outra?
 
Basta recordar a parábola da ovelhinha perdida ou ainda a passagem quando Jesus diz que é o Bom Pastor que nunca abandonará as suas ovelhas como faria facilmente um mercenário?! Em todas estas circunstâncias, Jesus falava tendo diante de si pessoas que sabiam perfeitamente que tipo de cansaço e dedicação se requer para guiar um rebanho de ovelhas! Entre as pessoas que o escutavam, de fato, havia pastores e naquele tempo, o rebanho representava tudo para o pastor, porque era a única fonte de renda, de sobrevivência.
 
Durante a noite, os pastores tinham que proteger as ovelhas dos animais selvagens como os lobos, as raposas, e os ladrões que tentavam roubá-las; durante o dia, tinham que conduzir o rebanho a boas pastagens, a fim de que pudessem crescer e alimentar-se com abundância. É uma imagem que era bastante conhecida e difundida naquela época.
 
Mas para nós que quase nos desligamos do mundo rural, talvez seja difícil entender a relação que liga um pastor a seu rebanho. Talvez no melhor dos casos, poderíamos compreender um pouco quando em casa temos um cachorro ou um gato de estimação, dos quais cuidamos com carinho e que nos fazem companhia, mas a diferença é que eles não são essenciais para a nossa sobrevivência. Seria uma pena perdê-los, mas diferentemente dos pastores do tempo de Jesus que dependia das suas ovelhas para se sustentar, continuaríamos a viver normalmente.
 
Falando exatamente da imagem que nos oferece o Evangelho de João, é bom refletir também sobre o significado depreciativo às vezes damos à ovelha. A ovelha normalmente é descrita como sem caráter, como animais que seguem o patrão sem entender, enfim, muito tolas. Para piorar, as expressões mais em voga com o termo “ovelha” sempre assumem um significado ofensivo: é considerada uma ovelha uma pessoa rebelde: “ovelha negra”; ou uma pessoa que é sem iniciativa, um maria-vai-com-as-outras. Um rebanho de ovelhas é visto como uma massa anônima onde a personalidade de cada uma desaparece.
 
Na verdade, a ovelha é um animal dócil. Mas o aspecto que Jesus sublinha não é somente a docilidade destes animais. As ovelhas, não são predadoras, não caçam e não têm mecanismos de defesa como os outros animais; para crescer e se defender, confiam unicamente no seu pastor, para o qual recordamos são o bem mais precioso! Também embora sejam mansas e dóceis, as ovelhas sabem identificar aquele que pode salvá-las e que é disposto a vigiar durante a noite inteira para protegê-las dos perigos, aquele que está disposto a caminhar quilômetros para buscar pastagens melhores.
 
O bom pastor conhece cada uma de suas ovelhas, elas não são anônimas; ele se preocupa por cada uma delas, conta-as quando retornam ao curral a fim de que nenhuma se perca e se for o caso, deixa as outras para buscar aquela perdida.
 
O homem de hoje se sente sempre mais deprimido e frustrado como pessoa. O que o deprime, sobretudo, é a violência, a brutalidade da vida, a exploração dos pobres por parte dos ricos, a manipulação política da opinião pública com a finalidade de ganhar poder. O homem se sente só, contra todos e tudo, abandonado, perdido... como ovelha sem pastor.
 
A figura de Jesus como Bom Pastor inverte tudo isto. Jesus Pastor instaura uma relação pessoal com cada um de nós, relação de amor, de afeto; uma relação onde não é possível naufragar no anonimato. Ele nos conhece, nós o conhecemos. Sentimos a presença dele perto de nós em cada instante da nossa vida, interessado com amor na nossa aventura humana. Nós somos as ovelhas enfermas, cansadas, abandonadas, objeto para sempre da sua promessa e da sua bem-aventurança: “elas jamais se perderão”. Por nós, ele está disposto a dar a sua vida.
 
É um amor que se manifesta sob a forma de proteção: “ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai”. Estamos seguros nos braços de Jesus e ele, para que nos sintamos ainda mais protegidos, nos põe nas mãos do Pai. Estamos seguros nos braços do Bom Pastor, que nos conduz com amor. Somos chamados por Deus pelo nosso verdadeiro nome, assim como só Deus pode nos chamar: com a voz única de um Deus apaixonado pela sua criatura. As ovelhas podem escutar a sua voz, porque ele, obviamente, as chama. A voz expressa um apelo, caracterizado por um timbre pessoal que chama a uma pessoa em particular, a qual reconhece pela voz de quem a chama.
 
Portanto, Jesus não quer nos ofender comparando-nos à ovelhas, mas indicar as qualidades necessárias para permanecer na amizade com Ele: escutá-lo para poder reconhecer a sua voz, confiar nele e segui-lo seguros que nos conduzirá onde haverá o melhor para que nós tenhamos vida em plenitude!
 
Reflexão 3:
 
A festa da Páscoa, sob cuja luz ainda vivemos, prolonga seus ecos para dentro deste domingo, conhecido como o domingo do Bom Pastor, figura na qual se apresenta o Ressuscitado.
 
Para compreender a riqueza do pequeno texto do evangelho de hoje, temos que situá-lo no contexto do capítulo 10 de João. O evangelista apresenta Jesus passeando pelo templo (23), na festa de sua consagração, quando é abordado pelas autoridades dos judeus, querendo saber se ele é verdadeiramente o Messias. Para responder a essa pergunta, o evangelista volta a usar a alegoria do Bom Pastor com a qual tinha iniciado o capítulo.
 
Esta vez o que ressalta é a estreita relação entre o Pastor e as ovelhas, entre Jesus e seus discípulos e discípulas: "Minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço, e elas me seguem". O que está na origem é a palavra de Jesus, quem a acolhe, quem experimenta seu amor incondicional, se converte em seu amigo, amiga, seu seguidor/a.
 
Essa experiência de comunhão que os discípulos vivem com Jesus, desencadeia no seguimento dele, e é nesse seguimento que cresce a amizade e a intimidade com seu Mestre. Como nós podemos viver essa relação com Jesus de Nazaré? O homem de carne e osso, com quem fisicamente se podia falar e a quem se podia escutar, a quem se podia ver e tocar, com quem se podia comer, já não existe; morreu há mais de dois mil anos! No entanto, é possível viver uma relação real hoje, porque assim como é verdade que Jesus morreu, também é certo que ressuscitou. Está vivo!
 
O bom Pastor é o Ressuscitado: "O Deus da Paz, que ressuscitou a Jesus nosso Senhor, que é o pastor supremo das ovelhas..." (Hb 13, 20) continua fazendo ouvir sua voz, conhecendo por amor a cada um/a, através da ação do Espírito. Como os primeiros amigos e amigas, cada cristão/ã de hoje e de todos os tempos pode viver uma relação direta, de intercâmbio pessoal, de conhecimento vivo de amor e amizade com Jesus (cfr. Jo 14, 13-15).
 
O teólogo espanhol Queiruga expressa claramente esta igualdade de condição com os primeiros cristãos: "Como eles estamos privados da presença física de Jesus, morto na história, como eles, encontramo-nos situados na presença transcendente, mas real, do Ressuscitado... Como Cristo glorioso identificado com o Pai, o Nazareno tem agora um novo modo de existência; contudo, continua sendo o mesmo: com idêntico amor e idêntica ternura, com o mesmo cuidado e entrega".
 
Não vemos nem escutamos Cristo, mas na fé, sabemos que mais do que nunca está conosco! Iluminados pela sua ressurreição, somos convidados/as a viver como viveu Jesus antes de sua morte, sentindo-O como companhia viva, com quem convivemos e quem nos impulsiona a seguir seus passos no mundo de hoje. Por isso, o seguimento de Jesus não é imitação, senão um estilo de vida que está interiormente impregnado dos sentimentos, pensamentos, atitudes de Jesus.
 
Essa é a obra do Espírito, que continua cobrindo com sua sombra a história para que homens e mulheres de todos os tempos façam presente, na sua fragilidade, o Emanuel, Deus conosco!
 
Essa é a vida eterna, que o Bom Pastor promete dar a seus amigos/as. É participar, já nesta terra, da comunhão com Ele e com seu Pai, porque aqueles que acolhem sua palavra serão morada do Pai, do Filho e do Espírito!
 
E essa vida de comunhão é mais forte que qualquer sofrimento, poder, e até da própria morte, como canta o apóstolo em sua carta aos romanos: "quem nos poderá separar do Amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada?" (Rom 8,35).
 
Cientes desta certeza, os seguidores de Jesus sabiam também, que assumir a causa do Mestre como própria, colocaria em risco sua vida, (Jo 15,18). E assim, ao longo da história, surgiram diferentes "lobos" para roubar, matar, destruir, e foram milhões as ovelhas que se converteram em pastores porque deram livremente sua vida em fidelidade ao Pai e ao seu projeto, alcançando, assim, para sempre a vida eterna, da qual tinham recebido as primícias nesta terra! Por isso, não deixa de chamar a atenção que uma das primeiras pinturas cristãs, de que se tem notícia, e que se encontra numa catacumba romana, representa Jesus como o Pastor que carrega sobre seus ombros a ovelha sã e salva. A imagem expressa uma segurança e é garantia de uma alegria que nada, nem as perseguições, nem as maiores calamidades podem afetar.
 
Cada um/a de nós somos convidados/as a viver esta experiência de comunhão de Jesus com o Pai, a vida eterna. Desse modo, elevemos nosso olhar para Jesus Bom Pastor e deixemos que ele nos carregue sobre seus ombros. Só assim teremos forças para oferecer nossos ombros, nossa vida aos nossos irmãos e irmãs. Só assim seremos pastores como Jesus.
Fonte: http://viverminhavocacao.blogspot.com.br/2013/04/4-domingo-da-pascoa-ano-c.html

SANTO DO DIA - 21/04/213

21/04
Santo Anselmo
Santo Anselmo nasceu no ano 1033, de uma família nobre de Aosta, no Piemonte. Educado pelos beneditinos Santo Anselmo decidiu seguir o exemplo de fé de um religioso muito admirado por todos, Lanfranco, aos 27 anos e ingressou na abadia de Bec, na Normandia, tendo sido eleito abade aos 30 anos e mais tarde arcebispo de Cantuária, era o ano 1090.

Desenvolveu importantes trabalhos teológicos que hoje o eleva a doutor da Igreja Católica. Uma das suas importantes obras esta: Cur Deus homo? Cuja tradução é Por que Deus criou o homem? Ele é também considerado o fundador da ciência teológica no Ocidente.

Santo Anselmo morreu no dia 21 de abril de 1109.
Santo Apolônio
Não foram muitos os senadores romanos que colocaram em risco não só o tipo de vida que levavam, luxo, poder e riqueza, mas também a própria vida por abraçarem a fé em Cristo, da qual o Império era inimigo ferrenho.
br> O senador Apolônio gozava de enorme prestígio entre os poderosos da cidade e do Império no ano 180. Era considerado um intelectual muito bem informado e formado, inteligente, além de ter reputação de grande orador, tudo isso aliado ao fino trato social que o distinguia dos demais. Pois foi justamente sua cultura e sabedoria que fizeram com que começasse a ler o Novo Testamento, vindo a mudar de opinião quanto ao cristianismo, e passasse a imitar a vida austera e exemplar dos cristãos. Acabou fazendo contato pessoal com o Papa Eleutério, que o catequizou e batizou pessoalmente.

O imperador da época era Cômodo, um indivíduo até indulgente para com os católicos, mas as leis que vigoravam ainda eram as editadas por Nero. Sabendo disso, seus inimigos que, segundo os registros escritos, tinham na verdade inveja do respeito com que ele era tratado na sociedade romana, denunciaram o senador Apolônio como cristão, e ele foi levado à presença do juiz Perenis.

Este, conhecedor dos talentos de Apolônio, propôs que ele apenas renunciasse à condição de cristão e pronto, estaria em liberdade. Mas o recém-batizado, em resposta, pregou com tanta seriedade e entusiasmo, que quase converteu ali mesmo outros membros do governo e do parlamento. Percebendo o perigo que o Império corria, o juiz rapidamente determinou a sentença de morte.

Mas não adiantou muito, mesmo depois de ter a cabeça decepada, a postura do mártir Apolônio levou durante muito tempo centenas de cidadãos romanos a se converterem ao cristianismo, entusiasmando os próprios integrantes do poder pagão dos idólatras.

Santo Apolônio morreu no ano 185 e o Martirológio Romano celebra sua veneração litúrgica no dia 21 de abril.
São Conrado
João Birndorfer, era o penúltimo dos dez filhos de Bartolomeu e Gertrudes, um casal de alemães católicos de profunda fé, que nasceu na pequena aldeia de Parzhan, em 1818, na Baixa Baviera.

Iniciou sua vida de oração, humildade e caridade, quando ainda era menino e chamava a atenção pelos longos momentos em que permanecia em contemplação e penitência. Devemos ressaltar estes "longos momentos" que eram, na verdade, todo o tempo em que não estava na escola ou trabalhando com os pais nas propriedades rurais que a família possuía no vale do Rott, em Passavia.

João tinha quatorze anos quando perdeu a mãe. Dois anos depois ficou órfão também de pai e resolveu entregar-se de vez à religião. Até os trinta e um anos de idade permaneceu trabalhando com a família nos campos, mas sentindo-se chamado à vida religiosa entrou para o mosteiro-santuário dos capuchinhos de Santa Ana em Altoetting, onde vestiu o hábito de monge e assumiu o nome de Conrado, depois de dividir toda sua fortuna com os pobres. Os anos que restaram de sua vida foram vividos trabalhando na mais completa humildade como porteiro daquele mosteiro-santuário.

Foram quarenta e três anos de dedicação ao próximo, principalmente quando se tratava de desamparados, mendigos, doentes, viúvas, crianças órfãs, etc. Devoto de Maria e da Eucaristia, era dotado de muitos dons, dentre os quais o que mais se destacava era o da profecia. O mosteiro de Santa Ana recebia anualmente milhares de romeiros que procuravam o santuário ali existente e todos voltavam para suas terras louvando o conforto espiritual e a ajuda material que recebiam de Conrado.

Ele no seu ministério de evangelização quase silencioso provocou um despertar de fé na região, cooperando com a obra benéfica em favor da infância abandonada e perigosa, conhecida na época com o nome de Liebeswerk, ganhando em vida a fama de santidade.

Morreu em 1894, após longos anos de jejum e penitências numa vida à primeira vista rude mas que era pautada na simplicidade cristã, paciente e operosa voltada no amor ao próximo na figura de Jesus Crucificado, da Virgem Santíssima e da Santa Eucaristia.

Aprovados os milagres atribuídos à sua intercessão, depois de sua morte, o Papa Pio XI o beatificou em 1930 e depois de uma rapidez insólita no processo de canonização, em 1934, ele próprio o inscreveu no livro dos Santos. A sua festa litúrgica acontece no dia 21 de abril, dia que ocorreu sua morte.João Birndorfer, era o penúltimo dos dez filhos de Bartolomeu e Gertrudes, um casal de alemães católicos de profunda fé, que nasceu na pequena aldeia de Parzhan, em 1818, na Baixa Baviera.

LITURGIA DIÁRIA - 21/04/2013



Dia: 21/04/2013
Primeira Leitura: Atos dos Apóstolos 13, 14.43-52

IV DA PÁSCOA
(branco, glória, creio - IV semana do saltério)



Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Naqueles dias, Paulo e Barnabé 14partindo de Perge, chegaram a Antioquia da Pisídia. E, entrando na sinagoga em dia de sábado, sentaram-se.
43Muitos judeus e pessoas piedosas convertidas ao judaísmo seguiram Paulo e Barnabé. Conversando com eles, os dois insistiam para que continuassem fiéis à graça de Deus.
44No sábado seguinte, quase toda a cidade se reuniu para ouvir a palavra de Deus. 45Ao verem aquela multidão, os judeus ficaram cheios de inveja e, com blasfêmias, opunham-se ao que Paulo dizia.
46Então, com muita coragem, Paulo e Barnabé declararam: “Era preciso anunciar a palavra de Deus primeiro a vós. Mas, como a rejeitais e vos considerais indignos da vida eterna, sabei que vamos dirigir-nos aos pagãos. 47Porque esta é a ordem que o Senhor nos deu: ‘Eu te coloquei como luz para as nações, para que leves a salvação até os confins da terra’”.
48Os pagãos ficaram muito contentes, quando ouviram isso, e glorificavam a palavra do Senhor. Todos os que eram destinados à vida eterna, abraçaram a fé. 49Desse modo, a palavra do Senhor espalhava-se por toda a região.
50Mas os judeus instigaram as mulheres ricas e religiosas, assim como os homens influentes da cidade, provocaram uma perseguição contra Paulo e Barnabé e expulsaram-nos do seu território.
51Então os apóstolos sacudiram contra eles a poeira dos pés, e foram para a cidade de Icônio. 52Os discípulos, porém, ficaram cheios de alegria e do Espírito Santo. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.



Salmo (Salmos 99)

— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.
— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, nós somos seu povo e seu rebanho.

— Aclamai o Senhor, ó terra inteira,/ servi ao Senhor com alegria,/ ide a ele cantando jubilosos!
— Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,/ ele mesmo nos fez, e somos seus,/ nós somos seu povo e seu rebanho.
— Sim, é bom o Senhor e nosso Deus,/ sua bondade perdura para sempre,/ seu amor é fiel eternamente!



Segunda leitura (Apocalipse 7,9.14b-17)

Leitura do Livro do Apocalipse de São João:

Eu, João, 9vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro; trajavam vestes brancas e traziam palmas na mão.
14bEntão um dos anciãos me disse: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro.
15Por isso, estão diante do trono de Deus e lhe prestam culto, dia e noite, no seu templo. E aquele que está sentado no trono os abrigará na sua tenda.
16Nunca mais terão fome nem sede. Nem os molestará o sol, nem algum calor ardente.17Porque o Cordeiro, que está no meio do trono, será o seu pastor e os conduzirá às fontes da água da vida. E Deus enxugará as lágrimas de seus olhos”. 

- Palavra do Senhor. 
- Graças a Deus.



Evangelho (João 10,27-30)

— O Senhor esteja conosco. 
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

— Naquele tempo, disse Jesus:
27“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28Eu dou-lhes a vida eterna e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão.
29Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. 30Eu e o Pai somos um”. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

O Evangelho do Dia - 21/04/2013

Ano C - DIA 21/04

Dia Mundial de Orações pelas Vocações - Jesus é o bom pastor - Jo 10,27-30

“As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna. Por isso, elas nunca se perderão e ninguém vai arrancá-las da minha mão. Meu Pai, que me deu estas ovelhas, é maior do que todos, e ninguém pode arrancá-las da mão do Pai. Eu e o Pai somos um.”


Leitura Orante

Oração Inicial


Preparo-me para a Leitura Orante, invocando o Espírito Santo:
Espírito Santo,
dai-nos o dom do conselho,
que ilumina a nossa vida e
orienta a nossa ação segundo vossa Divina Providência.

 

1- Leitura (Verdade)


O que diz o texto do dia?
Leio atenta e lentamente o texto do dia: Jo 10,27-30.
As minhas ovelhas escutam a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e por isso elas nunca morrerão. Ninguém poderá arrancá-las da minha mão. O poder que o Pai me deu é maior do que tudo, e ninguém pode arrancá-las da mão dele. Eu e o Pai somos um.
Observo o local, a ocasião, o fato em si, que pessoas participam e que assunto é tratado.
O povo se diz ainda em dúvida. Jesus então deixa claro algumas coisas:
1º O seu poder é o poder do Pai.
2º Ele conhece quem é do seu rebanho, quem escuta sua voz e o segue.
3º Jesus afirma que ele e o Pai são um. Revela a sua verdadeira identidade.

 

2- Meditação (Caminho)


2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
É este Jesus do Evangelho que conheço e sigo? Escuto a sua voz e depois, o sigo? Ou tenho um Deus que eu imagino, inclusive de acordo com as minhas necessidades? Deixo-me conhecer por Deus ou vivo longe, mascarando a minha fé com crendices? Busco o Deus das consolações ou consolações de Deus? (pequena pausa para responder a estar questões).
Leia também a Mensagem para o 50º Dia Mundial de Orações pelas Vocações. Está no blog Paulinas Comunica: http://paulinascomunica.blogspot.com

 

3- Oração (Vida)


O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com salmos ou outras orações e concluo:
Oração da manhã
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor em nossas famílias.
Precisamos do ar puro de tua verdade.
Precisamos de tua mão libertadora para abrir
Compartimentos fechados.
Precisamos de tua beleza para amenizar
Nossa dureza.
Precisamos de tua paz para nossos conflitos.
Precisamos de teu contato para curar feridas.
Precisamos, sobretudo, Senhor, de tua presença
Para aprendermos a partilhar e abençoar!

 

4- Contemplação (Vida e Missão)


Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar revela a minha identidade de filho/a de Deus.
Inspira-se no pensamento de Nolan, no livro “Jesus Hoje”. Diz ele: “Confiar em Deus, como Jesus confiava, não significa viver agarrados a Deus. Significa libertar-nos de tudo, a fim de entregarmos nossas vidas a Deus (...) Não precisamos agarrar-nos a ele, porque seremos agarrados por ele... como uma criança nos braços dos seus pais”.(p. 194)

 

Bênção


- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp

sábado, 20 de abril de 2013

Conselho do Dia


Este é o conselho que a Imitação de Cristo nos dá para hoje:
Lembra-te sempre do fim, e que o tempo perdido não volta. Sem empenho e diligência, jamais alcançarás as virtudes. Se começares a ser tíbio, logo te inquietarás. Se, porém, procurares afervorar-te, acharás grande paz e sentirás mais leve o trabalho com a graça de Deus e o amor da virtude. O homem fervoroso e diligente está preparado para tudo. Mais penoso é resistir aos vícios e às paixões que afadigar-se em trabalhos corporais. Quem não evita os pequenos defeitos pouco a pouco cai nos grandes. Alegrar-te-ás sempre à noite, se tiveres empregado bem o dia. Vigia sobre ti, anima-te e admoesta-te e, vivam os outros como vivem, não te descuides de ti mesmo. Tanto mais aproveitarás, quanto maior for a violência que te fizeres. Amém. ( Da diligente emenda de toda a nossa vida) 

Fonte: Imitação de Cristo

Sábado da 3ª Semana da Páscoa


Você também quer me abandonar?

João 6,60-69

Naquele tempo:
60 muitos dos discípulos de Jesus que o escutaram, disseram:
'Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?'
61 Sabendo que seus discípulos estavam murmurando
por causa disso mesmo, Jesus perguntou: 'Isto vos escandaliza?
62 E quando virdes o Filho do Homem subindo para onde estava antes?
63 O Espírito é que dá vida, a carne não adianta nada.
As palavras que vos falei são espírito e vida.
64 Mas entre vós há alguns que não crêem'.
Jesus sabia, desde o início,quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-lo.
65 E acrescentou: 'É por isso que vos disse:
ninguém pode vir a mim a não ser que lhe seja concedido pelo Pai'.
66 A partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás
e não andavam mais com ele.
67 Então, Jesus disse aos doze: 'Vós também vos quereis ir embora?'
68 Simão Pedro respondeu: 'A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.
69 Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus'.

Reflexão

O evangelho de hoje traz a parte final do Discurso do Pão da Vida. Trata-se da discussão dos discípulos entre si e com Jesus (Jo 6,60-66) e da conversa de Jesus com Simão Pedro (Jo 6,67-69). O objetivo é mostrar as exigências da fé e a necessidade de um compromisso firme com Jesus e com a sua proposta. Até aqui tudo se passava na sinagoga de Cafarnaum. Não se indica o lugar para esta parte final.

João 6,60-63: Sem a luz do Espírito não se entendem estas palavras. Muitos discípulos achavam que Jesus estava indo longe demais! Estava acabando com a celebração da Páscoa e estava se colocando a si mesmo no lugar mais central da Páscoa. Por isso, muita gente se desligou da comunidade e não ia mais com Jesus. Jesus reage dizendo: "É o espírito que dá vida, a carne para nada serve. As palavras que vos disse são espírito e vida". Não devem tomar ao pé da letra as coisas que ele diz. Só mesmo com a ajuda da luz do Espírito Santo é possível entender o sentido pleno de tudo que Jesus falou (Jo 14,25-26; 16,12-13). Paulo dirá na carta aos coríntios: “A letra mata, é o Espírito que dá vida à letra!” (2Cor 3,6).

João 6,64-66: Alguns de vocês não acreditam. Em seu discurso Jesus tinha se apresentado como o alimento que sacia a fome e a sede de todos aqueles e aquelas que buscam a Deus. No primeiro Êxodo, aconteceu a prova de Meriba. Diante da fome e da sede no deserto, muitos duvidavam de que Deus estivesse com eles: “Javé está ou não está no meio de nós?” (Ex 17,7) e murmuravam contra Moisés (cf. Ex 17,2-3; 16,7-8). Queriam romper e voltar para o Egito. Nesta mesma tentação caem os discípulos, duvidando da presença de Jesus na partilha do pão. Diante das palavras de Jesus sobre “comer minha carne e beber o meu sangue”, muitos murmuravam igual ao povo no deserto (Jo 6,60) e tomam a decisão de romper com Jesus e com a comunidade. “voltavam atrás e já não andavam mais com ele” (Jo 6,66).

João 6,67-71: Confissão de Pedro. No fim sobram só os doze. Diante da crise provocada por suas palavras e seus gestos, Jesus se volta para seus amigos e amigas mais íntimos, aqui representados pelos Doze, e diz para eles: "Se quiserem, podem ir embora!" Jesus não faz questão de ter muita gente. Nem muda o discurso quando a mensagem não agrada. Ele fala para revelar o Pai e não para agradar a quem quer que seja. Prefere permanecer só, do que estar acompanhado por pessoas que não se comprometem com o projeto do Pai. A resposta de Pedro é bonita: "A quem iremos! Tu tens palavras de vida eterna e nós cremos e reconhecemos que tu és o Santo de Deus!” Mesmo sem entender tudo, Pedro aceita Jesus como Messias e crê nele. Em nome do grupo ele professa sua fé no pão partilhado e na palavra. Jesus é a palavra e o pão que saciam o novo povo de Deus (Dt 8,3). Apesar de todos os seus limites, Pedro não é como Nicodemos que queria ver tudo bem claro de acordo com as suas próprias idéias. Mesmo assim, entre os doze havia quem não aceitava a proposta de Jesus. Neste círculo mais íntimo existia um adversário (diabo) (Jo 6,70-71) “que come do meu pão, mas levanta o calcanhar contra mim” (Sl 41,10; Jo 13,18).

Para um confronto pessoal

1) Coloco-me na posição de Pedro diante de Jesus. Que resposta dou a Jesus que me pergunta: “Você também quer ir embora?”
2) Coloco-me na posição de Jesus. Hoje, muita gente está deixando de andar com Jesus. Culpa de quem?

“A quem iremos, Senhor?”

Nós nos escandalizamos com os mistérios de Deus porque a nossa fé é muito pequena e não compreendemos que as palavras de Jesus são espírito e verdade. Jesus nos dá um ensinamento de como não racionalizar as coisas sobrenaturais e é firme diante dos questionamentos dos judeus e até dos próprios discípulos sobre as “palavras duras de comer o seu corpo e beber o seu sangue.”
A idéia de que eles teriam que comer a carne e beber o sangue de Jesus escandalizava a muitos, justamente, porque eles procuravam entender com a mente aquilo que só o Espírito poderia fazê-lo. Entendendo com a razão e dentro da lógica humana seria impossível acontecer o que Jesus afirmara, porém o “Espírito é que dá vida” e “as palavras de Jesus são espírito e vida!” E o Espírito é dado em abundância a quem reconhece que só Jesus tem as palavras de vida eterna!

Diante da evasão de alguns, Jesus deu um ultimato aos Seus seguidores: “Vós também vos quereis ir embora?” Pedro respondeu em nome dos outros discípulos: “a quem iremos Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o santo de Deus.” Alguns discípulos se afastaram de Jesus, porém ficaram aqueles que creram e reconheceram que “Ele era o santo de Deus”.

Hoje também são muitos os que se afastam porque não querem entender, os que duvidam porque se acham auto-suficientes e até zombam de Cristo! Assumir as palavras de Jesus como espírito e vida é abraçar tudo o que Ele nos propõe sem questionamentos e com o coração convencido.

Reflita
– Você tem convicção quanto a tudo o que Jesus lhe propõe?
– Você tem plena consciência de que quando comunga está comendo o Corpo e bebendo o sangue de Jesus?
– Como você se sente em relação àquelas pessoas que não crêem?
– Como você tem demonstrado diante delas a sua fé em Jesus presente na Eucaristia? Quais serão as palavras de vida eterna que Jesus hoje quer revelar para você?
– Escute-O!